O Motivo do Meu Desaparecimento

Aqui está o motivo de meu sumiço: mudei-me na segunda-feira para uma chácara. Só hoje o tempo bom permitiu tirar uma foto. Choveu a semana toda.

Passei dias montando móveis, empurrando armários, esvaziando caixas. Ainda falta muito para ser feito – dentro e fora da casa – mas agora consegui um pouco de tempo para respirar e criar uma rotina.

Como quase tudo na minha vida, aconteceu de repente. E quando me dei conta, já estou morando aqui há uma semana.

Que posso dizer? O lugar é lindo, tenho vizinhos excelentes, os bichos (gatos e cães) adaptaram-se muito bem e há muito não ouço minha mãe dar tanta risada. Ontem até consegui bater um bolinho simples. Daqui uns dias volto a cozinhar regularmente.

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Peço Paciência…

Peço paciência a vocês. Não deixei de cozinhar, estou com boa saúde e não desisti do blog. É que estou às voltas com uma mudança, ou talvez seria melhor dizer, várias mudanças. Caixas empilhadas, coisas por fazer, a rotina ficou de ponta-cabeça. Volto em breve. Só mais uns dias.

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Curso na Liberdade, Neste Sábado

A Sonia Barsocchi me passou esse recado via Facebook:

“A gente não quer só dinheiro. A gente quer inteiro e não pela metade. (Titãs)Pois: Nesta última e mais caprichada aula do ano no restaurante-escola Satori, D.Bernadette Kikuchi e suas alunas vão ensinar a preparar um Cozido de Legumes e, como sobremesa, Gelatina de Maçã. São alimentos muito saborosos, preparados com critério e que obedecem a ordem da Natureza interna e externa. O restaurante fica no primeiro andar da praça Carlos Gomes, 60. Pertinho da praça da Liberdade. Sábado, das 15h00 às 18h30. R$20,-“

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Bahn Xeo – Crepe Vietnamita

Eu nunca tinha comido uma dessas panquecas vietnamitas. Portanto, não sei dizer se essa receita é boa. Pelo que andei pesquisando aqui e ali, existem variações – coisa comum em pratos populares. A massa é colorida com cúrcuma (turmeric, açafrão-da-terra) e é feita com farinha de arroz. Usei a farinha de arroz glutinoso (mochiko). Em uma outra oportunidade, vou testar com farinha de arroz comum. Na receita que tenho, da Esse Editora (Chuka, ethnic ryory bible), pede broto de feijão (moyashi) no recheio. Bem, eu não tinha. Procurei pela cidade e não encontrei. Fiz sem, mas acho que, de fato, ficou faltando um toque crocante. Em outras receitas, vi usarem leite de coco. Parece ser interessante.

Para comer, na falta de orientação, tentei enrolar um inteiro em uma folha de alface, passar no molho e comer. Não funcionou. Creio que é mais sensato cortar em pedaços menores, enrolar na alface e molhar cada porção.

Massa

50 gramas de farinha de arroz

50 gramas de farinha de trigo

25 gramas de fécula de batata

Um pouco de açafrão-da-terra (cúrcuma)

1 pitada generosa de sal

200 a 250 ml de água

Recheio:

100 gramas de porco fatiado fino

1/4 de cebola média, cortada em pétalas

80 a 100 gramas de camarão limpo

1/2 pacote de moyashi (broto de feijão) limpo

Sal, óleo

Molho:

200 ml de água

Cerca de 4 colheres de sopa de açúcar (fica a seu critério)

50 ml de molho de peixe (nampla) – na falta, acho que shoyu pode substituir, mas não é a mesma coisa

Suco de 1 limão

1 dente de alho bem picado

Pimenta vermelha picada ou em pó

Também vai precisar de umas folhas de alface, de menta (ou hortelã ou shisho – também conhecidas como oba)

Para a massa, misture todos os ingredientes. Talvez seja necessário adicionar mais água, é como massa de panqueca. Fica um tanto quanto líquida.

Para o recheio: Refogue a cebola com um pouco de óleo e sal. Adicione a carne de porco e cozinhe até mudar de cor. Adicione os camarões e cozinhe uns instantes.

Para o molho: ferva a água com o açúcar. Retire do fogo, deixe amornar e adicione os demais ingredientes. Confira o sal.

