Hoje fui ao Festival das Cerejeiras no Centro Esportivo Kokushikan, em São Roque. Na verdade, não é muito longe de onde moro. Não conhecia o local e fiquei surpresa de como é grande.
As variedades que dão flor por aqui são de cor mais viva do que as que eu conhecia no Japão. É de um rosa mais vivo, enquanto que as que eu vi em Shizuoka, Nagano, Chiba, eram bem mais pálidas, quase brancas.
Essas são de uma variedade menor e mais clara que a da foto acima, que suponho que seja a que chamam de cerejeira de Okinawa.
O dia estava bonito e algumas pessoas resolveram descansar à sombra das cerejeiras. Se fosse no Japão muita gente estaria fazendo piquenique aqui…
Haviam muitas atividades e apresentações. Havia um lugar para a criançada soltar pipas, aprender a fazer origami, aulas de como tratar um bonsai, exibições de Taiko e Chá, além de exposições de fotos e objetos de arte. Vi um grupo pilar o mochi. Já havia visto, há décadas atrás era como fazíamos em casa. Hoje em dia usamos máquina. Conversando com algumas pessoas mais velhas que eu, elas lembraram que antigamente era um luxo, algo que só se comia no dia primeiro de janeiro.
Para quem não conhece, o mochi é feito com um arroz especial, rico em amido. É cozido no vapor e pilado. Tradicionalmente usa-se um pilão de madeira, que é mantido sempre molhado com água quente, porque do contrário, a massa gruda nas paredes. E é preciso muito peso e força para triturar tudo até formar uma massa sem grânulos.
E não dá para fazer corpo-mole, não, o arroz tem que ser pilado quente, do contrário não dá a consistência pegajosa que tanto amamos. Bem, é coisa que costuma ser feita pelos homens, sabe? Venderam porções de mochi com caldo à base de shoyu (ozooni), com pasta de feijão azuki, com nattô (soja fermentada), nabo ralado ou farinha de soja torrada (kinako) que foi a que eu escolhi. Estava bem molinho e gostoso.
Havia também uma exposição sobre as moradias dos primeiros imigrantes, técnicas e materiais utilizados. Minha mãe morou em casas feitas com madeira roliça como essa.
Ou de bambu, revestidas com sapé (taipa).
A massa de argila se sustentava sobre uma treliça. Muitas vezes o chão era de terra batida. Os telhados eram feitos de madeira, cortadas em tábuas pequenas. Meu pai contava que não era raro a casa praticamente se sustentar em um único pilar, o que para mim parece ser uma maravilha da engenharia.
Claro que tem um lado triste, também. As condições de moradia refletem as condições de vida das pessoas daquela época.
Também haviam objetos de arte expostos. Essas bonecas são feitas de madeira, a despeito da delicadeza e textura suave. São da artista Junko Tanaka Matsui.
Outra obra em madeira, essa do artista Iwakiti Yamamoto (Kotobuki Rojin). Ambas as obras foram produzidas aqui no Brasil.
A praça de alimentação era uma tenda enorme. Tinha pastel, comida alemão, acarajé, comida indiana, obentôs, yakisoba, espetinhos, udon…
Eu fui de Okinawa Soba, que hoje em dia é conhecido como prato típico de Campo Grande. Veio com omelete fina cortada em tirinha, dois pedaços de barriga de porco cozida no shoyu e gengibre, bastante cebolinha e umas fatias de kamaboko (pasta de peixe). O caldo era à base de frango, mas estava saboroso. Já a massa, não é bem nem de udon (sem ovos) nem de lamen (alcalina). Era fina e achatada e continha ovos.
E para terminar, o caminho estava bem sinalizado, desde Vargem Grande. Estacionamento não faltava (a R$15,00 por veículo), haviam “trenzinhos” para levar o pessoal de um extremo a outro e o clima ajudou muito.
Agora, só no ano que vem. Fiquem de olho na programação na página do Bunkyo.
http://www.bunkyo.bunkyonet.org.br
Marisa acabei que não fui mais andei bastante esta semana as fotos tão linda, Marisa achei o Shio Koji na Marukai importado vou experimentar hoje,este soba que ta na foto tá com uma cara boa me deu vontade de fazer,comprei uma coisa na mercearia coreana para te mandar bjs.(mande endereço no email )
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Brinde aos olhos!! Coisa mais linda gente! E as bonecas de madeira? Lindo trabalho. Marisa, esse tal Okinawa soba tá me chamando!
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