Baumkuchen

baunkuchen-1

Creio que foi a Yoko quem se lamentou pelos Baunkuchen desaparecidos das lojas da Liberdade.

Esse bolo,de origem alemã, também é popular no Japão. Em formato de roda, tem como características os anéis concêntrico, que lembram os de uma tora de madeira, além da textura firme, porém macia.

Porém, não é possível fazê-los em casa. Para ficarem perfeito, é preciso de um rolo giratório, sobre o qual a massa é despejada. Depois que cada camada doura, é coberta com mais massa.

O que apresento é uma adaptação. Usei uma frigideira retangular, um rolo de papelão (que uso para fazer tamagoyaki) e papel alumínio. O resultado foi satisfatório. Dá para matar a saudade. A idéia copiei deste site, mas não a receita. Usei farinha de amêndoas e brandy para chegar ao sabor que conheço.

baunkuchen

3 gemas

50 gramas de açúcar

100 gramas de manteiga

25 gramas farinha de amêndoas

15 ml (cerca de 1 colher de sopa) de brandy ou rum

Gotas de baunilha

3 claras

50 gramas de açúcar

60 gramas de farinha de trigo

50 gramas de amido de milho

1 grama de fermento em pó

Bata as gemas com 50 gramas de açúcar e a manteiga amolecida, até ficar de cor clara. Adicione o brandy e a baunilha e misture.

Bata as claras em neve. Adicione 50 gramas de açúcar aos poucos, sem parar de bater, até formar um merengue. Misture às gemas, sem bater.

Adicione a farinha peneirada com o amido e  o fermento.

Pegue um rolo de papel, embrulhe com papel alumínio e unte com manteiga.

Despeje um pouco de massa em uma frigideira aquecida, em fogo baixo. Deixe dourar e enrole a massa no rolo. Acomode esse rolo de massa em um extremo da frigideira, despeje mais massa e, depois de dourada, torne a enrola-la. Prossiga assim, dando voltas de massa, até terminar.

Se a massa dourar rápido demais, retire a frigideira do fogo por alguns instantes.

Deixe amornar, retire o tubo do centro. Corte e sirva depois de frio.

PS: Outra opção é assar no forno, em uma forma redonda, despejando camada sobre camada, assim que dourar. Certamente a aparência será diferente.

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31 Responses to Baumkuchen

  1. Dani diz:

    Marisa,

    Fui levada a infância com essa sua postagem, e aprendi o nome dos bolinhos que eu tanta saudades sinto e nem sabia o nome.

    Minha mãe os comprava embalados um a um na feira livre na rua de casa, em uma barraca de orientais que vendiam bolachas. Esses bolinhos fizeram parte da minha lancheira escolar muitas vezes e eram divinos. Nunca imaginei como era o preparo. Adorei descobrir isso tudo.

    Bjs

    • Marisa Ono diz:

      Na verdade, eles são assados quase que como um porco no rolete, em um espeto que fica girando. No entato, em casa é bem complicado montar uma máquina dessas. Essa seria uma adaptação só para matar a saudade.

  2. nossa, parece delicioso e difícil de fazer…

    • Marisa Ono diz:

      Uma maneira mais fácil seria assar em uma assadeira redonda, pequena, camada por camada. Só que não fica com o formato de tronco, mas fica bom e com menos trabalho.

  3. Marisa! Meu ditchan trazia uns desses, comprados prontos, que erma deliciosos mas me faziam rir com o nome. Lembra do pacotinho de Broskinhas? Tinha um cavaleiro com os olhos em espiral, muito engraçado… ai, vc. traz coisas que deixam a gente com uma lagriminha de saudade no canto do olho!
    Beijos, Yumi

    • Marisa Ono diz:

      Mesmo, Yumi? Só fui conhecer os Baumkuchen no Japão.
      Sempre digo que comida vai muito além de alimentar-se e é uma experiência pessoal. Quem nunca se emocionou diante de um prato?

