Hoje de manhã, no Twitter, conversei sobre comida de Okinawa. O assunto surgiu por conta da matéria no Paladar. Para mim, comida de Okinawa é porco de várias maneiras (e partes também), goya, tofu firme, peixe frito, algas, Okinawa soba e vegetais refogados. Não me lembro de conservas, de cozidos. A verdade é que não conheço muito a comida desse extremo japonês, apesar de ter convivido com descendentes de okinawanos.
Faltava o saataa andagi (alguns enscrevem sata andagi, mas a grafia não bate com a romanização corrente no Japão). Trata-se de um bolinho de massa mais seca, mais para donuts, feito com açúcar mascavo. Como não queria que ele ficasse muito escuro, misturei um pouco de açúcar comum. Também já vi feito só com açúcar comum e versões com resíduo de soja.
Minha mãe dizia não gostar de saataa andagi. Bem, ela até hoje só havia comido desses bolinhos comprados prontos, já frios. Quentinhos, eles são crocantes por fora, firmes por dentro e docinho na medida. É uma receita muito fácil e rápida, em menos de meia hora você terá 15 a 18 bolinhos.
200 gramas de farinha de trigo
2 ovos médios
40 gramas de açúcar mascavo peneirado (sempre sobram uns grumos que não se desmancham, prefiro peneirar antes de usar)
40 gramas de açúcar refinado
1 colher de chá de fermento em pó
1 pitada de sal
1/2 colher de óleo
2 colheres de sopa de leite
Um pouco de óleo para untar as mãos e mais óleo para fritar
Coloque a farinha, os dois tipos de açúcar, o fermento e o sal em uma tigela e misture. Junte os dois ovos batidos, o óleo e misture. Adicione o leite aos poucos. Talvez não precise. O resultado é uma massa bem pegajosa, grudenta. parecendo com barro.
Aqueça cerca de 3 dedos de óleo em uma panela ou frigideira funda. Faça bolinhas com cerca de 1 colher de massa. Unte as mãos com óleo para que não grudem Frite em bastante óleo, em fogo baixo, para que fiquem bem cozidas por dentro sem queimar.
Os bolinhos irão rachar e é para ficar assim mesmo. Alguns enxergam como botões ou flores, mas acho que precisa de um bocado de imaginação. Crescem bastante.
Como são doces, não é preciso açúcar para salpicar. Gosto deles quentes, mas podem ser comidos frios também. São comidos no lanche, entre as refeições.
Cheguei primeiro pra provar essa delícia!
Fica um pouco diferente do que fazemos em casa, é uma bolinha com uma rachadurinha, que fica melhor com o passar dos dias… Ai que tortura! Eu quero!!!
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Pois é, Shima, esse bolinho tem que rachar. Já vi também uma versão em que passam em uma calda à base de melado mas não gostei muito, não, ficou molhado, achei um pouco estranho. Com resíduo de soja, que comi uma vez, ficou bom, sabia? Mas ainda não testei nenhuma receita.
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Obaatian costumava fazer exatamente assim…como era bom o bolinho dela…
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Marisa, esse rachadinho não é por acaso. Coloca-se a massa na mão e espreme para que ela saia por um buraquinho entre o polegar e o indicador. O objetivo, após a fritura, é que se forme uma TULIPA. E “é verrrdade”. Veja fotos no Google.
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