Hayatouri no Ume Su-zuke (Conserva de Chuchu no Vinagre de Ume)

Vocês sabiam que tem chuchu no Japão? Bem, não é chamado por esse nome, claro. Chamam de Hayatouri. Isso quando conhecem, porque vi na cidade de Matsumoto (Nagano), onde eles costumam fazer uma conserva com ele. Em Shizuoka, só aparecia pelas mãos de brasileiros. Uma senhora disse-me que comiam durante a Guerra, mas “o pessoal de hoje é enjoado, não quer saber dessas coisas”.  Mas continuo achando que é um hábito de algumas regiões apenas.

Fiz essa conserva que comi uma vez, foi-me servida junto com um tonkatsu (porco empanado). O sabor e cor são dados pelo “caldo” da conserva de ume (umeboshi).

1 chuchu descascado, sem semente e fatiado fino

Caldo da conserva do umeboshi

Coloque água em uma panela média. Deixe ferver. Junte o chuchu já fatiado e misture. Cozinhe por alguns segundos, apenas até ele passar da cor pálida para um esverdeado. Escorra e coloque em água fria para parar o cozimento.

Coloque em um pote, cubra com o caldo da conserva de ume e deixe descansar por algumas horas. O chuchu ficará rosado.

Escorra e sirva em porções pequenas. Coma como acompanhamento ou petisco antes da refeição. É melhor fazer porções pequenas, não tenho certeza de que duram muito tempo na geladeira.

 

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Serory no Su-zuke (Conserva Ácida de Salsão)

Morei muitos anos na cidade de Hamamatsu (Shizuoka) e só recentemente soube que a região é grande produtora de salsão. Claro que eu via muito salsão, sobretudo quando andava pelas estradas estreitas na periferia da cidade. Mas não supunha que produziam tanto assim.

Essa conserva veio dessa lembrança e do fato de que estou colhendo o primeiro salsão da temporada. É muito fácil de fazer. Pode ser comido antes da refeição, como aperitivo. É ácido, crocante e aromático.

Com um descascador de legumes, retirei a parte mais fibrosa, externa do talo de salsão. Fiquei só com a parte mais clara. Com o mesmo descascador, fui tirando fitas finas do talo. Usei cerca de 5 talos grandes, mas a quantidade de vinagre vai dar para mais.

Salguei as tiras de salsão e deixei descansando por cerca de meia hora. O salsão vai perder água.

Enquanto isso, ferva 250 ml de água, 100 ml de vinagre, 1 colher bem cheia de chá de sal e 2 colheres de sopa bem cheias de açúcar. Desligue o fogo assim que o açúcar se dissolver. Reserve.

Escorra o salsão e lave para retirar o excesso de sal. As tirinhas deverão estar salgadas, mas não demais.

Misture com o molho de vinagre e guarde em um pote por algumas horas ou de um dia para outro antes de comer. Escorra do vinagre e sirva em pequenas porções.

 

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Galangal e Macarrão de Arroz com Sopa

Há alguns dias comentei rapidamente sobre o galangal. Para conserva-lo mais tempo, ele pode ser fatiado e seco. Não se engane, mastiguei um pedacinho seco e continua picante e aromático. Como não tenho muita experiência com ele, usei em uma sopa.  Usei o mesmo caldo do Foo, que é claro e leve. Só que usei umas 4 fatias de galangal seco e 1 talo de capim-limão (capim-santo). Depois de pronto, o caldo foi coado. O caldo, apesar de simples, ficou bem aromático.

Cozinhei uns pedacinhos de frango no caldo, tirei a espuma com uma escumadeira. Temperei com sal e umas duas colheres de chá de molho de soja (shoyu).

Deixei o macarrão de arroz de molho em água fria por cerca de meia hora. Cozinhei por alguns minutos em água fervente, escorri e lavei em água fria. Deixei escorrendo.

