Massa Para Pastelão

Pastelão

É possível fazer uma massa de torta sem usar manteiga ou a famigerada gordura vegetal.  No caso, usei óleo de canola. A vantagem? Sem colesterol. Desvantagem? A textura da massa não fica idêntica à de um empadão, por exemplo. Ficou um pouco mais firme e eu diria que é uma massa mais para pastelão do que de torta. Mas é uma boa opção para quem precisa diminuir a ingestão de colesterol. No entanto, é calórica. De qualquer forma, moderação é a regra.  E é muito fácil e vai poucos ingredientes.

2 xícaras de farinha de trigo

1/2 xícara de óleo (milho, canola)

1 colher de chá de sal

1 colher de chá de fermento em pó

Cerca de 1/2 xícara de água

Misture a farinha, o sal e o fermento. Adicione o óleo e misture. Vá juntando água aos poucos até obter uma bola de massa, não muito firme. Não sove. Manipule a massa o menos que puder.

Forre uma forma média com parte da massa, coloque o recheio. Abra a massa rstante com um rolo e cubra a torta, selando bem as bordas. Faça um buraco no topo para que escape o vapor. Pincele com gema e leve ao forno médio para quente, até dourar.

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Colhendo Broto de Bambu

Takenoko

Hoje saímos da cidade e fomos a um sítio próximo do distroto de Warta, colher brotos de bambu. Já não haviam tantos assim e o receio de que chovesse, nos fez ir neste domingo, pela manhã. Esse broto é do mesmo daquele que apresentei outro dia.  Ainda não sei que espécie é.  O bambuzal é bem fechado, cada bambu chega a ter vários metros de altura, como mostra a foto abaixo.

Bambuzal

E a colheita foi boa… Creio que conseguimos tirar 22 brotos (divididos em 3 veículos), para consumo e dar para os parentes. Para não carregar lixo desnecessário, limpamos os brotos por lá, mesmo. Para quem pensa em colher esse tipo de broto, aviso que é melhor levar um facão, luvas de borracha e ir de camisa de manga comprida. Ele todo é coberto por uma penugem irritante. E, como podem ver, um canivete não daria conta de corta-lo da base… 😀

Takenoko limpo

E, que quebra, também colhemos gengibre novo e abacates… E todo meu conhecimento, se mostrou inútil no meio do mato. Não reconheci um abacateiro à uma distância de 50 metros e não sabia que se comia folhas novas de picão…

Shin-shoga

Bem, a coisa não terminou aí. Voltamos para casa, tomamos banho para nos livrarmos da penugem do bambu e, enquanto eu lavava o carro, a mãe fatiava e tirava o amargor do takenoko. Bem, ela se divertiu muito, mas eu confesso que estou cansada…

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Otoshi-buta

Otoshi-buta

Eu comentei a respeito do otoshi-buta no artigo anterior. Agora explico do que se trata. Tradicionalmente, é feito de madeira, mas o que eu tenho é esse modelo, adaptável a panelas de 14 a 23 cm de diâmetro (há um modelo que serve para panelas maiores, de 26 a 36 cm de diâmetro). A função dessa peça é simplesmente afundar o alimento enquanto ele é cozido. Estranho? Não. É que, se não submergidos, os pedaços que ficam na superfície tendem a ficar mais secos e não absorver bem o sabor do caldo onde são cozidos. No caso de um cozimento com pouco caldo, mas em fogo alto, as bolhas formadas na fervura explodem, batem no otoshi-buta e regam a superfície, mantendo-a úmida…

Mas, se não quiser compra-lo, pode usar, dependendo da receita, uma tampa de outra panela menor, uma folha de papel impermeável (ou alumínio) ou até mesmo um prato. A da foto está à venda no site Rakuten. Mas creio que é encontrável em lojas de produtos orientais.

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Saba Nitsuke (Cavala Cozida)

Saba

Saba é comercializado no Brasil como cavala ou carapau. Por via das dúvidas, coloquei a foto do peixe, que pode mudar de nome de região para região. Na verdade, é uma receita muito simples e popular, e me pergunto porque não publiquei antes.

