Espinafre com Ovos e Shoyu

espinafre e ovos

De vez em quando eu descubro que algo que é banal para mim, é desconhecido por muita gente. Outro dia publiquei no Facebook, esta foto, simples espinafre com ovos e shoyu, coisa que como desde criança. Pois bem, apesar de fazer parte das lembranças de tantos descendentes de japoneses, não é comum para o resto dos leitores.

É uma receita nipo-brasileira: o espinafre da Nova Zelândia (esse espinafre comum, que encontramos nas feiras) não é comum no Japão. Em 16 anos que morei lá, vi poucas vezes. As folhas são separadas dos talos, lavadas e aferventadas em água quente por um minuto. É preciso escalda-las porque contém muito nitrato, mais ainda se foram cultivados em solo rico em adubo nitrogenado. E isso não é bom. Pesquisem, vão encontrar informação.

Feito isso, é só espremer bem, picar grosseiramente e refogar com um pouco de óleo até aquecer. Temperar com um pouco de shoyu e quebrar uns ovos por cima. Mexer um pouco para distribuir os ovos, tampar e terminar de cozinhar em fogo baixo, por um ou dois minutos.

No Japão é comum preparar horenso (espinafre japonês) desta forma, assim como acelga.

 

 

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Confeitaria Francesa em Sorocaba – Fabio Yamada

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Muita gente me pergunta onde encontrar doces franceses com um “sotaque” japonês: menos doce, leves, feitos com bons ingredientes, feitos para um paladar adulto. E eu procurei. Não encontrei nada que pudesse dizer que era perfeito, alguns são bem bons, mas não excepcionais. E quando me perguntam sobre quem poderia dar aulas, ensinar a fazer um shortcake de morango, então!

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Mas finalmente encontrei alguém que faz isso. É em Sorocaba, interior de São Paulo, a umas 2:30 horas de distância da capital. É o Fabio Yamada. Ele estudou no Cordon Bleu em Tokyoe trabalhou na boutique da escola de boutique da escola. Quando cheguei no studio dele, a primeira coisa que senti foi o aroma delicioso de manteiga, que me remeteu às confeitarias japonesas. Ele havia acabado de tirar umas quiches do forno.

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Também havia feito chiffon cake e weekends (um tipo de pound cake com limão e glacê, ótimo para acompanhar um chá). Trouxe para casa um, que estava macio, levemente ácido, perfumado, fresco.

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Lá também provei o savarin, molhado mas não excessivamente doce. Foi um dos melhores que já provei, assim como o bombom de laranja com chocolate amargo.

Conversando com ele, soube que faz questão de usar bons ingredientes: manteiga, creme de leite fresco, ovos frescos. Leite condensado não entra lá, assim como margarina.

Ele está fazendo sobremesas de um restaurante em Sorocaba assim como de um café. Também aceita encomendas e dá aulas – o lugar tem espaço para até 12 alunos.

Eu sei, Sorocaba é longe de São Paulo. Mas aonde encontrar alguém que trabalhou na Boutique Café do Cordon Bleu de Tokyo disposto a ensinar o que sabe?

Ele está no Facebook e o e-mail dele é:

f_yamada@outlook.com

O endereço do Atelier Gourmet é:

Rua Barão de Cotegipe 301/sobreloja

Bairro Cerrado, em Sorocaba. Fica em cima de uma sorveteria.

E como soube dele? Através da Lucia Kayama, que aliás até me levou lá, porque não conheço Sorocaba. Ela também dá aulas de gastronomia em Campinas.

 

 

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Abricó do Pará

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O Brasil é um país extraordinário, não? Sempre há algo que não conheço, algo que nunca ouvi falar. Muitos cheiros, muitos sabores. Eu nunca havia ouvido falar do abricó do Pará (Mammea americana L). É um fruto redondo, de casca grossa.  A aparência não é das mais apetitosas, parece uma batata gigante. 

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Descascada, revela uma polpa laranja, de uma cor que, de fato, lembra o damasco. O sabor lembra damasco, pêssego amarelo e manga não muito madura. Não é muito doce. Nesse ponto (suponho que possa ficar mais macia ainda) é firme, com um pouco de mucilagem. É uma fruta excepcional. Tem sabor sem ser excessivamente perfumada. Apesar do tamanho, nem tudo é polpa; as sementes são bem grandes.

Para quem se interessou,  ganhei esta fruta da Antonia Padvaiskas do Empório Poitara. Ela atende pelos telefones: (11) 97310-5024 e (11) 98344-4040 ou no email toni.ginger@gmail.com.

