Presentes que Vieram de Longe

Hoje fui à agências de Correios enviar uma encomenda e ver a correspondência. Geralmente, são contas. Mas desta vez veio uma caixa bem pesada, do Japão. Minha amiga Lissa, uma das pessoas que mais amo neste planeta, mandou-me muita coisa, a doida. Uma panela de pressão de inox, de 3 litros, no tamanho ideal para as necessidades de 2 pessoas. E ainda por cima vai para o fogão de indução (IH)!

Fermentos, muitos fermentos, para pão, em sachê ou empacotado à vácuo. Fermento químico com uma composição um pouco diferente da que temos por aqui. Segundo li, bons para panquecas americanas e bolos feitos no vapor. Nham!

Óleo de baunilha, laranja, melão e limão, além de corantes para alimentos azul, roxo, rosa, amarelo, vermelho e verde, da JHC. Aliás, eu adoro os produtos dessa empresa. Comprava pela internet algumas coisas, quando não achava nas lojas da cidade. Têm praticamente tudo para confeitaria. Amo esse óleo de melão. Se pudesse, andaria com um vidrinho dele debaixo do nariz, o dia todo.

Discos de papel de arroz para fazer enroladinhos vietnamitas, tabletão de preparado de curry e algas mistas para salada (kaiso sarada). Comida boa e, dependendo como for feita, saudável!

Kabocha é abóbora japonesa? Sim. Mas não se limita a uma única abóbora. Aqui, 4 tipos diferentes, incluindo as apreciadíssimas Ebisu e Kuri kabocha. Eu prefiro esta última, na foto, a mais “bicuda” de todas; é sequinha e tem uma doçura que lembra a das castanhas portuguesas, daí o nome – kuri significa castanha, em japonês.

Vagens. A duas da esquerda são chamadas de snack endo, para alguns, sweet peas, creio eu. Apesar da aparência de ervilha, come-se inteira, como vagem, apenas aferventadas. São docinhas e vingam por aqui. Já vi em algumas feiras. As da direita, são as vagens “Moroco”, que mesmo quando “passadas”, ou seja, grandes, continuam completamente comestíveis. Os grãos são graúdos e saborosos. Também crescem bem na região sul-sudeste, desde que não recebam água em demasia. Fica a dica para as empresas que importam sementes do Japão. A produtividade é menor, mas o produto é diferenciado.

Sementes e a pimenta vermelha mais popular no Japão: Taka no Tsume (que significa unhas de falcão). Além dessas, vieram também sementes de nabo, de beringela, tingensai, tatsai, komatsuna… Nem sei onde arrumaremos espaço para plantar tudo isso!

Obrigada, Lissa. Mas você não devia ter feito isso…

Share This Post
Esta entrada foi publicada em cotidiano com as tags , , , , . ligação permanente.

11 Responses to Presentes que Vieram de Longe

  1. Quanto presente,e de tão longe! A imaginação é ilimitável e tenho certeza que você e dona M. acharão um lugarzinho especial para as novas sementes!

  2. Myrna diz:

    Nossa, tudo muito bacana!!! O leitores do blog também agradecem à Lissa pelo show de diversidade 🙂

  3. Nina diz:

    Já rodei São Paulo atrás deste óleo de melão….pelo jeito só no Japão…

    bjo

  4. Maria Aparecida Burato Hiraoka diz:

    Parabéns pelos presentes… Amei essa panela de pressão, é linda… Aproveite o friozinho do final de semana, pelo menos aqui em Suzano está bem frio. Beijos

  5. Denise diz:

    Oi Marisa,

    Qta coisa bacana que ganhou!

    As sementes de kabocha se minha mãe visse ia ficar doida!!!

    Qual a melhor recomendação pra plantar essas sementes aqui no Brasil? Elas se adaptam bem ao nosso clima?

    Bjs

    • Marisa Ono diz:

      Depende, Denise. Depende da região e do solo. Abóboras costumam crescer melhor em locais mais ensolarados. Não tenho certeza se o solo alcalino favoreceria. Beringelas dão bem na região sul e sudeste, mas exigem muito adubo. Vagens sofrem com o excesso de humidade, são sucetíveis à fungos, que o povo chama popularmente de “mela”. Tenho reparado que o tingensai (bok choi, acelga chinesa) também está sofrendo com a presença de um fungo branco na parte de baixo das folhas. Mas cresce bem e em pouco tempo.
      Já o nabo cresce bem, mas não fica muito saboroso. Muito sol, ele cresce rápido demais, não desenvolve o sabor e ainda por cima, fica sujeito à “isoporização” (por dentro, parece um isopor, uma massa fibrosa e sem sumo).

  6. Daniel diz:

    Estes óleos devem ser fantásticos!

  7. Maria Helena diz:

    Olá Marisa,
    Adoro seu blog e através dele tenho aprendido um pouco desta maravilhosa culinária que é a japonesa.
    Nunca provei nada da cozinha vietnamita e tenho curiosidade em conhecê-la também.
    Como devem ser usados os discos de papel arroz ?
    Com qual recheio ?
    Bj
    Maria Helena

  8. Marcelo Swenson diz:

    Marisa, sou paulista mas moro em Londrina/PR e aqui conheci a comida japonesa, pois a população oriental é enorme aqui. e meu filho de 8 anos adora comida japonesa, como gohan e peixes grelhado em geral , junto com gengibre em conserva e Sohyu e claro o vinagre de arroz. para tanto tivemos que comprar uma panela de arroz eletrica , que é uma maravilha . Mas o interessante é que so passamos a comer mais comida japonesa devido a pedido dele , pois quando cabe a ele a escolha sempre é no Sushi House , um restaurante que vale a pena conhecer quando vier a Londrina .
    abraços
    Marcelo

  9. lea diz:

    olá, marisa….

    passo horas no seu blog
    estou aprendendo mais aki do q em qqer outro lugar
    muito obrigada
    vc eh um doce!…..

Os comentários estão fechados.