Essa receita resultou de uma conversa com um senhor chamado Jacob. Segundo as lembranças dele, a massa era aberta à mão, a ponto de poder ver a silhueta da mãe através dela. No recheio, maçãs, ameixas, passas, nozes e mel. “Outras usavam farinha de rosca também, mas para minha mãe era inadmissível!” E sobre a fina massa, não usava manteiga; era óleo de algodão.
Eu fiz algumas alterações. Já estiquei massa de strudel à mão, algumas vezes e acabei tonta de tanto dar voltas na mesa. Apelei para o cilindro e permiti-me mudar um pouco a receita da massa, para que ela ficasse mais elástica e crocante. Também mudei o tamanho, sempre prefiro porções individuais. Acho mais bonito, mais fácil de servir e de guardar.
Massa:
300 gramas de farinha de trigo
150 ml de água fervente
1 pitada de sal
2 colheres de óleo (usei de canola)
Recheio:
5 maçãs verdes, ácidas, descascadas e cortadas em cubinhos de cerca de 2 cm de lado
50 gramas de manteiga
Ameixas picadas, passas e nozes à gosto (no meu caso, bastante!)
Mel
Para a massa, despeje a água quente sobre a farinha e sal, em uma tigela. Misture vigorosamente. Assim que esfriar o suficiente para poder manusea-la, sove. Quando a massa tiver uma aparência mais homogênea, adicione o óleo e sove mais um pouco. A consistência dela é um tanto quanto dura. Deixe descansar, embrulhada em um filme plástico, à temperatura ambiente, por pelo menos 1 hora.
Enquanto isso, refogue as maçãs na manteiga e deixe que cozinhem até secar bem o caldo que soltam. Adoce com mel e continue cozinhando até que quase não reste caldo. Adicione as passas, ameixas e nozes. Poderia até ter usado uma pitada de canela. No entanto, usei um mel de maçãs muito perfumado e preferi não exagerar nos aromas.
Cilindre a massa em uma máquina para fazer macarrão. Cilindre algumas vezes, na graduação mais grossa, para que a massa fique mais lisa. Polvilhe com farinha apenas o necessário.
Divida em porções e vá afinando a massa, passando pelo cilindro e diminuindo a espessura gradativamente. Abri até que ficasse fina, quase transparente. Usei a penúltima graduação do meu cilindro.
Corte em pedaços com cerca de 25 cm de comprimento. Pincele com óleo toda a superfície. Em uma das extremidades, coloque um pouco do recheio de maçãs e enrole. Dobre as laterais e termine de enrolar. Acomode em assadeiras e pincele com mais óleo.
Leve ao forno pré-aquecido, quente, até que dourem.
Pode ser servido ainda morno. Mas, segundo o senhor Jacob, é bem melhor guardar em um pote e deixar descansar por uns dias. De fato, o sabor muda. No entanto, a massa amolece. Isso não é ruim, muito pelo contrário. Ela fica muito macia e não esfarela. É uma questão de gosto.
Renderam 21 rolinhos.
Acho q tentarei fazer strudel esta semana… me pareceu facil vendo a receita e seu passo a passo. Da pra guardar a massa no congelador Marisa?
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Nice, não sei se dá para congelar a massa crua. Tenho receio que ela se desestabilize, já que vai água quente e ela gelatiniza. Posso estar falando bobagem mas… Talvez seja melhor congelar os rolinhos crus.
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Hum!!! deu água na boca. Você pode dar uma sugestão para a compra de uma máquina de macarrão que seja simples e eficiente?
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Eu tenho duas. Neste caso, usei a Atlas da Marcatto, que comprei há muitos anos, já acompanhada de dois cilindros para cortar macarrão (udon e lamen, ahahahaha, os italianos dirão que é para tagliatelli e spaghetti). Não custou muito barato, não e até acredito que existam similares mais baratas no mercado, hoje em dia.
Outra, que me custou só 70 reais, tem uma regulagem de espessura difícil de acertar, não vem com cilindro cortador mas com um pouco de prática, a gente chega lá. Comprei porque é mais larga, para cilindrar pães.
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Ah, e para quem está no Japão, acho que dá para fazer uma coisa meio “truqueira” com massa de harumaki. Pelo que me lembro, o pacote com 10 folhas costumava ser baratinho…
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Ai Marisa, essas receitas são de dar água na boca!!!!! Qdo crescer quero ficar igual a vc, rs! parabéns pelo site, bjo!
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Strudel me lembra muito infância… minha avó, que nasceu na Itália, mas era filha de alemão e austríaco sempre fazia pra gente com muito carinho… é dificil comer sem me emocionar.
Muito interessante essa dica do Harumaki e o “remake” na receita, realmente em porções individuais fica mais bonito, mais caprichado.
Obrigado.
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