Cuca da Neide Rigo. Ou Quase

É, nos últimos dias ando fazendo receitas dos outros. Não que eu não goste da minha comida. Na verdade, acho até que gosto demais da minha comida. Mas também gosto de experimentar outros jeitos, outras comidas. Resolvi fazer as cucas por conta também do fato da bananeira daqui ter dado umas pencas de banana-prata e porque provei o pior panetone da minha vida. Leiam o texto da Neide e talvez entendam um pouco as minhas razões. A receita também está nesta página:

http://come-se.blogspot.com.br/2012/12/coluna-do-paladar-de-hoje-cuca-de-uva.html

Mas como não resisto a fazer uma alteração, digo que acrescentei 1 colher de sopa rasa de lecitina de soja. Comprei na Bondinho (não, não ganhei nada por essa citação) por menos de 10 reais o vidro com 1 kg. A lecitina é um emulsificante e deixa a massa de pães doces mais macias, úmidas. Age como melhorador e o pão cresce mais também e, pelo que li, vai durar um pouco mais também. E em vez das uvas, usei bananas em rodelas e pedaços de chocolate.

Assei em 4 assadeiras descartáveis de 18 x 14 cm. Costumo usar descartáveis quando faço coisas para dar para os outros, essas cucas têm destino certo. Como a massa cresceu mais do que eu pensava, da próxima vez farei em 6 formas ou em uma assadeira grande. E vou afundar mais os pedaços de fruta, que acabaram indo para cima quando a massa cresceu.

E quer saber? A cuca ficou bem mais saborosa que muito panetone que anda circulando por aí. Não é tão doce, pode ser feito com outras frutas e rende muito!

 

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Esfirra

A primeira esfirra que comi foi em uma lanchonete de chineses, na Penha (no Rio). Aliás, pastelaria lá era de chineses, só fui conhecer pastelaria de japoneses no Paraná e aqui em São Paulo. Depois vieram outras esfirras, comidas em padarias, na cantina do colégio. Eram sempre de massa fofa, carne moída refogada com cebola e uns temperinhos. A primeira esfirra aberta que comi, já foi adulta e bem crescida, em uma lojinha tocada por duas senhoras, em Londrina. Faziam kibe, esfirra, coalhada seca, tudo muito gostoso mas, pelo que sei, a loja não teve vida longa.

E não é que fiquei com vontade de comer não a esfirra do Raful (que gosto muito, aliás), mas aquela esfirra de padaria? E porquê não? É um lanche gostoso, pão e carne juntos não pode ser ruim. Fiz. A receita não é minha, é de um padeiro, o Benjamin Abrahão e repetida pelo neto, Felipe:

http://www.benjaminabrahao.com.br/site/blog/2012/08/31/esfiha-de-carne/

Façam, já fiz algumas vezes e sempre ficou bom.

 

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Encomendas para a Ceia de Natal

Aqui vão umas sugestões de onde encomendar itens para a ceia.

Na Casa da Li dá para encomendar desde os petiscos até a sobremesa, fica na Vila Madalena:

http://casadali.com.br/?page_id=732

Na Família Presto (Aclimação) dá para encomendar o lombo ao molho de abacaxi com alho negro (R$64/kg) e nhoque de ora-pro-nobis (R$44/kg). Mais informações aqui:

http://familiapresto.com.br/2012/12/12/lombo-ao-molho-de-abacaxi-imperdivel-encomenda-de-natal/

E doces? Na confeitaria Asti, na Vila Mariana, doces tradicionais italianos. E aproveite para concorrer a uma cesta de produtos:

http://www.confeitariaasti.com.br/

E se eu lembrar ou souber de alguma coisa de conhecidos e amigos, publico por aqui.

 

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Houston, We Have a Problem

Ou problemas. Fiquei sem luz por alguns dias e imaginem tudo o que isso acarretou, além do fato de não poder atualizar o blog: economizando bateria de celular, colocando comida do freezer e geladeira em isopores com gelo, tomando banho de caneca, dormindo à luz de velas. E, claro, cozinhando pratos que não consumissem muitas panelas, para ter menos louça. Felizmente foi um transtorno que passou e espero que não se repita tão já.

Só peço um pouco de paciência, logo publico umas receitas novas.

 

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Quiche de Portobelo e Alho Negro

Pensei que já havia publicado essa receita. Usei portobelo, mas poderia ter usado champignon ou outro cogumelo.

Para a massa:

150 gramas de farinha de trigo

75 gramas de manteiga gelada, cortada em cubos

Sal

1 ovo

1 colher ou pouco mais de água

1 gema

Recheio

1 bandeja de cogumelos limpos e fatiados – eu não lavo cogumelos, passo um papel toalha para retirar a sujeira; cogumelos absorvem muita água e perdem sabor depois de lavados

6 dentes de alho negro picados

2 ovos grandes, batidos

100 ml de creme de leite fresco

150 gramas de queijo emmental, ralado no ralo grosso

Pimenta-do-reino e sal

Primeiro faça a massa. Coloque a manteiga, a farinha e o sal no multiprocessador e, pulsando, obtenha uma farofa. Adicione o ovo e 1 colher de água. Pulse mais um pouco até obter uma bola de massa.  Retire do jarro, forme um disco e embrulhe com filme plástico e deixe na geladeira por algumas horas, até firmar.

