Jantar com Shoyus Especiais Kikkoman no Aizomê

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Ontem jantei no Aizomê. A chef Telma Shiraishi preparou pratos utilizando shoyus especiais da Kikkoman, que ainda não entraram no mercado brasileiro. Da esquerda para a direita: shoyu com a adição de dashi de bonito seco, alga kombu e atum seco, o que o torna mais rico em umami e mais versátil, porque pode entrar num cozido, por exemplo e não só na finalização. No centro, um shoyu não-pasteurizado, que tem um teor maior de sal, é translúcido e com aromas mais complexos. E na garrafa verde, um shoyu com 40% menos sal que um shoyu regular, mas sem perder o sabor. O aroma desse é um pouco mais alcoólico que o dos outros dois.

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Aqui, a cor deles. De cima para baixo: o de baixo teor de sódio, o não-pasteurizado e o com dashi. Todos são translúcidos, de cor mais clara do que estamos acostumados a encontrar no mercado. Muitos ainda pensam que shoyus escuros são mais fortes, com sabor e aroma mais intensos. Não é bem assim, é mais uma questão de processo de produção do que qualidade. Outra novidade é que a Kikkoman, que há muito tempo inovou o mercado de embalagens ao lançar a molheira desenhada por Kenji Ekuan, agora está lançando uma embalagem com uma válvula especial que permite que se use apenas uma gota de shoyu até um jato bem controlado. Além disso, a embalagem impede a entrada de ar, preservando as qualidades de aroma e sabor por mais tempo.

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Eu cheguei um pouco cedo e pude ver a chef preparando o abalone chileno que seria servido mais tarde. As conchas são lindas, não?

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O jantar iniciou com gomadofu (tofu de gergelim preto e branco, com ovas de salmão marinadas e ouriço, servidos com wasabi verdadeiro (não o de tubo nem o em pó; o aroma e a pungência são bem diferentes) e umas folhas de sansho (pimenta de Sichuan japonesa); abalone com berinjela assada, alga wakame e um molho com o shoyu com dashi e gengibre; raiz de lotus, lula e siri fritos com um molho cítrico (ponzu). O gomadofu é um prato que demanda muito trabalho, é cozido por um longo tempo, sempre mexendo. É algo um tanto quanto incomum aqui no Brasil. Abalone é uma iguaria, até mesmo no Japão. Esse molusco ainda aparece pouco por aqui. Para quem nunca provou, a surpresa é que não tem um sabor tão marinho quanto se espera de um molusco.

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Sashimi de robalo, atum, vieiras (deliciosamente adocicadas) com wasabi verdadeiro. Aí pudemos provar diferentes shoyus e como eles se comportam. Eu preferi o shoyu não-pasteurizado.

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Sushis (nigirizushis e oshizushis, prensados), cada um com um aroma diferente: yuzu, conserva (tsukudani) de alga nori, kombu cortado fino como um celofane. Novamente preferi o shoyu não-pasteurizado.

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Chirimushi, um cozido com um caldo muito suave com lagostim, alga kombu, cogumelos shiitake e enokitake, tofu e o mitsuba, que dá um frescor ao prato. À parte, cada um poderia “temperar” as porções com um pouco de nabo ralado, cebolinha, gengibre e shoyu. O shoyu com dashi acrescentou ainda mais umami ao prato e o shoyu com pouco sal também funcionou muito bem.

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Wagyu grelhado, levemente temperado, com abobrinhas, cogumelos eringi, ervilhas sweet snap, batatinhas e mini-tomate. E pudemos provar cada bocado com um pouco de wasabi e os diferentes shoyus. Eu gostei dos 3.

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A sobremesa foi uma variação em torno na abóbora japonesa (kabocha): Em pasta, com um toque de shoyu e sorvete de gengibre, bolo com ganache de chocolate e shoyu e em calda com shoyu. Tudo ficou gostoso. O shoyu acrescenta um algo a mais aos doces, seja contrastando, seja acentuando. Creio que a minha maior surpresa foi a combinação do chocolate com shoyu.