Não encontrei nenhuma receita com ele, não.

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Quer Aprender a Fazer Doces Japoneses?

Muita gente me pergunta se eu não poderia ensinar a fazer pasta doce de feijão (anko), doce de feijão em barra (yokan), ichigo daifuku (bolinho de massa de arroz recheado com pasta de feijão e morango) e dorayaki. Claro que a confeitaria japonesa tem muito mais que isso mas seria impossível ensinar tudo em um dia e eu mesma não sei muita coisa. Mas para um dia seria de boa medida, já que são preparados trabalhosos.

Eu iria ensinar todos os passos da pasta de feijão azuki, assim como dos outros doces aqui em casa, para um grupo pequeno. Como são doces muito doces, poderiam provar um pouco e levar o resto para casa, em bandejas. E depois,um almoço simples com alguma coisa feita na wok e tirar as dúvidas restantes.

Domingo próximo, dia 28, aqui em casa.

Mais informações pelo e-mail marisaono@gmail.com

 

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8° Paladar – Cozinha do Brasil

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Este ano assisti a poucas aulas e palestras no Paladar. Foram só quatro. Mas ainda assim foram muito proveitosas. Aliás, é sempre bom ouvir o que bons cozinheiros têm para dizer. São pessoas curiosas, que buscam informação, ingredientes, pesquisam, têm experiências e vivências.

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Agenor Maia, Helena Rizzo e Rodrigo Oliveira falaram sobre os “caroços”, sementes, amêndoas que muitas vezes jogamos fora. Eu ainda não havia comido a semente da jaca cozida (jaca é um tabu aqui em casa), a semente do pequi torrada mas conhecia bem o jatobá, que tem um cheiro bem forte. Esse último foi suavizado sendo assado com a casca antes de ser processado com manteiga.

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Isso nos faz pensar no quanto nós desperdiçamos. Hoje há um interesse pelas sementes do cupuaçu mas ainda jogamos fora as sementes de abóbora, por exemplo. Segundo Rodrigo Oliveira, a semente da jaca rende pudim, bolo, pão, purê. Para mim lembrou um pouco a fava, talvez virasse um yokan ou, quem sabe? Poderia virar um missô. Acima, Helena Rizzo mostra o fruto da sapucaia, que é uma caixa que se abre para derrubar as sementes.

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Com o Carlos Siffert aprendi como se faz couscous com sêmola e outroz “couscouses”, inclusive de milho, de farinha de mandioca, o israelense em bolinhas.

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Mas para mim, cuscuz é uma massa de tapioca hidratada, com coco. Na minha infância era vendido em talhadas, vindas de um tabuleiro e servido em pedaços de papel pardo. Minha mãe nunca fez, era coisa que eu só comia na rua.

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Ele também trouxe diversas cuscuzeiras, desde as pequenas, de porção individual, até as maiores.

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E apresentou a técnica que eu até havia esquecido, a de cozinhar no vapor em um prato coberto com um pano e emborcado sobre uma panela com água fervente. Dá para cozinhar, além do cuscuz,  legumes, por exemplo.

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Acabei perdendo o início da palestra com Alex Atala. Mas ainda o vi apresentar 2 pratos, um deles com fígado de bijupirá, peixe que já é cultivado em fazendas marinhas e robalo com açaí.

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E falando em peixe, Ivan Ralston e Antonio Amaral apresentaram fatos sobre a pesca no Brasil que eu desconhecia. Ou, pelo menos, que eu não conhecia tão bem. No Brasil a pesca de arrasto ainda predomina, apesar de ser extremamente danosa, porque tudo que nem tudo que vem na rede é peixe (crustáceos, moluscos, peixes sem valor comercial, algas, pedras, etc). Muito do que tiram do mar é jogado fora. E muito do que vai para o porão do navio acaba se perdendo também, porque os peixes são amassados e mal conservados, sem falar que os barcos passam muito tempo no mar. Ou seja, não é raro o peixe já chegar velho nos entrepostos. Até chegar ao consumidor, muito foi jogado fora e o que chega, é de baixa qualidade. No entanto, peixes pescados na costa brasileira vão parar no mercado europeu e até asiático. Isso porque barcos de pesca estrangeiros utilizam outras técnicas de pesca e armazenamento, que garantem um produto de melhor qualidade.

