Blanc Manger de Castanha do Brasil Com Farofa e Chocolate da Ilha de Combu

O nome é comprido. Talvez ficasse melhor se fosse “Manjar Branco Amazônico”, só que eu tenho uma particular bronca de pratos com nomes que pouco dizem. Não sei se já comentei por aqui que quando encontro com uma “Supresa de Abacaxi” sinto arrepios, esperando pelo pior.

A sobremesa surgiu porque encantei-me com dois produtos que vieram do Norte do Brasil: a castanha do Brasil (ou do Pará) crua, que chegou até mim pelas mãos da Antonia Padvaiskas, que também me apresentou o cará roxo, o bacuri e um monte de outras coisas que eu jamais havia visto. A castanha que costumamos comer por aqui é torrada. A crua não aguenta tantos dias, precisa ficar em água limpa, na geladeira, como o coco descascado. E como o coco, dá para tirar um leite doce, delicado. Por si só é uma maravilha, crocante, leitosa.

E o outro ingrediente é o chocolate 100% cacau da ilha do Combu, que ganhei do Thiago Castanho. É amargo, com uma textura que lembra uma castanha e um aroma tão bom que fiquei tentada em deixar em uma gaveta de roupas. No armário onde guardo chás e outras coisas, não poderia ficar.

E, de estalo, resolvi tirar o leite da castanha, fazer uma farofa com o bagaço e juntar umas pedrinhas de chocolate: doce, amargo, macio e o crocante. Se não encontrar as castanhas cruas, pode ser feito com leite de amêndoas ou de coco.

Peguei 350 gramas de castanhas e triturei com 500 ml de leite. Levei ao fogo, mexendo sempre, até ferver. Deixei amornar um pouco e espremi em um pano, retirando todo leite. Reservei também o bagaço.

200 ml de leite de castanhas

200 ml de leite

60 gramas de açúcar

50 ml de leite

5 gramas de gelatina em pó, sem cor e sem sabor

Levei ao fogo os dois leites e o açúcar, até quase ferver. Enquanto isso, polvilhei a gelatina sobre os 50 ml de leite frio e deixei hidratar. Adicionei ao leite quente, desliguei o fogo e misturei até dissolver bem. Dividi em 6 potinhos.

Do bagaço, peguei 50 gramas e tostei em uma frigideira com revestimento anti-aderente, sem gordura com 20 gramas de açúcar, mexendo sempre. Retirei para um prato e deixei esfriar. Pode ser guardado em um pote bem fechado por uns poucos dias.

Na hora de servir, misturei à farofa um pouco de chocolate picado. Na verdade, servi no pote mesmo, cobrindo o manjar com farofa. Sim, as porções são pequenas.

 

Share This Post
Esta entrada foi publicada em curiosidades, Doces com as tags , , . ligação permanente.

2 Responses to Blanc Manger de Castanha do Brasil Com Farofa e Chocolate da Ilha de Combu

  1. Nana diz:

    Posso fazer apenas triturando a castanha (sem espremer e segregar a “farofa”?)

Os comentários estão fechados.