Yakiniku

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Esse é um post que eu estava devendo há muito tempo. Para quem pensa que japones não gosta de carne, lamento dizer que não é verdade. Restaurantes de yakiniku são muito populares por lá e é possível fazer em casa. Nos supermercados de lá encontramos várias marcas e tipos de molho para esse prato, mas não é difícil fazer um em casa. Mas vamos do começo: yakiniku, ao pé da letra, é carne assada ou grelhada. Existem dois tipos de restaurantes que servem esse prato: os a la carte e os self-service. Eu costumava muito ir nesse último, embora não goste de buffets em geral.

Nos yakiniku-ya self-service oferecem vários tipos e cortes de carne: boi, porco, frango e frutos do mar (alguns até tinham vieiras!), vegetais, saladas, arroz, sopa, frutas e até sushi. Era só chegar, sentar, pedir a bebida e ser servir. A funcionária acendia um fogareiro (as melhores casas tinham um sistema de exaustão em torno da grelha, diminuindo a quantidade de fumaça no ambiente) e ia embora. Cada um escolhe a carne, assa no ponto preferido, mergulha no molho da casa e come. Pimentão, cebola, cogumelos, abóbora e beringelas também vão para a grelha. A carne pode ser comida com arroz ou embrulhada em uma folha de alface. Comia-se à vontade por algo entre 11 a 17 dólares. Havia um limite de tempo, que não me lembro de quanto era.

Sim, porque apesar do nome, o prato tem origens na Coréia.

Também ofereciam opções de molho. Tudo isso tinha um preço, claro, mas dava para comer razoavelmente bem por 32 dolares.

Yakiniku

Quem tiver uma churrasqueira com grelha e espaço, pode fazer ao ar livre. Quem tiver uma chapa elétrica, cada vez mais comum hoje em dia, pode fazer sobre a mesa, dentro de casa. Arrume travessas com fatias de carne macia (alguma gordura é bem-vinda) e vegetais fatiados. Arrume folhas de alface lisa ou crespa, bem lavadas e bem enxutas. Ofereça a cada convidado uma tigelinha com molho e, para quem não fica sem arroz, sirva arroz branco. As carnes podem ser sem tempero algum ou temperadas, como preferir. Eu prefiro sem tempero. Como podem ver, aproveitei as pimentas shishito da horta, das quais falei no post anterior.

Molho para Yakiniku

200 ml de água

200 ml de shoyu

40 gramas de cebola (meia cebola média)

10 gramas de gengibre picado (um pedaço de mais ou menos 5×2 cm)

100 gramas de maçã descascada e picada (uma unidade)

40 gramas de alho (uma cabeça inteira)

200 gramas de açúcar

1 colher de sopa cheia de pasta coreana de pimenta; se não tiver, use pimenta vermelha à gosto. A cor será um pouco diferente, já que a pasta tem uma cor intensa e textura que lembra goiabada cascão

50 ml de sake

20 gramas de sal

Bata tudo no liquidificador e leve ao fogo por 5 minutos. Se preferir um molho espesso, adicione amido diluído em um pouco de água. Conserva-se na geladeira bom um bom tempo, em um pote fechado.

Na hora de usar, misture e adicione óleo de gergelim, gergelim torrado, cebolinha-verde picada ou qualquer tempero que gostar. Se quiser um sabor ácido, junte vinagre. Se preferir mais salgado, junte mais sal ou misture um pouco de miso. Ou seja, as possibilidades são muitas. Divirta-se com a experiência.

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