Kabocha Na Panela de Pressão

No último Aizomê Ichiba, conversei com duas leitoras e elas me disseram adorar a receita de buta kakuni na panela de pressão.

Aí percebi que ando usando a panela de pressão para cozidos em casa, reduzindo o tempo, economizando gás e sem perder sabor.

Um dos pratos que tenho feito com frequência é a abóbora japonesa, o kabocha.

Para isso, corto em pedaços regulares e acomodo na panela de pressão. Cozinha melhor se formar uma só camada no fundo da panela. Por isso, uso uma média, de 4 litros. Coloco a casca para baixo, que é mais dura.

Depois adiciono água. Não muita, não é preciso cobrir, é só o suficiente para cozinhar, ou seja, mais ou menos 1 dedo de altura. Também adiciono shoyu, um pouco de açúcar e mirim. Se não tiver esse licor à base de arroz, adicione um pouco de vodka, por exemplo. Álcool ajuda a melhorar a textura, impede que a abóbora se esfarele demais.

Aí é só tampar e cozinhar por 3 minutos, a partir do momento que começou a chiar. Desligue o fogo, espere que a pressão abaixe e abra a panela. Vire os pedaços de abóbora e cozinhe por 1 ou 2 minutos, para terminar de cozinhar. Desligue o fogo, deixe descansando por uns 10 minutos para que absorva o caldo. Aliás, abóbora japonesa é mais saborosa se servida morna.

E batatas podem ser cozidas dessa maneira.

Eu conto 3 minutos mas isso depende um pouco da panela, algumas atingem uma temperatura um pouco inferior e pode demorar um pouco mais.

 

Share This Post
Publicado em acompanhamento, Culinária japonesa, rápido, receita | Tags , , | 3 Comentários

10° Aizomê Ichiba

Este mês o restaurante Aizomê faz aniversário. E como parte da comemoração, vai acontecer o 10° Aizomê Ichiba, no anexo do restaurante, com a presença da Adega de Sake, Gelato Boutique, Sommelier Itinerante (Daniela Bravin e Cassia Campos), Cesar Yukio, Sae Kim (New Shin-La Kwan) e Paulo Yoller (Meats) e esta que vos escreve, além do próprio Aizomê.

Resumindo: Vai ter sake, vinho em taça, doces, sorvete, pratos para comer e levar, conservas, miso e outras coisas.

Onde: Alameda Fernão Cardim 39, Jardins, próximo ao metrô Brigadeiro.

 

Share This Post
Publicado em Uncategorized | Comentários fechados em 10° Aizomê Ichiba

Lamen Está Na Moda?

Sim, definitivamente. Seja o que você considerar moda. Para mim, significa que está ganhando popularidade. E ainda tem muito para crescer. Em São Paulo ainda não são tantas casas assim, se compararmos com os restaurantes que servem comida japonesa ou “japonesa” (comida nipo-americana, adaptada, etc).

Porquê acho que ainda tem muito para crescer?

Bem, primeiro é o fato que lamen é fast-food. Pode ser servido em poucos minutos. Esse aspecto ainda não foi muito explorado por aqui, em parte por conta do hábito do brasileiro, que come mais devagar, sai para conversar e não só para comer. Um arquiteto poderia dar sugestões de ambientes que desestimulem o cliente a ficar muito tempo, como iluminação quente (notei isto nas lanchonetes japonesas), mesas pequenas, etc.

Também permite muitas variações e estilos. Isso também está começando por aqui, alguns já apresentam estilo próprio mas ainda há muito a ser desenvolvido, de uma maneira geral. Quanto às variações, pode ser leve ou substancioso, picante ou não, quente ou frio. Da década de 90 para cá outros tipos foram se formando e a tigela de sopa fumegante não é unanimidade. Ou seja, dá para ter lamen para todos os gostos e chegará a um ponto em que não se poderá dizer quem é “melhor” porque servem estilos diferentes. Espero ver isto em uns 3 anos, talvez mais.

