Danish Bread

Danish

Ou Pão Dinamarquês. Na verdade, Danish Bread, no Japão, é todo pão feito com uma massa menos folheada (e com menos gordura) que o croissant. Ele é apresentado sob vários formatos: enformado, trançado, recheado com creme, geléia ou compota. O que fiz foi o enrolado, coberto com glacê. Costumava comprar desses até em loja de conveniência.

330 ml de água e 1 ovo (quebre o ovo em um copo de medida e complete até 330 ml com água)

500 gramas de farinha de trigo

1 1/2 colher de chá de sal

5 colheres de sopa de açúcar

5 colheres de sopa de leite em pó

60 gramas de manteiga, mais 150 gramas para o folheado

3 colheres de chá de fermento em pó granulado

Eu usei a máquina de fazer pão. Se tiver uma, basta colocar os ingredientes acima, na ordem (exceto a manteiga extra para o folheado) e ligue o aparelho. Senão, misture à mão e amasse por quinze minutos, até que a massa fique elástica, brilhante e sedosa.

Deixe crescer uma vez.

Depois de fermentada, abra em um retângulo de 15 por 45 cm, passe a manteiga (que não deve estar muito gelada) em 2/3 da superfície. Dobre a parte sem manteiga e dobre o outro terço sobre ela, formando um retângulo menor, de 3 camadas. Abra, torne a dobrar em 3 e mais uma vez. Se sentir dificuldade, deixe a massa descansar 30 minutos na geladeira antes de tornar a dobra-la.

Abra em cerca de 1 cm de espessura, corte em tiras, torça e forme as rosetas, enrolando-as como um caracol. Deixe crescer até dobrar de volume, pincele com gemas batidas e leve ao forno pré-aquecido, forno médio para quente (isso depende muito de forno para forno) até corar. Verifique o fundo, se está tostado.

Cubra com um glacê feito com açúcar impalpável e um pouco de água, despejando com uma colher sobre os pães ou usando um saco de confeiteiro.

Mais sobre os pães consumidos no Japão, aqui.

PS: A receita foi adaptada do manual de instruções do aparelho da Panasonic…

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Castanhas

Shibukawa

Eu cresci ouvindo meu pai dizer maravilhas sobre as castanhas assadas e que minha avó gostava muito de arroz com castanhas. As castanhas assadas, fui comer só em Kashiwa, província de Chiba. Um vendedor misturava com uma pá seixo miúdo e castanhas pequenas. Aquilo tinha um aroma muito doce. Gostaria de poder tirar uma foto dessa lembrança. As castanhas, a fumaça doce, a neve e aquela alegria simples.

Tenho impressão que o brasileiro, de uma maneira geral, não consome castanhas, fora o Natal. Vi castanhas para vender, produção nacional, durante todo o mês de fevereiro, na feira, a apenas 8 reais o quilo. Na Liberdade (SP), vi a 4,50 reais o pacote com meio quilo. Não parecia que houvessem muitos interessados. A safra continua março afora, dependendo do ano.

Além das castanhas assadas, do arroz com castanhas, os japoneses também usam as castanhas para fazer doce com gelatina (yokan), recheiam bolinhos assados com pasta de castanhas (kuri-manju) e cozinham na calda. A foto acima é do kuri shibukawa ni, um prato do qual só vi uma citação em um livro. Semelhante ao marron glacé, é de preparado demorado. A casca é retirada, mas a película é mantida, dando uma aparência mais “natural”. O problema é que essa película é amarga e, para retirar esse amargor, são dois dias de trabalho. Perguntei para parentes e ninguém conhecia. Confesso que, enquanto fazia, sentia-me um tipo de arqueóloga culinária. A receita, bem… Talvez eu publique em um livro, um dia. E o tanino das cascas acabaram com uma camiseta minha… Ela está irremediavelmente manchada de marron.

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Festa Japonesa na Liberdade

Acabei de receber o recado do Claudio Sampei e repasso para quem mora em São Paulo ou pretende ir à cidade nos próximos dias.

No mês de março, os bolsistas 2008 e a Associação Brasileira de ex-Bolsistas no Japão (Asebex) realizam o Natsu Matsuri dos Bolsistas
2008 (09/03), um evento aberto para toda comunidade.

Como parte das comemorações dos 100 anos de imigração japonesa no
Brasil, e também para celebrar a ida de mais de 40 bolsistas que irão
neste ano estudar ou estagiar em universidades ou empresas japonesas, o
objetivo deste evento é divulgar a cultura japonesa e seus costumes
através de apresentações, culinária e outras atividades
desempenhadas pela comunidade nipo-brasileira. Além de constituir um
fundo de auxílio mútuo destinado a suprir gastos em casos de extrema
necessidade de qualquer um dos bolsistas durante o período de estadia
no Japão.

