Oyaki de Batata Doce

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Prometo que não escrevo sobre oyakis por um bom tempo. É que me perguntaram sobre como seriam os oyakis que não são recheados.

São um tipo de nhoque grelhado, nada de excepcional. Esses fiz com batata-doce (uma variedade de polpa amarelada, que deu aqui no quintal). Na massa, fécula da batata e queijo. Sim, os japoneses gostam de queijo, embora o queijo ralado de lá seja bem mais suave que o parmesão daqui. Usei um minas curado.

A manteiga (sim, os japoneses gostam de manteiga) na frigideira garante um dourado bonito por fora.

Por aqui seria um acompanhamento. Lá, é comida de intervalo.

Fiz com batata-doce mas pode ser feito (talvez com algumas adaptações) com inhame ou cará cozido, batata inglesa, abóbora japonesa (kabocha).

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2 xícaras de batata-doce cozida e amassada (cerca de 500 gramas)

3 colheres de sopa de fécula de batata

Um pouco de água para diluir a fécula

1 colher de manteiga

Queijo ralado à gosto

Sal

Manteiga para dourar

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Misture a batata-doce amassada com a fécula diluída em um pouco de água.

Leve ao fogo, mexendo sempre, até obter uma massa pegajosa, bem firme. Junte manteiga, misture e retire do fogo. Junte o queijo e misture. Confira o sal.

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Espere amornar para modelar bolinhos achatados que são passados em um pouco de fécula de batata e tostados na frigideira untada com manteiga.

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Deixe dourar bem de um lado, vire e doure de outro. Sirva quente, morno, frio.

A combinação de batata doce, queijo e alga nori pode ser estranha mas para quem está acostumado a comer mochi (massa de arroz glutinoso) com nori, não vai ser tão esquisito assim.

Alguns servem com um pouco de shoyu. Eu achei que não precisava.

Se quiser algo mais firme, aumente a quantidade de fécula.

 

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Kulcha à Japonesa

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Outro dia publiquei uma receita de oyaki. Como expliquei, oyaki é um nome genérico para diversos bolinhos, recheados ou não, feitos na chapa. Este tem uma história curiosa. A origem é indiana, ficou popular no Japão por conta de um seriado e surgiram adaptações domésticas. Pelo que andei lendo, o kulcha na origem não costuma ser recheado. É assado em um forno de barro. Não leva ovo. Essa versão japonesa, é recheada, leva ovo na massa e é assada em uma chapa.

Aliás, existem muitas receitas de pães feitos na chapa ou frigideira no Japão. Ainda hoje muita gente não tem forno em casa, os apartamentos são pequenos (e eu sei bem o quão pequenos podem ser) e não há como colocar sequer um elétrico.

Esse pãozinho atende a uma amiga que está à procura de lanches que não sejam fritos. Sim, um oyaki não costuma ser comido como refeição e sim no meio da tarde. É bem fácil, não exige muito tempo de fermentação e ainda pode receber diferentes recheios. Os japoneses gostam muito de queijo (mas o queijo de lá tem um sabor suave, gostam de queijos pouco maturados). Por aqui podemos variar com uma escarola refogada, porque não? Este fiz com atum, milho e queijo, uma combinação que agrada muito as crianças japonesas.

Para a massa:

3 xícaras de farinha de trigo

2 colheres de chá de fermento biológico seco instantâneo

1 colher de chá de sal

1 colher de chá de fermento químico

1 colher de sopa de açúcar

2 colheres de iogurte natural

1 ovo

Água suficiente para formar uma massa

2 colheres de manteiga ou margarina

Para o recheio:

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3/4 de xícara de milho verde cozido

1/2 lata de atum bem escorrido

Queijo prato ou mussarela (muçarela, mozzarela) ralado

Óleo para untar a frigideira

Prepare a massa: misture os ingredientes secos, junte o ovo, o iogurte e vá misturando e adicionando água aos poucos, até formar uma massa macia mas que não gruda nas mãos.

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Sove por uns 5 minutos, adicione a manteiga e sove até que a manteiga seja absorvida. Espere fermentar por uns 15 minutos (em um dia frio, deixe um pouco mais).

