Kinoko Wa-Fu Supageti (Espaguete com Cogumelos)

Os japoneses gostam de espaguete. Principalmente do mais fininho (spaguettini?).  Para a cozinheira, o motivo é porque cozinha rápido. Mas assim como aqui, lá também surgiram umas receitas com essa massa mas com um jeito, um sabor diferente. Essa receita combina o umami dos cogumelos com o do dashi e do shoyu. E a alga nori vai por cima, ao invés do queijo parmesão ralado. Creia, pode parecer estranho à primeira vista, mas é um prato leve, saboroso e bem equilibrado.

Para 200 gramas (duas porções) de espaguete:

1/2 pacote de cogumelos (usei portobelo, poderia se paris, shiitake, shimeji)

1 colher de manteiga sem sal

Shoyu

100 ml de dashi ou água e um pouco de grânulos de dashi industrializado ou umas pitadas de kombu-cha (não confunda com o chá preto fermentado; no Japão chamam isso de kinoko-cha, kombu-cha é alga kombu triturada, para ser diluído em água e bebida como chá).

Outra colher de manteiga

Tiras de presunto cozido (o engraçado é que presunto cozido é algo bem comum no Japão, por lá aderiram sem pudor)

Tiras de alga nori (corte com uma tesoura o mais fino que puder)

Cozinhe o macarrão em bastante água salgada. Enquanto isso, refogue os cogumelos com uma colher de manteiga, até amaciarem. Tempere com shoyu, junte o dashi ou o caldo industrializado e água. Ferva e deixe de lado, até a massa estar pronta.

Escorra o macarrão, adicione à mistura de cogumelos, leve ao fogo. Adicione a outra colher de manteiga e misture delicadamente. Espere a manteiga derreter e parte do caldo ser absorvido.

Divida em 2 porções, distribua tiras de presunto e decore com a alga nori picada.

 

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Somen Sarada – Salada de Somen

Existem diversas receitas de “saladas” com somen (macarrão japonês fino, quase como um cabelo-de-anjo, mas sem ovos). Já é comum comer essa massa fria, para virar salada é só um passo. Vi versões até com atum em lata e maionese! Fui menos ousada, é verdade. A grande vantagem desse macarrão é que cozinha muito rápido. Enquanto a água esquenta, dá tempo de picar tudo e organizar os pratos. Preparei o frango no microondas, do jeito que expliquei aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=2127

Cozinhe o somen em água fervente, tomando cuidado para não cozinhar muito. Escorra e lave. Sim, abra a torneira e despeje água fria em cima sem dó. Mexa com a mão, para que tudo seja lavado e esfriado. Escorra bem. Divida em porções nos pratos.

Por cima coloquei tirinhas de frango, pepino, cebolinha (a parte branca) em tirinhas, gengibre em conserva (tem pronto nas mercearias de produtos orientais) e ovos.

Aliás, esta semana me perguntaram sobre esses ovos. Para cada ovo, adicione uma colher de chá de açúcar e uma pitada de sal. Bata para misturar bem as claras com as gemas. Frite em uma frigideira untada com óleo. Tome cuidado para fazer discos bem finos e não doure demais. Depois é só empilhar e cortar em tirinhas. O açúcar acentua a cor do ovo (embora eu tenha usado ovos caipiras).

Por cima vai um molho à base de shoyu, vinagre e um pouco de óleo ou óleo de gergelim. Fica  a gosto, mas lembre que a massa não é salgada, é bom que o molho tenha “um ponto” a mais de sal.

PS: No lugar de frango, pode usar presunto ou fazer um prato vegetariano, porque não? Tirinhas de cenoura, broto de feijão aferventado, as possibilidades são muitas.

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Sukiyaki Domburi (Tigela de Sukiyaki)

Esta semana está difícil. Vamos ver se consigo publicar tudo hoje. É que ontem também fiquei sem conexão e hoje, passei umas boas horas fora de casa. Aliás, meu provedor está de parabéns: pago caro, recebo pouca velocidade e, ainda por cima, fiquei sem o serviço nada menos que 3 dias da semana. Há pouco tempo era a única opção. Estou pensando seriamente em mudar para outra empresa.

Mas vamos ao prato. Outro dia resolvi fazer algo fácil, rápido e que tivesse elementos do sukiyaki. Saiu esse “domburi”, ou seja, uma tigela de arroz com algo em cima. Usei bananinha, que é um corte macio e gordo. Poderia ser contrafilé ou alcatra.

