Bolo de Chocolate, Iogurte e Geleia

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Outro dia fiquei com vontade de comer um bolo de chocolate bem simples, comum. Gosto de bolos de chocolate ricos, densos. Mas de vez em quando só quero um bolo comum, para comer com um copo de leite. É muito fácil, vai poucos ingredientes, fica macio mas não é muito pesado. E a geleia de framboesa deu um toque diferente. Como era uma geleia com as sementes de framboesa, ficaram as pintinhas na massa.

1 xícara de açúcar

1/2 xícara de manteiga amolecida

1/2 xícara de chocolate em pó peneirado

3 ovos inteiros

1/2 xícara de geleia de framboesa (ou outra que preferir)

1 1/2 xícara de farinha de trigo

2 colheres de chá (rasas) de fermento em pó

1/2 colher de chá (rasa) de bicarbonato de sódio

1/2 xícara de iogurte natural ou kefir

Bata o açúcar com a manteiga e o chocolate em pó. Adicione os ovos um a um, misturando bem a cada adição.

Adicione a geleia e misture

Peneire a farinha com o bicarbonato e o fermento e adicione à mistura.

Junte o iogurte e misture tudo.

Asse em forno pré-aquecido moderado. Tome um pouco de cuidado, bolos de chocolate tendem a queimar com mais facilidade.

Desenforme e sirva frio.

 

 

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Sweet Deli Patisserie

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Outro dia fui conhecer a Sweet Deli (Av Paulista 2001, loja 4, bem próxima à livraria Cultura). É uma loja pequena, com poucos lugares para a gente sentar e comer um doce com um café ou chá. A confeitaria oferece doces parecidos com os que são oferecidos nas confeitarias japonesas. Ou seja, são doces menos doces. Experimentei o choux, que é um doce muito popular no Japão.

O meu choux ainda estava fresco ou seja, a massa ainda estava ligeiramente crocante. O creme estava bem sedoso e pouco doce.

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A minha amiga experimentou o bolo de matcha que estava pouco doce embora o sabor de matcha não fosse tão intenso.

As porções são bem maiores que as que encontramos em confeitarias japonesas. São pouco doces – pelo menos os que provei – e isso confere com o que esperava. O preço também é bem atraente, só paguei R$4,50 pelo choux, que não era pequeno.

Não foi o melhor choux que comi na minha vida, é verdade. Mas também não foi o pior. Estava, na verdade, melhor que uns que andei comendo por aí. Ficou dentro das expectativas.

A loja só funciona de segunda a sexta.

A página do Facebook deles é esta:

https://www.facebook.com/sweet.deli.paulista?fref=ts

 

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Raiz Estranha

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Cresceu uma raiz diferente aqui em casa, parente do gengibre. Minha mãe garante que quem apareceu com ela fui eu. Só que não me lembro de quem ganhei e nem do nome.

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A polpa é branca e não é picante. O aroma também é mais suave e senti um tanto de amido quando mordi. Não me entusiasmei, não, confesso.

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E a pele dele é mais fina, embora tudo lembre o gengibre. Sei que não é galangal (porque ele tem um cheiro pungente), não é cúrcuma (que a raiz é de um amarelo bem vivo) e nem é lirio-do-brejo porque a folha é diferente.

Ah, também não sei nem se é comestível, pode ser que eu tenha ganho como planta ornamental, apesar de não ter produzido flores.

Enquanto não me lembro nem descubro o que é, não vou colocar na panela, não.

 

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Taco Rice (Tako Raisu)

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Olhe para a foto. O prato parece japonês? Não? Pois é. Talvez seja o prato mais emblemático do fast food da província de Okinawa. Apesar de se chamar Taco Rice (Tako Raisu), não leva polvo (tako em japonês). Vem de tacos, aquele prato tex-mex, servido em conchas de massa de milho. Dizem que o prato surgiu em 1984 e que foi criado por Matsuzo Gibo, dono do Tacos King e do Parlor Senri, ambos na cidade de Kin, onde existe a base militar americana Camp Hansen. 