Lamen não é algo que, necessariamente, deva ser comido no almoço ou jantar. No Japão pode ser comido em qualquer hora do dia ou da noite. Existem casas que abrem cedo, servindo no café da manhã e outras que abrem só tarde da noite, atendendo o público da madrugada. Pode ser um lanche para quem perdeu o almoço ou para quem vai jantar muito tarde.

E pelo resto do país, ainda há muito o que explorar. Mas aviso: a cada dia que passa, há menos espaço para amadorismo. Há mais pessoas provando, comparando e se informando. Quem quiser entrar no negócio, tem que ter em mente que vai precisar fazer algo bom e estar sempre procurando fazer melhor, sob o risco de ser atropelado pela concorrência.

Mas ainda acho um pouco difícil, aqui no Brasil, uma casa sobreviver só de lamen, embora seja um modelo de negócio interessante, porque requer menos funcionários, o controle de estoque é mais fácil, não requer um ponto comercial muito grande. Por algum tempo ainda veremos lamens em izakayas (bares no estilo japonês), porque a chance de atrair público é maior.

Share This Post
Publicado em Culinária japonesa | 3 Comentários

Batata Peruana, Batata Roxa

Já havia ouvido falar, mas não havia encontrado ainda por aqui. Para minha surpresa, lá estavam elas, na banca de feira no Ceagesp. Chamadas de batatas peruanas, elas ão roxas, tanto por fora, quanto por dentro.

Não são muito grandes, a cor delas é escura e são arredondadas (embora umas sejam um pouco alongadas).

Fatiadas, exibem uma cor vibrante. Fatiei fino, reguei com um pouco de vodka e fritei, porque achei que renderiam chips interessantes.

De fato, os chips ficaram com cor roxa viva e bem crocantes.

Alguns pontos ficaram marrons, sim, mas a cor predominante é roxa. Parece que no Japão viraram uma moda, porque contém antioxidantes, que é como comer um punhado de blueberries, etc, etc. Eu vou voltar a comprar porque gostei do sabor, é bem sequinha e o preço está bom: 3 reais o quilo, na banca do Serginho.  Quero fazer nhoque roxo.

 

Share This Post
Publicado em curiosidades, produtos. | Tags , | 1 Comentário

Bacon, Pernil Defumado e Pastrami em São Paulo

Quando: Dia 3 de fevereiro, sábado, das 10 às 13 horas.
Onde: Alameda Fernão Cardim, próximo à avenida Brigadeiro Luiz Antônio e metrô Brigadeiro.
Receitas apresentadas: Bacon, pernil defumado e pastrami. Técnicas de salga, cura e defumação. Orientações sobre madeiras ideais para defumação. Opções de defumadores caseiros. Degustação das carnes preparadas no dia.
Valor: 200/pessoa

Mais informações pelo e-mail marisaono@gmail.com

 

 

Share This Post
Publicado em Uncategorized | Comentários fechados em Bacon, Pernil Defumado e Pastrami em São Paulo

Kagoshima Wagyu

Não é raro eu ouvir que “o Brasil só importa produtos de baixa qualidade” ou que “só mandam para cá o pior”. Não é verdade. Há muitos anos importamos do Japão produtos alimentícios de boa qualidade, como molho de soja, doces, algas, temperos diversos. Um pouco mais recentemente, sakes de ótima qualidade chegaram ao Brasil e, como o número de adeptos tem aumentado, acredito que a variedade e a quantidade tende a aumentar.

E em breve será possível comprar no Brasil o máximo em carne bovina.

Em um almoço promovido pela JETRO (Japan External Trade Organization) no Ryo Gastronomia, soube que em poucos meses a carne wagyu de Kagoshima entrará no mercado brasileiro. A marca Kagoshima Wagyu conquistou o título de melhor marca de carne japonesa.

Mas vamos por partes. Primeiro, wagyu é carne japonesa mas por aqui muitos chamam de “Kobe Beef”. Para ser chamada como tal, teria que ser, além de japonesa, de gado da raça Kuroge Washu.

