Salada de Mizuna e Bardana Crocante

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A primeira vez que fui a um “izakaya”, pensei que iria apenas beber. Tratava-se de uma confraternização entre colegas de trabalho. Mas, para minha surpresa, havia comida. Digo, comida, mesmo, não apenas petiscos:  peixes grelhados e saladas, alem de espetinhos, sashimi, frango frito (tori no karaage), conservas… Demorei para entender porquê não poderia ser chamado de restaurante: não havia arroz (goham) no cardápio.

Achei curioso também o fato de servirem pratos leves. Aqui no Brasil quase sempre combinamos bebidas com alimentos gordurosos. A salada de mizuna é um exemplo. A verdura, ainda pouco popular no Brasil, cresce bem e rápido. Ligeiramente amarga, com textura pouco mais firme que a alface romana, serve para saladas e cozidos. Pode ser escaldada e servida com um molho. No caso, usei folhas jovens, que são mais tenras.

Lave e escorra bem as folhas de mizuna. Corte em pedaços irregulares.

Raspe uma raiz de bardana (gobô) e corte em tiras finas (ou use um cortador; é bem mais fácil). Deixe em uma bacia com água até a hora de preparar. Mantenha a bardana em água porque ela escurece.

Escorra as tiras de bardana e salpique amido de milho ou polvilho. Frite em óleo quente até dourar e secar bem. O resultado será um monte de tiras crocantes.

Tempere as folhas de mizuna com shoyu, vinagre e óleo de gergelim. Adicione ingredientes que preferir. Eu experimentei juntar atum em lata. Comi uma salada com cubinhos de tofu e tiras de nabo também.

Arrume em um prato uma porção das folhas temperadas e coloque uma porção de bardana frita por cima. Sirva imediatamente.

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10 Responses to Salada de Mizuna e Bardana Crocante

  1. LuMa diz:

    Gostei desta receita, Marisa, ainda que eu tenha que substituir os ingredientes pelos disponíveis. Gostei do casamento de crocância do cru com o frito. A ver essa verdura, parece muito com a rúcula, não é mesmo?

    A propósito de ‘izakaya’, adoro a sua miríade de comidinhas e petiscos. A gente acaba gastando até mais que em restaurante, porque a vontade de pedir novas porções é irresistível mesmo. Mas o que mais curto é a presença de muita variedade de verduras entre petiscos. (Eu tento recriar aquele clima em casa tbém!)

    • Marisa Ono diz:

      O mizuna não tem o mesmo aroma da rúcula. Usei-o porque esta verdura está começando a aparecer nos mercados brasileiros, mas é apenas uma sugestão.
      Para mim, foi ótimo ir a um izakaya com alguém que já frequentou e, literalmente, submeti-me ao paladar alheio. Não escolhi nada, exceto minha bebida. De outra forma, era bem possível que eu ficasse só nos petiscos mais familiares…

  2. olá eu quero saber mais da raiz bardana ou gobo é facio conseguir muda mais iformação de outras rais igual a bardana e as folhas da bardana aguardo resposta

    obrigada nilce rodrigues

  3. WILLIAN DE MOURA BRAATZ MARTINEZ diz:

    FIQUEI CONHECENDO A BARDANA, SOUBE DE SUAS PROPRIEDADES TANTO MEDICINAIS COMO ALIMENTICIAS E COMO EU MORO (JAU/SP), NÃO ENCONTREI PARA COMPRAR, COMPREI NA CIDADE DE ITAPEVA/SP AGORA GOSTARIA DE SABER SE VOCE TEM ALGUMA RECEITA DE PICLES COM BARDANA, OU POSSO FAZER NATURALMENTE COMO OUTROS TIPOS DE PICLES.

    PARABENS PELA SUA PAGINA, É MUITO INSTRUTIVA.

    • Marisa Ono diz:

      Nunca fiz picles de bardana, não sei como seria, Willian. Mas vá devagar com a bardana. Pode ser bom, mas por conter muitas fibras, não é aconselhável abusar, sobretudo se tem algum problema de digestão.

  4. hilario diz:

    gostaria de saber onde acho a raiz de bardana !moro na vila carão -saopaulo – muito obrigado

  5. PATRICIA diz:

    NO JAPAO COMIA UMA SALADA FEITA DE GOBO, QUE ERA VENDIDA NO HOKA HOKA,
    ERA FEITA DE GOBO CENOURA E MAINESE, VC SABE A RECEITA? GOSTARIA DE APERNDER

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