Iogurte Grego com Nozes e Mel

Ou iogurte coado ou coalhada seca. Na verdade, prefiro a expressão iogurte coado,  mas parece que conhecem mais como iogurte grego. Enfim, são nomes.

Certas coisas são tão perfeitas que é difícil melhorar.  Um dedinho a mais e acontece um desastre. Pois bem, acho essa sobremesa perfeita sem mais nada.

Comecei coando iogurte. Se não estiver contando calorias, acho melhor acrescentar um pouco de creme de leite fresco ao iogurte caseiro.  Eu coloco em um saco de pano, dou um nó, passo uma vareta e deixo gotejando em um jarro fundo. Cubro tudo com um pano para não ter dissabores com moscas, mosquinhas e moscões. Leva algumas horas para perder soro e ficar denso, cremoso.

Retirado do saco, vai para a geladeira até a hora de consumir. Endurece um pouco, fica com a consistência de um queijo cremoso.

Depois é só modelar uma colherada desse iogurte, cobrir com mel, nozes em pedacinhos e duas ou três gotas de água de flor de laranjeira.  Sirva porções pequenas, porque é denso, satisfaz.

 

 

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Três Curtas

Hoje vi um link de entrada para o blog novo e fui conferir. Para minha surpresa, um blog escrito em inglês, cita meu nome. E confesso que fiquei lisonjeada:

“The first time I read about shishito peppers was on a bog dedicated to disseminating Japanese food and culture in Brazil. Marisa Ono, a Brazilian of Japanese descent, spent several years in Japan. Upon her return to Brazil, she created her blog and started producing common Japanese vegetables not widely available. She grows edamame, shishito peppers, sweet peas, and novelties such as the popular black garlic. Her black garlic took off and became a successful business enterprise. She now supplies it to a bunch of restaurants in Brazil. That’s a very cool thing!” 

Para conferir o post na íntegra, o endereço é este:

http://weirdcombinations.com/2011/02/shishito-peppers-in-olive-oil-and-garlic/

Para quem não se lembra, um blog russo fala da experiência de fazer Yukimi Daifuku:

http://kuharka.ru/recipes/dessert/pr_dessert/3333.html

E no dia 10 estarei na aula sobre ingredientes especias na Accademia Gastronômica. Na programação, terrine, camarão e sorvete com alho negro. Vão perder?

Mais informações – inclusive sobre outros cursos- aqui:

http://www.agastronomica.com.br/a-aca-acontecimentos.html

 

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Onde Comprar Wagyu?

Quando assisti à palestra-workshop-degustação de wagyu no Senac Aclimação, a pergunta ficou (e me fizeram, várias vezes): onde comprar wagyu?

E não é que tem uma loja que vende não só o wagyu (bife de chorizo, contra-filé, miolo de alcatra), como cortes de red angus, de búfalo, peixes amazônicos, linguiça de Bragança e um monte de outras coisas que fazem a alegria dos carnívoros? E o mais curioso: não fica dentro de um mercado, um shopping. Aliás, a gente nem paga o estacionamento. Fica em Cotia.

O lugar é o Shopping da Roça. Para chegar lá, siga pela rodovia Raposo Tavares em direção ao interior. Na altura do km 28, haverá a indicação para a estrada Fernando Nobre, em direção ao templo budista Zu Lai. A loja fica à esquerda, no número 933. É um muro, um portão simples e uma placa. Não estranhe, o terreno é bem inclinado e a loja fica bem abaixo do nível da estrada. Desça a rampa e pronto.

E se ficar perdido com que carne comprar e como preparar, pergunte ao Edson, ele vai saber orientar, explicar as diferenças e características de cada corte. Ele tem muita experiência com carnes e churrascos e é apaixonado por carnes.  Aproveite também para ver facas, grelhas, compotas, vinhos.

Alguns cortes podem ser encomendados. O telefone lá é: (11)4551-0420 e o e-mail é: shopping.roca@hotmail.com

E lá tem um corte de costela que estou de olho. Lembro que comi no Japão bifes finos de costela (sério!) rapidamente grelhados. A carne era saborosa e macia. Certamente não dá para fazer isso com os cortes que a gente encontra nos supermercados.

PS: Passei próximo hoje. Uma referência para ir até lá é a churrascaria Gramado. Fica a 1 km adiante, há uma placa indicando a estrada dos Estudantes e logo é a Fernando Nobre. 

 

 

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Sobazushi

Quando comecei a escrever este blog (que está caminhando para o milésimo post) eu decidi que jamais escreveria sobre sushi e sashimi. Simplesmente porque é algo que todo mundo vê, come, escreve. E havia muitas outras coisas interessantes e desconhecidas para comer.

Pois bem, abri uma única exceção para falar do sobazushi. O único sushi que eu conheço que não leva arroz. Prato típico da cidade de Yamaguchi (cada cidade ou região tem um prato ou produto típico), esse sushi é feito com macarrão soba (feito com trigo sarraceno), enrolado em alga nori e servido com molho à base de shoyu e dashi.

