Kuri Yokan (Yokan de Castanhas)

Não creio que muitos terão a disposição de fazer essa receita, que é muito trabalhosa. Mas fica o registro. Yokan de castanha é um doce de outono, tem época certa para aparecer nas confeitarias e não é raro chegar na loja tarde e não conseguir comprar. O melhor yokan de castanhas que comi foi comprado em uma loja pequena, em um bairro longe do centro (onde, aliás, morei), em Hamamatsu. Ficava quase à beira do rio Tenryu, no bairro de Nakano-machi. Não me lembro do nome.

O primeiro passo é fazer o anko, ou seja, a pasta doce. No caso, de castanhas. As castanhas foram cozidas, partidas ao meio e retirada a polpa, que virou um tipo de farinha. Para cada porção de castanha, o mesmo peso em açúcar. Isso foi misturado e adicionei um pouco de água para formar uma pasta. E levei ao fogo, mexendo sem parar.

O ponto é quando a pasta deixa de ficar opaca, ganha um pouco de brilho e uma camada fina dele chega a ser translúcida. A textura deverá ser densa, como a de uma pasta de soja (missô).

Para cada 600 gramas de anko, use 5 gramas de kanten (gelatina de alga em pó). Misture a gelatina com 50 gramas de açúcar e dissolva com 250 ml de água. Leve ao fogo, mexendo, até ferver. Retire a espuma que se forma na superfície. Ferva por 2 minutos. Adicione a pasta de castanhas e mexa, até dissolver bem. Junte também 50 ml de glucose de milho. Cozinhe por cerca de 15 minutos, mexendo sempre e retirando a espuma que se forma na superfície com uma concha. Quando pronto, a gelatina tem brilho. Eu costumo testar a textura colocando um pouco dessa calda em um pires bem gelado (deixo no congelador). Dependendo, cozinho por mais tempo.

Despejei em uma assadeira forrada com pedaços de castanha em calda (shibukawa ni, publiquei a receita aqui: http://marisaono.com/delicia/?p=3040 ). Poderiam ser castanhas cozidas, talvez assadas. Deixo esfriar antes de cortar em barras.

 

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Bolo de Sardinha ou Iwashi Scotch Egg

Há pouco tempo o bolo de ovo, bolovo, B.O era coisa que só existia em botecos, daqueles que o pessoal chama de “sujinhos”. Pois não é que agora estão por aí, chamados de “scotch eggs”. Comida é como onda, vai e volta.

Confesso que resisti muito. Esses bolos de sardinha assombraram minha infância, por vários motivos. O primeiro é que minha mãe, durante uma época, fez e muito, até a exaustão. Enjoei. O segundo motivo é que não gostava do sabor, ou melhor, do cheiro forte de sardinha. O terceiro era a textura, era meio farelenta. Bem, hoje eu sei de umas coisas que minha mãe não sabia. E tenho um processador de alimentos, coisa que não existia naquela época. O bolo de sardinha que fiz tem uma textura mais macia e não tem o cheiro forte.

Fiz grande, com ovo de galinha, para ser fiel à receita. Mas ficaria mais fácil de enrolar, empanar e fritar (além de mais bonito) se fosse feito com ovos de codorna cozidos.

Achava que era uma receita nikkei. Agora não tenho certeza. Lá no Japão também existe algo parecido.

250 gramas de sardinha limpa, sem espinhas

3 colheres de sake

1 colher de chá de sal

2 colher de sopa de missô

1 colher de chá de suco de gengibre (rale um pedaço de gengibre e esprema)

2 colheres de chá de polvilho doce

Pimenta do reino à gosto

4 ovos cozidos, frios e descascados

Farinha de trigo, ovo e farinha de rosca (panko) para empanar.

Antes de mais nada, é preciso limpar a sardinha. Depois de tiradas as escamas, eviscerada e tirada a cabeça, coloque-as em uma tigela com água e sal. Não use sal demais, a água deve ficar salgada mas não tanto quando a água do mar. Abra as sardinhas e lave nessa água. Escorra.

Leve os filés para a geladeira por umas 4 horas, pelo menos, ou até ficarem bem geladas. Isso é importante para fazer a massa.

Coloque as sardinhas, o sake, o sal, misso, polvilho e suco de gengibre em um processador de alimentos e bata, até formar uma massa pegajosa. Vai quase formar uma bola de massa dentro do jarro do processador. Se a sardinha não estiver bem gelada, é possível que não forme o “surimi” (ou seja, massa de peixe).

Envolva cada ovo com uma porção dessa massa. Modele com as mãos molhadas, fica mais fácil. Passe por farinha, ovo e farinha de rosca. Faça isso com cuidado, a massa é mole. Deixe descansar por cerca de meia hora, fica mais fácil de fritar.