Na verdade, é muito simples. Cortei carne em tiras, mais ou menos como para estrogonofe. Fatiei cebolas em pétalas. Cebolinha em pedaços com mais ou menos 5 cm de comprimento. Refoguei a carne em uma frigideira larga, até começar a dourar. Amontoei em um canto, coloquei as cebolas no espaço aberto e refoguei as cebolas até que ficassem macias.

Adicionei um pouco de sake, shoyu, mirim e açúcar. Para quem não tem sake em casa, talvez funcione com um pouco de vinho que não seja muito seco. E para quem não tem mirim em casa, use um pouco de glucose (como o Karo, por exemplo) ou só açúcar mesmo.  As cebolinhas vão por último, na hora de tirar do fogo. Não fica com caldo, não, é quase seco.

E então coloque uma porção generosa em cima de cada tigela de arroz quente. Pronto. Vai para a categoria “Cozinha do Desespero” porque leva poucos ingredientes, alimenta, fica pronto em pouco tempo.

PS: Essa é só uma ideia. Se quiser adicionar tiras de cenoura ou outro vegetal, fique à vontade.

 

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Pepino Refogado com Missô

Aliás, pepino é que não tem me faltado nos últimos dias. Primeiro, foi a cadela com pneumonia, depois o câmbio do meu carro quebrou. E também tem dado muito pepino – o vegetal – na horta. Compramos mudas de pepino japonês mas o que cresceu foi pepino comum, que chamam de “caipira”. Erraram, certamente, na hora de vender.

Por aqui não temos o hábito de comer pepino refogado. Mas se pensarmos bem, é algo entre um chuchu e uma abobrinha. O do tipo “caipira” é mais macio e funciona bem refogado. Classifico como “Cozinha do Desespero” porque vai poucos ingredientes e, servido com arroz, satisfaz.

Corte meio peito de frango em tirinhas. Regue com um pouco de sake (ou vinho branco não muito seco) e suco de gengibre (rale gengibre e esprema, pode ser entre os dedos mesmo). Deixe pegar gosto.

Descasque 1 ou 2 pepinos, corte no meio pelo sentido do comprimento e retire as sementes. Corte em fatias não muito finas.

Tempere o frango com um pouco de sal. Acrescente 1 colher de fécula de batata ou polvilho doce e misture.

Aqueça um pouco de óleo em uma frigideira larga. Doure levemente os pedaços de frango. Adicione o pepino e refogue até amaciar. Tempere com um pouco de missô e pasta de pimenta coreana (gochujang). Sirva com arroz branco e um pouco de gergelim preto, torrado, por cima.

 

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Pão da Semana: Kurimu Pan (Pão com Creme) Revisado

Há muito tempo publiquei uma receita de “Kurimu Pan”. Hoje resolvi fazê-los para atender a uma vontade de grávida. Não creio que a criança irá nascer com cara de pão, mas não me custava dar um pequeno agrado à moça, que morou um tempo no Japão e é filha de um casal que mora aqui perto.

Esse pãozinho é muito comum nas lojas de conveniências, supermercados, padarias. De uma maneira geral, é algo meio “trash” como nosso sonho. Por isso concordo com o uso do creme de confeiteiro industrializado. Caso prefira, substitua por um mingau feito com amido de milho, açúcar, leite e, no final, baunilha e umas gemas desmanchadas para dar uma pouco de cor. Misture um pouco do mingau quente nas gemas e só então coloque tudo na panela, senão as gemas talham.

1 colher de chá de fermento biológico seco instantâneo

100 gramas de farinha de trigo

Água o quanto baste

Misture o fermento com a farinha e adicione água até formar um mingau grosso. Deixe fermentando por cerca de 1 hora. Adicione a:

250 gramas de farinha de trigo

30 gramas de açúcar

5 gramas de fermento biológico seco instantâneo

1 ovo

45 gramas de manteiga com sal

1 colher de chá de lecitina de soja (usei em pasta; se não encontrar, não use, mas ajuda a melhorar a textura do pão e deixa-lo mais macio)

Água o quanto baste

Misture tudo, sendo a água por último. Sove ou use o gancho para massas pesadas da batedeira ou uma máquina de fazer pão. A massa deverá ser bem macia, elástica, um pouco pegajosa. Pegando um pouco de massa com a mão ela estica sem se romper com facilidade.

Cubra e deixe crescer, até dobrar de volume.

Use cerca de 400 gramas de creme de confeiteiro (que pode ser feito com mistura industrializada ou feita como expliquei acima). O creme deverá estar frio, mas não gelado.