Aqueça uma frigideira. Unte com um pouco de óleo e despeje um pouco de massa e espalhe. Coloque um pouco do recheio e um punhado de moyashi e tampe, para que cozinhe no bafo. Se necessário, abaixe o fogo. Dobre ao meio e sirva com folhas de alface, de hortelã e uma tigelinha de molho.

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Alho Negro na Veja SP

O alho negro apareceu na Veja SP. Infelizmente não pude falar dos restaurantes fora da capital paulista e também não citaram todos.

http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2193/alho-negro-ingrediente?utm_source=twitter&utm_medium=gastronomia&utm_campaign=revista

Além dos citados nas reportagens:

-Bouquet Garni

R Tenente Anastácio de Moura 676 – Santa Efigênia – Belo Horizonte – MG

– B Bistro

rua Antônio de Albuquerque nº1354 – Bairro Funcionários – Belo Horizonte – MG

-Bistro Vila Casato

R Andre Kotchkoff 297 – Campos do Jordão

– Hotel Royal Palm Plaza Campinas

Av Royal Palm Plaza 277 – Campinas – SP

– Mediterrâneo Bistro

R Leão Federman 207 – Ponta Grossa PR

-Petiscaria Sargento Garcia

R Padre Luciano 154 – Jd França – São Paulo

-Pizza Forno da Vila

R Capitão Macedo 552 – Vila Mariana

-Presto Pizza

R Esmeralda 39 – Aclimação -SP

-Restaurante Oro

R Frei Leandro 20 – Jd Botanico – RJ

-Restaurante Pomodori

Rua Dr Renato Paes de Barros 534 – Itaim -Bibi / São Paulo

-Restaurante Quadrucci

R Dias Ferreira 233 loja A – Leblon- Rio de Janeiro

– Rotisserie e Pizzaria La Mamma

R Mesquita 448  – Aclimação – SP

– Villa Donna

Monte Verde – MG

E ficaram de fora alguns estabelecimentos que eu ainda não sei se oferecem no cardápio regular.

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Broa

Vi a receita no blog Gourmandise: http://gourmandisebrasil.blogspot.com/2009/09/broa-com-fermento-natural.html

Como a receita pedia fermento natural, usei o fermento de passas que publiquei aqui: http://marisaono.com/delicia/?p=2766

Comecei com 100 ml de líquido das passas (starter) e 100 gramas de farinha. Misturei e deixei fermentar. Depois de 12 horas, adicionei mais 100 ml de água, misturei bem e adicionei 100 grams de farinha. Deixei que crescesse até dobrar de volume. O tempo pode variar muito, dependendo da temperatura.

Usei as 400 gramas de massa fermentada para fazer 3 receitas de broa da Nina Mori. Mas como não resisto a fazer uns testes, experimentei adicionar também um pouco de fermento de pão, industrializado e diminuir o sal. O resultado foi um pão macio, com bolhas pequenas, miolo úmido, com cheiro bom de fubá. Só lamento que não ficaram parecidas com as broas que comi no Rio de Janeiro, na década de 70. A massa era bem mais pesada…

Aqui vai a receita já com as alterações. Rendeu 4 pães médios.

400 gramas de massa fermentada (como expliquei aí em cima)

700 gramas de farinha de trigo

300 gramas de fubá

75 gramas de açúcar

15 gramas de sal

3 ovos

300 ml de água

30 gramas de fermento biológico fresco

50 ml de óleo

Misturei o fermento biológico com uma xícara de água e um pouco da farinha da receita. Deixei descansando até formar bolhas.

Misturei os ovos batidos e metade da água restante.

Misturei a farinha, o fubá, o açúcar e o sal. Abri uma cova, adicionei os dois fermentos e a mistura de água e ovos e fui sovando. Fui adicionando a água restante aos poucos. Trabalhei a massa, adicionei o óleo e sovei mais um pouco. Desta vez sovei à mão, mesmo. A massa ficou macia, sem ser grudenta.

Deixei descansando coberto, até dobrar de volume.

Dividi em 4 porções, formei bolas e deixei crescer até dobrar de volume.

Fiz cortes com um bisturi (ou faca bem afiada) e levei ao forno pré-aquecido, bem quente. Depois de uns 10 minutos, abaixei um pouco a temperatura e deixei assar até ficar bem dourado, tanto em cima quanto na parte de baixo.

