Nem sempre para cozinhar é preciso ter um fogão. No caso, um maçarico já dá conta do recado. E qual a vantagem em submeter uma carne ao fogo intenso e direto? O fogo confere um aroma característico, isso não dá para negar. O calor superficial nem sempre é o suficiente para cozinhar demais a carne. E, por fim, eu acho divertido lidar com o fogo.
A técnica do aburi-yaki tem sido usada até em sushis, quando se quer aquele aroma de coisa tostada no fogo mas não quer cozinhar a carne (ou peixe). Resolvi usá-la em um pedaço de mignon de wagyu porque é uma carne tenra, não queria que perdesse a suculência. Aliás, esclareço que é óbvio que o mignon é tenro. No caso do wagyu, é muito tenro e, por ser marmorizado, tem mais sabor por causa da gordura, que quando aquecida dá aquele cheirinho tão bom que gostamos tanto. Uma carne tão boa seria crime cozinha-la demais.
Cortei a carne em fatias finas, passei o maçarico sobre a superfície, rapidamente, em ambos os lados e montei no prato, junto com tiras de cenoura, pepino e abobrinha. Poderia ter usado outros vegetais, claro. O molho foi feito com shoyu (2 colheres de sopa), vinagre de arroz (1 colher de sopa), um pouquinho de mostarda forte japonesa em pasta (karashi) e um pouco de óleo neutro. Bati tudo e despejei por cima. Simples assim.
Para comprar wagyu (e outras carnes), dei o endereço aqui:
http://marisaono.com/delicia/?p=4561
E comprei o maçarico lá mesmo, bem mais barato que em uns lugares que andei vendo. O que eu tinha, infelizmente, não dá mais para usar porque não encontro o cartucho próprio.
Humm, fiquei com água na boca Marisa!!!
Deve ter ficado uma delícia mesmo!
Estou com vontade de comer comida japonesa, vou procurar alguma no blog e ver se faço!!!
PS: Marisa, não sei se vc já postou isso, mas sou meio curioso e gostaria de saber:
O Dango (acho que é assim que se escreve) é feito de que? É doce?
Obrigado desde já!
Bjus, te adoro!
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Dango geralmente é doce. É uma massinha que pode ser feita com farinha de arroz ou de milhete. Pode ser coberta com calda de caramelo, pasta de feijão doce ou farinha de soja torrada. Eu estava planejando fazer de milhete, que é bem curioso, mas justo quando fui à Liberdade comprar, sumiu dos mercados. Está na lista de receitas a fazer, Fabrício.
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Esperarei ancioso pela receita Marisa!
Gosto muito da cultura japonesa e vejo bastante este prato!
Fiquei na vontade! rsrsrs
Existe alguma com farinha de trigo? Aqui não encontro nenhuma dessas duas farinhas! (interior é um saco pra essas coisas)
Bjus Marisa!!!
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Não, com farinha de trigo fica terrível, Fabricio. Há décadas, na época da segunda guerra, meus pais comeram dango de farinha, mas nenhum deles dizia sentir muita saudade, não.
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Uau, achei sensacional! Parabéns pelo blog.
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É uma pena Marisa! É realmente difícil (quase impossível, senão impossível)achar ingredientes pra maioria dos pratos!
Vou ter que ir pra cidade ao lado pra fazer isso!!!
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O dangô aqui em casa é feito com farinha de trigo, doce ou salgado, já meus sogros conhecem como kamayaki, feito bem fino e sem sal ou açúcar, só vai depender da cobertura, mas é uma receita bem simples: ovo, fermento, leite e farinha. Lembro-me, na minha infância, no sítio de minha Batian, como eram muitas crianças, ela fazia o dangô e colocava feijão, temperado mas sem caldo, aí ficava aquela mistura doce/salgada, eu gostava!!!!!
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Amélia, pelo que você descreve, não é dango, é um oyaki. Oyaki são massas feitas com farinha e assadas na chapa. Podem ser doces ou salgadas.
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