Na hora de comer, escaldei rapidamente o macarrão de arroz, dividi em tigelas, despejei caldo quente, juntei algumas folhas de hortelã fresca e comi com alface romana em tirinhas.  Não tinha broto de feijão em casa e ficou bom. À parte, servi pimenta.

Foi um jantar leve, sem gordura alguma. Usei esses ingredientes porque era o que tinha em casa. Mas poderia ter feito outras combinações.

 

 

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Pão Doce com Creme

De vez em quando eu sinto vontade de comer uma coisa cafona. Mentira, na verdade, eu sempre tenho vontades desse tipo. Hoje foi a vez do pão doce, daquele de padaria, com creme feito com amido de milho, mesmo. Aliás, tenho uma história curiosa a respeito dele. Meu pai proibiu-me de comer esse pão e outros doces amarelos. Dizia que o corante era um veneno, que destruía o fígado. Podia até ser verdade. O fato é que comi pouquíssimo pão doce na infância. Hoje muitos corantes são vegetais, as normas são bem mais severas e então não fico tão preocupada.

É a mesma receita do kurimu-pan. Só muda o formato. Para fazer essas rosetas, abri porções da massa em retângulos com cerca de 60 cm de comprimento, espalhei creme em uma metade, um pouco de compota de maçã caseira, dobrei e cortei em tiras de cerca de 2 cm, um pouco mais.

Depois é só torcer, enrolar e colocar a ponta embaixo da roseta para ficar arredondada.  Depois de crescer, coloquei os pães no forno pré-aquecido quente até dourar. É bom assar em forno forte para que assem rápido e não ressequem muito.

 

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Prêmio Paladar

Não tirei nenhuma foto, já vou avisando. Porquê? Bem, tinha muita gente muito melhor que eu fazendo isso, vão ver.

Fui convidada pela Nana Tucci. Gostaria de agradecer o convite.

Não estava concorrendo a nada, não fui jurada. Estava numa situação muito confortável, esperando a divulgação das categorias, dos concorrentes e dos vencedores.  Não conheço todos os restaurantes, nem todos os chefs e muito menos todos os pratos. Não ousei dar um pitaco.

Tirando o picadinho, que foi para júri popular, a maioria não tinha idéia do pratos que foram  avaliados.  A Li (da Casa da Li) tomou um susto enorme quando viu a foto da porchetta dela no painel, na categoria “porco”.  Ficou emocionadíssima.

D. Margarida do izakaya Issa estava lá e teve os otoshis indicados. Prova que a onda dos izakayas estão aí e têm muitos adeptos.  O Kwo Thie do Ton Hoi também concorreu nessa categoria, ao lado do Krathong-thong do Mestiço. Há muito espaço para a diversidade.

E, claro, vi e cumprimentei muita gente, além de parte da equipe do Paladar, que estou até com receio de listar e esquecer de alguém.

A única coisa que estranhei foi o fato de haverem poucos asiáticos lá. Sim, estou puxando a sardinha para o meu lado, é uma comida que gosto e  sei que tem muita gente boa cozinhando.

Provavelmente irei ler muita coisa a respeito dessa premiação. Uns irão reclamar, o que acho bom. Mas, por favor, prefiro ler críticas baseadas no sabor e não na antipatia pessoal.

Os vencedores, categorias, pratos, votos, etc estão aqui:

http://www.estadao.com.br/especiais/premio-paladar—os-melhores-de-2011,153926.htm

 

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Acelga Vermelha e Galangal

Essa linda verdura, de cores vivas, é a acelga vermelha. Pelo menos comprei como tal, na loja da Sakama (Av. Imperatriz Leopoldina, 1.305 – São Paulo). Não foi caro, não, creio que menos de R$3,00 o pacote. Mas pode ser que esteja enganada.

O talo tem um sabor que lembra o talo da beterraba. Cozida, as folhas macias lembram um pouco espinafre. Dá para comer crua ou cozida. Só que no cozimento o talo fica com uma cor mais escura.

