Chá de Goya (Nigauri)

Nigauri

Está na época desse pepino amargo. Ganhei uma boa porção de um parente, que planta. Lembrei que não comentei sobre o chá dele. Se faz bem ou não, não garanto. Há quem diga que emagrece. Eu não acredito em superalimentos nem em dietas milagrosas. Mas houve uma época que era febre no Japão e é provável que ainda venda bem.

Para fazer o chá de goya (ou nigauri), basta tirar as sementes, raspando com uma colher, cortar em fatias finas e secar. Alguns finalizam tostando levemente em uma frigideira seca. E então, fazer o chá, como qualquer outro, colocando uma porção em água quente e deixando descansar por 3 a 5 minutos.

O gosto não é bom, não…

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Do Quintal

pimenta no vaso

Pimenta plantada em vaso dá. E deu muito, este ano. Encheu um vidro enorme e ainda tem mais para colher. Tão vermelhas e bonitas que não resisti e tirei foto.

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Defumando em Casa

Defumador Portátil

Eu já falei da técnica de defumar pequenas porções de carne usando uma frigideira. No entanto, quando é algo maior ou quero um resultado melhor, uso um pequeno defumador doméstico. Esse seria algo para ser usado ao ar livre, em um acampamento, por exemplo. Não dá para usar em peças grandes, mas funciona bem com linguiças, fatias grossas de carne, peixe (embora não tenha feito ainda). Esse tipo de defumação é a defumação a quente, ou seja, a carne vai cozinhar e ganhar um aroma da fumaça. No entanto, é um equipamento pouco sofisticado e tem suas limitações. Existem modelos (um dia ainda terei um) com termômetro e a possibilidade de controlar a temperatura.

Serragem para defumação

Nesse defumador, uso barras de serragem prensada (de madeira de árvores frutíferas, como maçã, nogueira, cerejeira ou pecan). Não faço idéia de onde comprar essas barras e, quando as minhas acabarem, eu precisarei encontrar outra alternativa. Basta atear fogo nelas, que elas queimam lentamente, liberando bastante fumaça (óbvio). Coloco na parte de baixo, dentro de um pratinho de metal, fecho tudo e deixo lá, de 30 minutos a algumas horas, dependendo do quê estou defumando.

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Bolo Salgado de Milho

Sopa Paraguaia

Existe um prato chamado Sopa Uruguaia, que não é sopa, é um bolo salgado feito com milho. Um amigo meu, ao telefone, disse que fez, passou as orientações meio que vagas e hoje, vendo milho verde na feira a 25 centavos cada um, resolvi encarar.

Não ficou mau, ficou um bolo macio, úmido. Sem farinha (uma boa para os celíacos) e sem gordura (ótimo para quem, como eu, tem que controlar a ingestão de óleos e afins). E rico em fibras. Não coei, usei o milho com bagaço e tudo.

2 espigas grandes de milho, debulhado (basta passar a faca rente ao sabugo)

1 cebola grande

1 colher de óleo

1/2 xícara de água

3/4 de xícara de leite

2 ovos – claras batidas em neve

4 colheres de fubá fino

1 colher de sobremesa de fermento em pó

Sal e queijo ralado à gosto

Refogue a cebola picada no óleo. Quando ficarem transparentes, junte a água e deixe cozinhar em fogo baixo por uns 5 minutos. Coloque no liquidificador junto com o milho, o leite, as gemas. Bata até formar uma pasta. Tire do liquidificador, junte o fubá e o fermento e misture. Por fim, claras em neve e sal.

Despeje em uma assadeira pequena (20 por 30 cm, algo assim) bem untada e, se quiser, cubra com queijo ralado. Leve ao forno médio, pré-aquecido, até dourar. Sirva como acompanhamento ou lanche.

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Bairro da Liberdade

yakiimo

Fui algumas vezes lá. Poucas, é verdade. Mas é um lugar bom para compras e passeio. Mas nem tudo é japonês, muitos comerciantes são chineses. Garimpando, encontro pechinchas (da última vez voltei para casa com um pacotão de cogumelos shiitake desidratado e outras coisinhas por um preço muito bom).