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Estava tudo muito bom, equilibrado sem ser monótono, não foi uma refeição pesada, pelo contrário, foi uma refeição quase sem gordura e que satisfez muito. Alguém deve de pensar que tanto shoyu tenha dado a sensação de ter ingerido muito sal. Eu digo que não, porque o shoyu é para ser usado em pequenas porções, gotinhas e não mergulhar tudo nele. Foi também um aprendizado, já que esses shoyus especiais não chegaram ainda aqui e produtos de extrema qualidade ainda são uma certa novidade entre nós.

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Os convidados mais que especiais foram a chef Helena Rizzo e Carlos Alberto Dória.

As lindas cerâmicas são da Kimi Nii.

Obrigada Sr Mori da Kikkoman, Jo Takahashi e Telma Shiraishi pela experiência e aprendizado proporcionados.

 

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Maní

Já disse em algum post, mas vale repetir. A diferença entre uma cozinha doméstica ou amadora e uma profissional, para mim, está naquele algo a mais. Esse algo a mais, claro, vai além da apresentação bonita. Está em uma técnica bem empregada, no equilíbrio, numa criação que junta ingredientes que à primeira vez não vão combinar. Esse algo que leva um prato conhecido a um outro patamar ou nos apresenta algo completamente novo.

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A primeira surpresa foram as placas de polvilho, que lembravam um mandiopã gigante, ótimo para ir petiscando.

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De entrada, uma caipirinha esférica que explode na boca, um mexilhão macio marinado no vinagre de jerez com uma raspadinha de uva e ostra fresca envolta em pepino.

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O prato que mais me surpreendeu foi o ceviche de caju. Não sou uma grande fã da fruta e fiquei surpresa ao perceber que tem uma textura que lembra um pouco o peixe e que o aroma dele combina com todos os ingredientes do ceviche. O prato tinha sabores contrastantes, textura, aromas.

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O coca, pão chato de origem catalã, veio com berinjela assada cebolas, pimentão, carapau marinado e romã. O pão estava crocante mas macio, a berinjela tinha o aroma defumado, o carapau estava saboroso. Texturas, aromas, a berinjela suavizando a acidez, espetacular, tanto no sabor quanto no visual.

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O nhoque de mandioquinha e araruta, servido com dashi de bonito e tucupi é de uma simplicidade bem pensada. O umami do dashi e a acidez do tucupi nos fazem salivar, estimulando ainda mais os sentidos, preparando para o que vem a seguir.

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A moqueca mais leve que já provei. O cherne servido com um molho mais leve, onde os sabores da moqueca estão lá: coco, cebola, pimentão, coentro, tudo em equilíbrio, com um aroma tão bom, tão agradável.

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O arroz bomba com tinta de lula e lulas em diferentes texturas é novidade do cardápio.

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A feijoada mais leve do mundo. O caldo grosso veio em esferas. No prato estavam a farofa, a couve, a laranja, as carnes. Em um cubinho estavam o sabor das carnes, junto com a gelatina, a untuosidade do prato. Um prato que mexeu com o conceito que tenho de feijoada. E estava gostoso.

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Outra novidade do cardápio é a barriga de porco cozida por 12 horas com repolho roxo e jabuticaba. O porco estava macio mas não havia se transformado em patê. O sabor do alho na carne me remeteu aos assados caseiros. A doçura da jabuticaba com o repolho me pareceu uma combinação mais comum no sul do Brasil.

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A versão da sobremesa Rei Alberto dela é leve, não muito doce. Nem mesmo a geléia de ameixa é doce demais. Arrematou a refeição com diferentes sabores e texturas sem pesar.

Foi uma refeição para ficar na memória. Um aprendizado também, de sabores, sensações.

Obrigada, Helena Rizzo, por ter me proporcionado tal experiência.

http://www.manimanioca.com.br/

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Karê de Mandioca, Comida de Imigrante

Estou meio nostálgica.