Frite em baste óleo, até dourar bem. Se começar a dourar rápido demais, abaixe o fogo, porque pode ficar cru por dentro.

Parta ao meio e sirva.

PS: A massa de peixe fica com aparência melhor se tirar a pele. Minha mãe não tirava. E creio que agora não é época de sardinhas. Usei sardinhas congeladas e nesse caso, é bem difícil tirar a pele delas.

Insisto no uso de sake, ele ameniza bastante o cheiro do peixe.

 

 

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Sea Food Rice

Quem assiste à NHK? Às nove da noite (daqui, no horário de verão) passa uma novelinha chamada Gochisosan. No começo, mostrava o pai da heroína tocando um restaurante francês. E da dificuldade em agradar a clientela japonesa. Muitos não sabiam usar garfo e faca. Muitos se queixavam da falta de arroz na refeição. O pão era fresco, mas não era isso que os clientes queriam. Ele insiste em fazer uma cozinha autêntica francesa mas, por fim, acaba se rendendo aos apelos da esposa e filha e passa a oferecer aos clientes a comida francesa adaptada que fazia para a família.

E foi mais ou menos assim que surgiu o “francês de hashi”. Muitos pratos foram adaptados e acabaram ganhando tanta popularidade e características próprias que hoje podem até ser chamados comida japonesa contemporânea. O beef stew lá é servido com… goham (arroz branco). O omuraisu (arroz com frango, ketchup, envolto em uma omelete fina) é outro exemplo.

Esse arroz é, de certa forma, um prato fusion, adaptado ou como queiram chamar. O fato é que, apesar do japonês comer muito arroz branco, purinho, também come de outras formas. É um pouco diferente do nosso “arroz de”, ou melhor, do português, que adotamos. Também é diferente do pilaf (embora até chamem por esse nome também). Também não é risoto.

Para fazer esse prato, usei camarão e mexilhões (poderia ter usado mariscos, lulas) congelados. Vamos ser realistas: camarão fresco, assim como tantos frutos do mar, não existem nas feiras o ano todo. Aliás, fresco mesmo, só se você for lá no porto e esperar o barco atracar. No geral, tem um ou dois dias. Descongelei em água com sal. Não sei explicar, mas a textura fica melhor.

Refoguei com manteiga e um pouco de sake (ou um vinho branco não muito seco). Temperei levemente com sal. Deixei cozinhar até que o camarão ganhasse uma cor rosada. Reservei. Reservei o caldo que se formou também.

Refoguei um pouco de cebola bem batida com manteiga e um fio de azeite, até ficar transparente. Juntei arroz lavado e escorrido. Usei arroz oriental, para ficar mais fiel ao que se come nas casas japonesas. Se preferir um arroz mais solto, use arroz agulhinha.

Adicione caldo (de cascas de camarão, de frango ou vegetais) ou água. Cozinhe por uns 3 minutos, adicione um punhado de vagens picadas e milho debulhado. Ou cenoura. Ou, se for outono, cogumelos. Entenderam, não? Use o que for da estação. E adicione cerca de 2 colheres de ketchup para uma porção para 4 pessoas. Porquê? Porque tem umami, vai dar cor, um toque adocicado, tem cravo e ouras especiarias, enfim, fica melhor.

Cozinhe por mais uns 7 minutos, abaixe o fogo e tampe. Quando quase todo a água estiver sido absorvida, adicione os frutos do mar e desligue o fogo. Deixe descansando por uns 10 minutos. Misture com um garfo, polvilhe pimenta-do-reino á gosto e sirva.

Ah, e coma com… uma colher. Sim, para nós é estranho, mas por lá é comum usarem a colher para comer arroz, risotos, pilafs, tcharan (yakimeshi).

 

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Eu e a Mídia (Ou Hoje Morro de Vergonha)

Primeiro, o vídeo que foi produzido pelo pessoal do Slow Food, sobre as raízes da gastronomia brasileira. Aliás, é uma série de videos, que foram apresentados em primeira mão no Mesa Tendências. Aqui abaixo, o link do vídeo sobre os imigrantes japoneses, com a minha participação.

Raízes da Gastronomia Brasileira: Comunidade Japonesa

 

E a entrevista (rápida, felizmente) que dei para o programa “Revista” da CBN:

 

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Biscoito Língua de Gato

Mais uma daquelas receitas que pensei que havia publicado. Faço sempre que tenho muitas claras. Quando só preciso das gemas, separo as claras e vou congelando. É um biscoito fino, muito crocante. Se quiser, pode variar, salpicando gergelim ou pedacinhos de nozes.

É uma receita quase banal. Para cada porção de claras, use o mesmo peso de manteiga, açúcar e farinha. Um pouco de um extrato bom de baunilha e um saco de confeitar.