Se quiser ler um pouco a respeito, há esta página (em inglês):

http://okinawa.stripes.com/news/tribute-taco-rice

Andei pesquisando e vi que hoje existem variações. Há quem prefira apenas arroz coberto com carne moída refogada, alface e salsa. Outros preferem também com queijo, mais vegetais, tomates, ovos e até Doritos por cima. Quanto á carne moída refogada, há quem use um mix de temperos, outros usam cominho, páprica e outros colocam um pouco de shoyu e ketchup. Com tantas versões, resolvi fazer a minha.

E apesar de ser fast-food (depois de tudo pronto, preparar o prato é muito, muito rápido), não é gorduroso e pode até ser nutricionalmente bem equilibrado. E acho que tem tudo para agradar também brasileiros. Afinal, nós gostamos muito de arroz e gostamos mais ainda de misturar a comida no prato.

Para duas pessoas:

150 gramas de carne moída

Alho e cebola picada para o refogado

1/3 de cenoura (média) passada no ralo grosso ou picada em cubinhos

1/3 de pimentão verde picado em quadradinhos

1/3 xícara de milho verde cortado da espiga e cozido em água

Sal, pimenta-do-reino, molho inglês, orégano à gosto

Salsa:

1/4 de cebola (média) cortada em cubinhos

1 tomate picado em cubinhos

Vinagre, sal, azeite e algumas folhas de coentro

Para a montagem do prato:

Alface americana cortada em tiras

Pepino cortado em tirinhas

Abacate em fatias

Ovo frito

E, se quiser, queijo cheddar ralado grosso, molho de pimenta.

Refogue o alho com cebola. Adicione a carne moída e deixe dourar. Junte a cenoura e o pimentão. Adicione um pouco de água e deixe cozinhar até ficarem macios. Junte o milho, aqueça e tempere com molho inglês e orégano (ou cominho e páprica, pimenta, shoyu, ketchup, enfim, como preferir). Não deixe o refogado de carne moída muito seco.

Misture a cebola com um pouco de vinagre e sal e deixe por uns minutos pegando gosto. Junte o tomate, confira o sabor e finalize com um pouco de coentro picado.

Monte o prato: Arrume uma porção de arroz no centro de um prato ou em uma tigela. Cubra com uma porção de carne moída refogada. Distribua em volta (ou em cima) uma porção de alface e de pepinos, abacate, etc. A salsa pode ser despejada em cima ou  servida à parte.

PS: uma dica: para a carne moída ficar soltinha, retire antes da geladeira e refogue-a quando estiver à temperatura ambiente.

 

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Biscoito de Camarão Mottainai

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Alguns vêem lixo, alguns enxergam alimento desperdiçado. Outro dia comprei camarões com casca. Limpei e fiquei com um bom punhado deles. Costumo usar as cascas e cabeças para fazer caldo. Resolvi transforma-las em farinha. Para isso, basta secar no forno baixo, mexendo de vez em quando, até secar bem. E passar no processador de alimentos até virar uma farinha.

Da outra vez fiz um furikake. Agora faço um biscoito. Como é difícil partir de uma receita do zero, fiz umas modificações na receita de biscoito de cebola e páprica.

Ficou assim:

3/4 xícara de óleo

1 cebola média

1 ovo

Sal à gosto

3/4 xícara de farinha de camarão

2 colheres de chá de fermento em pó químico

Farinha o quanto baste

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Bata no liquidificador a cebola com o ovo e o óleo. Despeje em uma tigela, adicione os demais ingredientes, sendo a farinha por último, até formar uma massa macia mas que pode ser modelada.