Os primeiros karês (curries à moda japonesa) que comi foram feitos pela minha mãe. Que aprendeu com a mãe dela e com as senhoras do clube da cooperativa. Eram amarelas, com um caldo não muito espesso. Nem eram muito picantes. Quando cheguei no Japão, o primeiro prato foi um karê escuro, com molho denso, muito picante e, ao mesmo tempo, adocicado. Estranhei. Mas logo percebi que cozinha evolui, sofre influências. O karê ficou mais rico, acrescentaram o mirepoix e um caldo mais denso de carne, frutas para ter um adocicado discreto e por aí vai.

No interior do Brasil não era incomum encontrar um karê feito com mandioca, ao invés de batata. Talvez porque a primeira era mais fácil de ser encontrada (muita gente tinha no quintal ou na roça) e porque não era preciso fazer um roux para engrossar o caldo, o amido da mandioca dá corpo. Surgiu então esse cruzamento entre a vaca atolada e o curry japonês.

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O pó de curry mais comum por lá é o da S&B. Na minha infância, encontrar uma latinha dessas era uma questão de sorte, um luxo. Era algo precioso. Pode não ser o melhor do mundo, mas é o que tem o gosto daquela época. Não estou fazendo propaganda da marca, não ganho nada com isso. É só uma referência para quem quiser fazer a receita. Mas não se fixe a ela, curry é uma questão de gosto, muita gente prefere uns mais picantes, outros menos, há uns mais aromáticos. Procure o seu.

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Fazer é simples. Pode ser feito com frango, porco ou carne bovina. Refogue alho, cebola e a carne. Tempere com uma colher de chá de pó de curry para ir pegando gosto. Adicione água e cozinhe até a carne amaciar mas não ficar muito mole. Junte cenoura picada e mandioca, já descascada, em pedaços maiores, de mais ou menos 4 cm de lado. Cozinhe até a mandioca ficar macia e o caldo engrossar um pouco. Tempere com sal, um pouco de shoyu e mais pó de curry à gosto. Como eu gosto dele mais picante, juntei também pimenta do reino e pimenta vermelha. Também não ficaria ruim com um pouco de maçã ralada, dá um adocicado bom . Mas na velha receita da minha mãe, não ia nada disso, era uma versão “de pobre”.

Sirva com arroz. Sim, muita gente come de colher, porque o molho não é tão denso assim. E, além do mais, tudo já está do tamanho que não precisa do uso de faca.

 

 

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Arroz Novo

Quando morava no Japão aguardava o final do verão com uma certa ansiedade. O outono por lá tem produtos deliciosos. Começa com pêssegos brancos suculentos e perfumados, segue com peras e maçãs deliciosos, peixes gordos, bons para grelhar. Eu ia do mais popular e barato, o sanma, peixe de corpo longo e roliço, que custava menos de um dólar cada um.

E ficava de olho nas embalagens de arroz.

Os japoneses adoram arroz novo. Cozinha com menos água, tende a empapar se não tomar cuidado mas tem um aroma leve, sem cheiro de farelo e o sabor é mais adocicado. Durante uns 3, 4 meses ele tem essas características, depois vai se perdendo. Dizem que o arroz se conserva melhor se mantido na casca e descascado perto do consumo. Por lá existem lojas que vendem assim. Você escolhe o arroz e eles descascam na hora. E ainda pode levar o farelo para casa, que é utilizado para fazer conservas ou até mesmo para o banho (banho com leite de farelo de arroz deixa a pele muito macia, existem até produtos cosméticos à base dele). Quando a safra nova começava a ser comercializada, vinha uma etiqueta na embalagem avisando, em ideogramas vermelhos: Shinmai.

Por aqui o arroz velho é o preferido, não? Ele empapa menos, rende mais, sobretudo o agulhinha. Curioso como dois povos preferem o arroz em pontos e com características tão diferentes.