De vez em quando esqueço o que tenho por aqui. Tinha esquecido dessa raiz, o galanga ou galangal, que ganhei da Neide Rigo. Cresceu, multiplicou e foi colhido pela minha mãe. É picante como o gengibre, mas o aroma é bem diferente. A textura também, é mais fibrosa. Vou fazer um curry no estilo tailandês por esses dias.

 

 

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Alho Negro no Basillico

Notícia curta: minha receita de penne com cogumelos e alho negro no site Basilico:

http://basilico.uol.com.br/793-receitas-PENNE-COM-COGUMELOS-E-ALHO-NEGRO

 

Para quem quer comprar alho negro, acesse a loja virtual da Bombay:

http://www.bombayherbsspices.com.br/

 

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Pão de Frios Sem Sovar

Uma sugestão para o lanche do final de semana. É fácil, não faz muita sujeira, não é trabalhoso. É um pão se sova, a massa é mole mas não chega a ser líquida. E só fermenta uma única vez. Chamei de pão de frios porque usei uma mistura de embutidos que estavam na geladeira. Mas pode ser feito com linguiça, ervas, queijo ou sem nada, mesmo.  Um pouco de polvilho deixa a massa mais macia, parecendo mais um bolo.

3 ovos

250 ml de leite

100 gramas de manteiga derretida

1 colher de sopa de açúcar

1 tablete de fermento biológico fresco

25 gramas de polvilho

1/2 colher de sopa de sal

Farinha

Recheio que preferir, picado. Só acho que não ficaria muito bom com tomates e vegetais que soltam muita água quando cozinham.

Bata os ovos com a manteiga e o açúcar. Dissolva o fermento no leite e adicione à mistura. Se usar fermento biológico instantâneo, misture ao polvilho.

Adicione o polvilho e a farinha e misture. A massa ficará pegajosa, pesada mas não elástica. Não coloque farinha demais, é melhor ir adicionando aos poucos. Adicione o recheio, se for usar e misture.

Unte uma assadeira. Coloque a massa e espalhe pela assadeira com as mãos. Para facilitar o trabalho, molhe as mãos em água para que a massa não grude.

Deixe crescer em lugar aquecido até dobrar de volume. Como vai relativamente pouco fermento, demora um pouco.

Leve para assar em forno pré-aquecido quente nos primeiros 10 minutos e depois abaixe um pouco.

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Sorvete de Laranja e Amêndoas

Eu provei um sorvete  de laranja e amêndoas no Casa Boa Mesa, feito pelo Marcelo Magaldi. Pena que não anotei a receita, estava muito gostoso. Bem, resolvi fazer algo parecido, porque lembrava dos ingredientes. Ficou um sorvete (ou sherbet) leve, já que não leva creme. Tem um porém. Derrete muito rapidamente. Por isso  a foto ficou terrível, não consegui trabalhar direito com ela a ponto de poder produzir uma foto decente.

200 ml de suco de laranja

40 gramas de amêndoas tostadas

70 gramas de glucose

150 ml de leite

Calda feita com 1/2 xícara de açúcar e 1/2 xícara de água

Leve ao fogo a água e o açúcar. Ferva até derreter o açúcar. Deixe esfriar.

Bata no liquidificador todos os ingredientes.  Leve ao congelador em uma forma de metal (usei inox). Quando começar a endurecer nas bordas, misture. Repita isso várias vezes, até formar uma massa cremosa.

Rendeu 4 porções. Se o sorvete endurecer demais, basta retirar do congelador, esperar amolecer um pouco e misturar.

 

 

 

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Ovo de Gansa

Hoje ganhei ovos de gansa. Já tinha visto, mas nunca comi. Para terem uma ideia do tamanho. vejam um na minha mão. São enormes.

Bem, fiz uma omelete. Além do tamanho – rendeu uma omelete grande, acho que equivaleria a 3 ou 4 ovos de galinha – nada de excepcional. Não senti nenhum sabor estranho nem estranhei a textura. Já ovos de pata têm uma gema mais gorda e a clara fica meio dura depois de frita.

 

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