Há muito tempo comentei sobre o tokoroten. Na época, fiz com gelatina de alga em pó. Desta vez, fiz a partir da alga seca, que anda difícil de encontrar.
Creio que muita gente não conhece a alga com a qual é feita a gelatina. É o tengusa, que é comercializado seco. Para prepara-lo, é preciso lava-lo para retirar areia, pedrinhas, cascas de conchas. Deixei de molho durante duas horas e troquei a água várias vezes.
No caso, usei apenas 50 gramas ( o pacote vem com 200 gramas). Coloquei em uma panela com cerca de 2 litros de água. Fervi durante 15 minutos, adicionei 15 ml (cerca de 3 colheres de sopa) de vinagre branco e continuei fervendo.
Para saber se a gelatina está pronta, é preciso despejar uma pequena quantidade em um prato gelado. Ela endurece e fica resistente à pressão dos dedos. Isso pode levar mais de 1 hora de cozimento.
Ainda quente, passei por uma peneira bem fina e coei. O resto – uma massa de filamentos – foi descartada.
Depois é só despejar em uma travessa, esfriar e cortar – à mão ou com um cortador próprio. Comi com um pouco de molho de soja e vinagre. Rendeu apenas 2 porções, algo em torno de 400 ml.
E, por fim, porquê o trabalho de fazer uma gelatina a partir de algas secas, que dá tanto trabalho e rende pouco? Ao contrário do tokoroten de gelatina de alga refinada, essa tem sabor. Um sabor de iodo, de mar. Pode não agradar a todos, mas tem seus fãs. E eu acho que esse cheirinho de maresia, com um molho um pouco salgado, um pouco ácido, combinam muito com o verão e com o calor que estamos passando nos últimos dias. Já que não dá para ir à praia, ao menos tenho um pouco de mar no prato.
PS: Se não encontrar alga tengusa, experimente fazer com gelatina de alga em pó:
http://marisaono.com/delicia/?p=179
