7º Paladar – Cozinha do Brasil

Em primeiro lugar, preciso agradecer ao jornal O Estado de São Paulo, à redação do Paladar e à Lucia Faria Assessoria em Comunicação que possibilitaram que eu pudesse assistir a várias aulas nesse grande evento da gastronomia brasileira.

Este ano não vou publicar muitas fotos aqui no blog. Quem quiser mais, pode ver no Facebook:

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10151404476618483.1073741825.524438482&type=1

Receitas estão publicadas aqui:

http://infograficos.estadao.com.br/public/paladar/setimo-paladar-cozinha-do-brasil/receitas.html

E, claro, na próxima quinta-feira vale a pena conferir o suplemento Paladar do jornal O Estado de São Paulo.

Eu estava (aliás, ainda estou) muito gripada, encarei os dois primeiros dias com um pouco de febre, um bocado de mal-estar e, por vezes, sentia os efeitos dos remédios (principalmente sonolência). Aí vejo até onde minha curiosidade me leva.

De tanta coisa que foi apresentada e provada, para mim ficou forte a imagem de um país com uma enorme diversidade. Diversos ingredientes (como os frutos e vegetais amazônicos que Thiago Castanho e o Empório Poitara trouxeram), diversos caminhos que a comida percorre até chegar ao consumidor, diversas maneiras de cozinhar. E também diversas maneiras de comer: rápido ou com calma, sozinho ou compartilhado, um comer bom ou um não tão bom.

Se somos tantos, em regiões tão diferentes entre si, com hábitos, origens e culturas também tão distintas, o que define a comida brasileira? Talvez ninguém ainda tenha a resposta. Nessa equação que parece ser tão complexa, a única constante é o brasileiro. O brasileiro que come, que planta, que detém o conhecimento do sabor e do que é comestível. É o mesmo brasileiro que compra, que vende, que segue modas ou que foge delas, que luta para sobreviver ou que está buscando ser excelente em algo.

Mark Emil Hermansen em sua aula sobre a cozinha nórdica disse algo que era para ser uma piada: Tudo é comestível, embora algumas coisas têm consequências. No caso, ele se referia a alimentos potencialmente tóxicos. Em outro contexto, comer é algo mais do que o óbvio. Nosso comer implica em escolhas, mesmo quando não nos damos conta delas. E as consequências podem ser no nosso bolso, no nosso corpo, no meio onde vivemos ou no meio onde esse alimento é produzido. Por preferir um vegetal que dura mais na geladeira e que é mais fácil de limpar, o brócoli de rama está cada vez mais escasso nas feiras, apesar de ser muito mais saboroso que o ninja.

Podemos ser, ao mesmo tempo, causa e vítimas. Mas também podemos ser o motor de uma mudança positiva. E aí também me lembro da aula sobre Shojin Ryori com Toshi Tanahashi em que ele pôs a seguinte questão: se comer é algo tão importante, porque gastamos tão pouco tempo cozinhando e pensando no quê e como cozinhar?

Não tenho respostas sobre o que é gastronomia brasileira, nem sobre o futuro do nosso comer. Mas vamos todos pensar um pouco sobre isso?

E quanto à formiga lá em cima do pedacinho de abacaxi, é a formiga que encanto Alex Atala. Apesar da minha aversão a insetos, provei, sim. Ela tem gosto de capim limão.

 

Share This Post
Esta entrada foi publicada em cotidiano, Lugares. ligação permanente.

1 Response to 7º Paladar – Cozinha do Brasil

  1. Diulza Angelica dos Santos diz:

    Marisa, esta formiga de que tu fala e a que se come em Minas e Goias pra fazer farofa, é uma delicia.vi em uma reportagem que muitos estao aprendendo cozinhar lembro de minha mãe falando que só se passa fome por que não sabem cozinhar e aproveitar até o que nasce na greta das calçadas temos muitas coisas cosmestives e que os antigos cozinhavam só que se perdeu com o tempo e dai entra as grandes empresas de alimentação que não tem interesse nenhum que apredemos ou sabemos,bjs. Marisa não tenho face não deixa de postar no blog .

Os comentários estão fechados.