Para quem viu o caderno Paladar do Estadão, o assunto da capa eram sobre grãos e sementes, excluindo os nossos velhos conhecidos, como o arroz, o feijão, milho, trigo. Para quem não viu, o link para a matéria é este:
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos%20paladar,germina-uma-tendencia,4945,0.htm
Para quem me conhece bem, sabe que sou muito distraída para reparar em tendências, modas. Vou a mercearias, feiras, vejo o que conheço e o que não conheço, pergunto, pesquiso. Fiz 3 receitas, a Olívia Fraga e o Felipe Rau vieram, foi tudo muito rápido. Lamento que a Neide Rigo esteja viajando, ela contribuiria com coisas bem interessantes, curiosa como ela é. Ela tem feito pratos com milhete, sementes de alfavaca, enfim, muita coisa, confiram.
Com a semente de lótus (hasu no mi) secas, fiz um arroz com cogumelos, frango e cenoura. Um prato simples e que cai bem nesse clima que ainda não é tão outonal. A semente de lótus tem muito amido e um sabor que lembra um pouco uma castanha, amêndoa. Na China usam em sopas e até em doces em pasta.
Fiz o arroz assim:
Eu tive um pouco de receio em usar a chia. É que andam dizendo que ela emagrece e eu não quero estimular esse tipo de visão, de consumo. O que me atraiu nessa semente é que ela se expande e vira um gel. Foi o ponto para fazer um molho de salada que não escorre. No caso, um rolinho com mignon de wagyu chamuscado só por fora, com um maçarico. A receita está publicada aqui:
Por fim, as sementinhas de shisô em conserva, que viram um furikake fresco. Talvez ainda encontrem nas feiras as sementes, vendem os maços da planta com os pendões (qual seria o termo correto?) com dezenas de sementes. É só destaca-las e salgar.
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos%20paladar,arroz-com-conserva-de-oba,4948,0.htm
Bem, resumindo, usei sementes que estão por aí, faz tempo. Não inventei nada, não criei nada novo. Mas fico contente em saber que aumenta o interesse por outros grãos. Agora temos uma produção de raiz de lótus mas não vejo as sementes. Queria fazer dango (uma massinha parecida com o mochi) com milhete, mas não encontrei para comprar. Se é uma tendência, não sei, mas abre-se o leque de opções de sabores, cores, texturas. É, gosto da diversidade.
Marisa, tentei colocar um comentário aqui dia 26 e não entrou. Queria dizer que a matéria ficou muito boa. Encontrei sementes de lótus para vender uma vez, mas não sabendo para que serviam e nem como preparar, deixei de comprar. Que bom você ensinar! Já o milhete, encontrei na Liberdade, naquela loja à esquerda da saída do metro, não a que fica mais perto, mas a outra, mais à esquerda. Está com o nome de Millet. Vem em um pacote de 350g, com 4 linhas e meia em Inglês, explicando o que é millet, e o resto está em Chinês. Acho que paguei 10 reais.
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Pois é, Gilda, procurei nessa loja, a Meisin. Vi uma vez, duas semanas depois não tinha nem para lembrança.
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