Aí só foi esperar amornar para fatiar, passar manteiga e nhac!

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Okonomiyaki, Novamente

Já falei sobre o okonomiyaki há algum tempo. E cá estou eu testando outra receita, novamente. Em parte, porque está passando uma novela na NHK chamada “Teppan” e todo dia aparece alguém comendo um. Em parte porque eu queria comer algo com mais vegetais, que fosse rápido e que servisse de petisco, porque ultimamente não ando jantando. Como existem dezenas, centenas de receitas, vale mais uma.

50 gramas de cará

300 ml de dashi (ou água com caldo industrializado)

Sal

140 gramas de farinha

Recheio

3 a 4 ovos

3 a 4 folhas de repolho, picado em tiras

3 a 4 folhas de cebolinha, cortada em bastões de uns 3 cm

1/2 chikuwa (pasta de peixe em formato de tubo) ou um pouco de camarão, lula, etc, cortado em pedaços de 1 a 2 cm

Gengibre em conserva (benishoga) em tirinhas

Cerca de 2 colheres de camarão seco (eu prefiro o oriental, minúsculo e com pouco sal)

Tiras de carne de porco ou vaca

Molho para okonomiyaki e maionese

Rale o cará. Coloque em uma tigela, adicione o caldo e misture bem. Adicione a farinha e bata para que fique bem homogêneo.

Adicione o repolho, a cebolinha, o tikuwa (ou camarão, etc), o camarão seco e gengibre. A massa deve de envolver tudo, portanto, se for acrescentar outros ingredientes, só não exagere na quantidade.

Aqueça uma frigideira ou chapa de ferro. Unte com óleo. Quebre um ovo. Despeje uma porção de massa por cima, formando uma panqueca grossa. Abaixe o fogo. Cubra com fatias de carne. Quando estiver dourado de um lado, vire e deixe dourar de outro.

Pincele molho para okonomiyaki em cima e decore com um pouco de maionese. Se gostar (e encontrar), use flocos de bonito seco e alga nori verde, em pó.

Repita para o restante da massa. Aqui em casa rendeu 3 panquecas, cada uma alimenta uma pessoa adulta. Se eu tivesse feito um pouco menores, seriam 4.

O molho para okonomiyaki que encontro na Liberdade é este aqui. No entanto, se não conseguir compra-lo, sugiro misturar ketchup, molho inglês e uma pitadinha de cravo em pó. Não é a mesma coisa mas chega perto.

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Merah Delima ou Tub-Tim Grob ou Cubinhos de Jacatupé em Calda

Desde agosto estou com essa receita brincando, rebolando na minha cabeça. Desde a palestra da Neide Rigo: “Tinha Uma Horta Aqui – do Jacatupé ao Jiquiri”.  Fui apresentada ao jacatupé, provei. A crocância e suave doçura me lembraram da castanha d’água. E lembrei de ter visto uma sobremesa com essa textura, colorida, leve. E quem dizia que eu lembrava a origem, nome e tudo mais?

Mas como o que eu mais faço nessa vida é ler, acabei topando com a tal sobremesa. E em dois lugares: aqui, com o nome de Merah Delima e aqui, com o nome de Tub-Tim Grob. Seja com castanhas d’água ou jacatupé, trata-se de cubinhos crocantes, tingidos de vermelho, cobertos com amido. Depois de cozido, o amido forma uma camada gelatinosa, que lembra o sagu. Duas texturas em cada pedacinho. A calda fria, não muito doce e um pouco de leite de coco. Simples, refrescante e bonito.

1 jacatupé, descascado e picado em cubinhos de 1/2 cm de lado

Corante vermelho

Polvilho doce

Água, açúcar, aromatizante (folhas de capim-limão, casca de limão, etc)

Leite de coco

Lave os cubinhos de jacatupé. Dissolva o corante em água e deixe os cubinhos de molho nessa água colorida. A quantidade de corante varia de marca para marca, eu usei corante em pó, talvez se fosse líquido teria que usar mais. Leva algumas horas para todos os cubinhos ficarem lindamente coloridos.

Escorra. Coloque um bom punhado de polvilho em um saco plástico. Coloque um punhado de cubinhos escorridos e sacuda para que eles fiquem cobertos com amido. Deixe de lado.

