Aska

Fui ao Aska, na Galvão Bueno. Como muitas casas de lamen, a cozinha é aberta, o cliente pode ver a movimentação e os pratos serem preparados. Separando, apenas um balcão. As opções de caldo são duas: galinha e tonkotsu (feito com ossos de porco). Escolhi o tonkotsu chyashu (ou tyashu), com fatias de carne de porco suculentas e macias. Lembramos de Tampopo. Afastei a carne, examinei a massa, provei o caldo e comi fazendo barulho.

Estavam bons o caldo, a carne, a massa (que eu prefiro mais grossa). Saí de lá satisfeita. Não vou mentir, não é o melhor lamen do planeta. Mas mata a saudade. Faltou ouvir alguém gritando “irashaimassê” na entrada e um cozinheiro com cara de poucos amigos.

Aconselho a quem for, que vá munido de paciência. A fila é de 20 minutos a duas horas de espera. Sinceramente? Eu não espero 2 horas por refeição nenhuma. Mas desde que a Liberdade virou ponto turístico da cidade, fila é o que mais tem, sobretudo nos finais de semana, em quase todos os cantos do bairro.

Achei justo o preço. Em quatro, não saiu mais que 15 reais por pessoa, tomando refrigerante e comendo um gyoza (que deveria ser a entrada, mas veio depois).

Fico devendo uma foto. Não levei câmera fotográfica.

Share This Post
Esta entrada foi publicada em cotidiano, Culinária japonesa, Lugares com as tags , , . ligação permanente.

8 Responses to Aska

  1. Nina diz:

    Faz um ano que a fila deste restaurante é longa. Está na moda, fazer o que. Daqui a pouco passa e só os habitues irão frequentar. O giro é tão alto, que nem falam mais irashaimassê.
    bjo

  2. Myrna diz:

    É mesmo, o gyoza sai atrasado lá no Aska. Eles deveriam avisar que demora.
    Por exemplo, o pessoal do Ton Hoi (um chinês muito bom na zona oeste) avisa que o pastelzinho kialza demora pelo menos 20 minutos. Bom, mas não se pode comparar o atendimento deles a nenhum outro da cidade, na minha opinião.
    Mas voltando ao Aska, concordo, não é o melhor do mundo, mas está muito longe de ser o pior.

  3. admin diz:

    Nina, não é só o Aska, não. A Liberdade, de uma maneira geral, está abarrotada de gente. Vamos ver se, passando o final de ano, a coisa fique mais tranquila.

  4. Fabricia Osada. diz:

    Marisa , voce pagou 15 reais por um prato de lamen!!! Nossa amiga isso eh que eh vontade de matar a saudade daqui. Agora que esta frio sempre que vou comer lamen , me lembro de voce. E hoje vendo seu post, fui no ramen-ramen comprar uma tigela de lamen, so que aqui no Japao eu nao preciso enfrentar a fila e nem pagar tanto.

    Bejim.

  5. admin diz:

    Fabricia, se não me falha a memória, um lamen custava entre 380 a 680 ienes. 380 do lamen, mais 250 do refrigerante (embora alguns lugares fizessem por 150), dão 630 ienes. Pela cotação de anteontem (que o dolar chegou a cair para 88 ienes), uma refeição custaria 7 dólares e pouco. Ou seja, mais ou menos 15 reais, mesmo. A diferença é que para ganhar 630 ienes, eu não trabalhava nem uma hora… Para fazer 15 reais, é outra história.

  6. Marcos diz:

    Olá Marisa.
    Parabéns pelo blog. Sei que estou ressucitando um tópico meio antigo mas gostaria de fazer uma pequena defesa do Aska.
    É claro que os melhores lamens estão no Japão, mas acredito que em termos de Brasil, é o mais próximo que podemos chegar de um bom lamen. O caldo tonkostu parece que só eles fazem. A massa é fresca, de fabricação própria, ao contrário de outros estabelecimentos que usam massa importada que vem congelada. A massa apropriada para o caldo tonkotsu é a mais fina, mas é possível pedir esse caldo com o lamen normal (mais grosso). Sei que muita gente teve e tem problemas com o atendimento, mas isso é, em grande parte, por falta de conhecimento dos brasileiros sobre a cultura do lamen-ya, o que gera essas filas com tempos de espera enormes.
    Eu realmente gostaria de ter outras opções de lamen-ya por aqui, mas infelizmente isso ainda não é uma realidade. O Lamen Kazu, por exemplo, tem uma ótima apresentação e um belo ambiente, mas além de caro, sequer produz o próprio macarrão, recorrendo à massa importada e congelada.
    Eis uma ótima oportunidade para quem tiver recursos: Abrir um Lamen-ya que esteja, ao menos, no mesmo nível do Aska, para que possamos ter mais de uma opção.
    Mais uma vez, parabéns pelo blog.

    • Marisa Ono diz:

      Eu também gostaria de ver mais lojas de lamen, mas não creio que haja público para tanto pelo Brasil. E fazer lamen, pode parecer fácil mas não é.

  7. Marcos diz:

    Pelo Brasil eu não digo, mas a Liberdade comporta, pelo menos mais umas 2 ou 3 lojas, se forem de qualidade. Basta ver as filas que se formam no Aska e no Kazu. De fato, fazer lamen é muito complexo. Pelo que li a respeito destas duas casas da Liberdade, os proprietários foram aprender a arte diretamente no Japão. Por isso é que eu disse que a pessoa precisa ter recursos, além de gostar muito de lamen. Eu, infelizmente, só preencho o último requisito… 🙂

Os comentários estão fechados.