Uso açúcar cristal. Bato com a manteiga até que fique cremosa, esbranquiçada. Junto as claras aos poucos, batendo sempre e a baunilha. Por fim, a farinha, sem bater demais, só para misturar. Como está fazendo calor, deixo na geladeira por umas 6 horas ou mais, para firmar.

Depois é só espremer com a ajuda de um saco de confeitar e um bico fino (mais ou menos 1/2 cm de diâmetro), deixando um bom espaço entre eles, porque espalham bem. Faça tiras com uns 4 a 5 cm de comprimento. Asse em forno pré-aquecido, médio, até dourar as bordas. Tome cuidado, porque eles queimam rápido. O biscoito sai do forno meio molengo, pode até ser moldado. Endurece depois de esfriar. Guarde em um pote que feche bem. Sirva com café, cha ou sorvete.

PS: também estou no Instagram, para quem quiser acompanhar mais o meu dia-a-dia:

http://instagram.com/marisatono

Além do Facebook

https://www.facebook.com/marisa.ono.9

 

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Velha Panificadora e Velha Técnica Para Assar Pão

Tudo começou com a vinda de amigos aqui em casa. A velha panificadora estava encostada por conta de um problema na cuba. Comprar outra cuba implicaria em encomendar no Japão, pagar pelo frete, mais impostos. Ou seja, juntando tudo, ficaria quase o preço de uma máquina nova. O Luiz Carlos resolveu meu problema. Voltou a funcionar que é uma beleza. A princípio, pensei em fazer uma massa só com farinha e água, para ver se funcionava mesmo. Acabei juntando fermento, sal, um pouco de açúcar e azeite, tudo ” a olho”, mesmo.

No domingo ganhei uma linda panela de ferro, daquelas grandes, pesadas mesmo. Há muito andava pensando em assar um pão em uma panela dessas. Há uns tempos os japoneses exploram essa possibilidade. Não é incomum assarem pão em panelas de ferro, mas em acampamento, ao ar livre. Com a crise energética por lá, andam procurando opções de cozinhar ou assar gastando menos energia elétrica (a grande maioria dos fornos por lá é elétrico). Ou seja, uma técnica velha saiu do campo e foi para dentro da casa.

Tentei assar o pão dentro da panela de ferro. Pré aqueci tanto a panela quanto a tampa na boca do fogão. Tentei manter a temperatura da tampa com uns pedaços de carvão. Não funcionou bem, o carvão não estava em brasa forte.

Fui obrigada a virar o pão e dourar a parte de cima. O pão achatou um pouco. Entre a assadeira e o fundo da panela coloquei bolotas de papel alumínio, para que não tocasse o fundo e não queimasse.

Infelizmente, queimou no fundo. Errei na temperatura da chama, deveria ter usado uma chama bem baixa.

Mesmo assim, não considero um fracasso. A massa ficou fofa mas consistente. Tenho dificuldade em traduzir a expressão “mochiri”. É aquela textura consistente, um pouco pegajosa da tapioca, por exemplo. Seria o oposto de farelento. Ficou muito bom.

A pergunta é: Vale a pena? Acho que vale, sim, se você tiver espírito um pouco aventureiro. É provável que vá queimar uns pães até aprender a lidar com a temperatura da chama, o pré-aquecimento, etc. Nem me perguntem qual é a temperatura, quanto tempo preaquece. Isso vai variar de panela para panela, se é mais alta, mais baixa, com paredes mais ou menos grossas. Mas pode ser que consiga assar um pão, gastando menos gás e sem transformar sua cozinha em uma sauna.

 

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Fim e Começo

Terminamos o ano comendo udon. Tradicionalmente, no Japão, come-se soba, numa massa longa, na esperança de viver bastante. Como minha mãe é alérgica ao soba, fomos de udon, feito com uma farinha italiana própria para massas, que peguei no Fricó, no dia que assisti a uma aula sobre embutidos. Ficou ótimo, consistente, porém escorregadio por fora. Servi simples, só com um caldo à base de bonito seco e alga kombu e shoyu. Por cima, cebolinha (só a parte branca) picada.

E para começar o ano, edamame (soja verde cozida; mas é uma espécie própria para ser comida ainda verde). Veio da horta, estamos no verão, é época dele. É um ótimo petisco, só com sal. Expliquei como deve ser preparado aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=30

Bom 2014 para você, leitor.

 

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Ton Hoi Após Reforma

Só fui ao Ton Hoi duas vezes, esta é a terceira, se não me falha a memória. Passou um tempo fechado para reformas. Como muitos restaurantes chineses, é melhor ir acompanhado, porque as porções são generosas e indo em um grupo, dá para provar mais pratos.

Pedimos um macarrão com um molho de carne moída e pepino. Não é picante como o do China Massas Caseiras. E misturaram tudo na mesa, antes de nos servirmos.