Mas procurem por uma velhinha com uma caixa de isopor. Ela costumava ficar numa esquina, mas me disseram que agora ela faz ponto na ponte da Galvão Bueno. É a única pessoa que conheço, no Brasil, que vende batata doce assada na pedra, “ishiyaki imo”. A batata doce assada na pedra é mais doce, devido à amilase, temperatura exata e outras coisinhas das com as quais não tenho a menor intimidade (sempre fui péssima em Química). O fato é que japonês ama batatas doces assadas e toda semana passava uma caminhonete pelo meu bairro, tocando uma musiquinha: “Ishiyaaaaki imo, yaki imo, yaki imoooo”. Se quer ter um contato com uma parte da culinária japonesa pouco conhecida, procurem essa senhorinha e comprem uma batata dela. Juro que não é parente e não estou ganhando comissão!

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Imigração Japonesa

Este ano é o ano do centenário da imigração japonesa no Brasil.

Dizem que São Paulo está se preparando (e não é de hoje) para a festa. Curiosamente, não ouço nada aqui em Londrina, o que é uma pena. Seria uma boa, tanto para o comércio, como para comunidade, com a divulgação da cultura japonesa de um modo geral.

A Folha está com um site dedicado a isso, publicando matérias a respeito. Só não gostei da idéia de sake em drinques. Prefiro o meu, puro.

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Essência da Culinária Japonesa

Perguntam-me sobre o que é comida japonesa e o que não é. O sushi e sashimi se popularizaram, em parte pela moda americana, em parte pela idéia de que se trata de uma refeição saudável. No entanto, seria ingenuidade resumir a culinária de um país a dois pratos. Ingredientes também não servem como referência. Hoje em dia, é possível encontrar ingredientes de todo o planeta, em qualquer grande centro.

Eu definiria a cozinha em uma palavra: simplicidade.

As receitas que publiquei da culinária japonesa são todas simples, poucos ingredientes. E não é por acaso. A culinária japonesa é assim. Ingredientes puros, frescos. E técnicas para se tirar o máximo de sabor, aroma e textura de cada um. Não há uma confusão de aromas e sabores. Simples nem sempre significa fácil. É preciso conhecer o ingrediente e as técnicas. Acertar o ponto de fritura de um tempura é um desafio. A tecnologia pode até garantir temperatura do óleo constante, mas só a prática nos dirá quando é hora de tirar o camarão do fogo. Cozinhar arroz parece banal, mas o problema começa na escolha do grão, passando pela lavagem e quantidade de água. Enfim, são muitos os detalhes da perfeição. Mesmo em algo que possa parecer banal. Contenha a vontade de acrescentar algo.

Sazonalidade. Repeite a Natureza, coma o que é fresco, o que é da época. E fique atento às bancas das feiras se quiser comer gengibre novo, broto de bambu ou mioga. Quem ama comer, sabe que esperar pela melhor época. Não complique. Procure o que a estação tem de melhor a oferecer e desfrute. No Brasil temos oferta de produtos o ano inteiro, embora nem sempre de qualidade. Eu prefiro ir à feira, uma vez por semana. Eventualmente, compro direto do produtor.

E outra coisa que conta muito é a apresentação. A louça é o quimono da comida. Embeleza, complementa. A cerâmida japonesa de qualidade, é suave ao toque e leve. Segure-a com a mão. Há um encaixe, a textura é agradável. Ao contrário do que alguns andam cometendo, todos os enfeites precisam ser comestíveis e estão lá por algum motivo. Para não ficar com uma apresentação monótona, é comum colocaram um pedaço de tofu quadrado em uma tigela redonda. Dê-se esse prazer. De usar uma louça bonita, em uma refeição elegante.

Bem, esta é a minha opnião.

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Lamen

lamen

Há mais ou menos um ano tentei fazer um lamen caseiro. Não ficou muito bom. Faltou consistência à massa e o caldo ficou a desejar.

