Wasabi e Recordes

Leram o Paladar que saiu hoje? Leiam, é sobre wasabi.

http://blogs.estadao.com.br/paladar/isto-nao-e-wasabi-edicao-25413/

Sempre que alguém diz para mim que a-do-ra wasabi, sorrio por dentro. Sim, na maioria das vezes não passa de raiz-forte, corante e outros aditivos. Por aqui, wasabi mesmo só em poucos restaurantes. Há até um produtos industrializado da SB que contém wasabi (mais de 50% ), mas não reparei se ele é encontrado nas lojas da Liberdade.

O consolo é que mesmo no Japão muita gente não usa wasabi de verdade. Os tubinhos com pasta à base de raiz-forte são bem populares, muita gente tem um geladeira.

E ontem o blog bateu mais um recorde: 4 milhões de visualizações “desde sempre”, ou seja, a partir da migração para o domínio próprio, que foi em 02/07/2007. Nada mau, para quem ficava feliz com 100 visitas diárias…

 

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16 Responses to Wasabi e Recordes

  1. Diulza Angelica dos Santos diz:

    achei engraçado não faz muito tempo a NHK mostrou uma plantação de Wasabi, achei muito interessante,e trabalhoso, só não sabia que o daqui em pasta nã é Wasabi, pergunta Marisa, este tuberculo é nativo Japão.bjs.

    • Marisa Ono diz:

      Sim, Diulza, o wasabi é muito exigente. Cheguei a ter um pé, mas ele não tolerou o sol intenso do verão nem o calor da varanda do meu apartamento e morreu, uma pena. Pelo que andei lendo é nativo do Japão mas hoje é cultivado em outros países.

  2. Dri Simizo diz:

    Eu achava que pelo menos aquele em pó fosse wasabi de verdade. Nesse blog >> http://shizuokagourmet.com/2013/03/17/wasabi-grower-masahiro-sugiyama%E6%9D%89%E5%B1%B1%E6%98%8C%E5%BC%98-in-umegashima-shizuoka-city/ tem umas fotos do cultivo e tb das folhas mais de perto.

    • Marisa Ono diz:

      Pois é, Dri, morei na província de Shizuoka e a gente via muita coisa com wasabi quando viajava pela província, parando em lojas na beira da rodovia. Mesmo na cidade onde morava (que não produzia wasabi) não era difícil encontrar nos bons supermercados, em certa época do ano. Já conservas (que eu gosto) dos talos, não eram tão comuns.

  3. Olá Marisa, como eu disse no Facebook do meu canil de Akitas, o seu blog é uma inspiração tanto de vida como para quem é apaixonado pela cultura e culinária nipônica e do mundo porque não, sou gaijin mas devo ter sido nihondin em vidas passadas pois amo muito esta cultura milenar, eu minha esposa(sansei) e minha filha mais nova estamos sempre na supermercado do KM46 na Raposo, principalmente quando tem a feirinha da ADESC, quem sabe nos vemos por lá!Abs. e sucesso sempre!

    • Marisa Ono diz:

      Obrigada, Roberto. Quem sabe nos encontramos um dia por lá. Passo com frequência em frente do 46, mas nunca fui em uma das feirinhas ainda.

  4. Gabriel diz:

    Marisa

    Você sabe se tem como plantar wasabi aqui? Se consigo ter acesso a uma raíz e plantar? Quando estive no japão fiquei fascinado com o sabor do wasabi e do yuzu. Como morei muito tempo no planalto serrano de santa catarina e minha família lida muito bem com a terra, acabei aprendendo a cultivar plantas em locais frios, e pelo que li no seu site e fora dele acho que valeria a pena uma tentativa, mas não sei se conseguiria uma planta para tentativa.

    • Marisa Ono diz:

      Gabriel, você leu a reportagem no Paladar? Fala das condições que o wasabi exige para crescer. É difícil encontrar um lugar aqui no Brasil que se encaixe. Leia.

  5. christopher diz:

    Provei hon wasabi uma vez com zaru soba, quase perdi o nariz mas não achei nada demais, talvez tenha que provar mais vezes para sentir toda a diferença da reportagem mas duvido um pouco.
    Fui conhecer uma loja antiga em laranjeiras e para minha surpresa encontrei um wasabi que até hoje nunca tinha visto aqui no Brasil, o NÁMÁ wasabi da S&b http://photo.kenko.com/E232251H_L.jpg e sendo vendido pela bagatela de R$ 4,00, enquanto o neriwasabi era vendido por R$ 6,00. Até comentei do preço mas a dona da loja disse que veio mesmo mais barato, de repente é porque o prazo de validade é só até julho. Não é tão mais gostoso do que o que encontramos com facilidade em qualquer supermercado mas pelo menos, na embalagem está escrito que é sem corantes e não tem aquele verde quase fosforescente. Consta que é composto com HON WASABI + o wasabi ocidental(horse radish?) mas acho que 50% é muito. Dei uma pesquisada agora e vi que tem o HON WASABI da S&B fabricado com 100% de wasabi original e mesmo assim custa U$ 2,00, o que encontrei aqui custa U$ 1,25 lá.
    Quando eu era criança só existia o “wasabi” em pó e a minha mãe sempre fazia numa xicara de café e deixava ela virada com a boca para baixo no pires, para manter o ardor; ela dizia que a melhor pessoa pra fazer a mistura de pó com água era alguém que estivesse muito p da vida, porque daí o wasabi ficaria bem forte. Já ouviu falar disso?
    Outra coisa que encontrei pela 1a. vez aqui no Brasil foi um shoyu especial da kikkoman que também é considerado como námá, tem uma embalagem especial que não entra ar e mantém o sabor de fresco por 90 dias depois de aberto. O que encontrei era para sashimi mas custava R$ 17,00 200ml
    http://www.kikkoman.co.jp/products/list.php?appName=products&modName=categoryList&actionName=index&cat=K0532 mas não sei se isso interessa pra quem até consegue fazer o próprio shoyu.