Divida a massa em porções de 50 gramas, mais ou menos. Faça uma bolinha com cada porção e deixe descansar por 10 minutos. Abra cada pedaço e recheie com um pouco de creme. Feche bem, dê um formato ovalado e coloque na assadeira forrada com papel impermeável ou untada, com a emenda para baixo. Deixe crescer por cerca de 15 minutos. Enquanto isso, aqueça o forno, que deverá estar bem quente.

Pincele com uma gema e, com uma tesoura, faça cortes na massa para escapar o vapor. Se não fizer esses cortes, o pão vai ficar oco por dentro e poderá murchar depois de frio.

Asse em forno bem quente até dourar.

Renderam 16 pães.

 

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Entre Estantes e Panelas e Outras Coisas

Não cozinhei nos últimos dias. É que estava com uma cadela com pneumonia. Foram quase duas semanas de cuidados. Estava perdendo as esperanças na quinta-feira, foram muitos dias sem comer e ela raramente se levantava para beber água. Mas voltou a se alimentar, está bem mais animada e até voltou a me fazer companhia nas andanças aqui na horta e tem até latido.

Na segunda-feira que vem haverá outra palestra da rodada “Entre Estantes de Panelas”, desta vez com a barista Isabela Raposeiras, o professor Julio Pimentel Pinto e como intermediante, o Carlos Doria. É gratuito e vai ser no Teatro Eva Hertz, Av. Paulista, 2073. Mais informações aqui:

https://www.facebook.com/events/548624315224781/

No sábado fui a uma festa de confraternização no Teakettle. Cada um levou alguma coisa e nos divertimos muito. Tudo estava ótimo e lamentei não ter um estômago maior. Felizmente não choveu e ainda houve um “amigo secreto”. Ironia, eu tirei o Naoki Otake (que só conhecia via Facebook) e ele me tirou. Mas fiquei aliviada porque meu presente era azul, que é uma cor que ele gosta muito.

E eu ganhei um conjunto de chá em ferro fundido. Não tinha, aqui em casa só temos bules de louça. E eu sempre achei esses bules lindos, com essas bolinhas formando um padrão em torno dele.

E quando cheguei em casa, vi que um amigo trouxe um fogão. Precisava mesmo de um, com chama mais potente que o fogão comum, para cozinhar quilos de soja para o missô e quilos de arroz para o mochi do Ano-Novo. O que tínhamos já estava em péssimo estado, apesar da reforma e era até perigoso usa-lo.

E, por fim, continuo conduzindo umas experiências. Agora com o katsuo-bushi, peixe seco que confere o sabor característico a sopas, ensopados e outros tantos pratos japoneses. É rico em umami, como a grande maioria dos alimentos fermentados. Ainda não sei se vou conseguir, estou na metade de um longo processo que consiste em cozinhar no vapor, defumar, desenvolver bolor e secar. Apesar da aparência, o cheiro é bom.

 

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Yatsuhashi ou Otabe

Mais uma dos assuntos que acabaram surgindo no Facebook. Eu nunca comi yatsuhashi ou otabe (não sei se os nomes são diferentes por conta da região ou se yatsuhashi é o nome da massa e otabe é essa massa recheada; enfim, pesquiso outro dia). É um doce típico de Kyoto, mas nunca estive lá. Cheguei a ve-lo em lojas de presentes (creia, doce, no Japão é presente). Fiz, baseando-me na receita de um livro que tenho por aqui. Logo encontrei uma pequena dificuldade: esse doce é feito com farinha de arroz (geralmente koshihikari), chamada joushinko, que não tem por aqui. Tive que adaptar. Leva também farinha de arroz glutinoso chamado de shiratamako, próprio para fazer doces. Tem na Liberdade, é comum usa-lo para fazer os bolinhos que vão no senzai.

Geralmente na embalagem colocam uma imagem desses bolinhos, é a dica para comprar a farinha certa.

Resumindo, é uma massa de arroz que é um pouco elástica, quase como uma tapioca. Pode ser cortada em quadrados e recheada com doce de feijão ou cortada em tiras e comido assim mesmo, ou enrolado em um lindo morango ou até mesmo com sorvete. A quantidade de açúcar (enorme, aliás) evita que a massa endureça muito, mesmo gelada.

