Um ingrediente que aparece com muita frequência na culinária japonesa é a cebolinha. Crua, ela é servida sobre pedaços de tofu gelado ou peixes marinados (suzuke). É colocado no último instante no miso-shiru, librando aroma e sabor. No udon, há quem faça uma montanha dessa erva, picadinha, na tigela fumegante. No sukiyaki, é indispensável, para fazer um caldo saboroso.
Aqui no Brasil, o tipo de cebolinha de talo grosso e branco é menos comum. Ele pode ser cortado em toletes e cozido com vários ingredientes, em ensopados. Eu, particularmente, não gosto da textura dela cozida. Prefiro assada, em um yakitori, intercalado com pedaços de frango. As folhas dessa espécie também vão para caldos.
Embora o tamagoyaki seja mais comum sem “mistura” alguma, não é tão raro vê-lo feito com hijiki, cogumelos e até cebolinha. Mas não sei porquê o tamagoyaki de cebolinha é tão popular na comunidade japonesa no Brasil. Talvez por ser um ingrediente acessível. Em casa, era bastante frequente porque, como muitos japoneses no Brasil, meus pais sempre mantinham um cantinho com um canteiro de cebolinhas em casa. A paixão pela cebolinha não tem explicação. Creio que é um hábito tão arraigado que parece impossível de desaparecer. Seja pela cor, pelo sabor, aroma ou aparência, é uma das poucas ervas utilizadas pela culinária japonesa.
