Onigirazu

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Fiquei sabendo do onigirazu há pouco. E foi fácil entender porque virou uma febre no Japão: é mais elaborado que o onigiri, mais fácil de fazer que um sushi e permite muitas variações. É uma boa opção para lanche, para levar para o almoço ou piquenique e satisfaz muito.

Trata-se de um prato que está entre o onigiri (bolinho de arroz cozido, que pode ser recheado ou não e que costuma ser modelado em formato triangular ou redondo) e o sanduíche. Fazer é muito fácil.

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Em uma folha de alga nori distribua uma camada não muito grossa de arroz. Faça um quadrado bem no meio. Molhe a mão em água com sal (pode ser bem salgada, já que o arroz não leva sal) para que o arroz não grude nas mãos. Distribua o recheio de sua preferência.

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Cubra com mais arroz e dobre a alga para o centro, formando um pacote quadrado.

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Corte ao meio para servir. Outra opção é cortar na diagonal, em triângulos ou em quartos.

Para o recheio parece que está valendo de tudo: carne refogada com shoyu ou miso, conservas de vegetais, verduras, presunto, pasta de atum com maionese, frango, porco ou camarão empanado… O arroz pode também ser temperado com folhas de shiso vermelho em pó (chamado de yukari) ou conserva de folhas de nabo bem picadas, por exemplo. Cores vivas deixam o onigirazu mais atraente e apetitoso. O arroz do tipo oriental é o mais indicado, já que não fica duro depois de frio. E, para mim, um já é suficiente para virar uma refeição.

 

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Suspiros de Coco e de Pecan

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Eu costumo guardar claras de ovos que sobram (uso as gemas em cremes, para pincelar pães, etc) em um pote, no congelador. Geralmente são usadas para empanados, no lugar dos ovos. Mas haviam muitos e lembrei dessa receita até que boba, mas muito boa. Os norte-americanos chamam de “meringue cookies” e até faz sentido, a textura é bem crocante, está quase para um biscoito.

O irônico é que essa receita funciona melhor com ingredientes que não são frescos: claras de ovos congeladas e coco desidratado, desses de pacotinho.

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120 gramas de claras de ovos (tirei do congelador algumas horas antes, para descongelar)

1 colher (chá) de cremor de tártaro (tem em lojas para produtos de confeitaria)

1 xícara de açúcar cristal

3/4 de xícara de coco ralado desidratado, sem açúcar

Bata as claras com o cremor de tártaro até que fiquem leves mas não quebradiças, secas.

Adicione o açúcar e continue batendo até formar um merengue bem firme e o açúcar tenha se dissolvido completamente. Isso leva algum tempo, entre 5 a 10 minutos.

Adicione o coco e misture levemente.

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Faça montinhos com uma colher de café. Pode deixa-los juntos porque não irão crescer. Prefiro usar uma manta de silicone ou papel parafinado para que os suspiros não grudem na forma.

Leve ao forno baixo, o mais baixo possível até que comecem a dourar. Desligue o fogo e deixe o forno fechado com os suspiros dentro até que esfriem. Provavelmente ainda estarão meio pegajosos no interior. Ligue novamente o forno, novamente em chama baixa e deixe que o forno aqueça novamente. E torne a desligar com os suspiros dentro. Dependendo do tamanho, eles estarão secos e crocantes quando esfriarem. Maiores, precisarão ser aquecidos mais uma vez e secos só no forno desligado.

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Guarde em pote bem fechado para que não peguem umidade. Evite fazer essa receita em dias chuvosos, úmidos, é mais difícil de secarem.

Para a versão com pecan (ou nozes), substitua o coco por 1 xícara de nozes trituradas no processador de alimentos (na função pulsar) com 2 colheres de amido de milho. Deverá ficar uma mistura grosseira, com pedacinhos bem visíveis. O amido de milho irá absorver um pouco a gordura das nozes, que prejudicariam o merengue.