1/2 kg de cavala

3/4 xícara de chá de sake

1/2 xícara de mirim

1/3 xícara de shoyu

2 colheres de sopa de gengibre em tiras ou fatiado

Limpe o peixe, elimine a cabeça e a cauda e corte em filés. Se as cavalas forem grandes e gordas, corte cada filé ao meio.

Aqueça o sake em uma panela, até abrir fervura. Acomode os filés de peixe, com a pele para cima. Espere tornar a ferver antes de adicionar o mirim. Novamente espere tornar a ferver antes de adicionar o shoyu (dizem que assim, o aroma do peixe é minimizado). Adicione o gengibre. Cubra com uma folha de papel impermeável (para que o peixe não resseque na parte de cima e forme uma estufa; normalmente usa-se um otoshi-buta. Na falta, já vi quem colocasse uma tampa de panela que fosse menor ou um prato invertido) Continue cozinhando por cerca de dez minutos. Sirva cada porção com um pouco de caldo e gengibre. Acompanha arroz branco.

Observação: Se julgar necessário, adicione mais sal ou açúcar. Como as marcas de shoyu variam muito no sabor e quantidade de sal, é provável que seja necessário uma correção. Ao invés de cavala, outros peixes podem ser feitos da mesma maneira. A sardinha é popular na comunidade japonesa no Brasil.

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Maria-Mole, Novamente

Maria Mole

Fiz maria-mole, novamente.  Não que eu goste tanto do doce, mas sim, minha mãe, que é fã também de marshmallows. Só que desta vez, usei leite de coco de verdade. O sabor do leite de coco fresco é muito diferente do engarrafado. É adocicado, suave e não tem aquele cheiro de sabão (do qual a minha mãe sempre reclama). Fazer leite de coco em casa é trabalhoso. Descascar, ralar, espremer, juntar água, aquecer, espremer novamente, para retirar o segundo leite… Ou melhor, era.

Eu tenho uma centrífuga, daquelas que tiram suco de frutas inteiras, cenouras inteiras. Ganhei há anos e, confesso, no início, era um festival de suco de cenoura, beterraba, maçã, abacaxi… No entanto, vendo o disperdício de bagaço, acabei abandonando o suco. Hoje eu mal uso. No entanto, para extrair leite de coco, é uma maravilha! O leite sai purinho, grosso e o coco ralado fino, vai para outro compartimento. Bem, o bagaço do coco não tem quase sabor, porém é rico em fibras e dá para ser usado em um bolo, bom-bocado ou coisa que o valha.

Para a receita de maria-mole,  usei o leite de um coco pequeno e completei com água.

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Fermento Natural

Fermento Natural

Fazer fermento natural para pães, a partir do zero, é algo complicado e que nem sempre dá certo. Digo por experiência própria. Já obtive fermentos que resultaram em pães ácidos, com cheiro estranho ou de textura pegajosa demais. É um processo por demais incerto e o risco de acabar com uma cultura indesejável é grande. O melhor é obter uma amostra e, a partir daí, continuar a alimenta-lo e fazer o pão.

Fermento natural, na grande maioria das vezes, exige que seja alimentado diariamente. No meu caso, que faço pão, é um problema. Consumo muito pouco pão e, fazer pão a cada 2 ou 3 dias seria um tormento. Alguns fermentos não sobrevivem bem na geladeira por longos períodos (pelo que li e ouço comentar). Então, não me restariam boas opções nesse sentido.

No entanto, no Japão, a indústria desenvolveu um fermento natural granulado. Esse fermento é comercializado em casas especializadas e, apesar de ser seco, é preciso mante-lo na geladeira. Esses grânulos são misturados com água e farinha, para a produção da massa mãe. Eu conheço um dos fermentos da Hoshino Koubo.  No site deles, há instruções de como preparar o fermento e pães, em japonês. Mas fica a idéia para alguma importadora. A foto acima é de uma massa mãe feita a partir de um fermento deles. Está sobrevivendo há meses, na minha geladeira. Alimento uma vez ou duas por semana, obtive pães com um miolo bem firme e côdea grossa.

Shirakami Kodama

Outro fermento que me chamou a atenção foi o Shirakami Kodama.  Descoberto há poucos anos, nas montanhas de Shirakami, esse fermento promete bons resultados até mesmo com farinha pobre em glúten e que a massa pode ser congelada, crescendo melhor em uma temperatura entre 28 e 32 ºC. Eu usei pouco e, como tenho algum, pretendo fazer testes com ele em breve.