Enquanto isso, refogue os cogumelos com um pouco de manteiga até ficarem quase sem água. Tempere com sal e pimenta e deixe esfriar.

Abra a massa entre duas folhas de filme plástico e forre uma forma de quiche. Essa massa pode ser aberta bem fina, se preferir. Nesse caso, usará metade dela. O resto pode ser congelado para outra vez.

Pincele todo o interior com gema batida e leve ao forno quente até começar a dourar um pouco as bordas. A gema vai impedir da massa ficar encharcada com o recheio.

Coloque os cogumelos e o alho negro picado no fundo. Cubra com queijo ralado grosso e despeje os ovos batidos com o creme de leite, temperado com sal e pimenta. Leve ao forno quente até dourar a superfície.

Deixe descansar uns 5 minutos antes de servir. O recheio cresce um pouco, é normal.

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Coalhada Seca de Kefir, Feijão do Espírito Santo e Whoopie de Cebola

Ganhei da Neide Rigo (do Come-se e colunista do caderno Paladar do Estadão) um pote de coalhada seca de kefir. Eu não tenho kefir em casa, apesar da minha geladeira estar lotada de amostras de organismos vivos. Quem me acompanha sabe que sou fascinada por fermentações.

É o kefir (que desde criança vejo ir e voltar, num vai-e-vem de gostos, hábitos, moda) deixado escoar até virar uma pasta. É ácido, tem um aroma distinto do iogurte que compramos.

Outra coisa curiosa que ela me trouxe foi o feijão do divino espírito santo que, segundo ela, fez a fama de uma cidade, porque a mancha vermelha se parece com a pomba que simboliza o mesmo. Ela também me contou que encontrou desse mesmo feijão lá na Itália, no Terra Madre. Pesquisei por aqui e encontrei outros nomes para esse feijão: Dove, Angel, Soldier, Saint-Espirit à Oeil Rouge… Primeiro vamos plantar as sementes e depois digo o que acho do feijão. Aliás, quero dizer aqui que gosto muito de estar com a Neide e o Marcos.

E para combinar com a coalhada seca de kefir resolvi brincar e fazer um whoopie salgado, de cebola frita. Ficaria bom também com creme de leite azedo. Como já comentei na receita de Muffin Salgado de Resíduo de Soja, açúcar entra na receita para garantir uma textura melhor e essa cor dourada.

Primeiro é preciso fazer a cebola frita. E sabe que se não fosse o Guga Rocha eu nunca teria pensado em fazer cebola frita? Sim, sou dessas, não é raro eu não me dar conta de algumas coisas óbvias, o que foi um problema quando estudava trigonometria. Voltando às cebolas, basta fatiar fino (usei um cortador de legumes), juntei farinha, misturei até os anéis ficarem cobertos e fritei em bastante óleo aquecido, mas em fogo baixo, com calma, para secar e dourar. Escorri em papel toalha e piquei em pedacnhos com uma faca.

Para a massa:

60 gramas de manteiga amolecida

30 gramas de açúcar

2 gramas de sal

1 ovo bem pequeno (40 gramas)

40 gramas de iogurte

130 gramas de farinha de trigo

2 colheres (de chá) de fermento em pó

40 gramas de cebola frita picada

Bata a manteiga com o açúcar e o sal. Adicione o ovo, bata mais, até formar um creme. Adicione o iogurte, misture e adicione a farinha peneirada com o fermento. Misture com uma espátula. Adicione a cebola e misture.

Com um saco de confeiteiro com bico largo faça discos com mais ou menos 4 cm de diâmetro. Ou use uma colher para distribuir porções de massa em uma assadeira untada e enfarinhada e achate cada disco com as pontas dos dedos. Eu salpiquei com um pouco de cebola mas não foi uma ideia muito boa, não, as cebolas passaram do ponto e amargaram um pouco, depois de assadas.

Leve ao forno aquecido quente (cerca de 180ºC) até dourar. Una dois a dois com creme azedo, coalhada seca, queijo cremoso. Ou coma puro, mesmo.

 

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Torrada com Tomate

Oras, torrada com tomate? O que há de especial nisso? Tudo. Creiam em mim, precisam provar o tomate gelado, ralado, sobre um pedaço de pão ou torrada. Eu já havia ouvido falar do pan con tomate e nunca tinha experimentado. Ora, eu sei o gosto de pão e de tomate. Mas um tomate bem maduro e fresco com azeite, sobre o pão é algo simples e, ao mesmo tempo, surpreendente. Talvez seja por conta do “umami” do tomate.

