As tais beringelas redondas que comentei no post anterior, foram para um prato que um clássico da cozinha japonesa. Tão clássico que não consigo encontrar o nome correto. Não sei se chamo de nasu no miso fuumi ou nasu no dengaku ae. Enfim, é berinjela com miso. Existem algumas variações, como tantas receitas populares. Esta é a minha. A berinjela frita mantem a linda cor da casca e a textura é macia, sem ser molenga. Outro dia comi desse jeito, feita pelo chef Shinya Koike. Claro que ele usou ingredientes especiais e também conta com um talento e paixão também especiais. Não ficou tão bom quanto o dele, mas mesmo assim, foram duas berinjelas grandes para duas pessoas, sinal de que não estava ruim, não.
Corte as berinjelas – usei duas, das redondas, o que daria umas duas médias, da comum ou um pouco mais das finas – em pedaços grandes. Mantenha a casca. Frite em bastante óleo, até que dourem. Escorra, mantendo a casca para cima. Isso vai impedir que a tinta da casca passe para o papel e ela perca a cor.
Em uma panela, aqueça 50 ml de mirin. Se for hon mirin, é melhor inclinar a panela e deixar que ele pegue fogo. Isso vai reduzir o álcool. Se for do tipo “culinário”, nem adianta. A quantidade de álcool é mínima e não irá flambar (no caso, apenas 0,9%). Se não tiver mirin, use um pouco de açúcar ou um pouco de glucose (Karo).
Adicione 2 colheres de sopa de miso (ou mais, dependendo do seu gosto e do tipo de miso) e dissolva. Acrescente um pouco de água e uma colher de açúcar (ou mais, se preferir mais doce). Cozinhe, mexendo eventualmente, até que forme um molho brilhante. Despeje sobre as berinjelas já fritas e decore com cebolinha ou miyoga (botão de uma planta parente do gengibre) ou um pouco de gergelim torrado.