 

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Kanikama Tama

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Omeletes e fritadas são populares no mundo inteiro. Existem variações e possibilidades. Essa omelete de origem chinesa é popular no Japão. Muitas vezes feita com carne de siri enlatada. Sim, o japonês consome muitos enlatados mas é por um bom motivo. É bem comum ter uma quantidade razoável de entalados em casa para o caso de um terremoto. Fazem parte do kit de emergência que, supostamente, todos deveriam ter (que incluem água, lanterna, apito, pilhas, etc). E esses enlatados precisam ser renovados, claro, antes que percam a validade.

Bem, siri ou caranguejo enlatado é caro, por aqui (já vi uma latinha pequena custar R$26,00). Parti para a opção B, também popular e bem mais barata: o kanikama, aquela pasta de peixe em bastões que pode ser encontrado congelada, parente bem próximo do kamaboko japonês (e outros produtos à base de surimi).

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Para fazê-lo, vai precisar de uns 4 bastões de kanikama, desfiados, um pouco de cebolinha picada e um pouco de shiitake em fatias (uns 3 a 4, que podem ser frescos ou secos e hidratados). Basta refogar o cogumelo até que fique cozido, junte os demais ingredientes e tempere com um pouco de sal e shoyu.

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Depois de frio, bata de 3 a 4 ovos e adicione a mistura anterior.

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Aqueça óleo em uma frigideira e adicione os ovos. Vá misturando com cuidado, conforme os ovos forem firmando, trazendo os ovos firmes para o centro. Não misture demais, porque a omelete ficará quebradiça. Deixe dourar de um lado e, com a ajuda de um prato, vire.

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Na frigideira, adicione 1 xícara de dashi (caldo à base de peixe e alga ou água e dashi industrializado, granulado), um pouco de shoyu, 1 ou 2 colheres de chá de vinagre e um pouco de açúcar. Engrosse com um pouco de amido de milho diluído em água. Não exagere no amido, 1 a 2 colheres de chá serão suficientes para fazer um molho fluido e brilhante. Despeje sobre a omelete e sirva.

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Não é uma fritada, os ovos ficarão meio cremosos, úmidos e não secos. Sirva com arroz.

 

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Matcha Latte

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Chá está na moda. É fato. E o matcha saiu da cerimônia do chá e foi parar nas confeitarias, em cafés e até nas xicaras domésticas.

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Matcha latte é só matcha (um chá verde muito especial, colhido na época certa, triturado em moinho de pedra até se transformar em um pó fino, verde e muito aromático) com leite e açúcar. Mas ele fica bem melhor com um pouco de espuma. O ar dentro da bebida aumenta a percepção do aroma. Para isso, esse pequeno batedor para fazer espuma de leite é ideal.

Basta dissolver o matcha (mais ou menos 1 colher de chá por pessoa) em um pouco de leite quente e bater para dissolver bem. Complete a xícara com mais leite quente e misture. Para a espuma, bata um pouco de leite em uma caneca funda até formar uma espuma bem densa. Ela quadruplica de volume!

Esse batedor encontrei em uma mercearia de produtos orientais e custou 12 reais. É muito eficiente para isso e talvez outras coisas. Funciona à pilha.

E o matcha latte? Muito aromático, saboroso e estimulante.

 

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Quiabo Estrela de Davi

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Eu já havia visto estes quiabos como… planta decorativa. Por coincidência, um vizinho tem uns pés e trouxemos para casa, para provar. São bem maiores que os os comuns e de formato bem curioso.

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Cortado, tem um formato bonito, estrelado. Esses foram passados em farinha de arroz e fritos rapidamente, só até amaciarem. Se fritarem demais, ficam duros. São adocicados e carnudos. E sim, são babentos também, embora fritos sejam menos visguentos.

Segundo meu vizinho, o cultivo tem lá suas desvantagens: demora mais para produzir que o quiabo comum, produz menos e o pé fica enorme (chega a passar de 2 metros).