O que faz essa carne ser tão valorizada? Além da raça do animal, que ao longo dos anos passou por um processo de seleção, tem a questão da produção pequena, visando a excelência. Alimentados com grãos e palha de arroz, cercados de cuidados para crescerem saudáveis e sem estresse, só são abatidos com mais de 28 meses. Tudo isso resulta em uma carne macia, saborosa, com uma gordura adocicada, que derrete na boca, como manteiga. É algo tão delicioso que muitos viajam ao Japão para conhecer a iguaria.

Além disso, todos os animais são registrados, ou seja, possuem pedigree. Os produtores mantém registro de todo o histórico do animal ou seja, é um gado rastreado, garantindo a segurança alimentar da carne.

Sim, o wagyu pode ser muito caro. Depois do abate, segue a classificação da carne, que pode ir de A5 (melhor classificação) a C1. Os critérios de classificação envolvem o marmoreio, brilho e cor da carne, textura, cor e brilho da gordura. Além disso, alguns cortes são mais cobiçados que outros. No Japão, o contra-filé é muito apreciado. Claro que excelência tem seu preço. Uma rápida pesquisa no site de vendas Rakuten e encontro o contrafilé a 30.000 ienes/kg (cerca de R$880,00). Esse valor é só uma referência, existem opções mais baratas e mais caras.

No Japão, o wagyu costuma ser usado em sukiyakis, shabu-shabu (onde fatias finas de carne são rapidamente cozidas em caldo com vegetais) ou feito na grelha. Eu, particularmente, gosto mais quando a carne recebe calor, porque o aroma da gordura tostada é único. Mas nada impede que seja servido até mesmo cru.

Bem, agora o que posso dizer da experiência que tive?

Não foi a minha primeira vez. Já havia provado wagyu no Japão. Não de uma classificação tão alta. Foi comprada no supermercado, a um preço bem mais camarada. Confesso que fiquei, na época, um tanto quanto decepcionada. Era macia, mas de sabor pouco pronunciado. Depois pude provar o Kobe Beef criado aqui. Em alguns casos, a gordura era um tanto quanto pesada.

Desta vez, a gordura era fluida, derretia na boca. A carne é bem saborosa, mas não é tão mineral quanto a brasileira. Dependendo do preparo, pode ser adocicada. E o aroma! O aroma da gordura tostada é indescritível. Provei crua, grelhada, com molho picante, com arroz e até como sushi.

Em poucos meses será possível encontra-la em restaurantes e boutiques de carnes. Por enquanto ainda não há um distribuidor, por isto não tenho o contato comercial.

Para quem quiser maiores informações sobre o wagyu, recomendo entrar em contato com a Jetro pelo telefone 11-3141-0788.

As fotos foram cedidas pela JETRO.

 

 

Share This Post
Publicado em Uncategorized | 1 Comentário

Agenda: Defumados e Lamen

No próximo domingo mostro como fazer bacon, copa defumada e pastrami em casa. Salga, cura, opções de defumadores caseiros, falo sobre as madeiras e a técnica da defumação, sem mistérios. Em seguida, almoço com as carnes feitas na aula, pão, salada, sobremesa e chá. Das 10 às 16 horas, aqui em casa, próximo ao Haras Setti em Ibiúna. Valor? 200/pessoa. Maiores informações pelo e-mail marisaono@gmail.com

 

Já no dia 15/02 a aula é sobre lamen, na Accademia Gastronomica, das 19:30 as 22:00 horas, na Rua Inhambu, 1126 – esquina com Av. Pavão – Moema, em São Paulo. Lá ensino a fazer o caldo à base de porco e frango, massa, chashu (o porco marinado), falo sobre opções de acompanhamento. Mais informações por e-mail ou telefone: info@agastronomica.com.br :: 11 5041 3277

 

 

Share This Post
Publicado em Uncategorized | Comentários fechados em Agenda: Defumados e Lamen

Patê de Figado de Galinha

Parece que ninguém mais faz patê, não? Nos anos 70, existia patê de tudo: de fígado, de presunto, de atum, de sardinha. Parecia que o mundo se alimentava de canapés.

Pois bem, já comi patês industrializados bons mas nunca fiz um de fígado de galinha que me deixasse satisfeita.

Até agora.

