“Vai fazer uma coisa com essas batatas ou não vai? Vão acabar brotando…”
A queixa de minha mãe acabou rendendo um petisco que ela não conhecia. Eu comprava uns palitos de batata-doce cobertos com açúcar nas lojas de conveniência, no Japão. Confesso que não sei o nome. Chama-se imo-kempi. Acabei fazendo hoje do meu jeito e sabe de uma coisa? Acho que ficaram melhores.
2 batatas-doces médias para grandes
140 gramas de açúcar
1 colher de chá de glucose (Karo)
2 colheres de chá de shoyu
40 a 50 ml de água
Gergelim preto tostado (aqueça em uma frigideira seca, sem óleo; vá mexendo até que começar a ouvir uns estalinhos e o sabor e aroma sejam de torrado. Retire imediatamente do fogo e despeje em um prato ou tigela fria, porque na frigideira continuará a torrar e passará do ponto)
Óleo para fritura
Corte as batatas-doces e coloque em uma tigela com água e sal. Eu fui cortando na diagonal e dando um quarto de volta, formando umas porções meio triangulares, meio piramidais. Quando fritar, vai ter bastante borda douradinha, sequinha.
Misture o açúcar, a glucose, a água e o shoyu. O shoyu é uma questão de gosto, talvez prefira mais ou menos. E também do tipo de molho de soja, alguns são mais salgados, outros menos. Leve ao fogo até dissolver bem o açúcar e formar uma calda não muito rala.
Coloque as batatas em uma panela ou frigideira funda e cubra com óleo. Leve ao fogo alto. Começando com óleo frio, as batatas terão tempo de amaciar sem queimar. Resista e não mexa nelas até começarem a ganhar alguma cor. E tome cuidado para não queimar, depois de certo ponto, elas douram muito rápido. Escorra sobre papel absorvente.
Enquanto as batatas estão quentes, aqueça a calda e jogue-as dentro da panela. Misture para que a calda cubra todas elas e continue mexendo com delicadeza. Junte o gergelim. Mantenha no fogo até perceber que a calda ficou um pouco opaca. Despeje em uma assadeira untada e, imediatamente, separe os pedaços uns dos outros para que não grudem. Em poucos instantes a calda irá açucarar. Mas cuidado: ainda estará bem quente. Deixe amornar antes de comer.
Fica com uma crosta fina, açucarada, com um sabor de coisa corada, tostada e, por dentro as batatas estarão muito macias. Usei as chamadas batata-doce japonesas, de casca rosa-claro, porque são bem sequinhas. Comi depois do jantar, mas ficaria melhor no lanche.
São muito gostosas ainda mornas, mas continuam boas depois de frias.
Uma receita japonesa com ingredientes simples, isso é raridade. Vou anotar essa pra depois fazer
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Muito pelo contrário, Say. Receitas japonesas costumam ser muito simples. São raras as receitas que exigem várias horas de cozimento e que peçam duas dúzias de ingredientes. O que há é o cuidado na técnica e detalhes.
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Isso é maldade, Marisa!!!
Agora tô salivando de vontade de comer batata doce, que delícia!!!
Beijos
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Nos ultimos meses devo ter feito alguns milhares de chips de batata doce para os canapés que produzimos nos eventos.
Para não usar gergelim torrado/moído (que suja os dentes dos convidados), utilizo uma porcentagem de óleo de gergelim na fritura.
A calda que fizeste me lembra comer moti no café da manhã da obachan. ‘shoyu e açúcar para parar em pé’ (palavras dela)
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É Ricardo, shoyu e açúcar é uma combinação muito comum. Está presente em manjus, karinto (biscoitos fritos), sembei…
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Olá!Conheco hoje a sua pagina e estou adorando!O nome dessas delícias é daigako imo.Tentei fazer aqui mas todas as vezes náo fui muito feliz.A calda açucarava e não formava aqueles cristais de caramelo… Vou tentar do seu jeito!
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Não, Tadashi, isso não é daigaku imo. O daigaku imo é coberto com uma calda de açúcar que às vezes é espessada com amido e mel. Essas batatas são açucaradas, como os karintos.
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