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A questão é bem complexa. Não basta exigir que os pescadores pesquem com anzol ou espinhel e que conservem peixe em caixas com gelo. O peixe é maltratado em todo o percurso, do mar à mesa e, infelizmente, as leis de preservação de espécies também não estão sendo respeitadas. O desperdício e o grande consumo de combustível – a pesca de arrasto exige mais potência nos motores do barco – além dos atravessadores, encarecem o produto. Para quem quiser saber mais, bem mais sobre a pesca no Brasil, recomendo o seminário “Olhar ao Mar”, promovido pelo C5. Será gratuito e as informações todas estão aqui:

http://culinariac5.wordpress.com/2014/09/08/olhar-ao-mar-seminario-sobre-a-cadeia-do-peixe/

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O que podemos desde já é passar a exigir maior qualidade do pescado que compramos, procurar saber a origem e se não é uma espécie com a pesca proibida, como o cherne. O Amaral avisou que irá deixar uma caixa de pargo no Mercadão na terça-feira, na peixaria do André (lamento, não consegui a informação de qual peixaria é). Procurem lá, confiram se os olhos do peixe estão vivos, brilhantes e se o corpo está ainda rígido, firme.

Aqui no blog (ou pelo menos, nos comentários), sugeri aos leitores que conversassem com os feirantes, que procurassem saber de onde vêm os ingredientes que comercializam, cobrar diversidade. Com o peixe também não é diferente. Nem com a carne. Nem com o palmito. Aqui noto que o consumidor não se pergunta sobre a origem do que come, diferente do Japão. E ainda se queixa da qualidade. Nós só teremos qualidade quando começarmos a cobrar por ela, é uma questão de mercado, de oferta e procura.

No mais, lamento que eu não pude assistir à diversas aulas, havia muita coisa interessante. Mas como hoje já comecei o dia com um pneu furado e precisei voltar para casa antes do final do evento, fico devendo. Confiram na página do Paladar no Estadão sobre tudo que foi apresentado.

 

 

 

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French Cruller – フレンチクルーラー

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Nunca comi esse doce em restaurante. Encontrava em lojas de conveniência, eventualmente em alguma padaria japonesa. Trata-se de massa de choux (carolina, bomba, eclair) mais firme e frita. Sim, é gorduroso mas gostoso. Não é muito doce – a não ser que escolha rechear ou servir com um glacê. Estava ensaiando fazer há muito e não me dei mal na primeira tentativa. Só é preciso ter um pouco de paciência na hora de fritar. Renderam 6 rosquinhas.

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100 ml de água

50 gramas de manteiga

1 colher de sopa (rasa) de açúcar

80 gramas de farinha de trigo

2 ovos

1/2 colher de chá de fermento químico em pó

Misture a água, o açúcar e a manteiga. Leve ao fogo até ferver.

Adicione a farinha de uma vez e misture. Abaixe o fogo e continue misturando e mexendo até que a massa esteja bem homogênea e forme uma crosta no fundo da panela. Vire em uma tigela e reserve.

Misture eventualmente a massa para que escape vapor. Quando estiver morna, adicione 1 ovo e bata. Quando estiver bem absorvido, adicione o outro ovo e bata (melhor usar uma batedeira, a massa é pesada). Se a massa ficar muito dura, adicione mais um pouco de ovo: bata um ovo em uma tigela e adicione 1 colher de chá de cada vez. A massa é firme, mas é facilmente espremida em um saco de confeiteiro.

Usando um saco de confeiteiro e um bico do tipo “estrela”, faça roscas sobre papel impermeável. Eu uso o “Assa Mais Leve”. Poderia ter utilizado um papel vegetal chamado sulfurizê (ou sulfurize, nunca soube a grafia correta; é um papel vegetal que utilizava em esboços para projetos arquitetônicos e comprava em papelarias).

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Coloque as rosquinhas com o papel virado para cima em uma frigideira funda com bastante óleo quente (mas não demais, algo em torno de 160 graus). Espere mais ou menos um minuto para pescar o papel e deixe fritando por alguns minutos.

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É preciso um pouco de paciência. Deixe dourar bem de um lado antes de virar, senão as rosquinhas irão trincar e a aparência ficará comprometida. Continue fritando, mantendo o fogo moderado, até ficar bem estufado e bem dourado. Se não for bem frito, depois de frio irá murchar.

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Polvilhe açúcar antes de servir ou faça um glacê com açúcar de confeiteiro. Quando quente é ligeiramente crocante por fora e macio por dentro. Depois de frio, mantem a forma mas a textura muda um pouco. Creio que poderia ser feito no forno, sim, mas aí não seriam French Cruller e sim samantas…

PS: a massa está muito amarela e não é por conta do editor de imagem. É que usei ovos de galinha caipira, que têm gema mais escura.

