Lost In Japan

Como todo mundo, meus olhos se voltaram para o Japão. O terremoto que ocorreu na região norte do país surpreendeu a todos. E não só os descendentes de japoneses é que estão preocupados. Conversei com várias pessoas e muitos estão preocupados com amigos, ex-vizinhos e ex-colegas de trabalho ou escola. Enfim, parece que quase todo mundo conhece alguém que está no Japão.

Como as notícias que chegam de lá são desencontradas e não faltam boatos, sugiro que acompanhem o blog do Alexandre Mauj Imamura Gonzalez, o Lost in Japan: http://lostinjapan.portalnippon.com/

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Bolo de Milho Verde e Coco

E como ganhei muito milho e uma dúzia de ovos caipiras dos vizinhos, fui fazer um bolo de milho para eles. A maioria dos bolos de milho verde ficam pesados, parecendo um pudim ou bom-bocado. Essa receita rende um bolo médio, úmido e macio. Mas não é nada leve, vai um bocado de manteiga.

4 gemas

200 gramas de manteiga

1 xícara de açúcar

1 xícara de milho verde cortado da espiga

3/4 xícara de leite

1 xícara de coco fresco ralado

4 claras 2 xícaras de farinha de trigo

2 colhere de chá de fermento em pó

Bata as gemas com a manteiga e metade do açúcar, até ficar bem claro.

Bata as claras em neve, adicione o restante do açúcar e bata até dissolver bem o açúcar. Reserve.

Triture o milho no liquidificador, junto com o leite. Adicione o milho triturado e o coco ao creme de manteiga, intercalando com a farinha peneirada com o fermento. Misture.

Incorpore as claras batidas em suspiro, em 2 ou 3 vezes, misturando delicadamente.

Leve para assar em forno médio, forma untada.

Se preferir um bolo mais doce, aumente a quantidade de açúcar. Eu prefiro com pouco açúcar.

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Sopa Paraguaia

Já fiz uma receita parecida com essa há algum tempo. Esta é outra versão. Ganhei um balde cheio de milho do vizinho e resolvi fazer para o lanche-jantar de ontem. Gostei dessa versão.

1 xícara de milho cortado da espiga

1 xícara de leite

3 gemas

1 cebola grande, picada

1/3 xícara de banha ou manteiga (usei banha)

1/2 xícara de água

Sal

6 colheres de sopa de fubá fino

Queijo parmesão ralado (confesso que não medi, coloquei um punhado, creio que umas 50 gramas)

1 colher de fermento em pó

Bata o milho com o leite e as gemas.

Refogue a cebola picada com a banha ou manteiga e um pouco de sal, até ficar transparente. Junte a água, misture e retire do fogo. Deixe amornar.

Barta as cebolas com o creme de milho. Despeje em uma tigela.

Adicione o fubá e o fermento em pó. Misture. Junte as claras batidas em neve, incorpore e junte o queijo ralado.

Leve ao forno médio, em forma untada, até dourar. Fica um bolo úmido e macio. Preferi assar em duas formas descartáveis de alumínio.

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Hoje, na Liberdade

Fui lá encontrar com a Adriana, a Bia, a Marcia e a Diulza me achou por lá. Precisava comprar vinagre preto, feito de arroz e molho de ostras. Mas acabei comprando muito mais. Vi esse molho de abalone e fiquei curiosa. Não tenho a menor idéia de como é usado, mas vou provar, pesquisar e cozinhar.

Minha mãe achou as sementes de shiso. Cada bandeja custou R$2,60. Confesso que não me lembro se foi no Marukai ou na Casa Bueno, ambas na Galvão Bueno. Destacados do caule, são curtidos em sal. Já senti o cheiro pungente deles. Confesso que nunca comi, mas vou provar. Quem conhece isso é a mãe. Aliás, confesso, shiso não é o meu item favorito…

Matei a curiosidade e comprei a massa de arroz, recheada com cubinhos de porco. Basicamente, é massa de macarrão de arroz, enrolada. Gostei! Chineses e vietnamitas comem essas panquecas cozidas no vapor, cada um de um jeito.

Comprei na Towa, na praça da Liberdade. Aí em cima, detalhe da etiqueta.

Também passei na Adega de Sake. Hoje não bebo, ou raramente bebo. Creio que bebi demais a minha vida toda e, em dado momento da minha vida, deixou de ser prazer. E, bem, já cultivo péssimos hábitos demais, preciso administrar isso melhor. Mas mesmo quem não bebe, como eu, precisa passar por lá. Os bentôs e porções bem-feitos…

Choux…

Unagi (enguia)…

Tirashizushi, tomate momotaro, conservas, ovas…

Ganhei da Bia broinhas de fubá, como nunca comi. Não tão doces, com perfume de erva-doce e…

… como carolinas, ocas por dentro!