Data: 09 de março de 2008
Horário: das 11h às 18h
Local: Associação Aichi do Brasil – R. Santa Luzia, 74 – Liberdade
Preço: R$ 7,00 (antecipado) com direito a 1 espeto e R$ 10,00 (na entrada)

Pontos de venda:

* Zona Norte:
Marioke (Shopping Center Norte) – Travessa Casalbuono, 120, loja 103.
Tel. 6222-2085
* Zona Sul:
Kopenhagen (Shopping Santa Cruz) – Rua Domingos de Morais, 2564, 1º
piso, loja 30. Tel. 3471-7930
* Zona Leste:
Kaori Cabeleireiros (Vila Carrão) – Avenida Cons. Carrão, 3459. Tel. 6191-0872
* Zona Oeste:
Hanako Orient Food (Vila Leopoldina) – Avenida Queiroz Filho, 909.
Tel. 3832-2523 / 3832-2095.
* Centro:
Haikai (Liberdade) – Rua Galvão Bueno, 224. Tel. 3277-7267.
* ABC:
Japan House – Rua Jurubatuba, 156 – Centro – São Bernardo do
Campo. Tel. 4122-4172

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Sushi Automatizado

Makizushi Robot

Como já comentei, trabalhei em indústria de alimentos durante dois anos, no Japão. Para mim, acho que foi uma boa experiência saber como é a produção em massa de sushis e refeições. Aprendi muito – desde normas de higiene e segurança, administração de estoque e, principalmente, de tempo. Cada noite (eu trabalhava no turno da noite) era uma corrida contra o relógio.

Talvez, para os olhos do brasileiro, a coisa mais estranha seja a produção de sushis em massa. Robots fazem a maior parte do trabalho. O arroz vinha já pronto de outra unidade, em caixotes. A máquina se encarregada de espalhar uma camada uniforme de arroz (no caso dos makizushis – sushis enrolados) sobre a alga nori, que vinha em rolos e não em folhas, como encontramos no mercado. A mão humana só entrava para distribuir o recheio, conferir o peso – a máquina já se encarregava de cortar os toletes – e acomodar em bandejas. Dali iriam para serem fatiados em outra máquina e enviados para as esteiras de produção, onde recebiam enfeite, porção de gengibre e embalados.

Sobre a qualidade, tenho que dizer que tudo era rigorosamente bem limpo. Boa parte do equipamento era desmontável e lavável. A mão humana (enluvada, claro) só entrava onde era essencial. Controles digitais ajustavam a intensidade, espessura, velocidade. Creio que os modernos robots estejam melhores ainda, amassando menos os grãos de arroz. A qualidade do arroz também não era má. Na verdade, usavam o arroz Koshihikari, que considero ótimo para sushis. Enfim, para algo que custaria ao consumidor algo entre U$2,50 a U$3,00, não era tão ruim assim. Limpo, boa aparência, sabor razoável e satisfatório.

Deixo claro que isso era uma indústria. Certamente um apreciador de sushis iria torcer o nariz para as bandejinhas vendidas em lojas de conveniência. Mas faço uma comparação com o pão. O industrializado não é tão bom. Mas nem sempre se é possível consumir um artesanal, feito com fermento natural, assado em forno a lenha. São dois aspectos diferentes do “comer”.

A foto acima é de uma máquina semelhante à que eu operava. O fabricante é a Suzumo Machinery Co.


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Na Feira, Esta Semana

Edamame

Ainda encontro soja verde nas bancas. Para quem não conhece, o soja verde (edamame) é um petisco típico do verão japonês e costuma acompanhar a cerveja. Basta cozinhar em água e sal.

shin shoga

Para quem quer fazer gengibre em conserva (gari), ainda há tempo. Ainda dá tempo de comprar o gengibre novo, de casca fina, macio e de sabor mais suave. Geralmente vendido em maços. Encontrei a dois reais o maço. O que fiz no ano passado continua gostoso, embora tenha escurecido um pouco.

Para Ume

E também está na época da vinagreira. Como estamos no centenário da imigração, porque não repetir a criação consagrada da colônia japonesa no Brasil? O Pará Ume é invenção nossa. Na Liberdade estava a 3 reais o pacote. Também pode ser comprado em maços, com os galhos, em alguns lugares do Brasil.

Também continua a safra de nigauri ou goya,  começaram a aparecer os brotos de bambu do tipo gigante e caqui.

