Boa noite, Mary Ellen.

Quem se lembra da Família Walton? Os episódios terminavam com os membros da família desejando boa-noite. Não cresci na zona rural, não tive uma família grande e não convivi com meus avós. Mas o que sempre me impressionava era como o filho mais velho, John Boy, era bom com as palavras.

Eu tenho dificuldade em escrever os votos de bom-ano em um cartão. Não encontro palavras para parabenizar ninguém. E se o caso é de pesar, o máximo que posso oferecer é meu abraço. Claro que desejo o melhor para as pessoas que amo e lamento muito quando algo terrível acontece. Gosto quando chegam notícias boas. Quando chegam notícias tristes, lamento não estar próximo e gostaria de fazer algo. Mas quanto às palavras, não encontro as mais precisas e preciosas para expressar o que sinto.

Depois de ler o comentário da Malu, ensaiei para escrever algo para todas as pessoas que amo.

Espero que todos meus amigos entendam que existem pessoas que são boas com as palavras e outras não. Que o simples “está tudo bem?” que pergunto significa muito mais que uma frase educada. Significa que gostaria de estar perto, que realmente espero que tudo esteja bem e que sinto saudades. Que quando envio pelo correio um pacote de doce, um mimo, uma pomada, qualquer coisa, é porque gostaria de estar mandando dentro do pacote todo meu afeto. E que até no meu silêncio, pode haver um mundo de perguntas…

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10 Responses to Boa noite, Mary Ellen.

  1. Oi Marisa, fazia tempo que não visitava o seu blog e vejo esse post lindo.
    Sabe, eu também sou assim, de poucas palavras, e em certas ocasiões acabo achando que o pouco é muito.

    Um grande beijo, Yumi

    • Marisa Ono diz:

      Cristiane, eu não sou exatamente de poucas palavras. Até que sou tagarela. No entanto. quando um amigo tem um problema, em vez de consolar, procuro encontrar uma solução. Em uma data especial, prefiro oferecer minhas mãos para ajudar no jantar ou fazer uma sobremesa que escrever um cartão. Diante de uma folha em branco, logo penso que gostaria de ter um John Boy ditando para mim. Principalmente na palavra escrita, nunca fico satisfeita. Felizmente nunca pediram-me um discurso…

  2. LP diz:

    Pelo menos no meu caso é plena mentira que haja um mundo de palavras nos silêncios da Marisa pelo simples fato de ela NUNCA estar em silêncio perto de mim.
    E se estiver é porque esta com muuuuito sono ou a beira de um acidente vascular cerebral.

  3. Silvio diz:

    Entendo você. Realmente. Que bom que você é simplesmente o que é. Sincera. Inclusive na sua economia de palavras. Há muita gente, mas muita mesmo, que fala demais, se declara demais, só que sem um mínimo de sinceridade. Tudo aparência e só da boca para fora. Vai precisar de alguma coisa delas num momento difícil pra você ver… Essas sim deveriam ficar caladas. Melhor dizer pouco com sinceridade do que ser vazio como pastel de queijo (a metáfora é bem adequada ao blog, não? 😉
    Beijão (sincero!)

  4. Akemi diz:

    Eu não sou próxima docê, mas uma coisa que sempre gostei é o modo como você se expressa particularmente. E aposto como todo mundo sente as tuas mensagens, Marisa!

    Alinhás, tô pegando rss do seu blog, parabéns.

  5. roberta diz:

    estou vizitando seu site hj… e estou ADORANDO!!!
    parece-me que achei uma amiga…

  6. roberta diz:

    noooossa!
    desculpa a gafe! afe
    viSitando!!!!!
    sorry!

  7. Ah, que legal, Marisa! Isso é muito bom, falar e também demonstrar carinho com pequenas grandes atitudes.
    Beijos, Cris Yumi

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