Conversa sobre Lamen e Udon

Gente, lotou! Para conforto e comodidade, o grupo de 12 a 15 pessoas já foi atingido. Talvez eu tenha que organizar essa conversa outro dia, daqui umas semanas, porque muita gente não poderá ir nesse sábado. Qualquer coisa comunico por aqui.

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Koya-dofu (Tofu Congelado) e o Falso Frango Frito

Outro dia tínhamos tofu mas já havíamos enjoado dele. Resolvi congelar. O congelamento transforma a textura dele. A massa macia transforma-se em uma esponja resistente depois de descongelada. Não tem quase gosto, só textura.

No Japão existe um tofu que é seco no frio. Nas regiões de inverno mais rigoroso as pessoas costumavam pendurar pedaços de tofu congelado do lado de fora da casa. Com o tempo ele desidrata e dura por muito tempo.  Hoje é encontrado nos supermercados japoneses. Esse, é preciso hidratar, deixando de molho em água.

Resolvi temperar essa esponja e fritar. Já aviso que é melhor não fazer substituições na mistura para empanar. A mistura de fécula de batata e amido de milho proporcionam uma crosta bem crocante, que lembra a textura da pele do frango frito. Isso se deve ao fato das moléculas desses amidos serem de tamanhos diferentes, resultando em uma estrutura mais coesa.

Primeiro comece congelando o tofu. Corte em fatias grossas – com cerca de 2 dedos de espessura – e coloque em uma assadeira ou travessa e leve ao congelador, até congelar completamente. Horas antes de preparar, retire do congelador.

Esprema cada fatia entre as mãos, retirando o máximo de água que puder. Tenha cuidado para não esfarelar a massa.

Rasgue as fatias com as mãos, formando bocados mais ou menos do tamanho de uma noz. Dessa forma ficarão cantos e bordas irregulares, que ficarão bem crocantes depois de fritos.

Misture um pouco de suco de gengibre (rale e esprema um pouco de gengibre), sal, caldo de frango concentrado, pimenta-do-reino. Deve ter mais ou menos 50 ml de molho. Se preferir, use caldo de vegetais para ter um prato vegetariano. Regue os pedaços de tofu com ele.

Para ter certeza de que o tempero pegou em tudo, aperte um pouco com as mãos, retire parte do caldo e deixe que absorva de novo. Faça isso algumas vezes.

Em um saco de plástico, coloque 3 partes de fécula de batata para 1 de amido de milho. Coloque os pedaços de tofu dentro e sacuda. Frite em bastante óleo quente até dourar. Sirva quente, embora continue crocante mesmo depois de frio.

Creio que ficaria bom com um outros temperos. É uma questão de experimentar.

 

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Sala VIP do Momotaro

Ontem eu e a mãe passamos horas muito agradáveis com o chef Adriano Kanashiro. Ele é de Londrina, cidade onde morei entre 1974 e 1991 e nem sei como não nos conhecemos por lá. Conheci o pai dele. No balcão, apenas cinco pessoas naquela noite. Conversamos sobre ingredientes, sobre algumas questões da pesca comercial, sobre o cultivo de peixes e moluscos, alguns “causos”.

Para começar, edamame, que eu adoro. Muita gente pensa que edamame é uma soja qualquer verde. Não, não é. Existem espécies próprias, conheço 3: a verde, a branca e preta. O edamame é mais macio, levemente adocicado e não tem aquele sabor meio adstringente da soja comum.

Vieira cultivada em Santa Catarina, marinada no shoyu, com caviar espanhol e um pouco de limão.

Ostras com ovas de salmão e limão guardavam um gosto de mar.

Tartar de atum com uma maionese de wasabi maravilhosa, junto com um mandiopã de nori.

Um mini-domburi de arroz cozido em tinta de lula com carapau. O carapau estava ótimo, muita gente ignora esse peixe e eu não sei porquê. E, creiam, foi a primeira vez que provei tinta de lula. Sempre tive a impressão que teria um sabor muito forte, o que não é verdade.

Vôngoles e ovas de ouriço do mar.

Misoshiru de kabocha.

Misoshiru de kabocha com vôngole e ouriço.

Sushi de torô (a parte mais gorda do peixe) de salmão.

A linda peça da ceramista Hideko Honma.

Sushi de pargo com pasta de umeboshi (ameixa azeda em conserva).