Na verdade, é bem simples, basta ter um processador ou um mixer (aquele processador de mão).

300 gramas de fígado de galinha

1 colher de sopa de shio-koji (falei sobre ele aqui: http://marisaono.com/delicia/2012/08/13/hakusai-no-shio-koji-tsuke-conserva-de-acelga-com-shio-koji/)

2 a 3 colheres de sopa de sake

1 ramo de tomilho

1 folha de louro

1 dente grande de alho, moído

1 cebola pequena, picada

150 a 170 gramas de manteiga sem sal

Sal, pimenta do reino e óleo o quanto baste

Deixe os fígados marinando no shio-koji e sake. O shio-koji ameniza o aroma e sabor da maioria das carnes. Se não tiver (hoje em dia já dá para encontrar em algumas mercearias orientais), experimente deixar em uma salmoura. Mantenha na geladeira por uma noite ou 8 horas.

Passe os fígados rapidamente em água fria, para eliminar o shio-koji.

Refogue o alho até dourar, junte a cebola e refogue até que a cebola fique bem macia.

Junte o fígado, o louro e o tomilho.

Cozinhe em fogo médio até que cozinhe sem secar.

Descarte o ramo de tomilho e o louro e bata no processador ou com o hand mixer, até formar um purê.

Junte a manteiga aos poucos, processando a cada adição.

Não coloquei uma quantidade exata de manteiga. Vá provando até chegar no ponto de equilíbrio entre gordura e o leve amargor do fígado.

Tempere com sal e pimenta do reino.

Coloque em potinhos, cubra com um filme plástico e leve à geladeira.

Sirva gelado, com pão, torrada ou biscoitos salgados.

Eu congelei uma parte, já que rende bem.

 

 

Share This Post
Publicado em carnes., Entrada, receita | Tags , , | 1 Comentário

Lamen dia 17

É a última chance este ano de aprender a fazer um lamen, do caldo à massa, além do porco marinado, dos molhos de shoyu e miso e ver como é servido. Falo das farinhas, dos ingredientes, das técnicas, o quê funciona e o quê não funciona e até um pouco de História.

Quando: Domingo, dia 17, das 10 às 16 horas.
Onde: Aqui em casa, próximo ao Haras Setti e o campo de beisebol da Yakult em Ibiúna.
Receitas apresentadas: Duas massas para lamen, caldo base, molhos para o shoyu lamen e para o miso lamen, porco marinado (chashu), ovo marinado (aji tsuke tamago). Também apresento ideias de “topping”, explico sobre as farinhas a serem utilizadas e falo sobre os insumos. Segue almoço com um shoyu lamen e um miso lamen, usando os itens apresentados na aula, mais chá e sobremesa.
Valor: 200/pessoa
Peço um depósito em conta corrente de 50% como sinal.

Contato: marisaono@gmail.com

 

 

Share This Post
Publicado em Uncategorized | Comentários fechados em Lamen dia 17

9° Aizomê Ichiba

Vai ser sábado, o último do ano.

Para quem perdeu as edições anteriores, é o seguinte: Um grupo de amigos se junta no restaurante Aizomê, monta as mesas, leva o que tem ou sabe fazer de melhor para quem quiser comer ou levar para casa.

O que vai ter? Eu também não tenho certeza. Mas sei que vai ter sake, alguns inclusive daquele evento que comentei no post anterior. São muito especiais e exclusivos.

Vai ter bebida, ingredientes coreanos (e outras surpresas).

Eu vou levar miso (soja fermentada) artesanal. Vai ter pão no vapor para levar para casa, congelar e descongelar quando quiser comer. Vai ter yokan (doce de feijão em barra), vai ter sakura mochi (doce à base de arroz, enrolado, recheado e envolto em uma folha de cerejeira salgada), vai ter muita coisa boa que estou fazendo esta semana.

Vai ter comida do próprio Aizomê, claro!

E vai ter muita gente alegre e interessante para conversar.

Acompanhem a página do evento no Facebook!

https://www.facebook.com/events/171711206765713/

Share This Post
Publicado em Uncategorized | Comentários fechados em 9° Aizomê Ichiba