 

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Procurando Longe O Que Estava Perto

Há muitos anos, quando era criança – e bem pequena – ganhei um pedaço de bolo de queijo. Não me lembro quem fez. Não foi minha mãe, certamente. Provavelmente alguém da vizinhança. Eu nunca havia comido um bolo de queijo. Era um bolo comum, macio, fofo mas com um aroma intenso de queijo. Ficou na minha memória esse aroma.

E a lembrança desse bolo foi e voltou, durante mais de 40 anos. Provei muitos bolos, alguns com queijo. Mas nenhum tinha aquele aroma. Tentei também alguns, usei parmesão, usei queijo do Reino (que era mais comum no Rio de Janeiro da década de 70 que o parmesão). Não, não era aquilo.

Hoje, correndo com o almoço, resolvi aproveitar que o forno estava ligado e fazer uns bolinhos. Algo para comer mais tarde ou no café do dia seguinte. Resolvi colocar um pouco de queijo ralado em pacote, daqueles, que são secos, que dizem que tem farinha e outras coisas misturada, que chamam de “xexelento”. Eu havia comprado para um teste – que não deu certo – e estava na geladeira há um tempo.

Assei. Tirei do forno e cheirei. Era o cheiro que eu procurava há anos. Pensando bem, fazia sentido. Na época morávamos em frente da transportadora onde meu pai trabalhava. Nosso bairro não era nem um pouco chique, embora a minha memória esteja cheia de fachadas trabalhadas, postes de ferro, azulejos azuis e outras coisas lindas. Os vizinhos trabalhavam também na transportadora ou eram aposentados. O bolo que provei havia sido feito com ingredientes simples e de fácil acesso.

Fica a lição para mim. Um prato especial nem sempre leva ingredientes especiais. Um prato especial na memória sempre será especial. Fiquei satisfeita com esse bolinho porque era uma lembrança que me acompanhou por muito tempo.

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Um Pouco de Paciência…

Estou com problemas de conexão há duas semanas. Durante um pouco mais de uma semana, fiquei totalmente sem conexão. Na outra, muito falha, instável. E a conexão via telefone móvel por aqui também é uma coisa terrível.

Nem vou dizer que minha vida virou um inferno, dependo muito da internet para ler e-mails, comunicar com as pessoas, etc.

Ainda estou lendo sugestões, estou com ideias, fazendo o esboço de uma série de videos rápidos para a internet.

Testei umas receitas também, vou publicar quando resolver todas as pendências.

Só peço um pouco de paciência.

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Glutamato Monossódico

Ontem duas pessoas pediram minha opinião a respeito do glutamato monossódico. Não sou médica, nem biomédica, quem bioquímica e essas pessoas sabem disso. Perguntaram minha opinião porque sabem que cozinho sempre buscando o máximo de umami possível no prato e sabem do quanto eu pesquiso, leio e analiso.

A pergunta (foi só uma pergunta, vinda de duas pessoas diferentes, no mesmo dia) foi direta: Você acha que glutamato monossódico faz mal?

Bem, se os órgãos públicos ligados à saúde considerassem o glutamato perigoso, obrigaria que a quantidade dele presente em todos os produtos comercializados aparecesse no rótulo. Isso incluiria não só salgadinhos de milho como presunto curado, molho de soja, queijos maturados e vegemite. Isso já acontece com o sódio, por exemplo, que nem sempre vem do sal utilizado no preparo.

Mas muita gente vai dizer que o glutamato monossódico é uma coisa e o glutamato que existe em produtos fermentados é diferente. Não, não é. Ou pelo menos não tanto. O glutamato monossódico é o glutamato com uma molécula de sódio, o que o transforma em um sal, fácil de ser transportado. Em contato com água, o sódio vai para um lado, o glutamato para outro.

E, felizmente, nosso organismo não distingue produtos naturais de “sintéticos”. Coloquei os parênteses porque muita gente pensa que uma substância sintética é algo derivado do petróleo, parente do plástico, por exemplo. Não é bem assim. Tem muita coisa derivada de produtos naturais, submetidos a alguma fermentação, por exemplo. De qualquer forma, ainda bem que nosso organismo não tem a capacidade de perceber a diferença e podemos nos beneficiar do alívio de uma aspirina em vez de ficar procurando um galho de salgueiro para extrair o ácido salicílico dele, não? Engraçado pensar que as pessoas nem se perguntam de onde vem as vitaminas dos suplementos que tomam…

Acusam o glutamato de causar diversas doenças, desde diabetes a demência.