Sushi de bonito chamuscado.

Tirashi-zushi de caranguejo da Noruega.

Marisco branco é uma coisa que eu não conhecia, nunca havia visto. A concha é mesmo de uma cor bem pálida. Tem um sabor mais delicado que o vôngole. Aqui com onsen-tamago (ovo cozido em temperatura controlada, a gema fica gelatinosa) e cogumelo eringui. Segundo Kanashiro, andou sumido por cerca de 12 anos. Uma maré vermelha exterminou a população na costa do Sul do país e levou esse tempo todo para se recuperar.

Minha mãe ficou curiosa sobre os ovos que ele usa e ele me mostrou a caixa. São ovos orgânicos Yamaguishi. São lindos ovos frescos, de gema de cor bem viva e, claro, o sabor é bem diferente dos ovos “de granja”.

Tamboril (peixe-sapo) com purê de inhame e mandioquinha. Ele me contou que o fígado do tamboril tem tido o mesmo destino das ovas de tainha e de bacalhau: o mercado internacional. Ou seja, vai ser cada vez mais difícil encontrarmos fígado de tamboril no Brasil…  O purê era muito liso. E acho uma pena que muita gente tenha medo da cara feia do tamboril. A carne é firme e muito gostosa, chegam a chama-lo de “lagosta de pobre”.

O sushi com foie gras veio com fumaça de macieira, pena que não saiu na foto. Luxo!

Sashimi de atum tataki com esfera de molho para teriyaki e mostarda ancienne. Minha mãe olhou com um ponto de interrogação na cara, não está familiarizada com esferas. Ela estoura na boca e aí sentimos o doce e salgado do molho.

Fico devendo uma foto de um dos pratos. O final foi uma sobremesa bem leve: morangos flambados no licor de umê, amoras, sorbet de framboesa e jabuticaba, sorvete de gengibre e merengues de matcha e gergelim. Um doce “de adulto”, ou seja, não tão doce. Gostei demais do sorvete de gerngibre com as frutas. Vou acabar roubando a ideia…

No balcão, junto com dezenas de potinhos de especiarias e molhos, reluzia a pedra de sal rosa do Himalaia. A louça toda é da Hideko Honma. A sala comporta apenas 6 pessoas no balcão, onde o chef prepara os pratos na frente da clientela e mais duas mesas, no andar superior do restaurante, num ambiente bem tranquilo, diferente do térreo onde o público costuma ser mais jovem, com um clima mais de bar. Para provar o menu degustação, é preciso fazer reserva. Já aviso que hoje estava previsto ter um bom torô de atum por lá. Mais informações no site:

http://www.restaurantemomotaro.com.br/

Comi muito, fiquei entretida vendo os pratos serem feitos, a conversa foi boa (aliás, no meu caso, não tem coisa melhor do que falar sobre comida), ter contato com uma cozinha diferente, mais ousada. Eu já havia ido lá outra vez, mas em horário de almoço, onde o serviço é diferente.

http://marisaono.com/delicia/?p=4592

 

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Aula da Mari Hirata: Raízes, Tubérculos, Rizomas

Ontem estive na Escola Wilma Kovesi para ver a Mari Hirata falar sobre o que chamamos genericamente de “raízes”, ou seja, tudo que fica debaixo da terra. Ela trouxe uma raiz de kuzu grande, que teria vindo de uma planta com mais ou menos 20 anos, que é uma raridade.

A raiz de lótus (renkon) que ela trouxe do Japão é bem maior e mais grossa que a encontramos por aqui. Cresce no lodo e produz uma das mais belas flores que conheço. As sementes também são comestíveis.

À esquerda, mioga, que o botão de uma flor, que ela usou em uma salada. À direita, alcachofra de Jerusalém, que só tinha ouvido falar mas nunca visto.

O bulbo de um tipo de lírio também é comestível. Em Kakegawa vi empanado e frito, no Yuri Koen (Parque dos Lírios). Mas não via para comprar. Parece que tornou-se mais comum nos últimos anos.

Wasabi verdadeiro é pequeno (bem, pode ficar grande, mas aí custa uma pequena fortuna), enrugado e verde.

Inhame, sato-imo. Enquanto que por aqui a preferência é pelos grandes, no Japão aprecia-se mais o pequeno, redondo, que pode ser cozido ou assado com a casca.