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Modele como preferir. Eu, preguiçosamente, cortei em cubinhos. Assei em forno pré-aquecido, temperatura moderada, até dourar um pouco e secar. Viraram petiscos. Sim, a gente até sente um pedacinho da casca, mas nada que seja tão difícil de digerir. Tem gosto de camarão, embora um pouco sutil. E se quiser, junte à receita um pouco de pimenta vermelha.

Guarde em pote bem fechado.

PS: Para quem não sabe, mottainai é uma expressão japonesa que significa “que desperdício!” ou algo assim. Resume o impulso de aproveitar tudo de um alimento, reduzindo o descarte.

 

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Hamu Katsu (Presunto Empanado)

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Sim, os japoneses gostam de embutidos e carnes defumadas. Bem, não são tão defumadas, exceto as artesanais. O presunto cozido de lá tem mais jeito de lombo canadense com um pouco de açúcar. É diferente, sim. Mas essas carnes processadas estão presentes no dia-a-dia japonês, seja em sanduíches, pães recheados, pizzas, croquetes, saladas de batata. Ou seja, em muitos pratos ocidentais que são populares entre os japoneses.

Já o presunto empanado é algo comum por lá mas incomum por aqui. Não, não é um prato “gourmet”. Pode aparecer em um obento (marmita) ou dentro de um sanduíche. Ou no prato de alguém com fome e pressa. Pode ser servido com repolho cortado em tirinhas e molho inglês ou molho para tonkatsu. E também pode aparecer em um palito, espetado, como petisco.

Para fazer é fácil, é só pegar fatias um pouco grossas de presunto cozido, passar em farinha, ovos e panko (farinha de rosca grossa). E fritar em seguida.

Esse prato ilustra bem a paixão que o japonês contemporâneo tem pelas frituras. Ah, eu prefiro no sanduíche.

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Sakura Matsuri em São Roque

No ano passado fui a São Roque ver a florada de cerejeiras. Este ano o Sakura Matsuri vai ser no próximo final de semana. As fotos do lugar estão aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=6253

Ônibus partirão da Liberdade pela manhã. Aqui estão os horários:

http://www.bunkyo.org.br/pt-BR/noticias/86-2014/379-onibus-para-o-18-sakura-matsuri

O lugar é bonito mas creio que é melhor torcer para que não chova.

 

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Concurso Receita de Família da Casa e Comida

Vocês gostam de cozinhar? Têm uma receita que faz sucesso nas reuniões familiares? Dêem uma olhada na página da Casa e Comida e vejam o regulamento do concurso. Vale uma viagem para Salvador.

http://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Comida/noticia/2014/06/premio-receitas-de-familia.html

Mande uma foto bem bonita, conte a história do prato e torça.

 

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Degustação de Pratos Brasileiros Com Bebidas Japonesas

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Terça-feira (dia 17) estive no Nakata.net Café (que está funcionando até o dia 26 no Octavio Café ) para ver uma combinação não muito usual: pratos brasileiros com bebidas japonesas. Quem veio defender a combinação foi o chef Jefferson Rueda (Attimo) e a tradução ficou por conta da chef Saiko Izawa.

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Coxinha de galinha caipira, pastel de bobó de camarão com queijo catupiry e canudinho de creme de palmito fizeram par com um shochu (bebida destilada japonesa).

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Jornalistas brasileiros e japoneses provaram a combinação, que foi elogiada pelos representantes de bebidas japonesas que estavam presentes. Os japoneses gostam de coxinha, sim. Pelo menos os meus colegas enlouqueciam com o que chamavam de “croquete de frango”. Gostavam muito de empadinha e pão-de-queijo hoje já é um petisco bem conhecido por lá.

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Jornalistas japoneses estavam bem empenhados em anotar tudo, muita coisa nova para eles.

pirarucu com pirao de tucupiComo prato principal foi servido pirarucu com pirão de tucupi e sagu. O chef explicou que optou por um peixe amazõnico e as variações que temos em cima da mandioca, outro ingrediente muito brasileiro. Saiko Izawa explicou para os repórteres japoneses o que era tucupi, o que era sagu, foi excepcional. Foi servido com um sake com uma certa doçura do arroz, contrastando com a acidez do pirão.