Comece deixando arroz tipo oriental, lavado, de molho por algumas horas. Ele vai ser fácil de morder e desmanchar com facilidade. Triture no liquidificador com água até que se forme um creme, esfregando esse creme entre os dedos quase não se sente os grânulos de arroz. Coe e esprema em um guardanapo limpo. Retire o máximo de água que conseguir.

Para cada 70 gramas dessa massa use:

30 gramas de shiratamako

120 gramas de açúcar

70 gramas de água

Misture tudo e passa por uma peneira, para ter certeza que não ficou nenhuma parte sólida sem se dissolver.

Cozinhe no vapor, sobre um guardanapo úmido, até que a massa fique sem gosto de arroz cru e ela vai ficar bem firme. Outra opção é cozinhar no microondas, funciona bem. Mexa eventualmente (o tempo entre cada mexida varia conforme a quantidade; para ter uma ideia, fiz com 250 gramas de massa de arroz e cozinhei por 6 minutos, cozinhei por mais 3 minutos, mexi e voltei a cozinhar por mais 3 minutos).

Despeje em uma superfície ligeiramente umedecida e amasse um pouco, para uniformizar a textura. Use luvas porque a massa quente é bem grudenta. Ou cubra a massa com um guardanapo fino e umedecido e sove por cima dele.

Abra em uma superfície polvilhada (no caso acima, usei matcha, chá verde especial em pó) ou kinako (farinha de soja torrada). Há versões com canela em pó, gergelim preto torrado e triturado e até mesmo chocolate em pó.

Abra bem fino e corte em quadrados ou tiras, ou conforme gostar.

Sirva com chá.

PS: as das fotos ainda ficaram um pouco grossas, deveriam ser bem finas mesmo, era para ser um pouco mais grossas que uma folha de papel. Bem fechado, aguenta pelo menos 2 dias sem estragar ou ressecar; o açúcar funciona como conservante.

 

 

 

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Industrializados de Qualidade

Quem eventualmente me lê por aqui pode até pensar que sou contra produtos industrializados, já que faço muita coisa em casa: missô, diversos fermentados, embutidos, algumas carnes curadas, pães, biscoitos, geleias, conservas. Não é bem assim.

Em parte faço muitas conservas e fermentados por conta de um hábito, de longa data. Fazia doce de goiaba quando tinha uns 9, 10 anos de idade, apesar de odiar goiaba. Doce até como, a fruta não me inspira simpatia. Sempre tivemos uns potes de cebolinha no vinagre (rakkyo) ou gengibre (beni-shoga). Pepinos mergulhados no missô caseiro. Mas só com o advento da internet é que comecei a pesquisar porque as coisas não estragavam e como poderia conservar outros alimentos.

Trabalhei por 2 anos em uma indústria de alimentos. Vi algumas coisas não tão bonitas e que espero que não sejam regra nas fábricas. Mas também aprendi muito sobre administração, controle de estoque, de qualidade, normas de higiene e de segurança. Um dos grandes pontos a favor da indústria é a redução do desperdício. A organização para estoque, despacho, a logística como falam hoje, é impressionante. Tanto que comida – seja boa ou ruim – chega a quase todos os cantos do Brasil e do mundo.

Pois então, uso sim produtos industrializados. Aliás, é bem difícil de escapar deles.

E porquê estou tocando nesse assunto? Por conta de uma declaração do Jamie Oliver para o Paladar que saiu hoje:

“Aprendi nos últimos anos: industrializado não significa porcaria. Má qualidade é má qualidade. Ciência, linhas de produção, agrônomos, técnicos, isso pode significar muita qualidade. O mundo está em um novo momento. Nos últimos dez anos, entendemos a produção artesanal do passado e também as necessidades modernas, como tecnologia, produção em massa e supermercados. Estamos agora num momento de reequilíbrio. Sei por experiência própria que muitas grandes empresas têm capacidade de fazer a coisa certa. ”

Vejo esse movimento ganhar força no Japão. É que tenho mais contato com produtos japoneses que alemães, por exemplo. Já não é de hoje que as indústrias têm lançado produtos com menos sódio, sem açúcar, sem corantes por lá. E creiam, investem muito tanto na pesquisa do gosto em si quanto no desenvolvimento de produtos.

Um exemplo é o molho acima. Não é shoyu. Não leva esse nome porque shoyu é feito de soja, trigo e sal.

É um fermentado que tem por base soja, trigo e álcool. A quantidade de sódio presente é de 0, 3%. Quando fui apresentada a ele, fiquei intrigada. O sal tem, entre outras tantas propriedades, a de conservar, de evitar o desenvolvimento de organismos indesejáveis, assim como o vinagre e o álcool.