Faça uma calda com água, açúcar e um aroma que gostar. Pode fazer um chá com folhas de capim-limão, por exemplo. A calda será rala, ferva apenas para dissolver o açúcar. Deixe esfriar e leve à geladeira para gelar.

Pouco antes de servir, ferva bastante água. Despeje punhados dos cubinhos cobertos de amido na água e cozinhe até que subam à superfície e fiquem brilhantes. Recolha com uma escumadeira e coloque-os em uma tigela com água gelada. Escorra.

Encha copinhos ou tacinhas com os cubinhos coloridos, despeje a calda gelada e termine com um pouco de leite de coco. Sirva imediatamente.

Não cozinhe os cubinhos com antecedência. Infelizmente, perdem a textura, vão ficando molengos e estranhos. Também não os deixe na calda por muito tempo, só no momento de servir.

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Aji Nanban-zuke (Carapau Marinado)

O carapau (xixarro, chicharro) é um peixe que gosto muito. E está barato! Vi a R$3,00 o quilo, fresquinho. No Japão, é apreciado, tanto frito, assado ou cru. Resolvi fazê-lo marinado. Para escrever este post, dei uma pesquisada e só hoje soube que “nanban” vem de “nanban-jin”, que era a maneira como chamavam os missionários portugueses e espanhóis que chegaram ao país no século XVI. Com ele, vieram as pimentas, alguns vegetais e outras novidades.

Para duas pessoas, peguei um carapau e dividi em dois filés. Poderia ter feito inteiro, até seria melhor.Limpo e enxuto, temperei com um pouco de sal e passei em amido de milho. Fritei e escorri.

Enquanto isso, misturei em uma panela:

2/3 de xícara de dashi (se não tiver como fazer um bom dashi com kombu e bonito seco, pode usar hondashi, caldo industrializado)

50 ml de vinagre de arroz (se não tiver, use vinagre branco ou de maçã)

1 a 1 1/2 colher de shoyu

1 colher de sopa de açúcar

1 pimenta dedo-de-moça seca, sem sementes, cortada em rodelinhas bem finas

1/4 de cebola cortada em pétalas e ligeiramente refogadas em um pouco de óleo

Algumas tiras bem finas de cenoura

Ferva, confira o sal e o açúcar e despeje quente sobre o peixe. Deixe marinando por algumas horas. Evite mexer, misturar. Deixe que descansem. Pode ser conservado na geladeira por 2 dias.

Na hora de servir, escorra, decore com fatias de cebola, tiras de cenoura e umas rodelinhas de pimenta.

Prefiro sem curtir por muito tempo e prefiro à temperatura ambiente. Apesar de ser comum usar o aji, outros peixes podem ser utilizados. Eu creio que ficaria bom com manjubinhas bem fritas. E esse molho também cai bem com filés de frango frito.

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Konnyaku Frito

Essa é uma das idéias mais estranhas que já vi. Conhece o konnyaku? É uma massa gelatinosa, feita a partir de uma batata. O amido é gelatinizado com um álcali (geralmente, soda cáustica, mas não se assustem, a massa é lavada e não causa mal algum). Pode-se dizer que não tem sabor, mas absorve o sabor dos outros ingredientes. Os japoneses gostam da textura e, recentemente, porque praticamente não contém calorias e ajuda o intestino preguiçoso. Ou seja, é uma maneira de aumentar o volume da dieta sem aumentar a balança.

Por aqui fazemos konnyaku cozido (com shoyu, com outros vegetais, com carne, etc), em tirinhas, com misso e cebolinha – quase um sashimi vegetariano – mas nunca me passou pela cabeça em fritá-lo. Vi na tv, achei estranho. Confabulamos por aqui. Será que não vai desidratar e ficar duro? Bem, certeza, só fazendo.

Cortado em cubinhos, temperado com sal, pimenta, alho moído, deixado marinar, depois empanado em farinha e frito, virou um petisco.

O gosto? Tem gosto dos temperos, o que não é ruim. A textura? Firme e suculenta. Se eu não conhecesse o konnyaku, confesso, iria ficar em intrigada. Cogumelo? Que tipo de carne? Se tivesse usado um pouco de chá de alga kombu ou um dashi, talvez ganhasse um sabor extra, marinho. Não é a coisa mais gostosa que já comi, mas é bem, bem curioso.

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