E eu, que ando mais atrapalhada que de costume, esqueci completamente de tirar fotos das pessoas. Acho que ando pensando muito em comida. Esses biscoitinhos também ganhei da Bia. E eu esqueci de levar alguma coisa daqui de casa. Espero que ela me entenda. Nos dois últimos dias, acordei de madrugada, dirigi muito e lidei com papéis demais.Na próxima, levo alguma coisa daqui da horta ou uma compota caseira…

Claro que compramos muitas outras coisas: nabo redondo, togan, macarrão de arroz para comer com um caldo leve de galinha, duas revistas, um par de chinelos com a palmilha cheia de bolotas que dizem que massageiam a sola dos pés (eu não aguento usar mais que quinze minutos, minha mãe acha relaxante). Devo estar esquecendo alguma coisa.Vi rambutan (parente da lichia), pensei em comprar um pacote de preparado para hot cake, comi um rolinho primavera numa barraquinha e esqueci de ver se encontrava miyoban (um produto usado em conservas de beringela, preserva a linda cor roxa).

Ainda na volta parei na estrada, entrei em uma padaria, encarei um picolé de chocolate, entrei também em um supermercado chamado “Escolhido” (na Bunjiro Nakao) porque não resisti ao anúncio de pepino japonês e pimentão (verde, amarelo e vermelho) a R$1,99 o quilo. Enfim, passei o dia todo fora de casa. Amanhã volto a cozinhar.

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Amanhã, na Liberdade

Estou carregando a bateria da máquina fotográfica. Amanhã vou à Liberdade, em São Paulo. Pretendo comprar vinagre, molho de ostras e batatas para fazer konnyaku. Mas nunca se sabe…

Se encontrar algo curioso, interessante ou uma pechincha, comento aqui.

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Manjar de Leite

A foto ficou horrível. Não consegui tirar colheradas mais bonitas do manjar, que fiz em uma tigela. Na verdade, fiz, mas não achei que renderia lá grande coisa. Foi uma idéia que tive para sobremesa sem creme, mais leve e rica em cálcio. Usei adoçante mas, se preferir, use açúcar.

1300 ml de água

24 gramas de gelatina em pó sem sabor

250 gramas de leite em pó

Açúcar ou adoçante à gosto

Aqueça meio litro de água. Hidrate a gelatina em um pouco de água.

Dissolva o açúcar ou adoçante na água quente. Dissolva a gelatina hidratada na água quente.

Dissolva o leite em pó na água restante. Misture tudo.

Eu adicionei pedacinhos de abacaxi em calda. Poderia ter utilizado outra fruta. Ou não usado nenhuma e servido com uma calda de frutas ou caramelo.

Usei leite em pó porque com ele, poderia ter um sabor mais acentuado de leite. Na verdade, um sabor que lembra mais o leite evaporado, que não encontro.

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Yokan de Castanhas

Já falei sobre esse doce em barra, endurecida com gelatina de algas. Pode ser feito com pasta de feijão azuki, favas, batata-doce e… castanhas. O processo é, basicamente, o mesmo. Só que castanhas dão trabalho extra. É preciso tirar a pele fina e de gosto desagradável, cozinhar, transformar em purê. E para dar uma certa graça na textura, vão uns pedaços de castanhas cozidas dentro. É um doce que outono, mas por aqui a safra de castanhas está um pouco adiantada.

Aqui vão os links para as outras receitas de yokan:

Yokan de azuki: http://marisaono.com/delicia/?p=81

Yokan de favas, com chá verde: http://marisaono.com/delicia/?p=531

Yokan de Batata-doce: http://marisaono.com/delicia/?p=615

Mizu Yokan: http://marisaono.com/delicia/?p=83

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Meu Sumiço…

Ando escrevendo pouco. Mas não é por motivo de doença, nem por problemas de conexão. Agora (finalmente!) estou com uma banda larga via rádio, que funciona bem. Só me deixa na mão nos dias de chuva.

Mudei-me, tenho trabalhado muito na casa, na horta. Sim, tenho calos nas mãos, ando pegando na enxada, pá, etc.

E, claro, tem o alho negro.

Para minha alegria, o Empório Santa Maria (Av Cidade Jardim, 790) passou a comercializar os meus alhos, em cabeças individuais e em pacotes de 200 gramas. Era uma comodidade que há muito eu queria oferecer aos consumidores de São Paulo.