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O evento terminou com uma rodada de perguntas. O ex-jogador Nakata ouviu atentamente as respostas. Jefferson disse que já era hora do brasileiro deixar de ver as bebidas japonesas como algo que só deveriam ser servidas com pratos japoneses. Ele não vê motivos para não serem servidas com pratos de outros países. Falta o público conhecer melhor essas bebidas e a maneira correta de aprecia-las. Muitos ainda bebem sakeirinhas (drinques com frutas e sake), com sal, no masu. “Ninguém bebe cerveja quente.” – disse ele.

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Falou também do umami, o gosto que ele começou a entender melhor há alguns anos. Disse que o mundo todo está muito interessado pela cozinha japonesa por conta do umami. A princípio é um gosto um pouco difícil de distinguir mas depois de compreendido, é fácil de fazer combinações de alimentos para aumentar o umami do prato, segundo ele.

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O chef Shinya Koike (Aizomê, Sakagura A1) está no Nakata.net Café, cuidando da execução dos pratos criados pelo chef Makoto Okamoto.

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O Café virou um ponto de encontro de turistas japoneses que vieram para assistir aos jogos da Copa. O jogador Kazu (o primeiro jogador japonês a atuar no Brasil) esteve lá.

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Assim como o ator Junichi Ishida.

E se não quiser servir sake com um prato, não se preocupe. Existem sakes muito bons para serem bebidos sozinhos, também. Hoje existem opções de bebidas importadas, chega a ser surpreendente.

Quer saber mais sobre sakes e shochus? Dê uma lida na página da Adega de Sake:

http://www.adegadesake.com.br/

 

 

 

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Cérebro de Porco

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Engraçado como a gente muda o nome das coisas para elas ficarem menos assustadoras, não? Cérebro vira miolos, tubarão vira cação, estômago vira dobradinha… A gente enfeita no nome, enfeita na apresentação e vai enganando a coisa. Sim, é parte de um bicho. Não deixa de ser comida. Comida rica em vitamina C, niacina, riboflavina, selênio, vitamina B12, ácido pantotênico e fósforo. E também em colesterol portanto, não dá para abusar.

miolo de porco

Na minha infância e adolescência ouvia minhas colegas de escola comentarem que havia comido miolos. É uma coisa que nunca havia entrado em casa. Porém parecia muito comum para os descendentes de italianos, alemães e poloneses. Só comi miolos ou cérebro uma vez, de boi. Nunca havia feito na minha vida. Esses são de porco, ainda crus.

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O passo seguinte foi cozinhar em muita água com um pouco de sal, suco de limão e suas cascas. Cozinhei por uns 15 minutos, como orientou o Edson Croce do Shopping da Roça. Aliás, foi ideia dele de me fazer cozinhar miolos.

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Cozido fica um pouco mais firme. A seguir tirei os veios maiores, limpei as peças.

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Fatiado, é assim. Sem sangue, sem corpos estranhos, só uma massa clara e meio cremosa.

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Depois foi cortar em cubinhos, temperar com sal e pimenta do reino, empanar e fritar. Acho que faltou um pouco de tempero, talvez alguma erva fresca.

Bem, à milanesa, qualquer coisa fica bom. Pelo menos era o que dizia meu pai, que afirmava que seria possível comer até cadarço empanado. Tirando a casquinha dourada e o sabor do pão dourado, o miolo em si tinha textura de tofu e sabor suave, sem cheiro estranho nem nada. O sabor remetia um pouco ao tutano e com muito umami. Para um desavisado, seria um pouco difícil saber o que é.

Acho que para mim faltou um pouco de hábito e um pouco de tempero.

 

 

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