Mas vamos dar uma olhada nas estatísticas de consumo do glutamato no mundo? A Ásia consome 89% do glutamato monossódico produzido no mundo, sendo que a China, sozinha, consome cerca de 67%. Então era de se esperar que na Ásia houvesse uma epidemia de diabetes, obesidade, doenças respiratórias e demência. Bem, pelo visto isso não acontece. Muita gente pensa exatamente ao contrário quando se fala em saúde e Ásia: longevidade, terceira idade ativa, menores índices de doenças cardíacas e por aí vai.

Aqui vai o link para o consumo mundial de glutamato monossódico:

https://www.ihs.com/products/monosodium-glutamate-chemical-economics-handbook.html

Não digo que não existam mais pessoas sofrendo de demência no mundo. Muito pelo contrário, é uma questão que está sendo estudada e um desafio para este século: conhecer o cérebro humano. Ainda estamos tateando nessa área e o mais importante órgão humano é um desafio, não apenas por ele ser complexo como também pelo fato que não dá para ficar cutucando e estudando um sem correr o risco de provocar danos permanentes nele. Mas as estatísticas sobre demência mundial ainda são questionáveis. Não temos um parâmetro porque nunca tivemos tanta gente vivendo tanto no mundo. Nas últimas 3 décadas a expectativa de vida em muitos países simplesmente disparou. É bem possível que números de pacientes tenha aumentado apenas porque estamos vivendo mais.

E quanto a toxicidade? Até água, em excesso, mata.

Até o momento (veja bem, Ciência não é uma coisa estática, amanhã pode surgir algo novo), um ser humano pode sobreviver a uma dose de 10 gramas de glutamato monossódico sem sofrer lesões no hipotálamo, por exemplo.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10736380

Sim, existem pesquisas que atestam a toxicidade dele. Encontrei 256 artigos numa busca rápida. A maioria das pesquisas foram realizadas em cobaias ou tecidos. Outro ponto questionável é o método: muitas pesquisas usam uma quantidade absurda de glutamato monossódico ou ele é injetado na corrente sanguínea. Por exemplo, 5 gramas de glutamato para um rato equivaleria a quantos gramas para um humano, considerando seu peso? 250 gramas? Mais? Métodos questionáveis mas não chegam a ser antiéticos. Um exemplo relacionado à obesidade:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16132059

Uma das poucas pesquisas relacionadas a humanos mesmo foi feita na China e não comprovaram relação alguma com a asma.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23240044

Como podem ver, tomei o cuidado de não usar nenhuma pesquisa tirada de um site ligado à indústria de alimentos. Os artigos são de diferentes autores, de diferentes países, para que ninguém diga que beneficiei ninguém. O Pubmed é um site de um órgão do governo americano que conta com uma enorme biblioteca de artigos científicos, o que facilitou enormemente a pesquisa.

Artigos de revistas e jornais foram descartados. É sempre melhor ir direto na fonte. Artigos que não citam o pesquisador, para mim, são apenas fofoca. Tem tanto valor quanto a opinião da vizinha da cunhada da prima da cabeleireira.

Não uso glutamato monossódico aqui em casa, pelo menos não de maneira direta. Ele vem em alguns produtos industrializados como linguiças, molhos prontos, na farofinha que vem junto como frango assado, nos salgadinhos. Aliás, que seria do salgadinho de milho sem glutamato? Uma massa com gosto de isopor.