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Flores de Açúcar

Flores de Açúcar

Ontem passei algumas horas brincando de modelar. Com um pouco de massa elástica, corantes e moldes de silicone para biscuit, fiz algumas flores de açúcar, que usarei em um futuro cup cake. Foi muito divertido! Elas secaram e vou guardar em um pote bem fechado, para não pegarem umidade.

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NHK

NHK Ryori

A NHK está comemorando 50 anos do programa Kyou no Ryouri. No site, disponibilizam receitas e fotos de cada época. A foto acima, é da receita de gyoza, dos anos 50, ainda. Interessante para ver o que foi consumido no país durante esse tempo todo. Mas, infelizmente, o site está em japonês.

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Ops, I did it again.

Celular

Espelho, espelho meu, existe alguém mais disfuncional que eu?

Exageros à parte, eu tenho um probleminha. Troco sílabas. Leio endometriose e falo endomeritose. Tem dias que não consigo falar a-cro-ba-ta (acorobata, acobrata, acobatra, enfim, todas as possibilidades possíveis). E de vez em quando encasqueto com uma palavra. Como o do post anterior. Sempre pensei ter lido eBi pan e não ePi.

Se ficar contando o quanto de palavras que eu erro, não termino esse post nunca. Já peço desculpas aos leitores deste blog e aviso que meus erros, nem sempre são por falta de dicionário e pesquisa. É curto-circuito no meu processador, mesmo.

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Epi Pan

Ebi Pan

No Japão existem pães que, por algum motivo, são muito populares. O epi pan é um deles. Eu confundia com ebi (camarão) e só recentemente fui perceber meu engano. Épi seria do ramo de trigo, daí os “grãos”, de um lado e de outro. É, não fazia sentido pão-camarão, mesmo… 😀

Costumava comprar em padarias, não encontrava em lojas de conveniência. Comia quebrando os “galhinhos”, como lanche.

O pão é, basicamente, um pão francês, enrolado com bacon magro ou presunto e cortado de forma decorativa. O queijo foi por minha conta.

330 ml de água

500 gramas de farinha

1 1/2 colher de chá de sal

1 colher de sopa de açúcar

6 gramas de manteiga ou margarina

2 colheres de chá de fermento seco

Na máquina de pão, coloque a água, o açúcar, sal, manteiga, farinha e fermento, nessa ordem e ligue o aparelho. Na mão, misture todos os ingredientes menos o fermento e a água. Faça uma cova no meio, coloque o fermento e vá adicionando a água. Sove por 10 a 15 minutos, até que a massa fique lisa, sedosa e elástica (pegando um pouco de massa, ela se estica sem romper, até quase ficar transparente).

Deixe crescer até dobrar de volume. Divida em 3 partes, tire o ar, abra em um rolo, em um retângulo de mais ou menos 30 a 40 cm de comprimento por uns 15 cm de largura. Distribua fatias de bacon magro ou presunto e enrole, beliscando na emenda para fechar bem. Deixe descansar até dobrar de volume, coberto.

Corte, usando uma tesoura, em fatias diagonais, sem contudo separa-las, como mostra a foto. Cada fatia, dê uma inclinada, ora para a direita, ora para a esquerda, formando “galhinhos”.

Ebi Pan - Cortando

Pincele com clara, salpique queijo ralado e leve ao forno bem quente por uns oito minutos. Esse tempo varia muito de forno para forno. Observe se a massa firmou um pouco e parou de crescer. Então abaixe para forno médio e termine de assar. Assim que colocar o pão no forno, joguei uma concha de água no fundo do forno, sobre a chapa quente. Forma-se um vapor (e a placa pode até estalar, mas não há problema) e fechei imediatamente o forno. Repeti a operação mais duas vezes, durante os oito minutos iniciais.

É melhor comer no dia, mas não fica ruim se requentado no forninho elétrico, no dia seguinte.

Sobre o Mellon Pan, comentei aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=28

Sobre o An-pan:

http://marisaono.com/delicia/?p=205


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