Nos últimos anos, esse prato tornou-se muito popular, principalmente entre as crianças japonesas. Aliás, soube outro dia que kare está presente nas refeições escolares de lá. De todas as escolas! Ou seja, ao menos uma vez por mês servem algum tipo de curry. E o curry hoje é o segundo prato mais internacionalizado do planeta. O primeiro é a pizza.
O Dry Kare difere do Kare porque é feito com carne moída (de frango, boi ou porco), legumes picadinhos e porque tem menos molho. Ou seja, é quase seco, como diz o nome. Geralmente é acompanhado de um ovo frito por cima ou rodelas de ovos cozidos.
Segundo explicação de minha amiga Luciana Farah, Keema ou Qimah tanto em farsi como em urdu significa “carne moída”. Pode ser um prato de origem persa (como afirma este site) quanto paquistanesa.
Sem pensar nisso tudo, eu fiz um Dry Kare porque estava cansada, com fome e é um prato rápido e satisfatório. Comi em frente da tv, de colher.Não tive crise moral em comer um prato adaptado da adaptação da adaptação… Porque é bom! Mas um dia desses vou experimentar a receita que a Luciana me passou, com coentro e suco de limão.
300 gramas de coxa de frango picada (fiquei com preguiça de tirar o moedor do armário e piquei bem fino na ponta da faca, mas poderia ter usado carne bovina)
2 cebolas médias
1/2 cenoura
Um punhado de vagens cortadas em rodelinhas
3 tomates
Curry à gosto (usei um árabe, presente da Luciana)
1 colher de sopa de shoyu
Gengibre e alho à gosto
Refoguei a cebola com um pouco de óleo e um pouco de sal, até ficar dourada, sem queimar.
Juntei o alho, gengibre e deixei que levantasse um cheiro bom.
Acrescentei o frango picado e continuei refogando até mudar de cor.
Juntei os tomates picados, a cenoura e as vagens (poderia ter usado também ervilhas, abobrinha e até batata picada)
Acrescentei um pouco de água e deixei cozinhando.
No final, quando restava um pouco de caldo, temperei com o curry em pó e uma colherada de shoyu. Esperei que o molho ficasse um pouco espesso e servi sobre arroz, acompanhado de um ovo frito.
Depois que comi, pensei se não seria uma boa idéia usa-lo como recheio de um kare-pan (massa de pão recheada com kare e frita).