Hoje, pesquisando sobre o kansui, que promoveria a gelatinização necessária à massa, encontrei esta receita no Basilico, da Mari Hirata, que me pareceu ser boa, que reproduzo aqui:

Massa para lamen
Mari Hirata

Ingredientes
200 g de farinha para pão(mais forte, com glúten)**
150 g de farinha para bolo(mais leve)**
1 col. (chá) de sal
1 col. (chá)rasa de kansui***(mistura de carbonato de potássio e carbonato de sódio na proporção 6:4)
1 ovo médio (50 g)
1/3 de copo de água (60 a 70 ml)
* Esta massa serve para yakisoba, tyamppon etc.
** Podem ser substituídas por 350 g de farinha de trigo comum
*** o kansui utilizado nas massas chinesas é responsável pela cor amarelada e pela consistência do macarrão.Aqui, seu uso é opcional


 

Preparo

Peneire os ingredientes secos. Abra uma cova no centro e coloque o ovo misturado à água. Sove até formar uma bola lisa e firme, que não grude mais.Embrulhe em um pano levemente umedecido e deixe descansar em temperatura ambiente por 30 minutos.

Divida a massa em 4 e abra várias vezes cada pedaço, com um rolo ou máquina de macarrão, até que a massa saia lisa e uniforme, mas não fina demais (A penúltima espessura da máquina de macarrão é a mais indicada).

Se a massa for aberta com o rolo: quando a massa chegar a cerca de 3 mm de espessura, estique-a mais um pouco com as mãos, enfarinhando-as bem para não grudar.

Enrole e corte com a faca ou na máquina de macarrão na largura de espaguete fino. Para preparar o lamen, cozinhe em 2 litros de água fervente por 2 minutos, escorra bem e coloque no caldo (diferentemente do macarrão italiano,a massa deve estar fresca: antes de colocá-la em água fervente, manipule a massa para que ela fique elástica e al dente).

Rendimento: 4 porções

Para meu desespero, não encontro carbonato de potássio nem carbonato de sódio na cidade…

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Petit Four

Petit Four com Goiabada

A receita é da Cozinha de A a Z, fascículo 17. É um biscoito sem muita pretensão, com goiabada.

3/4 xícara de manteiga

3/4 xícara de chá de açúcar

2 ovos

1 coher de chá de baunilha

2 xícaras de farinha de trigo

2 colheres (de café) de fermento em pó

24 pedaços de cereja em calda ou goiabada, para guarnecer.

Bata a manteiga com o açúcar até formar uma pasta lisa e esbranquiçada. Junte os ovos e a baunilha, sem para de bater.

Peneire juntos farinha e fermento. Junte aos demais ingredientes sem bater.

Faça biscoitos redondos sobre uma assadeira untada e enfarinhada. Use para isso um bico de confeitar pitanga gigante. Coloque um pedacinho de cereja ou goiabada em cada biscoito. Leve ao forno quente por cerca de 15 minutos, até ficarem dourados.

Variação: Prepare a receita sem o confeito de cereja ou goiabada, polvilhando apenas açúcar cristal por cima.

Sirva com bebidas licorosas.

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Origens

cozinha-de-a-a-z

A primeira publicação sobre culinária que vi, em toda a minha vida, foi a Cozinha de A a Z. Vejo que foi publicado em 1972. Naquela época, não se falava em ervilha. Eram petit pois. Eu fiquei sabendo o que era zabaione na Bom Apetite, também da mesma época. Hoje encontro nos sebos, alguns fascículos. Chega a ser engraçado. No entanto, existem muitas receitas boas em ambas coleções, tradicionais. Talvez fora de moda, com fotos engraçadas (para o nosso conceito estético atual), mas a maioria não leva os “aditivos” tão comuns hoje em dia (glutamato, caldo em cubinhos, tempero pronto, etc). E depois segui com a Cláudia, depois a Edith Eisler passou a editar uma revista com cardápios semanais. Hoje em dia não acompanho tão de perto revista alguma. Tenho uns livros e os consulto com frequência. Uma vez por semana vou às bancas de jornais ver as capas…

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