E a raiz do kuzu, da qual se retira o amido kuzu, que tem textura e características tão peculiares que é difícil de comparar com outro amido.

Esse docinho, o kuzu mochi, é feito apenas com água e kuzu cozido por mais de 20 minutos. Tem uma textura mais firme e gelatinosa que  se imaginaria de um “mingau”. Foi servido com farinha de soja torrada (kinako) e melado (kuro mitsu).

Essa massa de udon levava um pouco de kuzu, o que conferia uma textura mais firme. Infelizmente ainda não é vendida no Brasil.

E também é utilizado como espessante, engrossando um caldo e transformando em um molho, que “vestiu” o nabo pequeno, redondo (kabu) cozido.

Mari deixou bem claro que a maioria das pastas de wasabi em tubinho não são feitos com wasabi. E mesmo os quais o principal ingrediente é wasabi, possuem antioxidantes, conservantes, etc, já que o aroma do wasabi se vai com facilidade e a pasta escurece.

O wasabi é ralado em um ralador feito com pele de tubarão, formando uma pasta muito lisa. O sabor era como me lembrava, posso ter perdido a memória de muita coisa, mas disso ainda não. É um sabor picante e levemente adocicado, com um aroma pungente, intenso. Mas que some em instantes.

O wasabi foi servido com um sashimi de linguado. No prato, gyu tataki (miolo de alcatra chamuscado) com salada de rabanete, mizuna, edamame, broto de nabo.

Outra coisa que não conhecia era o nabo em conserva (takuan) defumado. Delicioso produto de Akita.

A alcachofra de Jerusalém trouxe para casa, para plantar e ver no que dá.

Passada na fécula de batata, virou um chip crocante.

Sweet Potato, docinho ou lanche feito com batata-doce, creme, gemas, açúcar. Assado na própria casca. Eu já fiz uma versão desse doce há muito tempo.

Os inhames pequenos foram cozidos no vapor e servidos com gergelim salgado, sobre uma folha de amendoeira seca.

O daikon redondo virou uma conserva rápida, com vinagre, sal, pimenta e alga kombu.

Teve até um golinho de sake para relaxar. Faltou a foto do pão de barbana, do biscoito feito com gengibre e pistache, da conserva de cará no farelo de arroz, de uma salada de raízes assadas com cevadinha e dos chips de raiz de lótus.

Foi uma aula bem interessante, explorando diversos vegetais de diferentes modos, cada um com um sabor ou textura bem peculiares. E também foi uma oportunidade para encontrar e conversar com gente que gosta tanto de comida quanto eu…

 

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Conversa a Respeito do Udon e do Lamen

Para quem acompanha o blog sabe que há muito eu tenho feito experiências com massas orientais, entre elas o udon e o lamen, assim como caldos. Recentemente ganhei kansui japonês, ingrediente fundamental no preparo do lamen e pude fazer comparações com um kansui nacional. O resultado ficou semelhante.

No dia 17 (sábado, a partir das 10 horas) irei conversar a respeito disso e outras coisas que envolvem o preparo dessas massas. Quem for, vai provar (e espero que aprovem!) o resultado dessas experiências.

Quem estiver interessado entre em contato comigo pelo e-mail

marisaono@gmail.com

 

 

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Bom-bocado de Coco e Okara

Eu costumava fazer esse docinho no Japão. Tanto meus colegas brasileiros quanto os japoneses gostavam muito. Desta vez adicionei okara, ou seja, resíduo de soja, o que sobra depois que tiramos o leite.

O okara não tem muito sabor. Contém fibra e isso é tudo o que sei. Absorve uma boa quantidade de líquido, o que fez com que o doce ganhasse consistência sem ficar borrachudo. Se não tiver ou não quiser usa-lo, faça sem, também fica bom. Usei porque tinha e é uma opção de uso, além de transforma-lo em farinha para uma farofa.

3 xícaras de açúcar cristal

1 1/2 xícara de água

3 xícaras de coco fresco ralado

2 xícaras de okara

100 gramas de manteiga sem sal

1 xícara de farinha de trigo

8 ovos

Misture o açúcar com a água e leve ao fogo até formar uma calda espessa. Teste um pouco da calda morna entre os dedos, deverá ser um pouco pegajosa, com a consistência de mel. Retire do fogo e adicione a manteiga. Deixe amornar.

