Mais Sobre Caracóis e Bananinhas

Eu gostaria de saber de tudo. Claro que isso é impossível. Mas não deixo de fazer duas coisas: perguntar e ouvir. E tenho a felicidade de conhecer gente com coisas interessantes para contar.  Por conta do post anterior, sobre caracóis marinhos, o Edson Croce me telefonou. Ele tem uma coleção de conchas (milhares!) que juntou através dos anos, mergulhando e pescando na costa do país.

Primeiro, um alerta: não dá para sair comendo qualquer caracol. Alguns são tóxicos (eu sabia das lesmas marinhas, muitas delas, apesar de pequenas e coloridas, são venenosas, não abriram a mão da concha à-toa). Depois veio o conselho de que são melhores se cozidos rapidamente, como os mariscos. Identificou o caracol que comprei: tonna galea e disse que a saquaritá  (Stramonita haemastoma) e o preguaí ou preguari (Strombus. pugilis) também são consumidos em saladas, com vinagrete e farofas.

Pesquisando um pouco, encontrei neste site mais informações sobre moluscos marinhos comestíveis:

http://www.conchasbrasil.org.br/materias/pesca/0612_IA/default.asp

 

Aliás, o site tem exemplos e classificação de conchas brasileiras. Infelizmente carece da informação sobre quais são consumidas no Brasil.

Dali a conversa foi para a bananinha. Compro como retalho de contra-filé. Explicou que é um bocado de carne que fica entre a costela e o contra-filé propriamente dito. Como também tem uma experiência longa em churrascos, garantiu que é um corte que pode ser servido ao ponto para mais passado e sempre agrada. Melhor ainda quando é de novilho ou wagyu, que ele comercializa no Shopping da Roça, a um preço bem mais atraente que outros cortes mais conhecidos.

Ah, sim, também aprendi uma outra técnica para cozinhar polvo. E ganhei uma receita de lulas. Viram como é bom manter os ouvidos abertos?

 

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5 Responses to Mais Sobre Caracóis e Bananinhas

  1. Gilda diz:

    Agora, sabendo que é mais fácil cozinhar, mais rapidamente, se encontrar vou comprar e experimentar. O Edson disse se precisa mesmo tirar as visceras como você fez? Será que vou saber? Tentei uma vez, um outro caracol que devia ser o preguaí, mas ficou incomível, gosto ruim, duro demais e nunca mais eu quis saber. Cozinhei um tempão e nada dele soltar. Você sempre ensinando novidades!

  2. Marco Gomes diz:

    Olá Marisa,

    Muito boa a sua colocação sobre saber ouvir e perguntar sempre!! Também sou assim e acredito que aprendemos muito tendo atenção em saber ouvir o que as pessoas dizem, principalmente os mais velhos.
    Uma curiosidade sobre o post pairou em minha cabeça…. a menção sobre a técnica do polvo… tenho feito algumas tentativas, mas nunca ficam com a maciez que eu gostaria…. 🙁

    Obrigado e mais uma vez, parabéns pelo blog

  3. silva diz:

    ola tenho uma colecao de caracóis pré históricos gostaria de saber se gostaria de ver

    • Marisa Ono diz:

      Silva, meu interesse por caracóis se resume aos que posso cozinhar… Quem pode se interessar é o Edson Croce, que tem uma impressionante coleção. Ele está no Facebook.

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