O “Família Feliz” é o prato dos indecisos – que não devem ser poucos, já que o cardápio é tão extenso (280 itens, fora as bebidas). Vem em uma cestinha de batata frita, tem camarão, carne, frango, vegetais, lulas, ovos de codorna, enfim, um pouco de tudo. E é gostoso! Não temos o costume de misturar carnes com frutos do mar mas, creia, é comum em muitos lugares.

Tofu frito com ovas fritas. Tão simples e ao mesmo tempo, tão bom. E ficamos lembrando que antigamente as ovas eram dadas de graça pelos peixeiros. Hoje em dia, nem pagando (e muito!) colocamos as mãos em ovas de tainha, por exemplo.

Os pastéis no vapor costumam demorar um pouco, porque fazem a massa na hora. Portanto, a não ser que prefira esperar, desista de comê-los como entrada. Vêm com um caldo dentro, tenha cuidado ao morder. Esses eram de carne, mas existem opções com vegetais e frutos do mar.

Com 4 águas, 1 chá e 1 suco, ficou pouco mais de 200 reais (éramos em 4 pessoas).

Vale a pena? Vale. A comida foge do comum, é boa, o restaurante é confortável, amplo, tem valet e tem chances de agradar sempre, com tantas opções. É melhor ir no meio da semana, dizem que nos finais de semana tem fila de espera. O almoço costuma ser tranquilo.

O site deles é este aqui:

http://www.tonhoi.com.br/pt/index.php

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Barriga de Porco Defumada no Forno

Continuo curando e defumando carnes aqui em casa. Primeiro porque os defumados industrializados mais populares andaram caindo de qualidade nos últimos anos. Pelo que me disseram, surgiram normas impedindo ou limitando o uso de madeira em defumados. Em diversas localidades foi proibido o uso de lenha, seja em fornos para pizzas, seja em churrascarias, seja em padarias. O que vejo muito é o uso de uma tinta alaranjada e fumaça líquida. E ainda alegam que é melhor para a saúde, a fumaça do defumado contem substâncias carcinogênicas.

Tudo começa com um pedaço de barriga de porco. Salguei com 1% do peso em sal e 1% de sal de cura. Esfrego e coloco em um saco plástico e coloco na geladeira. Viro todos os dias, dependendo do tamanho, pode levar uma semana para curar. A carne vai perder água, ficar mais firme e bem vermelha. Depois tiro do saco plástico e deixo secando, na geladeira, em uma travessa, virando todos os dias. Esse período pode levar uns cinco dias.

Para defumar, usei o forno de um fogão velho. Interessava-me apenas a carcaça e a grade. Retirei o fundo, para que entrasse mais ar dentro do forno. Tampei os buracos da parede dos fundos do forno, para evitar que a fumaça escapasse. Deixei uma pequena abertura, mínima, apenas para ter uma certa circulação de ar. Sobre o queimador coloquei uma chapa e ali coloco um pedaço de carvão em brasa e umas cascas de pecan. Poderia ter usado galhos de goiabeira ou outra árvore frutífera, como macieira ou cerejeira. Mas a pecan proporciona um aroma muito intenso, que combina com o porco. De tantos em tantos tempos confiro que a brasa continua acesa, se precisa de mais cascas e deixo defumando por algumas horas.

Fica a gosto, eu prefiro não defumar muito longamente, para não ficar com um sabor muito forte. Viro, para que pegue fumaça de ambos os lados e ganhe uma cor bonita. No caso, a temperatura não chegou a subir o suficiente para cozinha-la. Então, vou manter o resto no congelador.

E como a carne está ainda crua ou parcialmente crua, preferi passar na frigideira antes de comer.

Eu apresentei outra opção de defumação caseira, usando uma caixa de papelão aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=5473

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O Tofu de Amendoim e o Fracasso

Cozinha experimental envolve arriscar-se. Resolvi testar uma receita de tofu de amendoim, prato da cozinha okinawana, que vi em um site que poderia chamar de confiável.

Comecei triturando amendoim cru. Tudo bem. Deixei de molho, tirei a pele e triturei na quantidade de água recomendada.

Coei e descartei o bagaço, conforme a receita recomendava. Ok.

O passo seguinte foi adicionar fécula de batata-doce. Também não houve nenhum problema, o amido dissolveu bem. Mas… fiquei incomodada com a quantidade. Bem, pensei, deve ser um tofu firme.

Na hora de cozinhar, virou uma massa bem pesada. Mas ficou parecido com a foto do site.

Depois de gelado, provei. Pois é.

Ficou borrachudo, com gosto de amendoim cru, uma sensação de indigestibilidade tremenda. Não, não é a primeira receita que testo e que dá errado. Nem vai ser a última. Mas ainda chegarei em uma receita que eu goste.

PS: Alguns podem estranhar: tofu feito com amido? Sim, existe o tofu de gergelim que é, para nós, um tipo de pudim, engrossado com amido de kuzu.

 

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