    • Marisa Ono diz:

      Pois é, Christopher, o Hon-wasabi da S&B é feito com wasabi, mas não chega a ser 100%, porque a pasta precisa de conservantes, espessantes, anti-oxidantes e outras coisinhas mais.
      O pó de wasabi (feito com raiz-forte) não aparecia em Londrina na década de 70, 80. A mostarda (karashi) sim. Talvez por isso o pessoal usasse gengibre ralado para acompanhar sashimi.
      Não reparei nesse shoyu, não. Tenho usado Kikkoman e Yamasa. Mas esses shoyus especiais são mais caros, mesmo.
      Quanto ao meu shoyu, está ficando gostoso, mas ainda está bem claro e ainda vai desenvolver mais corpo, vou esperar pelo menos uns 3 meses…

  6. Diulza Angelica dos Santos diz:

    Marisa tava me esquecendo vi uma plantação de Wasabi na Nova Zelândia, só não me lembro como era. vale a pena dar uma fusada e ai no Sul tem uma cooperativa de um pessoal do Japão como Brasil.

  7. christopher diz:

    Ah sim, mas o que eu quis dizer dos 100% é que é usado apenas o hon wasabi e não uma mistura de hon wasabi com a raiz forte como o que eu comprei aqui no Rio. http://www.sbwasabi.jp/product/01.html
    Foi na década de 70 mesmo, no interior do Paraná, mas se não aparecia o pó de wasabi como você está dizendo, então era porque minha mãe recebia de parentes do Japão pelos correios, ganhavamos nori também e em casa se cortava a folha do nori em 8 e passavamos no shoyu para comer com arroz e lembro que algumas pessoas diziam que era um desperdício comer daquela maneira. A gente comia/usava o nori verdinho mas naquela época só se encontrava nori murchos e avermelhados, não havia também esse mundo de marcas de arroz, nem sei como era vendido, só sei que ouvia meu pai e minha mãe dizerem RIO GRANDE MAI.
    Nessa época, acho que nem sonhávamos com salmão, pelo menos em Cianorte e em Maringá não se falava em sashimi desse peixe, acho que até meados dos anos 80, só de vez em quando entrava um atum mas a maioria dos sashimis era feito com dourado(do rio).
    Já ouviu falar que até o final da década de 50(acho) o salmão era um peixe fora de cogitação para ser comido como sashimi? Hoje, mesmo no Japão é o número 1, batendo o atum e a lula.

    • Marisa Ono diz:

      Naquela época alguma coisa entrava via Paraguai vinda dos Estados Unidos. O comércio era ilegal mesmo. Quando ganhávamos um pouco de nori ou kombu, ficava guardado para o Ano-Novo, praticamente só comíamos uma vez por ano. Sashimi se fazia com peixe de rio e hoje vejo que o hábito continua forte em Mato Grosso, por exemplo. Cozinha nikkei… Salmão, vieiras, trutas eram sonho. Até mesmo pêssegos eram raros. Arroz era o cateto, que ainda se encontra, produzido no Rio Grande do Sul, mesmo assim não era muito comum, não. Mochi também era comido uma vez por ano. Hoje vivemos um período de fartura.
      Sim, o japonês não tinha o costume de comer salmão cru por conta dos parasitas. Enquanto estive lá vi mais ser consumido salgado.

  8. Sergio Seiji diz:

    Também sou apaixonado pelo wasabi natural. Gosto vegetal, com pedaços da raiz, muito bom.
    No site: http://wasabi.org/articles/the-past-present-and-future-of-wasabi-japanese-horseradish/ há uma referência que o Brasil pode estar cultivando.
    Alguém sabe?

    • Marisa Ono diz:

      Até onde sei – e olha que procurei bastante – o que se cultiva é a raiz-forte. O grande problema é que até mesmo os descendentes de japoneses confundem wasabi com raiz-forte. Ou melhor, acham que raiz-forte é wasabi.

  9. Sergio Seiji diz:

    Oi Marisa
    Numa das passadas na Liberdade a alguns anos atrás, comprei um tubo de Wasabi com pedaços da raiz. Busquei por várias vezes, mas não encontrei mais.
    Lembro que guardei a embalagem. Se encontrar, posto aqui.
    Abraço

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