Os Japoneses Diferentes

Nem toda berinjela é igual. Existem algumas que são diferentonas. A fininha, era bem comum no Japão. Já a redonda, até por lá era um tanto quanto difícil de aparecer nos supermercados. Estão começando a aparecer por aqui também. A fininha, encontrei a R$5,00 o quilo, enquanto que a redonda, R$3,00. A comum, não paguei nada, pegamos aqui na horta, mesmo.

Aliás, passei 41 anos escrevendo beringela, com “g”. E lá está no Michaelis, com “j”. Não vou corrigir todas as vezes que escrevi “beringela” no blog. Fica para quando conseguir pagar uma editora.

A fina é bem macia e muitas vezes usada em conservas. Eu prefiro frita-la inteira, com casca e tudo. Com casca, ela não vai absorver gordura e ficará com uma linda cor.Depois é só comer com um um caldinho feito com dashi, shoyu e gengibre. Gostoso frio ou quente.

Já a gorducha redonda, ainda não fiz – comprei ontem – mas já comi. Deliciosa, com poucas sementes.

E quando eu era criança, odiava berinjela, de uma maneira geral. Talvez tenha a ver com o tal do “paladar infantil”. Talvez seja por conta das receitas, apresentação.

Esta aqui é a batata-doce japonesa. De casca mais clara, ela é mais doce e bem seca. Chamam assim porque dizem que alguém trouxe a muda lá do Japão (o que chega a ser curioso, a batata-doce é originária daqui da América Latina, enfim…). Encontrei uma vez no Ceagesp. Desta vez, foi no mercado Kinjo Yamato, colado ao Mercado Muncipal de São Paulo. E para quem anda à procura da batata-doce roxa que usei no Yokan de Batata-Doce Roxa e no Doce de Batata-Doce,  também vi por lá.

Nem sei se cabe um comentário aqui. Ah, claro que cabe, o blog é meu.

Fui no Mercadão e fiquei desapontada. Ainda encontro cortes de porco lindos, muitos frutos do mar, frutas fantásticas, temperos, especiarias, bacalhau, azeite. Mas fiquei com a impressão de estar andando na praça de alimentação de um shopping. Muita gente comendo, muitas mesinhas, banquinhos. E era uma sexta-feira. Na confusão, não encontrei pão-folha, esqueci de ver uma série de outras coisas. Confesso, eu queria sair de lá rapidinho.

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10 Responses to Os Japoneses Diferentes

  1. zeze diz:

    Oi, Marisa, passei aqui tb para desejar um feliz 2011 pra vc e sua mami. Que vc continue a compartilhar conosco suas descobertas maravilhosas. Bjs, Zezé, de Brasília.

  2. Diulza diz:

    OI Marisa, o Mercadão a muito virou um lugar de turista e o preço tb,secos e molhados é melhor ir na rua Santa Rosa é mais barato,pois o Mercadão tá muito caro,o horario bom e de madrugada a’te a 6 hrs, senão não dá mais, mais caro que Sta Luzia não dá né,.eu compro a batata Japonesa mais ela é fininha, nunca achei grande assim,as berinjelas ja vi da redondo, mais nunca comprei,ha fiz o pepino ficou ótimo.escrevi demais to c/saudades bjs.

    • Marisa Ono diz:

      Experimente, Diulza. A berinjela redonda arroxeada tem menos sementes.
      Miguel, obrigada pela dica. Naquela confusão do Mercadão, esqueci, desisti e fugi.

  3. Miguel Said Vieira diz:

    Infelizmente, concordo sobre o Mercadão. Pão folha você acha (sem essa muvuca) ali do lado, no empório Akkar (Com. Afonso Kherlakian, 165).

  4. Myrna diz:

    bom, também vou comentar sobre o Mercadão hehehe mas comentário de turista. aquele pastel de bacalhau do Rocca, IMHO, não é nem 1/10 do marketing que fazem. talvez fique bom com o azeite que fica lááááá no balcão, mas alcançá-lo no meio da muvuca que você viu é impossível.
    Realmente, coisa de praça de alimentação…

    • Marisa Ono diz:

      Há alguns anos, Myrna, dava até para andar no Mercadão no meio da semana. Mas agora, em plena sexta-feira, lotado! E como em praça de alimentação de shopping, tinha sempre alguém com um cardápio, oferecendo para a gente dar uma olhada. Ah, eu só queria comprar pão folha e um parmesãozinho…

  5. Myrna diz:

    e no final você achou as sementes de berinjela redonda 🙂

  6. Irmgard diz:

    Marisa,
    também ando muitíssimo decepcionada com o Mercadão, e pensei que eu fosse a única. Vou lhe dar uma dica: você já foi no Mercado Central em Belo Horizonte? Imagino você lá…Acho que uma visita lá iria lhe render muito material para comentar no blog. Há coisas incríveis lá e ingredientes locais de MG, como o queijo canastra que das suas mãos sairiam um belo pão de queijo e outras boas receitas como as que você faz! Eu costumo dizer que o “melhor shopping” da cidade é lá, pois detesto ir a shoppings e adoro mercados regionais.

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