Para mim é difícil explicar porquê gostamos tanto de arroz. Arroz é sinônimo de refeição. Uma tigela cheia dele com uns pedaços de conserva (tsukemono) já me bastam. Modelado em forma de um bolinho, com um pouco de sal, é a coisa mais reconfortante do mundo. Gripada, a papinha só de arroz bem cozido e sal (e talvez uma ameixa azeda) me alimenta, hidrata, aquece. Houve uma época que reduzi muito o consumo de arroz. Mas não durou tanto, voltei a ele e descobri que não posso viver sem.

Foi como voltar para casa. Desde os meus 3 meses de idade vivi em lugares diferentes. Às vezes achava que iria ser meu lar definitivo. Foram 17 endereços diferentes até agora, 3 Estados, 3 Províncias japonesas, 7 cidades. Não tenho a ideia de uma terra natal, não tenho sequer um objeto que guarde desde a infância. Talvez por isso tenha me apegado tanto a pratos, à comida. Os lugares? Não voltei a muitos e alguns não me trazem tão boas lembranças quanto uma tigela de arroz quente.

Ontem comi arroz novo Yanagi Koshihikari. Mandaram-me uma amostra dessa última safra e estava tão bom que minha mãe repetiu. Creio que estará em breve nas mercearias.

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Peixe Frito Mais Sequinho

Faço algumas coisas aqui em casa que esqueço de publicar por aqui.

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A dica (velha) é passar peixe na farinha de arroz antes de fritar. Fica mais sequinho, não “chupa” tanta gordura quanto a farinha de trigo.

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E não fica com crosta tão grossa nem com cor estranha, não.

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Uso a farinha Urbano (não, não estou ganhando nada para divulgar a marca). Não experimentei com a farinha de arroz glutinoso (mochiko).

Também funciona com aquela farinha “sem glúten”, à base de farinha de arroz, amido de milho, etc.

 

 

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Sessão C5 – Eu Só Quero Chocolate!

Fui ao Maní aprender um pouco sobre chocolate. A apresentação foi promovida pelo Centro de Cultura Culinária Câmara Cascudo, o C5.

Em alguns dias eles publicarão a respeito na página deles, com detalhes. Aqui ficam só as minhas impressões. Nem tirei foto.

Saí dali bem surpresa. Nós temos chocolates gostosos. O sabor e aroma não dependem apenas da castanha mas também do processo de produção do chocolate, principalmente na torra. Nem todo chocolate 70% cacau é amargo. Provei um muito frutado que pareceu mais doce. E ninguém é obrigado a gostar de chocolate amargo. Não há nada de errado com o chocolate ao leite.

Com a Claudia Schultz da CHoKolaH, percebi que chocolate e sorvete têm muito em comum. Ambos dependem do equilíbrio entre sólidos e líquidos para serem estáveis. Daqui uns meses ela terá novidades para quem quer aprender mais sobre o fabrico de chocolates, fiquem de olho.

A Renata Arassiro fez o público presente admirar um bombom. É beleza, é textura, é sabor. Só trabalhar com chocolates amargos resultariam em uma coisa monótona. Há um leque de opções a serem exploradas. Segundo ela, o chocolate ao leite permite muito mais variações.

Foi bom. Comecei a ver o mercado de chocolates brasileiro com outros olhos, com esperança de que muita coisa boa ainda virá. Mas não sou uma pessoa que trabalha com ele, não é a minha praia, acho que sou mais é de comer, mesmo.

 

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Respondendo Perguntas

Me peguntam (tanto aqui, quanto no Facebook) sobre produtos, alimentos, etc. Vou responder a algumas perguntas mais comuns.

Qual marca de shoyu você usa?

Não sou fiel a marcas, em geral. Estou sempre disposta a experimentar. Na maior parte do tempo uso shoyus japoneses, agora a oferta é bem maior. Não vou mentir: me guio pelo preço, mesmo. Compro mesmo que a data de vencimento esteja próxima. Usei e uso mesmo com o prazo de validade vencido. Claro que isso não se aplica a tudo mas no caso de produtos ricos em sódio (sal), é bem pouco provável que estraguem. No máximo, a cor e o sabor podem alterar um pouco. Senão, eu jamais consumiria miso com 4 anos de envelhecimento, por exemplo.

