Hoje eu estava com vontade de comer um lamen. Fiz esse Tantan men. Para uns, tantan é uma pessoa que não bate bem da bola. Para outros, é um instrumento musical. Este tantan, não é nem uma coisa nem outra, é ardido, temperado com pimenta, gengibre, pasta de soja e com o aroma bom do gergelim torrado.
Outro dia vi um chef japonês dizer que para o tantan men, usa-se a massa de ovos e não a alcalina. Como não entendo nada disso, aceito placidamente. Outro motivo para fazer a massa de ovos é que uma senhora que vive comigo detesta o cheiro de bicarbonato da massa de lamen (que vai kansui). E, por fim, pensei nos muitos leitores que estão a centenas de quilômetros da Liberdade.
Para a massa, usei 280 gramas de farinha de trigo (usei a Fleishman, porque é muito fina) e 120 gramas de semolina (De Cecco, também porque é mais fina), 6 gramas de sal, 2 ovos grandes e água o suficiente para completar 150 ml.
Coloquei as farinhas em uma tigela, bati os ovos, juntei sal e adicionei água. Despejei dentro, misturei, sovei. A massa deverá ficar bem firme. Talvez seja preciso fazer uns ajustes na quantidade de água, dependendo do clima. Fiz uma bola com a massa.
Coloquei a massa dentro de um saco plástico grande e grosso e… pisei em cima. Massageei toda a massa com o calcanhar por uns 10 a 15 minutos, pondo todo o peso do meu não tão esbelto corpo em cima. Depois de ser bem sapateada, a massa ganha outra textura e fica bem lisa.
Embrulhei em filme plástico e deixei descansar por umas 2 horas.
Cortei em porções, cilindrei algumas vezes, afinei a massa. Antes de passar no cortador, polvilhei com bastante amido de milho. Logo depois de cortada, polvilhei com mais farinha de milho. Ao contrário do lamen, esse tipo de massa não é amassada para ganhar a ondulação. Rende de 4 a 5 porções.
Cozinhe a massa em bastante água sem sal. Essa massa cozinha muito rápido, é preciso ficar atento. Se tiver um gato (no caso, gata), peça para ele provar o ponto. Escorra, sacuda com vigor a peneira para retirar o máximo de água e distribua nas tigelas. Despeje caldo quente (um dia desses publico uma receita bem detalhada do caldo). Uso um caldo à base de frango, gengibre e cebolinha, com um pouco de shoyu. Existem uns industrializados que até que resolvem o problema.
Coloco do lado uma colherada de pasta picante de porco, que publiquei há 2 anos, um pouco de cebolinha fatiada, um punhadinho de alga (nori) ou espinafre japonês (horenso) aferventado e espremido, umas gotas de óleo de gergelim e um pouco de gergelim torrado e ligeiramente esmagado (para liberar mais aroma). E coma imediatamente, para a massa não ficar molenga!
OI Marisa que delícia, mais aqui eu não encontro esta farinha desta duas marcas,so dona benta e renata, que eu uso quando for a SP, vou ver se acho,bjs.
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Diulza, acho que deve de funcionar com outras farinhas, mas eu prefiro estas porque são moídas mais finas.
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Sua gatinha é linda!
Tem cachorro tbem?
Fico impressionada de ver sua disposição! O lamem que uso é o comprado pronto com molho de missô, cebolinhas, huuummm, de um restaurante macrobiótico da Liberdade que deve conhecer, o Satori, na Carlos Gomes.
Se não, vale a visita.
Ana Maria
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Os cachorros apareceram e foram ficando. O gato, Romeu, cometeu um equívoco: veio namorar as gatas (castradas) e acabou também ficando. Quando faço uma caminhada, todos me acompanham, formando um estranho bando…
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Ana Maria, não conheço esse macrobiótico, não. Deve ser interessante, vou anotar.
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Quando faço macarrão (do convencional – gemas e semolina) tenho que esconder o varal… Minha gata adora roubar tiras inteiras e se deliciar… rsrsrs
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Vale a visita, pois lá você encontra produtos de muito boa procedência, tudo bem natural. O shoyo/missô que fazem não contém nenhum açúcar e têm fermentação natural e o tofu tbem é de fabricação deles. Na alimentação são bastante rigorosos, mas aí é outra questão.
Acho que tem site e é bem conhecido na região, saindo da Liberdade em direção ao Centro, fica à esquerda numa sobreloja.
Abs.
Ana
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Que amor o gatinho provando e aprovando o macarrão da Marisa!!
Bj
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