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Divida a massa em 6 porções. Deixe descansar por 5 minutos.

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Abra cada porção em um disco e recheie com a mistura de atum, milho e queijo. Feche bem.

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Achate cada bolinha com as mãos ou com um rolo, de maneira a formar um disco com 8 a 10 cm de diâmetro.

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Aqueça uma frigideira. Unte ligeiramente com óleo e doure os pães em fogo baixo. Quando estiverem bem dourados, despeje cerca de 2 a 3 colheres de água na frigideira (não sobre os pães!) e tampe. Deixe secar a água, termine de dourar e retire.

Não sei como ficaria congelado. Creio que não haveria problemas. Eu gostei do resultado, é um pão macio e que fica pronto logo.

E sim, os japoneses consomem muito enlatados mas é por um bom motivo: eles precisam manter um estoque de produtos não-perecíveis para o caso de um terremoto. Conforme o prazo de validade vai expirando, vão comendo em comprando mais.

 

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Empadinha de Queijo

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O Carnaval passou mas fica a sugestão para o próximo final de semana. Rende umas 24 empadinhas (depende do tamanho da forma, usei forminhas de alumínio descartáveis porque essas foram para uma pessoa). Usei uma mistura de queijos mas pode ser feito com queijo minas curado, queijo prato ou outro que não seja fresco.

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Para a massa:

2 xícaras de farinha de trigo

1 colher de chá de sal

8 colheres de manteiga ou margarina (contanto que contenha pelo menos 80% de gordura) gelada

1 ovo

Um pouco de água

Para o recheio:

4 ovos

1 xícara de leite

1 xícara de iogurte natural

2 colheres de sopa de manteiga derretida

1 1/2 a 2 xícaras de queijo ralado no ralo grosso

Coloque a farinha, o sal e a manteiga no processador de alimentos e bata até que forme uma farofa grosseira. Junte o ovo e um pouco de água (umas 2 colheres geralmente bastam). Processe até formar uma massa macia.

Forre com essa massa as forminha de empada, formando um fundo fino. Corte o excesso com uma faquinha.

Faça o recheio: bata os ovos, junte o leite e o iogurte e bata mais um pouco. Junte a manteiga e o queijo. Se necessário, adicione um pouco de sal.

Com uma colher, recheie as empadinhas. Mexa o recheio sempre porque o queijo tende a subir à superfície.

Leve ao forno pré-aquecido quente, por cerca de 25 minutos ou até dourar bem. O recheio cresce mas murcha logo que sai do forno.

 

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Defumados No Dia 21/02

Que tal aprender a fazer bacon, pernil defumado e pastrami?

Onde: Aqui em casa, em Ibiúna, próximo ao Haras Setti

Quando: das 10 às 14 horas do dia 21

Salga, cura, defumação e almoço com as carnes, pão de fermentação natural, salada, sobremesa surpresa, chá e água.

Mais informações pelo e-mail marisaono@gmail.com

 

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2 Gatinhas Precisando de um Lar

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A mãe delas foi morta por um cachorro, os filhotes se refugiaram aqui em casa, levei algum tempo para domestica-los, eram ariscos e estavam assustados. Um já está na casa nova, ficaram as duas irmãs.

São duas fofinhas que gostam de carinho e de brincar. São maquininhas de ronronar e já estão acostumadas com cães (dóceis, obviamente).

Não posso ficar com elas, já tenho 4 gatos e 2 cães e o clima entre os gatos está um pouco tenso. Além disso, não tenho tempo para tantos animais assim.

Quem quiser adota-las, estou em Ibiúna.

 

 

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Oyaki (De Berinjela, Mas Podia Ser Doce)

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Oyaki é um bolinho que pode ou não ser recheado. Se recheado, a massa pode ser de trigo, de trigo sarraceno, uma mistura de trigo e amidos (de arroz, batata) e até existem versões pouco ortodoxas feitas de farinha de aveia. A massa pode ser fermentada ou não. Também pode levar fermento em pó ou não levar nada. Nesse caso, a massa é aberta bem mais fina, para não ficar muito dura de morder.