Também uso molhos de soja brasileiros e chineses. Não tenho nada contra, mas depende muito do tipo de preparo. O molho de soja chinês, por exemplo, é muito escuro e denso mas funciona em muitas receitas… chinesas. Só me aborreço com molhos carregados no açúcar, doces demais.

Você só bebe chá verde?

Claro que não. Bebo chá preto, mate, tisanas. Mas não tanto quanto café. Café comum, de coador, mesmo. Café gourmet é bom, gosto  mas iria à falência se só bebesse café gourmet, espressos e afins. Também bebo refrigerante, embora raramente e refrescos (mais aguados) de laranja, tangerina. Álcool, muito raramente.

Qual marca de arroz você consome?

Durante muito tempo consumi a marca Momiji. Gostei do californiano mas o preço é proibitivo. Hoje compro o Koshihikari da Yanagi. Mas isso não significa que eu só como arroz branco no estilo japonês, não. Também como arroz agulhinha, massas, pão. Gosto de cevadinha em sopas e saladas. Uma coisa que nunca faço é aquele mix de grãos. Para mim, não faz sentido cozinhar junto grãos que têm tempos e pontos diferentes. Alguma coisa vai ficar dura e outra vai ficar cozida demais.

Você usa glutamato monossódico?

Sim. Ele está presente em  dashis industrializados e caldos de frango (japoneses e chineses). Não uso diariamente, mas são bem convenientes para dar um sabor a mais naquele prato feito às pressas. Existem uns molhos picantes e outras tantas coisas que também contém GMS. E não me sinto nem um pouco culpada por isso. Durante algum tempo até acreditei que o GMS tinha alguma relação com as minhas crises de enxaqueca. Hoje vejo que as crises estavam relacionadas ao meu ciclo menstrual. GMS puro, cristalino, não costumo usar.

 

 

 

 

 

 

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Pão Sem Sova com Abobrinha, Berinjela e Tomate

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Alguns pães são trabalhosos. Nem todo mundo tem tempo para fazer um pão que demora horas e até dias para ficar pronto. Esse é fácil, não exige máquina de pão para sovar e ainda é versátil. Fica macio e a consistência é quase de um bolo. Reluto em chamar de cuca salgada mas é quase isso.

1 xícara de leite

3 ovos

1 colher de sopa de açúcar

1 colher de sopa de fermento biológico seco

3 xícaras de farinha de trigo

1/2 colher de sopa de sal

100 gramas de manteiga derretida (se preferir, troque por margarina, mas observe uma que tenha 80% de gordura)

1 colher de chá de fermento químico em pó

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Em uma tigela adicione o leite e acrescente os ovos. Bata. Os ovos se desmancham com mais facilidade se batidos em algum líquido. Bater os ovos e depois adicionar líquido costuma não produzir uma mistura tão homogênea.

Adicione o fermento e o açúcar e misture. Junte a farinha e bata com uma colher de pau ou, se tiver uma batedeira com um gancho para massas, até misturar bem.

Por fim, adicione o sal, a manteiga derretida e o fermento químico em pó. Misture bem. A massa fica mole, pegajosa. É assim mesmo.

Despeje em uma assadeira untada (usei um refratário com cerca de 40 cm de comprimento) e espalhe com uma espátula.

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Molhe as mãos e alise a superfície. Deixe crescer até dobrar de volume. Hoje estava especialmente frio, levou 2 horas. Em dias quentes cresce mais rápido. Outra opção é deixar em algum ponto mais aquecido da casa, como perto de uma janela onde bata sol.

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Eu cobri com rodelas de berinjelas e abobrinhas grelhadas. Cortei em fatias com cerca de 1 cm de espessura, salpiquei sal e misturei um pouco de azeite e grelhei. Poderia ter dourado numa frigideira bem quente também. Também usei um pouco de orégano e queijo ralado.

Levei ao forno quente pré-aquecido até começar a dourar. Distribuí pedaços de tomate picado. O tomate era do tipo caqui, bem grande, que cortei em cubos e salguei. Deixei por 2 horas em uma peneira, escorrendo. Assim perdem água e não encharcam o pão.