Bata os ovos, adicione a farinha e o okara, se for utilizar. Adicione a calda e o coco ralado e misture.

Asse em forminhas forradas com forminhas de papel, até dourar.

Rende cerca de 50 unidades, se utilizar formas para cupcakes.

 

 

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Sopa de Fiapos e Mitsuba

A sopa é uma desculpa para usar uma verdura não muita conhecida por aqui, o mitsuba, ou trevo japonês.

A folha é grande e o sabor dela é herbal, não é ácido como o trevo comum. Cozinha rapidamente e costumo usar em sopas, ensopados ou na decoração de algum prato.

Costuma ser comercializada em maços. Esses ganhei de um feirante em Ibiúna.

Para a sopa, usei o caldo de frango leve que uso quando preparo Foo, por exemplo. Adicionei um pouco de dashi para aumentar o “umami”. Para uma sopa para 2 pessoas, adicionei cerca de 100 gramas de carne de siri (comprada já desfiada e congelada) e deixei ferver. Tirei a espuma da superfície, adicionei sal, conferi o sabor.

Juntei um ovo batido, misturei para formar os fiapos e joguei um bom punhado de folhas de mitsuba dentro. Um minuto de fervura e estava pronto. É quase uma canja, bem leve, que funciona bem para acompanhar uma refeição, como um chá salgado.

 

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Custard Pudding de Panela de Pressão

Um doce que faço com certa frequência é o custard pudding, ou seja, o pudim de leite sem leite condensado. A versão mais encontrada no Japão é com baunilha, embora possa ser feita com chocolate, café, gergelim e outros sabores. Só que agora resolvi reduzir -e muito – o tempo de cozimento.

Quando a gente pensa em panela de pressão logo pensa em temperaturas altas desmanchando tudo. Com temperaturas tão altas (em torno de 120°C), o pudim encheria de bolhas, perderia textura e talvez até explodisse. Mas calma. É também uma panela de onde a temperatura “escapa” mais lentamente. E isso pode ser usado a favor.

Essa versão é fácil, barata e rende 4 porções. Sugiro que usem ovos frescos, se encontrar, que têm um cheiro mais agradável. Desta vez fiz duas versões, uma com café e outra com amendoim.

3 ovos

5 colheres de sopa (rasas) de açúcar cristal

1 1/2 xícara (de chá) de leite

‘/4 de xícara (de chá)  de café bem forte

2 colheres de sopa (rasas) de pasta de amendoim sem açúcar (peanut butter)

Ou essência de baunilha.

Mais açúcar para o caramelo

Primeiro, faça o caramelo. Aliás, muita gente erra no ponto do caramelo. Eu misturo açúcar com um pouco de água e levo ao fogo até dourar. Adiciono um pouco de água, com cuidado, porque espirra. Adiciono uma colher bem cheia de glucose e cozinho até atingir o ponto de fio, ou seja, pego um pouco de calda morna entre os dedos indicador e polegar e lentamente afasto. Deve de formar um fio que se rompe com 2 cm, mais ou menos. Tem uma textura pegajosa, um pouco parecida com a do mel. Essa calda não ira ficar dura como uma bala depois de fria. Com isso, o pudim desenforma com mais facilidade. Despeje a calda no fundo de forminhas com cerca de 120 ml de capacidade.

Leve o leite ao fogo até abrir fervura. Enquanto isso, bata os ovos com o açúcar, até misturar bem. Despeje o leite quente sobre os ovos enquanto mistura. Passe o líquido por uma peneira fina e descarte a espuma que se formou. Prepare uma panela de pressão onde caibam 4 forminhas. Eu usei uma cesta para cozimento no vapor ajustável – já vi em lojas de produtos orientais e utilidades domésticas – e uma chapa perfurada que deve de ter vindo com alguma das minhas panelas. Para quem não tem nada disso, creio que umas latas de conserva e uma chapa perfurada servirão. Coloque de 3 xícaras de água fria (ou menos, caso seu suporte seja baixo demais; a água não deve de encostar no fundo das forminhas).

Como queria testar dois sabores, dividi o líquido em duas porções. Numa, adicionei o café e a outra fui adicionando aos poucos, mexendo bem, à pasta de amendoim. Se preferir, dispense o café e o amendoim e aromatize com baunilha, por exemplo.