  4. É, Marisa, comer é emocionante sob certos aspectos mesmo!
    Essas rosquinhas que falei eram industrializadas, não tinham a mesma aparência boa das suas, mas eram deliciosas – tanto o sabo quanto o fato de serem presentes do ditchan.
    Beijos, Yumi

  5. Yoko diz:

    Hum.. Já copiei a receita e pretendo botar a mão na massa em breve. Hum… Aqui tem umas fotos legais do rolo onde assa o Baumkuchen: http://www.cafe-schnibbe.de/konditorei/baumkuchen.html

  6. CYNTIA diz:

    MARISA,

    REALMENTE FEZ-ME REMETER À MINHA INFANCIA, AQUI NO BRASIL COMPRAVAMOS EMBALADOS INDIVIDUALMENTE NA FEIRA LIVRE, E NAS MUINHAS DUAS GESTAÇÕES TIVE DESEJO DE COMÊ-LOS….A PROPOSITO SE ALGUEM SOUBER ONDE ENCONTRÁ-LOS AGRADEÇO…
    MAS PROCURO A RECEITA DOS BOLOS, PÃO -DE-LÓ, CHAMADOS AQUI DE CASTELLA, ACHO QUE É ISSO, SÃO EXTREMAMENTE FOFOS E COM GOSTO DE OVO, TENTEI ADAPTAR UMA RECEITA DE PÃO-DE-LÓ MAS NÃO CHEGEUI NEM PERTO, POR FAVOR PEÇO SUA AJUDA..OBRIGADA

  7. Yoko diz:

    🙁
    Não ficou bom o meu baumkuchen… Fiz no forno, pra evitar maiores trabalho. Ficou seca. Tentarei na frigideira. Não desisti!

  8. Lyna diz:

    Nossa!!! isso eh mto natsukashii!!!
    mas parece bem dificil de fazer.. todo caso vou tentar um dia!!
    adorei encontrar uma receita de baumkuchen!! mto obrigada!!

  9. fernando diz:

    eu adorava esse bolo quando era criança. há dois anos, em uma viagem ao japão, pude comer novamente. há também uma versão maior, para a família, né? desde que voltei, tento encontrar por aqui, mas já rodei toda a liberdade, sem sucesso. graças a seu post pude finalmente lembrar do nome para poder continuar procurando. muito obrigado, marisa!

  10. Lika diz:

    Marisa…Você é ninjaaaaa!!!!!!

  11. toyota diz:

    olá
    eu trabalhei em uma fabrica no japão q fazia esses bolos, hehehhehehee…agora que eu olhei esse site ..me bateu uma saudades ..rsrsrs…fazia de monte esses bolos …quem quiser ver fotos de um forno industrial desses bolos entra mo meu orkut q tem varios ..bem interessante …me mande um e mail pedindo o enedere do orkut q eu passo a url ..do meu orkut ..rs

  12. Clelia diz:

    Toyota fiquei interessada em conhecer seus bolos me manda o seu endereco do Orkut, floridabra@hotmail.com
    Obrigada

    • Marisa Ono diz:

      Aviso que a publicação do seu e-mail é responsabilidade sua. Saiba que tornando público, poderá receber mensagens indesejadas.

  13. Michelle diz:

    Nossa, gostaria muito de experimentar esse bolo. Será que tem alguma loja em São Paulo que venda o Baumkuchen??
    Acho que os meus dotes culinários não são suficientes para fazer isso xD

  14. Rita Corroul diz:

    Marisa, no antigo forno de minha mãe havia um dispsitivo para dourar frango e acredito eu com algumas adaptações, consiga fazer rola r a massa quem sabe a princípio envolta em papel de arroz ou coisa assim que a sustente. Outra coisa, cheguei a sua página procurando receitas de DUMPLINGS e acabei entrando em contato com ÂNGELO PERRERA DA CONFEITARIA ASTI . ELE É BÁRBARO, SIMPATISSÍSSIMO e vai entrar em contato com você. Vou até lá na quinta a tarde conforme combinamos. Moro em Jundiaí e estou FACINADA por tudo o que descreve e fotografa aqui… como diz ZIRALDO “PROCURE UM PAÍS QUE NÃO EXISTE NO MAPA MUNDI, E DESCOBRIRÁ O MUNDO !” eu cheguei até você procurando uma receita. BEIJOS !!!

    • Marisa Ono diz:

      Ah, Rita, a aula do Angelo foi muito divertida. Como eu conheço pouco sobre os doces italianos (quase nada, na verdade) a aula foi muito proveitosa também.

  15. Rita Corroul diz:

    OH, POR FAVOR, SE PUDER CORRIGIR O ARROZ QUE ESCREVI COM “S” AGRADEÇO. FOI FALHA NA DIGITAÇÃO. A PRÓPÓSITO, VOCÊ ESTUDOU NO LICEU PASTEUR NA RUA MAIRINQUE NOS ANOS 70 ? BJS.