Aproveitei a dica da Helena Rizzo e cortei o tomate ao meio e passei no ralador.

Com cuidado, claro, para não ralar os dedos. No final sobra só a pele, que é descartada.

Depois é só temperar a polpa de tomate com azeite e sal e comer com pão ou torrada. O tomate que usei é do tipo italiano, que ando preferindo junto com o holandês e o momotaro. Não gosto de carmem e débora.  Caiu muito bem neste começo de noite quente.

 

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Alho Negro Bombay no Fantástico

Fui pega de surpresa. Ontem fiquei sem conexão durante toda a noite e só agora, perto das 7:30 da manhã é que ela voltou.  Fui conferir os e-mails e twitts e vejo um monte de gente falando do prato que o Felipe Bronze fez no quadro “O Mago da Cozinha” no Fantástico. Fui pega de surpresa. Primeiro que fiquei muito orgulhosa do meu trabalho ir parar em um prato dele. Outra, claro, é a tremenda divulgação que isso gera.

Para quem não viu, aqui está o link:

Tutu com Alho Negro e Sorvete de Cachaça em O Mago da Cozinha

Para quem ficou com vontade, o alho negro pode ser encontrado nas lojas da Bombay Herbs & Spice, na loja virtual ou, no caso de empresa (pessoa jurídica), na Bombay Food Service.

PS: Eu sei que o alho negro que ele utilizou é da Bombay porque ele próprio comentou comigo via Twitter e Facebook.

 

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Feijões

Vizinho me convidou para ver os pés de feijão e milho dele. Voltei para casa com algumas sacolas com vagens para serem debulhadas e alguns pés. Escolhi um para tirar esta foto. Creio que muita gente nunca viu um pé de feijão. Este é do tipo rajado, carnaval. As vagens começam verdes e depois ganham cor.

Assim, clarinhas, ainda estão verdes. Nesse ponto gosto de cozinhar como ervilhas. Mais maduras, elas podem ser congeladas. Cozinham como feijão, com a vantagem que não precisam ser hidratadas. O feijão que compramos no supermercado é seco.

Meu vizinho plantou junto com o milho, que também está bonito, que ele pretende vender verde, mesmo.

 

 

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Bolinho de Bacalhau

Volta-e-meia brinco sobre minhas “origens” portuguesas. Vivi até os oito anos no bairro do Catumbi, no Rio, cercada de portugueses (o patrão de meu pai, os donos das duas quitandas próximas e mais alguns funcionários da transportadora onde meu pai trabalhava). Os padrinhos, tanto meus como os da minha irmã eram de origem portuguesa. Com tantos portugueses por perto, cresci comendo muito bacalhau (que naquela época era barato), azeite e tremoços.

Durante toda minha vida fiz os bolinhos de bacalhau que minha madrinha ensinou à minha mãe: batata amassada (que ela amassava com o fundo de um copo), bacalhau desfiado (ela colocava dentro de um saco de pano e esfregava como quem lava roupa), ovos, salsa e um pouco de farinha. A massa molenga era frita às colheradas, virando bolinhos cheio de fiapinhos dourados e com o miolo mais cremoso.

Bem, desculpe-me, dona Mirinda, mas resolvi mudar sua receita.  Fiz uma massa mais firme e troquei a farinha por fécula de batata. Os bolinhos tornaram-se modeláveis e ganharam uma crosta toda dourada e mais crocante e o bolinho ficou mais firme e sequinho.

600 gramas de batatas cozidas e espremidas ainda quentes

600 gramas de lascas de bacalhau dessalgado – tenha cuidado para não tirar todo o sal, é até bom que reste um pouco porque se deixar muito tempo de molho, também perde sabor além do sal.

Salsa picada

Sal e pimenta do reino

3 ovos

3 a 4 colheres de sopa de fécula de batata

Cozinhe as batatas e esprema ainda quentes. A textura será mais lisa. Na mesma água que cozinhou as batatas, aproveite para cozinhar as lascas de bacalhau. Não cozinhe demais, uns 2 minutos de fervura serão suficientes. Passe o bacalhau no processador de alimentos, pulsando até desfia-lo. Adicione às batatas.

Espere amornar um pouco e adicione os ovos, um a um, misturando bem. Adicione a fécula de batata. A massa será firme, como a de um croquete, que possa ser modelada com as mãos. Confira o sal, a salsa e, se gostar, adicione pimenta-do-reino.

Modele os bolinhos e frite em bastante óleo (minha madrinha fritava em azeite e era uma perdição!) quente. Se dourarem muito rápido, abaixe o fogo. Frite até que dourem bem. Escorra sobre papel toalha e sirva imediatamente. Não sei se congela bem. É melhor consumir no dia ou fazer uma porção menor.

 

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