Os que não são recheados, estão mais para um tipo de nhoque, são uma massa de batata, inhame, abóbora ou batata doce cozidos e amassados com um pouco de fécula de batata, transformados em discos e assados na chapa.

O tamanho pode variar. Pequeno para o lanche das crianças, grande para os adultos. O recheio geralmente é à base de vegetais refogados (berinjela, mostarda, broto de bambu, cogumelos, etc) às vezes temperados só com um pouco de sal ou missô.

E pode levar um recheio doce, como pasta de feijão azuki, batata-doce, abóbora.

Complicado? Não. Sendo um tipo de massa, assado na chapa (ou na cinza de um fogão à lenha, como fazem em um lugar de Nagano), no formato de bolinho achatado, quase tudo é válido. Existem diversas versões Japão afora. Esta é a minha versão. Não ficou um bolinho fofinho. Quente, estava crocante por fora e mais macio por dentro.

Massa:

200 gramas de farinha de trigo

25 gramas de fécula de batata

5 gramas de fermento em pó

Sal e água o suficiente para formar uma massa bem macia

2 colheres de sopa de óleo

Recheio:

1 berinjela grande, cortada em tiras finas

Um pouco de carne moída (usei de porco, poderia ser de boi ou frango)

Missô, óleo

1 colher de pasta de amendoim sem açúcar

Primeiro faça o recheio. Refogue a carne moída em pouco de óleo até dourar um pouco. Junte a berinjela e continue refogando. Pingue água aos poucos, para que não queime. Refogue até a berinjela ficar bem macia.

Tempere com missô, junte a pasta de amendoim (ela irá dar sabor e consistência ao recheio), confira o sabor e retire do fogo. Deixe esfriar.

Para a massa, misture a farinha, a fécula e o fermento em uma tigela. Junte água aos poucos, misturando com a mão. Quanto mais macia for a massa, mais macio será o seu bolinho. Junte o óleo e misture. Evite sovar.

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Divida em 8 porções, abra com um rolo cada uma e recheie.

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Leve ao fogo em uma frigideira untada com óleo e asse na chapa em fogo médio até dourar de um lado. Vire.

Sirva quente. Não, não é algo que seja comido frio. Não sei se fica bom congelado e requentado.

 

 

 

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Sorvete de Pitaya

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Gosto de congelar frutas. Sempre tenho mamão congelado que vira um frapê (hoje acho que chamam de smoothie), basta bater com leite e açúcar (ou adoçante).

A fruta da vez foi a pitaya (pitaia, fruta do dragão) comprada na feira a 4 unidades por R$10,00. Cortei em fatias e espalhei em uma bandeja pequena duas pitayas, uma branca e outra vermelha, já descascadas. Coloquei no congelador e deixei endurecer bem (na verdade, esqueci e lembrei depois de 2 dias).

Para fazer o sorvete, foi só bater em um processador de alimentos com um pouco de mel. Voltei ao congelador em um pote, para firmar mais um pouco. A cor é vibrante, o sabor é delicado, a textura é um pouco viscosa, sim e é por isso que o sorvete não empedra.

Também funciona trocando o mel por adoçante (creio que seja melhor usar um líquido ou um em pó diluído em um pouco de água) e pelo pouco que li, pitaya é uma fruta rica em fibras, vitamina C, antioxidantes, ácidos graxos (nas sementes), cálcio e… poucas calorias.

 

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Jiló Gigante

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Minha mãe encontrou um pacotinho de sementes vendendo em alguma loja, ficou curiosa e plantou. Deu.

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Experimentei fritar em fatias finas, passando primeiro em polvilho doce.

O jiló gigante é menos amargo que o comum, mas não chega a ser uma berinjela verde. É bem interessante e macio. Se encontrarem na feira, experimentem, vale a pena.

PS: Não, não sei que empresa comercializa a semente, o envelope se foi, não sei onde ela comprou nem quando.

 

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Vamos Ler Mais?

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Ou melhor, consumir mais literatura? Porque muita gente já pensou: oras, já leio muito na internet.