Eu lembro de ter comido uma única vez. Infelizmente a memória anda pregando peças e não lembro se ganhei, se comprei, mas certamente lembro que nunca fui a Yamaguchi. Encaro como uma versão de soba que pode ser comido com as mãos. Para quem quiser arriscar, cozinhe soba em bastante água fervente até ficar cozido porém firme. Escorra e lave em água fria. Deixe escorrer. O macarrão irá ficar um pouco grudento, mas é mais fácil assim.

Distribua soba cozido e frio sobre uma folha de nori. Eu usei omelete doce e pepino no centro. Enrole e aperte com força, para que os fios grudem uns nos outros. Vai precisar de mais força do que usaria no caso do arroz.

Corte em fatias e sirva com o tsuke-jiru usado para comer somem, soba.

Algumas pessoas são alérgicas ao trigo sarraceno. Algumas pessoas chegam a ter crises de bronquite por causa dessa alergia.

Ressalto que esse sushi é um curiosidade, peculiaridade de um local. Muitos japoneses sequer conhecem esse prato. No mais, todos os outros sushis – inarizushi, makizushi, hosomaki, temaki, oshizushi, tekonezushi, tirashizushi, sasazushi, etc – são feitos com arroz. Lamento dizer que rolinho de salmão recheado com cream cheese e abacaxi não é sushi. É apenas um enrolado.

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Publicidade

Quem acompanha o blog reparou que voltei a colocar o anúncio ao lado, pelo Google Adsense. Motivo: ficou um saldo e eles só liberam o pagamento quando fecha um total de U$100,00. Espero que em uns 2 ou 3 meses consiga fazer o resgate.

Aliás, vocês sabem como funcionam essas plataformas de anúncios? Eu estou engatinhando nisso.

No caso do Google Adsense, a gente pode bloquear anunciantes, escolher mais ou menos o quer que seja veinculado e ganha por clique. Alguns centavos de dólar por clique. Ou seja, no caso deste blog, milhões vão ver o anúncio por ano, mas eu vou receber apenas uma fração de porcentagem.

Testei o Boo-box por uns dias. Tive que escolher um “afiliado” e ofereceram algumas campanhas. Nesse caso, só ganho se alguém efetuar alguma compra em uma das empresas afiliadas. Quanto às campanhas, selecionei, mas não apareceram. Qual o critério para eles liberarem campanhas? Não sei. Se oferecem, deveria disponibilizar. A promessa é que estaria visível em um dia. Nada. E lá se foram milhares de visualizações por dia sem retorno algum. Zero. Abandonei.

Há outra plataforma que garante uma comissão caso o leitor do blog efetue uma compra. Por mais que eu queira acreditar que a empresa é idônea, fica a questão: como é que eu vou saber?

Resumindo: o anúncio aí do lado fica por algum tempo. E não há programa de “monetização” que eu considere realmente satisfatório.

 

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Broto de Feijão, Moyashi

Broto de feijão ou moyashi. Estes eu fiz em casa, com feijão mungo, pequeno e verde. Para brotar, deixo os grãos de molho para inchar por uma noite. Depois coloco em um recipiente com uma peneira embaixo e coloco em uma panela com tampa. Vou regando e conferindo. Não pode deixar afogar na água, daí a peneira ser uma boa opção. No escuro, eles crescem clarinhos e o sabor é bem mais suave. Verdes, eles ficam com  gosto de clorofila.

Mas não abri este post com a intenção de falar como fazer broto de feijão em casa.  O que eu quero é explicar como cozinhar moyashi. É simples? É. Mesmo assim vejo muita gente errando.

Em primeiro lugar, é preciso tirar aquela raiz fina da ponta. Sim, dá trabalho. Mas a textura e o sabor melhoram muito, sem contar a aparência, que fica muito mais “limpa”.

Em segundo lugar: não cozinhe em fogo alto. Pode parecer estranho, mas em fogo alto o moyashi vai soltar muita água, murchar, ficar com uma textura péssima. Eu aqueço a frigideira limpa, sem óleo, sem nada. Despejo os brotos e abaixo o fogo. Vou mexendo para que aqueçam por igual. Como podem ver, não acumula água na frigideira. O moyashi vai ficar mais magrinho, sim. E vai levar algum tempo para ficar cozido, de 3 a 5 minutos. Experimente. Ele não vai ter aquele gosto de “verde”, de vegetal cru.

Por si só, com um pouco de sal e óleo de gergelim, estaria perfeito. Mas como é bom ter uma variedade de alimentos no prato, retirei o moyashi da frigideira, refoguei carne em tirinhas, cebola, alho, gengibre ralado e pimentão. Temperei com sal e molho de abalone, voltei com o moyashi à frigideira e misturei.

O molho de abalone comprei na Liberdade e comentei aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=3067

Ele é mais suave que o molho de ostras, uma delícia. Mas se não encontrar, use molho de ostras ou shoyu.

 

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Pará-Ume, Hana-Ume, Vinagreira, Hibiscus…

Já falei sobre essas cápsulas da vinagreira e como fazer a conserva delas. Aparecem nas feiras durante o verão, podem ser secas para fazer o chá de hibiscus e refresco. Também vira a conserva nikkey conhecida como Hana-ume ou Pará-ume.