Poderia ter utilizado outras coisas na cobertura: cebolas refogadas, aliche, cogumelos. Só é preciso tomar cuidado com itens que soltam muita água.

E se não quiser usar cobertura, pode colocar a massa em uma forma de pão ou bolo inglês e fazer um pão simples. Também fica bom.

 

 

 

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Brownie de Matcha e Chocolate Branco

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Outro dia ganhei um pacotão de 400 gramas de matcha. Matcha é chá verde em pó mas não um chá qualquer. É um chá de qualidade superior, tratado de maneira distinta, de maneira a preservar a cor verde vibrante e o aroma delicioso. Nos últimos anos o Japão aumentou a exportação de seus chás de maneira bem significativa. Ou seja, o chá japonês e o matcha estão na moda.

Tradicionalmente esse chá em pó é utilizado na cerimônia do chá. Mas logo perceberam que rende doces incríveis. Rende bolos, biscoitos, mousses, sorvetes verdes e aromáticos.

Eu acho que matcha combina muito bem com leite e com chocolate. Juntei os dois em um brownie que ficou muito, muito bom. E apesar de estarmos acostumados a comer um doce assim que fica pronto, garanto: no dia seguinte, ficou ainda melhor, com uma umidade boa, melhorando a textura.

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120 gramas de manteiga sem sal

150 gramas de chocolate branco

2 ovos

150 gramas de açúcar

2 colheres de sopa de água quente

3 colheres de chá (cheias) de matcha

120 gramas de farinha de trigo peneirada

1 colher de chá de fermento químico em pó

Ganache

100 ml de creme de leite fresco

200 gramas de chocolate meio amargo (ou ao leite, se gostar de doce bem doce)

Aqueça a manteiga em uma panela, em fogo baixo, até derreter. Desligue o fogo

Adicione o chocolate branco picado e misture até derreter. Se necessário, leve ao banho-maria para derreter completamente.

Espere amornar um pouco e adicione os ovos, um a um, misturando bem.

Junte o açúcar e misture.

Dissolva o matcha na água quente. Passe por uma peneira para eliminar qualquer grumo e adicione ao creme e misture.

Por fim, junte a farinha e fermento em pó.

Despeje em uma forma retangular pequena (uns 30 e poucos centímetros de comprimento por uns 22 cm de largura), untada e polvilhada com farinha.

Leve ao forno aquecido, forno médio, até dourar levemente nas bordas, mas sem secar demais.

Espere esfriar e cubra com a ganache.

Aqueça o creme de leite em fogo baixo até quase ferver. Desligue o fogo. Adicione o chocolate picado e misture até derreter bem.

PS: Gostei do resultado mas acho que ficaria ainda melhor com algumas macadâmias, pela textura. Pode adicionar mais matcha mas acho que 3 colheres de chá cheias são suficientes.

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Batata Gratinada de 4 Ingredientes

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Batata gratinada é uma delícia, não? Acompanha bem assados, dá uma ar de comida de domingo. As pessoas acham que dá trabalho, toma tempo. Mas dá para fazer numa panela, no fogão e o tostado vem do maçarico. E só com 4 ingredientes.

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Batatas (usei Monalisa, das pequenas, ainda um pouco novas), cortadas em rodelas de mais ou menos 1,5 centímetros de espessura

Um pouco de manteiga

Leite

Sal

Acomode as rodelas de batatas numa panela, em uma camada só, sobrepondo-as levemente.

Cubra com leite, junte um pouco de manteiga (ou muito, dependendo do gosto e da dieta) e tempere com sal.

Leve ao fogo baixo até que as batatas fiquem bem macias. Se secar muito, adicione mais leite. O leite vai evaporar até formar um creme espesso e que lembra… creme de leite. Finalize com um maçarico e pronto.

Ou não leve ao fogo e sim ao forno. Vai demorar mais mas vai ganhar um belo dourado.

 

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