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Biscoito de Polvilho “de Vento”

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Sempre que encontro ou converso ao telefone com LP (Luiz Paulo Portugal, que contribuiu aqui com o passo-a-passo dos donuts [2] e o post sobre iogurte caseiro [3]), falamos sobre comida. Dividimos a mesma paixão por ingredientes, técnicas, hábitos e a ciência envolvida. E a conversa sempre rende algo – desde gargalhadas ou idéias para novas receitas.

Mas desta vez foi um pouco diferente.

Há dias senti-me indignada com o preço dos biscoitos de polvilho, daqueles, “de vento”. Diante das prateleiras, pensei: “sou ou não sou uma cozinheira?” Peguei uns pacotes de polvilho azedo e segui para o caixa, cheia de determinação.

Dois dias depois, conversando com meu amigo sobre o polvilho (doce e azedo), lembrei do biscoito de polvilho. Ia fazer a receita que já fiz e que faz sucesso aqui em casa [4].  LP já foi espetando: biscoito de polvilho não vai ovos.

E foi chegando a hora do jantar. E eu fiquei com o biscoito martelando na minha cabeça. Virou desejo ardente. Enquanto fazia o jantar, sovava a massa do biscoito, seguindo as orientações dele: nada de ovos, um bom bocado de gordura (gordura mesmo, sem adição de água; banha, óleo ou manteiga, nada de margarina light).

Só posso dizer que depois do jantar, minha mãe estava refestelada no sofá, assisitindo ao noticiário, com uma mão cheia de biscoitos. É um dos petiscos favoritos dela. Uma receita rendeu muito. Estes 4 potes e mais uma fornada que foi devorada assim que ficou pronta. Brinquei com as possibilidades e misturei cebola em pó em parte da massa e curry em outra. Ficou muito bom.

500 gramas de polvilho azedo

400 ml de água fervente

150 gramas de banha

400 ml de leite

Sal (não medi, creio que usei meia colher de sopa, talvez mais)

Ferva a água com o sal e a banha. Despeje sobre o polvilho azedo. Misture.

Quando amornar, vá sovando e adicionando leite. Ou use uma batedeira com gancho para massa. De vez em quando eu gosto de – literalmente – pôr a mão na massa.

Coloque a massa em um saco plástico grosso ou use um saco de confeiteiro com um bico fino e liso. Esprema porções de massa, deixando espaço entre eles, porque crescem bastante. Não é necessário untar a forma.

Leve ao forno quente nos primeiros minutos, até estufarem. Evite abrir a porta do forno. Abaixe a temperatura e deixe que sequem, sem que escureçam muito, porque ficam amargos.

Acrescentei um pouco de cebola em pó. Não medi, mas creio que foi um pouco mais de uma colher de chá, assim como o curry. Mas as opções são muitas: ervas secas, pimenta-do-reino ou vermelha, páprica e, porque não? doce.

PS: Sim, eu re-utilizo potes plásticos.

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