Edson Croce

Estive com o Edson e a Val na última quinta. Fui lá no Shopping da Roça desejar um bom 2016 para eles e levar os maracujás roxos que ele tanto gostava e que raramente encontrava. Conversamos sobre plantas, sobre comida. Demos umas risadas, ele estava com um terrível dor nas costas.

E no começo da noite de domingo fico sabendo que ele se foi. De repente.

Algumas pessoas surgem nas nossas vidas para acrescentar. Com o Edson aprendi sobre caramujos marinhos, sobre carnes, sobre churrascos, sobre plantas frutíferas, soube de histórias de São Paulo, sobre a degradação do litoral brasileiro e outras tantas coisas.  A conversa era boa.

Não pude ir ao velório ou enterro. Para meu azar, meu carro atolou no quintal. Moro na região rural, deixo o carro ao lado da casa, sobre a terra batida que acabou virando um lodaçal com a chuva do final de semana.

Digam ou demonstrem sempre o quanto gosta de alguém. Pode ser a última vez que a verá.

 

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