Mas internet é uma coisa, livro é outra. Com as ferramentas e os algoritmos do Google, Facebook, etc, é bem possível que você não leia ou raramente leia uma notícia sobre economia, por exemplo. Ou outro assunto que não costume se interessar. Além disso, ler um hipertexto é diferente de um texto. Muitas vezes paramos de ler um artigo e pulamos para outro, por conta de um link. E gastamos muito pouco tempo em cada página e quem escreve na internet sabe disso. Então os textos são curtos e diretos.

Nas redes sociais é ainda pior. Muita gente não lê o artigo, só lê a manchete. E corre para “curtir” e compartilhar. E ainda há os que têm pressa em fazer um comentário, sem parar para pensar. É um tipo de compulsão – outros dirão que é doença – em ser o primeiro, em ter que dar uma opinião.

Vamos aos livros. Não tem botão de “curtir”. Você não vai poder enviar um comentário instantâneo para o autor. Vai ter que aceitar o ritmo dele, não tem link cortar caminho para outro assunto interessante. Por outro lado, é possível que aprenda sobre algo que nem sabia que existia, por exemplo. Surpresas estão escondidas nas páginas de um livro. No final, você pode concordar, discordar ou ter algumas dúvidas mas são coisas que ficarão com você e não com toda a rede social. O fato é que ninguém é obrigado a espalhar aos quatro ventos tudo que pensa ou acha que pensa.

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Estou lendo o livro da Nina Horta (O Frango Ensopado da Minha Mãe) aos poucos. Quando vou cortar o cabelo, quando estou numa fila. Dá para ler uma crônica entre uma coisa aqui e ali, levar na bolsa ou mochila. A crônica sobre o que fazer para o jantar sempre me vem à mente lá pelas 18 horas do dia…

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O livro do Peter Reinhart explica tudinho sobre massas e pães, não é recente e foi-me emprestado. Adorei. Embora faça pães, ainda assim me surpreendi com dicas, explicações técnicas, receitas.

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Na fila para a leitura, esse sobre chocolates que a editora me enviou. Confesso que não sou de lidar com chocolate, consigo passar chocolate no cabelo e sujar 20 panos de prato para fazer um bombom.

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Felizmente nem só de bombons é feito o livro, tem umas receitas de bolos, biscoitos, sorvetes e as lindas fotos do Henrique Peron. Esse bolo de chocolate é algo que pretendo fazer.

Sim, há outros livros na fila, sugestões de amigos.

Volta e meia recorro à Estante Virtual. Antes disso, frequentava bibliotecas públicas. Que tal criar uma corrente de livros? Empreste uns, pegue emprestado, troquem com amigos. Pode ser muito enriquecedor.

 

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Está procurando emprego? Está próximo ou disposto a morar na região de São Roque? Gosta de chocolate e de Ciência? Aqui está sua chance:

“O ChocoScience está nascendo! Estamos contratando o gerente que será responsável pela operação desse projeto, que é é focado em ensino de ciências (e outras áreas) aplicado à realidade de uma fábrica de chocolates «from beans to bars». O público alvo são escolas e faculdades. Vocês conhecem quem vá gostar desse trabalho? Estamos procurando pessoas organizadas, com boa visão sistêmica, com boa capacidade negocial e de tomada de decisão, pessoas que sejam próativas, que gostem de ciência, e que morem – ou estão dispostos a morar – entre a Granja Viana e São Roque. Necessário ter experiência anterior em gerenciamento ou Curso Superior em áreas afins (Administração, Comunicação e Marketing, Gastronomia, Hotelaria e Turismo, Ciências, etc).
Contatos ou currículos pelo email comercial@chokolah.com”

 

Quer fazer um churrasco com cortes especiais? Está procurando por carne de qualidade em Cotia e arredores? Vá ao Shopping da Roça (Estrada Fernando Nobre 810 loja 22). Porquê? Porque lá tem cortes diferenciados, carnes uruguaias, tem Angus, tem linguiças, tem atendimento bom e orientação para não errar nem na carne, nem na quantidade e porque a minha amiga Valéria ficou viúva recentemente e tem contas para pagar.

PS: Não, não estou fazendo propaganda paga. Estou tentando ajudar duas pessoas que admiro.

 

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