  16. Nina diz:

    Oi, como vai?
    Acabei de descobrir o seu blog! Muuuuuito bom!
    Estou recordando vários sabores e texturas!
    Não acabei de ver todos os post de doces, são muitos!!!
    Eu adorava esses bolinhos! e em outro post tem um bolinho, donuts que era igualzinho que minha vó fazia!!!
    Sou descendente de okinawano e minha vó tbm fazia um bolo de açúcar mascavo na folha de bananeira, quando estive no japão encontrei um bolo parecido mas industrializado e não era tão gostoso porque tinha gosto de fermento…
    Você tem essa receita, já postou no blog? Se sim, consegue me enviar?

    Obrigada!!!

    • Marisa Ono diz:

      Oi, NIna, tenho essa falha, conheço pouco a comida okinawana. Estou enrolando para pesquisar e testar umas receitas dessa província. E é pena que não encontro muita coisa para provar, mesmo em São Paulo…

  17. Nina diz:

    Oi, Marisa, obrigada por responder! Fiquei tão empolgada com seu blog que comentando com minhas irmãs lembrei que o bolo era de rapadura e não de açúcar mascavo… e também fiquei sabendo que minha irmã que é 7 anos mais nova que eu não conheceu esse bolo de rolinho que era tão comum na minha infância e de minha irmã mais velha… (coitada!!! hahahaha) Desde que descobri o blog já passei algumas boas horas lendo os posts… Me emocionando e sentindo lembranças que nem são minhas… E recordando das minhas próprias! Queria ter a disposição de cozinhar como vc tem! Ontem participei de um bazar com minha irmã na galeria Metrópole no centro de São Paulo, fomos as responsáveis pela comida… Levamos harusame, sashimi de corvina, berinjela com missô e onigiri… O harusame não ficou como eu esperava, não como o que eu faço sempre aqui em casa, mas as outras coisas fizeram bastante sucesso! Q bom! O sashimi de corvina principalmente, faço uma receita (explico que esse sashimi lembra um ceviche, pq ele é uma marinada de corvina) inspirada na que comíamos na adolescência em um restaurante de espetinhos na Vila Carrão, bairro da infância, o Espetinho do Giba!!! Aliás só gosto de comer churrasco de espetinhos de dois lugares e esses são na Vila Carrão, os dois de japoneses! Mas faz tanto tempo que não vou pra lá que nem sei se ainda é a mesma coisa… Quanto a culinária okinawana, não sei se vc já foi mas na Rua da Glória tem o restaurante Okinawa que tem um okinawa sobá igualzinho da minha mãe, que nem é descendente mas aprendeu com a sogra (minha vó) e faz um mais gostoso que o dela! Quando for inverno e vc estiver por aqui passa lá, é gostoso e custa R$16, não provei as outras coisas pq só vou lá quando quero comer o sobá! Até!!!

  18. Vivian harumi diz:

    Aiiinnnmmm tbem me correu uma lagrima de saudades…….voltei a infancia com essas broskinhas e com as historias aqui “postadas”.
    Eu amava a broskinha(assim conhecida a industrializada por aqui),e desde de que nao vende mais quase sempre lembramos (eu e minha irma mais nova) desse delicioso bolinho,embalado um a um,comprado na maioria das vezes pela minha vó (já falecida) nas mercearias japonesas ou em feira livre naquelas barracas de produtos orientais…
    Eu tbem gostaria de ter esses dotes culinarios ,maos de ouro!!! Mas nao tenho o dom
    E vou testar essa delicia q pela foto esta igualzinho
    Gostaria de saber se vc da cursos e se é de sp??
    Obrigada

    • Marisa Ono diz:

      Não tão igual, Vivian. É que para fazer o baumkuchen é preciso de um forno especial, com um cilindro rotativo, coisa que nem existe por aqui para comprar. Mas dá para quebrar o galho, matar a saudade.
      Estou em Ibiúna mas vou para São Paulo com frequência. Organizei umas conversas sobre fermentados e massas orientais (udon e lamen). O próximo vai ser sobre bolinhos, gyozas e afins. Estou acertando um lugar. Geralmente ficam entre 10 e 12 pessoas. Quando surge uma oportunidade eu publico aqui no blog, mesmo, a data e a hora.

  19. Rogério diz:

    Muito obrigado!

    Estava escrevendo uma postagem agora mesmo sobre o «Baumkuchen» para meus amigos no Facebook, e o sobre o quanto de «Broskinhas» eu comi na infância e adolescência.

    Agradeço muito por sua postagem. Ela me fez viajar a uma parte deliciosa do passado.

  20. Sun boards diz:

    Eu me lembro que eu comprava a versão industrializada na gôndola de itens japoneses. Agora só tem no Japão.

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