 

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O Que Vocês Gostariam de Aprender?

Reuni alguns leitores e internautas aqui em casa. Alguns me escrevem com sugestões mas gostaria de saber o que vocês gostariam de aprender aqui, em casa, num grupo pequeno (5 pessoas) por vez, em um domingo qualquer.

Algumas sugestões que recebi:

Lamen (massa de origem chinesa mas muito popular no Japão)

Doces japoneses: anko (pasta de feijão azuki), yokan (doce de feijão em barra), daifuku (bolinho de massa de arroz, recheado com pasta de feijão), dorayaki (panquecas recheadas com pasta de feijão).

Gyozas, shumai, wantan: bolinhos e pastéis que podem ser feitos na chapa, fritos ou cozidos no vapor.

Choux: A bomba de creme, na versão japonesa.

 

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Torta de Banana à Holandesa

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Revendo e refazendo uma receita antiga do blog. A torta é holandesa por conta de uma confeitaria na Serra do Cadeado que faz assim. Não, nunca fui à Holanda. Substituí o açúcar por açúcar light (que é parte açúcar, parte adoçante, metade das calorias e usa-se a metade em peso para obter mais ou menos a mesma doçura) e cozinhei bananas-prata em rodelas com um pouco de açúcar. Um pouco de baunilha para aromatizar tanto o recheio quanto a massa.

Por causa do adoçante, a torta ficou menos dourada e menos doce. Mas continuou boa.

A receita eu publiquei em 2010, aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=2014

 

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Jiam Bing ou Panquecas Chinesas de Trigo Sarraceno

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Para Luci Cara.

Não vejo dessa panqueca por aqui, nunca vi nenhum comentário. Talvez por ser uma comida de rua, por ser algo que se come no café-da-manhã, talvez por ser tão simples e fácil.

Na verdade existem centenas, talvez milhares de variações. Como a que a Luci provou era de trigo sarraceno, essa também é feita com essa farinha. Trata-se de uma panqueca bem simples, que recebe um pouco de ovo dentro, molho Hoisin, cebolinha e um pedaço de glúten frito (que comprei pronto na Liberdade). Não diria que é o prato mais saboroso da cozinha chinesa mas é algo que satisfaz bem e não leva carne.

Para 4 panquecas médias:

200 ml de água

50 gramas de farinha de trigo comum

50 gramas de farinha de trigo sarraceno (encontrado em lojas de produtos naturais e empórios orientais)

Sal

2 ovos ligeiramente batidos

Molho Hoisin

Cebolinha verde picada

Glúten frito (é vendido em mercearias orientais em tiras compridas)

Misture as farinhas e vá adicionando água aos poucos, para não formar grumos. Vai se transformar em uma massa bem líquida.

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Aqueça uma frigideira, unte com um pouco de óleo e despeje 1/4 da massa, espalhando bem para formar uma panqueca fina. Talvez seja necessário adicionar mais um pouco de água porque a farinha pode estar mais ou menos seca. Abaixe o fogo.

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Quando a massa firmar um pouco, espalhe 1/4 do ovo batido sobre a massa.

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Espalhe um pouco do molho Hoisin (cuidado é doce mas é também bem salgado) e cebolinha verde à gosto. Acomode um pedaço de glúten frito no centro. Como o glúten vem frio e molengo, eu aqueci no forno elétrico por alguns minutos para que voltasse a ficar crocante.

Enrole e coma. Simples assim.

Vi variações com diferentes farinhas, com molho de pimenta no recheio, coentro no lugar da cebolinha, enfim, acho que existem para todos os gostos e lugares. Existem versões bem finas e enormes, que são dobradas. Mas, basicamente, é isso.

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Gyudon e Kare Raisu no Sakagura A1

Sakagura_gyudon

No dia 20 vai acontecer o próximo “Comida de Rua, né” do Sakagura A1. Desta vez serão duas opções de domburi (tigelas) imperdíveis, queridos por muitos e que eu gosto muito: gyudon (carne com cebolas e um molho adocicado sobre arroz branco) e karê raisu (arroz com um curry à moda japonesa, feito com carne e legumes cozidos).

Sakagura_Curry rice

Os pratos são do chef Shinya Koike. A cerveja Heineken será vendida a R$5,00 e o sake japonês a R$15,00, enquanto que os pratos saem por R$19,00. Na rua Jerônimo da Veiga, 74 – Itaim Tel. (11) 3078-3883, das 12:30 até as 16 horas do dia 20.

Fotos: Drausio Tuzzulo/Divulgação

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