Sim, definitivamente. Seja o que você considerar moda. Para mim, significa que está ganhando popularidade. E ainda tem muito para crescer. Em São Paulo ainda não são tantas casas assim, se compararmos com os restaurantes que servem comida japonesa ou “japonesa” (comida nipo-americana, adaptada, etc).
Porquê acho que ainda tem muito para crescer?
Bem, primeiro é o fato que lamen é fast-food. Pode ser servido em poucos minutos. Esse aspecto ainda não foi muito explorado por aqui, em parte por conta do hábito do brasileiro, que come mais devagar, sai para conversar e não só para comer. Um arquiteto poderia dar sugestões de ambientes que desestimulem o cliente a ficar muito tempo, como iluminação quente (notei isto nas lanchonetes japonesas), mesas pequenas, etc.
Também permite muitas variações e estilos. Isso também está começando por aqui, alguns já apresentam estilo próprio mas ainda há muito a ser desenvolvido, de uma maneira geral. Quanto às variações, pode ser leve ou substancioso, picante ou não, quente ou frio. Da década de 90 para cá outros tipos foram se formando e a tigela de sopa fumegante não é unanimidade. Ou seja, dá para ter lamen para todos os gostos e chegará a um ponto em que não se poderá dizer quem é “melhor” porque servem estilos diferentes. Espero ver isto em uns 3 anos, talvez mais.
Lamen não é algo que, necessariamente, deva ser comido no almoço ou jantar. No Japão pode ser comido em qualquer hora do dia ou da noite. Existem casas que abrem cedo, servindo no café da manhã e outras que abrem só tarde da noite, atendendo o público da madrugada. Pode ser um lanche para quem perdeu o almoço ou para quem vai jantar muito tarde.
E pelo resto do país, ainda há muito o que explorar. Mas aviso: a cada dia que passa, há menos espaço para amadorismo. Há mais pessoas provando, comparando e se informando. Quem quiser entrar no negócio, tem que ter em mente que vai precisar fazer algo bom e estar sempre procurando fazer melhor, sob o risco de ser atropelado pela concorrência.
Mas ainda acho um pouco difícil, aqui no Brasil, uma casa sobreviver só de lamen, embora seja um modelo de negócio interessante, porque requer menos funcionários, o controle de estoque é mais fácil, não requer um ponto comercial muito grande. Por algum tempo ainda veremos lamens em izakayas (bares no estilo japonês), porque a chance de atrair público é maior.
Concordo com vc, Marisa.
Como ainda não tive oportunidade para fazer seu curso, fiz o seu caldo e como não encontrei a massa pronta de lamen, tive que me contentar com o udon mesmo. O caldo ficou gostoso.
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É preciso desconstruir um conceito criado a partir da imagem de que é um miojo.
Outro dia mesmo vi uma zoeira dizendo algo como “pra que pagar caro numa tigela de miojo ‘gourmet’ se com 2 reais eu faço um igual em casa?”
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Pois é, Eduardo, muita gente pensa que o miojo veio antes do lamen. Se bem que tem muita gente que pensa que caldo de carne “nasce” em cubinhos…
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