Tenho escrito pouco nos últimos dias. Andei ocupada com umas coisas – na verdade, as coisas de sempre: trabalho, por exemplo, umas pesquisas e experiências.
Meu aniversário foi há alguns dias. Obrigada pelas mensagens de parabéns. Fiquei devendo a receita do bolo que fiz para mim mesma. A receita não é minha, é do David Lebovitz. É o Chocolate-Espresso Mousse Cake. Como ele diz, é difícil conseguir uma fatia bonita. A não ser – talvez – se congelado. Mesmo usando uma faca passada em água quente, sempre gruda um bocado. É um bolo cremoso – sei que alguém dirá que não é bolo, é pudim – e, ao mesmo tempo, aerado. Gostoso tanto à temperatura ambiente quanto gelado. Mas é muito, muito rico. Recomendo cortar em fatias pequenas. Creio que seria uma boa idéia fazê-lo em porções individuais. Resolveria o drama da faca.
Aqui vai a receita. Confesso que fiz algumas pequenas alterações, não na proporção, mas na maneira de fazer.
340 gramas de chocolate meio-amargo
100 ml de creme de leite
160 ml de café (espresso ou, na falta de uma cafeteira, coado bem forte)
5 ovos grandes
1 pitada de sal
100 gramas de açúcar
Eu cortei papel impermeável. Tirei um molde do fundo da forma (cerca de 25 cm de diâmetro) e cortei outra tira da largura da forma. Para facilitar na hora de desenformar, cortei mais duas tiras de papel, compridas o suficiente para sobrarem da assadeira. Coloquei-as no fundo, formando uma cruz e deixei as pontas para fora da forma. Coloquei o disco de papel sobre elas e a tira cobrindo toda a lateral. Mas pode seguir a orientação do David Lebovitz e usar uma forma desmontável untada, tendo o cuidado de forrar do lado de fora com papel alumínio.
Ele diz para colocar o chocolate picado, o creme e o café em uma tigela e levar para derreter em banho-maria. Eu preferi levar ao microondas em potência média-alta (número 7 no meu aparelho) por 2 minutos. Misturei com uma espátula e estava derretido.
Bati os ovos com uma pitada de sal e o açúcar, até ficar leve e claro. Isso leva um certo tempo, mesmo na batedeira.
Adicionei metade da mistura de ovos ao creme de chocolate e misturei. Depois de bem incorporado, adicionei o restante.
Despejei na forma e levei ao forno médio em banho-maria. Levou cerca de 1 hora para ficar pronto. Ele forma uma crosta na superfície, fica firme nas laterais mas dá para sentir que está cremoso no centro. Retirei do banho-maria e deixei esfriar antes de desenformar.
Não sei quantas calorias tem e nem quero saber! É muito bom. E creio que funcionaria bem com outra bebida no lugar do café. Quem sabe, um pouco de licor?
Minha boca encheu d’água com a sua descrição! Que belo e gostoso presente para si mesma no aniversário! Adorei a idéia da substituição do café por licor, imediatamente me veio na cabeça um de laranja que acho que casa muito bem com chocolate… Bjss e boa semana!
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Engraçado que não leva farinha, mas olhando a foto a impressão é de bolo, que está mais pra Suflair…Bem, bolo ou pudim faz juz ao nome do post “Delícia”.
Pelo menos no aniversário, que se coma até…
Parabéns! e muitas receitas pela frente.
Ana
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É uma mousse… assada. Fica cremosa, lembrando um pudim. Enfim, não sei se pode ser chamado de bolo, mas ficou bom. Claro, fica melhor ainda se a gente esquecer as calorias e a balança.
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Marisa,
falando em bolo de aniversário, outro dia assisti o david maccarfrae fazer lindas flores de GUM PASTE, o problema é que aqui não temos todos os ingredientes, vc pode me ajudar, minha filha pediu um bolo jardim, e flores feitas de pasta americana, simplesmente não dá…ficam moles se o clima estiver umido, ou ressecadas se estiver seco, alé de não permitir um acabamento fino como os dele visualmente não dá para encarar. se vc puder ajudar com uma receita, ou indicar um site que a contenha, ou indicar algum fornecedor…qualquer coisa, estou desesperada.
obrigada
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Talvez consiga alguma informação em lojas de vendem material para confeitaria, Cinthia. Eu não costumo trabalhar com pasta americana, etc.
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Marisa,
minha memória começa a pregar umas peças….depois que te escrevi, lembrei que numa viagem, comi um “fairy cake” com flores cristalizadas”, já fiz esta experiencia de cristalizar folhas de hortelã, e deu certo, pensei em fazer estas flores, porém não encontro flores comestíveis à venda, então pensei a Marisa mora numa chácara, possivelmente tem capuchinho, abóbora, etc sem agrotóxicos…será que você vem pra são paulo por esses dias, eu poderia abusar de você e encomendar umas florinhas….
Se bem que, nós consumimos tadas as hortaliças e legumes, frutas, etc, cultivadas de maneira convencional, com uso de agrotóxicos, por que as flores que podem ser consumidas, devem ser de produção organica?
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Cinthia, capuchinas, algumas violetas e outras tantas flores comestíveis crescem sem necessidade de agrotóxicos. No máximo, um pouco de adubo ou nem isso. De fato, moro em uma chácara, mas como mudei há 2 meses, ainda preciso tratar da terra e plantar muita coisa. Vai levar algum tempo para eu ter uma produção de qualquer coisa. Para ter idéia, aspargos levam pelo menos um ano para produzir. Por enquanto, só algumas mostardas, bok choi, alface e salsa para a gente comer.
Bem, a questão dos agrotóxicos é meio complexa. Minha mãe, por exemplo, praticamente só comeu vegetais tratados e trabalhou durante anos na lavoura, se expondo a defensivos bem mais perigosos que os atuais. Está com 73 anos e cheia de saúde…
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Marisa,
creio que é puro” merchan”, esta estória de que flores comestiveis devam ser organicas, afinal, couve-flor, brócolis,abacaxi, etc são flores e cheias de agrotóxicos, e como você sabe, não é só o agrotóxico pulverizado que devemos nos preocupar, esse sai com vinagre, mas aquele que está impregnado nas células do vegetal. acho que vou pegar umas rosas e violetas do jardim da obatchan….
obrigada
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Bem, Cinthia, pelo que sei, o fato de ser orgânico não significa que vai ser mais gostoso. Existem regiões de solo por demais desgastado e isso afeta muito a qualidade do produto. Também há quem teime em plantar determinada hortaliça em terreno menos indicado (solo ácido ou alcalino, bem ou mal drenado, etc). Não sei muito sobre o efeito acumulativo de agrotóxicos no organismo humano, vou ler mais a respeito. Mas o que realmente me preocupa é que o planeta tem muita gente e que a agricultura orgânica não vai dar conta de alimentar tantas bocas. E como são caros em qualquer parte do mundo, virou uma coisa destinada a apenas uma pequena parcela da população…
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