Kikkoman

Já falei de shoyu e o processo de fabricação. Agora, sobre a qualidade, abaixo dos artesanais e dos inacessíveis à maioria dos seres humanos, fica o da Kikkoman. A sede fica em Noda, província de Chiba. Morei na cidade vizinha, Kashiwa, durante dois anos e trabalhei em Noda. Estive esse tempo todo próxima a empresa e até cheguei a levar uma pessoa doente ao hospital da Kikkoman. Lembro-me também de ter lido, lá no hospital, um folheto falando sobre a história da empresa e de quanto se trabalhou para divulgar o shoyu como um “All Purpose Seasoning“. Hoje, o molho de soja acompanha tanto pratos japoneses com vai para temperar uma salada em mesas brasileiras.

A empresa, de fato, surgiu em 1925 e chamava-se Noda Shoyu e era resultado da união de 8 empresas familiares, entre elas, a Mogi e Takanashi, com mais de 250 anos de tradição na produção do molho . Em 1964 é que se tornaria a Kikkoman. Em 1972 seria inaugurada a fábrica nos Estados Unidos. Hoje, além do shoyu – que pode ser tradicional, light, premium – , a empresa produz molhos diversos

E, curiosidade: Alguém sabe o significado do Logo da Kikkoman? O hexagono simboliza a carapaça de tartaruga, símbolo de longevidade. E o ideograma escrito significa “10.000”. Vida longa à Kikkoman. Hoje é a maior marca de shoyu do mundo.

Segundo a Zendai, a empresa importa exclusivamente o shoyu da Kikkoman, o molho comercializado no Brasil é produzido em Singapura. De tantos que provei, da própria Kikkoman, preferia a que possuía menos sal. Costume meu, mais o sabor característico. E não, eu até que não uso tanto shoyu assim. Uma garrafa, apenas para mim, costumava durar meses.

Outra curiosidade que esqueci de comentar é que em alguns lugares chamam o molho de soja fermentado naturalmente de tamari, enquanto que molhos feitos por hidrólise podem ser chamados de shoyu. Já no Japão, tamari é outro molho, feito por um processo distinto. É caro e raro.

Mais informações na Kikkoman.

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