Como a foto que tirei na época ficou terrível, tirei essas agora. Com um dia, ainda não dá para comer essa conserva, só daqui uns dias. E mantenha o pote em local escuro, tende a desbotar com o tempo e perder a linda cor vermelha.

Já encontrei na feira, a R$6,00/kg. É possível que o preço abaixe nas próximas semanas.

 

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Salada de Vegetais Grelhados

O verão é uma época muito produtiva por aqui, graças aos esforços e conhecimentos da minha mãe. Eu ainda engatinho nessa tarefa de cuidar de uma horta. Quem sabe, aos 73 anos eu saiba um pouco mais.

O fato é que temos berinjela roxele (redonda, de um tom lilás bonito),  aspargos, abóbora, alho-porro, pimentas shishito, chingensai, mizuna, mostarda, milho, edamame, acelga de lyon, enfim, uma variedade muito boa de vegetais.

Lembrei dessa salada de vegetais grelhados que comi há muito tempo. Fui aproveitando tudo que havia na geladeira ou à mão. Cortei berinjelas em meia-luas não muito finas, kabocha em fatias também não finas demais, pimentão amarelo em tiras grossas, tomates bem firmes em quartos e aspargos grossos pelo comprimento. Poderia ter usado abobrinhas, mas ainda não estão produzindo.  Comi um pratão. Ficaria bom com um assado.

Tudo foi para a grelha, com uma leve pincelada de azeite, até dourar e ficar macio. Corte um alho-porro em tirinhas e fritei em bastante óleo até dourar e escorri sobre papel toalha.

Temperei os vegetais grelhados com sal, azeite e vinagre. Acomodei em um prato e coloquei o alho-porro em cima, só para dar um toque de cor e textura à salada.

 

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Saataa Andaagii (Donuts de Okinawa)

Hoje de manhã, no Twitter, conversei sobre comida de Okinawa. O assunto surgiu por conta da matéria no Paladar. Para mim, comida de Okinawa é porco de várias maneiras (e partes também), goya, tofu firme, peixe frito, algas, Okinawa soba  e vegetais refogados. Não me lembro de conservas, de cozidos. A verdade é que não conheço muito a comida desse extremo japonês, apesar de ter convivido com descendentes de okinawanos.

Faltava o saataa andagi (alguns enscrevem sata andagi, mas a grafia não bate com a romanização corrente no Japão). Trata-se de um bolinho de massa mais seca, mais para donuts, feito com açúcar mascavo. Como não queria que ele ficasse muito escuro, misturei um pouco de açúcar comum. Também já vi feito só com açúcar comum e versões com resíduo de soja.

Minha mãe dizia não gostar de saataa andagi. Bem, ela até hoje só havia comido desses bolinhos comprados prontos, já frios. Quentinhos, eles são crocantes por fora, firmes por dentro e docinho na medida.  É uma receita muito fácil e rápida, em menos de meia hora você terá 15 a 18 bolinhos.

200 gramas de farinha de trigo

2 ovos médios

40 gramas de açúcar mascavo peneirado (sempre sobram uns grumos que não se desmancham, prefiro peneirar antes de usar)

40 gramas de açúcar refinado

1 colher de chá de fermento em pó

1 pitada de sal

1/2 colher de óleo

2 colheres de sopa de leite

Um pouco de óleo para untar as mãos e mais óleo para fritar

Coloque a farinha, os dois tipos de açúcar, o fermento e o sal em uma tigela e misture. Junte os dois ovos batidos, o óleo e misture. Adicione o leite aos poucos. Talvez não precise. O resultado é uma massa bem pegajosa, grudenta. parecendo com barro.

Aqueça cerca de 3 dedos de óleo em uma panela ou frigideira funda. Faça bolinhas com cerca de 1 colher de massa. Unte as mãos com óleo para que não grudem Frite em bastante óleo, em fogo baixo, para que fiquem bem cozidas por dentro sem queimar.

Os bolinhos irão rachar e é para ficar assim mesmo. Alguns enxergam como botões ou flores, mas acho que precisa de um bocado de imaginação. Crescem bastante.

Como são doces, não é preciso açúcar para salpicar. Gosto deles quentes, mas podem ser comidos frios também. São comidos no lanche, entre as refeições.

 

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O Cobiçado Alho Negro

Como tenho recebido muitos e-mails perguntando do alho negro, novamente comento aqui.

O alho negro que é tão comentado, que aparece no cardápio de tantos restaurantes de renome e que apareceu em matérias de revistas como Prazeres da Mesa, Menu, Gosto e no caderno Paladar do Estadão, por exemplo, é produzido por mim e comercializado pela Bombay.
O contato lá é:

keite@bombayfoodservice.com.br

Ou pode efetuar a compra direto na loja virtual deles:

http://www.bombayherbsspices.com.br/

Também publiquei receitas e outros detalhes sobre o alho negro em outro blog, aqui:

http://marisaono.com/alho_negro/

 

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