Aliás, a indústria emprega largamente esse realçador de sabor (é, nem sempre dizem no rótulo que usam glutamato monossódico), um recurso barato para aumentar a aceitação de um produto. Isso é errado? Não creio. Num mundo ideal todo mundo comeria comida fresca mas neste mundo há muita gente que nem tem fogão (há uns 4 anos um pesquisador da área da energia me disse que quase metade da população brasileira ainda usa fogão à lenha), muito menos geladeira. Para economizar gás ou lenha, tempo e dinheiro, muita gente opta por abrir um pacote de biscoitos enriquecidos com vitaminas. Carne processada (linguiças, salsichas, nuggets) também consomem pouco tempo e são mais baratos que carne fresca. Sem glutamato, seriam uma massa sem gosto.

A crueldade não está em usar glutamato para que as pessoas comam mais. Para mim está no fato que produzimos comida suficiente para alimentar tanta gente mas desperdiçamos. Está no fato que o transporte e a distribuição não sejam tão eficientes. E, claro, nas diferenças sociais e econômicas gritantes. Para uns, o glutamato vem dentro que queijos e presuntos. Para outros, num pacote de pipoca. Não vejo a indústria de alimentos como a grande vilã. Ela tem se esforçado para produzir comida barata e contribuído para diminuir a morte por inanição. A subnutrição é um problema que envolve órgãos de saúde e política.

Bem, a resposta à pergunta que me fizeram é: não. Não creio que o glutamato monossódico faça mal. Já a desinformação, a nossa sociedade em geral e a nossa política…

 

 

 

 

 

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Os Dilemas de Manter um Blog Continuam

Tive problemas com a conexão, telefone, etc por aqui. Posso dizer que estive incomunicável por mais de uma semana.

E enviaram-me sugestões, ideias para o blog. Estou pensando em tudo.

Continua a ideia de fazer videos. Sugeriram que eu faça uns videos curtos para o público e aulas, receitas mais complexas para assinantes.

Também me sugeriram o crowfunding para levantar verba para a câmera e computador.

Ofereceram-me ajuda para reformular o blog, o que me parece ser uma boa.

Outra sugestão é a da criação de um e-book. O livro é uma ideia antiga, que carece de uma editora. Mas vou pensar na opção de e-book.

 

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Dos Dilemas de Manter um Blog

O blog está neste servidor há quase oito anos. Oito anos! Nunca pensei que conseguiria mantê-lo por tanto tempo.

No momento me encontro em um momento delicado.

Leitores pedem videos de receitas e técnicas e outras tantas coisas. Até gostaria de fazer mas esbarro em um problema: isso custa dinheiro.

Sim, dinheiro. Preciso de um computador bem melhor que esse modelo do século passado, com muito mais memória e outra configuração para poder editar videos. E talvez precise de outra pessoa para me ajudar na tarefa de filmar e editar.

Também gostaria de falar sobre lugares, sobre produtos, testar coisas. Traduzindo: gastar em refeições fora, comprar coisas.

Mas não tenho patrocinador e, pensando bem, até é melhor que não tenha, porque poderia tirar minha liberdade. Para o leitor, eu perderia a imparcialidade, não?

Tenho mantido o blog nesses 8 anos sozinha. A publicidade do Google Adsense rende poucos dólares por mês. Levo meses para juntar os tais 100 dólares mínimos para recebê-los.

As doações de leitores, que agradeço do coração, se resumem a umas 4 ou 5 por ano, menos de 200 reais por ano.

Isso só mal paga a hospedagem. Os custos que tenho com conexão banda meio larga a radio (200 reais por mês), compra de produtos, gasolina, estacionamento, etc são por minha conta.

E não tenho como investir mais. Não sou rica, tudo que produzo é em escala artesanal que significa que recebo pouco por mês. Não tenho um império industrial nem um latifúndio. Os meus rendimentos são bem incertos.

Não me chamam muito para aulas, palestras ou qualquer coisa.

Estou pensando seriamente em cobrar pelo acesso ao blog. As postagens mais recentes ficariam à disposição do leitor visitante mas os arquivos seriam de acesso restrito.

O assinante teria acesso ao conteúdo completo, as velhas receitas e aos videos futuros.

Eu gostaria da opinião de vocês.

 

 

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