Apesar da aparência, não tem o mesmo sabor e aroma do shoyu. Na verdade, é um pouco amargo e o cheiro de álcool é bem presente. A maioria das pessoas irá torcer o nariz. No entanto, tem sido usado nas refeições em hospitais, sobretudo para pacientes que têm uma dieta com restrição de sódio. É borrifado com spray sobre o prato, só para dar um toque de algo próximo ao shoyu.

É só um exemplo. A mesma empresa produz um tamari de qualidade, com 4 anos de fermentação, dupla fermentação, coisa que a gente pensa que só existiria em um processo artesanal. É bem provável que no futuro teremos produtos com características artesanais, mas com padronização, distribuição e preços que a indústria consegue oferecer.

 

 

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Pão da Semana: Pão de Queijo na Forma de Waffle

Nem é novidade, mas, vá lá: as férias escolares enfim chegaram, faz um calor infernal e ninguém tem ânimo para acender um forno. Vai que alguém ainda não leu o post do Marcelo Katsuki sobre fazer pão na forma de waffle.

A receita, não sei de onde veio, estava anotada em um caderno que me acompanha há mais de 30 anos. Você vai precisar de uma forma para waffle (de preferência, com revestimento anti-aderente) e um liquidificador.

Coloque no liquidificador:

3 ovos

1 xícara de leite

1 xícara de óleo

150 gramas de queijo (usei meia-cura, mas use o que gostar)

Bata até triturar o queijo.

Adicione:

3 xícaras de polvilho doce

Sal à gosto

Ligue e desligue, raspe as laterais. A massa é um pouco pesada. Se o liquidificador não conseguir virar, adicione um pouco mais de leite.

Despeje um pouco de massa na forma e leve ao fogo médio até dourar de ambos os lados.

O pão de queijo vai ficar com muitos cantinhos crocantes. Se preferir menos crocante e mais macio, adicione mais leite e doure menos.

Classifico como “Cozinha do Desespero” porque um desses satisfaz e quase não requer esforço.

PS: Se usar queijo ralado, nem vai precisar do liquidificador!

 

 

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Tian e o Tuk Tuk

Recebi por e-mail a informação que o restaurante Tian oferece o serviço de transporte para os clientes que estão no Itaim, no horário do almoço. A novidade é que o transporte é um Tuk Tuk, um triciclo motorizado, que é utilizado como um tipo de táxi na Tailândia. Passei lá na quinta-feira passada e encantei-me com ele. Se não fosse a necessidade de andar longas distâncias por uma rodovia e outros detalhes, gostaria de ter um. Tem espaço para dois passageiros e um pequeno bagageiro. Considerando a velocidade do trânsito de São Paulo e seus congestionamentos, até que seria uma opção bem econômica, não? A foto acima é do próprio restaurante. É que quando passei por lá, vi o Tuk Tuk e não fotografei, deixei para mais tarde. Depois encontrei com uma conhecida, conversa vai e vem e quando fui ver… ele não estava mais à vista. Para quem estiver na região do Itaim, o Tuk Tuk vai busca-lo entre 11h45 até às 15h, basta telefonar (11 2389-9399).

Creio que o Tian seria melhor definido como um asiático contemporâneo. A Thai Beef Salad leva fraldinha grelhada, folhas verdes, pepino, tomate, macarrão de arroz, folhinhas de hortelã e coentro, com um molho levemente perfumado com capim limão.

Surpreendente é o gnocchi de daikon. A massa é firme, cortada em cubos e frita, depois envolta em um molho espesso. Não tem o cheiro forte do nabo, é saboroso. O molho é picante, mas não muito. Vem com broto de feijão e pedacinhos de ovos.

Muito mais delicado é o peixe marinado no misso com molho de champagne. O peixe ficou suculento. Se preferir, acompanhe com um purê de batatas com wasabi.

O curry de pato é um dos pratos mais pedidos da casa. O curry vermelho é perfumado com capim limão e gengibre. Tem uma certa doçura do creme de coco. Para quem está acostumado com o karê japonês, já aviso que é completamente diferente, o molho é bem menos espesso. Há muito tempo que não comia um curry no estilo thai e nunca havia comido um com pato, só com frango ou frutos do mar. Acompanha arroz. E não há motivos para temer a pimenta, a versão deles é bem mais amena que as que já provei.

Mas informações no site do Tian:

http://www.tianrestaurante.com.br

 

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