E viram o anúncio de página inteira do Kinoshita? Big close no alho negro. Saiu na última revista Gula.

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Cogumelo Alienígena

De vez em quando a Natureza consegue ser mais criativa que os roteiristas de filmes de ficção científica. Topei com esse cogumelo estranho. Além do “chapéu” cheio de nervuras, ele tinha uma “saia” amarela, toda rendada.

Tem ou não tem uma cara esquisita, enfezada? De qualquer forma, nem toquei. E depois de algumas horas, estava murchinho, derrubado no chão. Eu acho que é venenoso…

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Shibukawa-ni

No Japão as castanhas também são muito apreciadas. Por aqui já temos uma produção consistente, encontro com facilidade nos Estados de São Paulo e Paraná. As árvores podem chegar a um tamanho absurdo. Colher é que é um problema. Elas ficam dentro de um ouriço, com espinhos muito finos e resistentes.

Costumam abrir ao sol, mas nem todas. Nessas horas, é preciso de dar uma ajudinha à natureza: pisando sobre elas, rompe-se a casca. Mas aviso: é melhor estar calçando um sapato de sola grossa.

O shibukawa-ni é um doce. As castanhas são cozidas, a “cica” da pele interna – aquela que fica entre a casca e o fruto – é eliminada e depois é preparada na calda. Já aviso que dá muito trabalho. Por dar tanto trabalho, é melhor preparar uma quantidade grande.

O primeiro passo é tirar as cascas. Se estiverem bem frescas, até que se soltam com certa facilidade. Um corte na casca e puxar. Mas se estiverem mais secas, é melhor deixar de molho em água por algumas horas para hidratarem. Outros dizem que aferventando também funciona. Mas o fato é que é trabalhoso. Leve as castanhas descascadas ao fogo brando e deixe que fervam por uns 10 minutos. Escorra e retire aqueles fios mais grossos, que formam os veios. Tente preservar o máximo da pele. Para essa tarefa, um palitinho de dente ajuda a cutucar e soltar a fibra.

Eu usei 2,5 kg de castanhas já limpas. O passo seguinte é tirar aquele “amarrento” da pele da castanha. Coloque em uma panela, cubra com água, adicione 1 colher de sopa de bicarbonato e leve ao fogo brando. Importante: não use panela de alumínio. O bicarbonato reage com o alumínio, prefira panelas de inox ou esmaltadas. Deixe ferver por uns 10 minutos sempre em fogo brando. Vai fazer muita espuma. Escorra, lave bem. Tome cuidado com a roupa. Esse caldo escuro tinge o tecido e é difícil de tirar.

Repita a operação, ou seja, cubra com água, junte outra colher de bicarbonato e leve ao fogo. Lave. Desta vez a água vai estar mais clara e vai fazer menos espuma. Por fim, repita uma terceira vez. Lave muito bem. Aproveite para retirar as castanhas que se romperam. Provavelmente estarão cozidas. Teste com um palito. Se ele entrar com facilidade, estão cozidas. Senão, leve ao fogo cobertas com água e cozinhe em fogo brando. Escorra.

Cubra com água. Adicione 900 gramas de açúcar e 100 ml de conhaque ou brandy. Leve ao fogo brando e deixe ferver por uns 5 minutos. Vá retirando a espuma que se formar.  Tampe e deixe esfriar. Sei que o conhaque não é muito japonês, mas o álcool vai ajudar a manter as castanhas inteiras, sem esfarelar. Insisto que tudo deva ser feito em fogo brando. Se a temperatura aumentar muito, a pressão interna vai aumentar muito rápido e elas se racharão. À noite, torne a aquecer, cozinhar por alguns minutos e deixar esfriar a noite toda.

Na manhã seguinte, adicione mais 900 gramas de açúcar, aqueça em fogo brando, retire a espuma e deixe descansando na calda até a noite. Repita.

E isso vai ser repetido no terceiro dia. Sim, dá trabalho. Mas aquecendo e esfriando lentamente, a calda vai penetrar nas castanhas, deixando-as doces, macias e úmidas. Como elas são muito delicadas, evite mexer, misturar.

Sirva-as frias – nunca geladas, o frio as endurece muito. Como faço uma grande quantidade, coloco em potes que fechem bem e levo ao banho-maria por 40 minutos, para esterelizar. Se a tampa estiver boa, vão durar um ano na prateleira.

Dá para entender porque esse doce é praticamente desconhecido por aqui. São 4 dias de trabalho…

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