Tampe a panela e leve ao fogo. Quando começar a chiar, desligue e deixe tampada. Eu abri após uma hora, porque eu fui fazer outras coisas e esqueci. Poderia ter retirado em menos tempo. Resumindo: o pudim foi cozido no vapor, mas dentro da panela de pressão. Gastou um mínimo de gás.

Deixe gelar antes de desenformar. Gostei do pudim de café, ficou bem cremoso e menos doce. O de amendoim ficou mais firme, gostoso também, embora um tanto quanto enjoativo, mas agrada quem é fã de amendoim. Um pouco de amendoim subiu, formando uma camada mais escura na superfície.

Agora, se não quiser fazer na panela de pressão, não se desespere. Cozinhe no vapor, em uma panela própria para isso ou use aquelas cestinhas de bambu, que funcionam muito bem. Cozinhe por 15 minutos ou até que fique firme nas bordas mas ainda mas cremoso no centro.

Recentemente fiz um vídeo da versão baunilha:

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Pão de Inhame com Farinha Integral, Tâmaras e Nozes

O post que escrevi sobre as diferenças entre o salmão selvagem e o de cativeiro e criticando a falta de senso de quem divulga informação sem conferir as fontes rendeu ontem, sozinho, mais de mil visualizações. Pelo visto as pessoas gostam de ler uma crítica. E eu reconheço, é divertido escrever um texto ácido. Mas este não é o tipo de tema que pretendo manter no blog, apesar do aumento nas visitas. Se eu quisesse números, teria criado uma página pornográfica ou de piadas.  Volto à comida doméstica.

A horta produziu muitos inhames, taros e carás. Estou aproveitando como posso. Resolvi fazer um pão de inhame, assim como já fiz com abóbora e mandioca. Adicionei farinha integral porque ela deixa a massa mais pesada, sacia mais e eu gosto do sabor. As tâmaras estavam rendendo na dispensa. São frutas com alto teor de açúcares. Para que o pão não ficasse doce demais, diminuí a quantidade de açúcar para 3 colheres. As nozes entraram para dar uma textura. Ficou um pão bom para o café-da-manhã.

Usei a velha massa de pão de mandioca. Substituí parte da farinha de trigo comum por 2 xícaras de farinha de trigo integral. Diminuí a quantidade de açúcar para 3 colheres apenas.

Distribuí pedaços de tâmaras e nozes e enrolei.

Para fazer um pão redondo como o da foto,usei uma forma que tenho há muito tempo. Tem um formato curioso, é fechada por uma trava e do outro lado tem dobradiças. Eu nunca tinha visto uma forma para pão com dobradiças. Não posso encher muito, o pão cresce e vaza. Mais ou menos metade do volume é suficiente. Deixo crescer e assei em forno pré-aquecido e moderado, até dourar.

Ah, sim, a massa rede muito e fiz outros pães, em outros formatos.

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Simpósio Umami e Aula da Mari Hirata

Acho que já comentei mas, como não tenho certeza, aqui vão dois eventos para as próximas semanas.

O primeiro é o simpósio umami, totalmente gratuito, onde cinco doutores irão explicar os efeitos do glutamato no cérebro, digestão e novas descobertas a respeito. Importante para quem se interessa sobre o gosto e sobre como isso afeta nosso apetite, a nossa percepção e a saciedade.

É preciso fazer a inscrição e aguardar a confirmação. As vagas são limitadas, portanto, não sei se ainda há vagas ou não. Eu não vou poder ir.

Vai ser no Blue Tree Hotel, na rua Peixoto Gomide 707, das 13 às 19 horas, no dia 14/08.

http://www.portalumami.com.br/2013/06/simposio-umami-e-as-novas-descobertas-sobre-o-glutamato-monossodico/

O outro é a aula da Mari Hirata sobre tubérculos e raízes, na escola Wilma Kovesi. Ela vai falar do kuzu, wasabi verdadeiro, carás e inhames utilizados na cozinha japonesa. E vai apresentar pão de bardana, sorvete de taro, entre outras coisas. Ela sempre apresenta um aspecto diferente da cozinha japonesa.

Vai ser no dia 05/08. Também não sei se ainda há vagas.

http://www.wkcozinha.com.br/new/cursos/agosto/5/2013

 

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