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Massas para Gyoza

gyoza taichi

Nos dias que estive em São Paulo, aproveitei para testar duas massas para gyoza que comprei na Liberdade. Ambas foram compradas na mesma loja e pelo mesmo preço e continham a mesma quantidade de discos: 20. A acima, é da Tai-chi e contém ovos.

gyoza huang

Esta é da Huang Guiyao e é feita apenas de sal, farinha e água.

A primeira era mais macia e obtive resultados melhores, depois de cozida (na verdade, assada-frita no vapor, como fazem os japoneses: em uma frigideira untada, arruma-se os gyozas e deixe que fritem até corar o fundo; depois acrescenta-se água, tampa-se e deixe que cozinhem no vapor).

A segunda era mais seca e mais difícil de trabalhar. A cor não ficou muito bonita. Talvez se saísse melhor se feita apenas no vapor ou frita.

Sobre como fechar os gyozas, eu já escrevi aqui.

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Presentes

Doce de Banana de Ubatuba

Estive em São Paulo há uns dias e ganhei presentes deliciosos de amigas queridas. O primeiro, um doce de banana e canela de Ubatuba, da Márcia. Macio, não tão doce e perfumado. Totalmente diferente dos doces de banana que encontro por aqui. Só me lembro de ter comido algo tão bom assim em Antonina (PR), ainda nos anos 80.Fungi Porcini

Outro foi um pacote de funghi porcini, da Marcia Olivan. Claro que estou louca para fazer uma massa fresca ou um risotto.

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Croquete Cremoso

Koroke

No Japão, o croquete é um prato muito popular. O croquete cremoso tem como base o molho bechamel, ao qual adiciona-se frango, cogumelos, carne de caranguejo, camarão, legumes variados. A receita que publico é de frango. A foto não é minha, peguei aqui. Quando fiz, noutro dia, não resisti e comi todos.

Croquete Cremoso (Chicken Cream Koroke)

1 cebola pequena, bem picada

50 gramas de manteiga

80 gramas de farinha de trigo

2 xícaras de leite

200 gramas de frango cozido e desfiado (ou sobras de frango assado)

sal, pimenta do reino

Farinha, ovo e farinha de rosca grossa (panko) para empanar

Óleo para fritura

Refogue a cebola picada na manteiga, em fogo brando, até começar a dourar. Adicione a farinha, misture e junte o leite pouco a pouco, misturando bem (eu uso um batedor de arame) a cada adição. Deixe cozinhar por 3 a 4 minutos, em fogo baixo. Junte o frango, tempere com sal e pimenta e retire do fogo. Coloque em uma vasilha, deixe esfriar, cubra e leve à geladeira, até gelar bem. Se puder, deixe de um dia para outro.

Com uma colher, modele os croquetes, passe em farinha, ovo e farinha de rosca. Trabalhe rapidamente, porque a massa amolece quando aquecida. Deixe descansar por duas horas ou mais na geladeira, sem cobrir, para que firme mais um pouco e seque um pouco.

Frite em óleo bem quente, para que se forme a crosta antes que a massa amoleça e comece a escapar. Não se preocupe demais se ficar um pouco frio no centro. Depois de uns minutos, a temperatura do croquete se iguala e o centro fica morno.

Sirva com molho inglês, ketchup ou molho tonkatsu.

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Takenono

Takenoko

Takenoko

Estamos na época (novamente) do broto de bambu. Dessa vez, do tipo gigante. Gigante mesmo, conforme a foto acima (com a minha mãe servindo de modelo e de medida). Grande, carnudo, macio e muito apreciado pela comunidade local. Com tanto broto de bambu, perguntei como fazer para conserva-lo. A maneira mais prática sugerida pelos parentes foi de salga, prensa e conservação em salmoura, depois de retirado todo o amargor. Ou seja, praticamente o menma (broto de bambu salgado, comercializado em saquinhos, em mercados japoneses). Claro que antes de usa-lo, essa conserva passaria por uma dessalga, antes de ganhar sabor de shoyu e caldo.

Mas, para quem não mora no interior e não conhece ninguém que tenha um bambuzal, o melhor mesmo é ir à feira comprar.

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Pela Liberdade

 Yamasa shoyu

Passei rapidinho pela Liberdade. As dicas são o shoyu Yamasa – usukuchi, no Marukay, a R$9,80 e o comum na Casa Bueno a R$9,40, ambas na Galvão Bueno. Na praça da Liberdade, logo na saída do metrô, cogumelo shiitake seco, a R$22,00, meio quilo.

E na Galvão Bueno, 469 (acho), um gomuku lamen bom, com camarão, frango, porco, ovos de codorna e broto de feijão a R$16,90, com caldo à base de shoyu e frango.

E por fim, refresco de pêssegos, do tipo que eu costumava comprar nas máquinas de venda automática.

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