Ichigo Short Cake

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É uma receita que muitos leitores já me pediram e nunca fiz porque nunca me senti muito confiante para isso. Sou especialista em bolos feios. Alisar cremes, decorar, são coisas das quais eu fujo. Não sou muito hábil e suponho que nem para pedreira serviria. No entanto, aí está, o bolo que é o queridinho dos japoneses. Trata-se de um bolo fofo, partido ao meio, recheado com chantilly e morangos. É o bolo que está nas mesas no dia do aniversário e no Natal (apesar de boa parte da população não ser católica, eles costumam comprar um bolo no Natal e não são poucos que enfeitam a casa, dizem que é porque as crianças gostam).

Já aviso que é um bolo suave, pouco doce. leve. Mas é melhor que seja consumido fresco, por conta do creme fresco, da fruta, perde o viço logo.

E, bem, ficou bom, sim. Não é o melhor ichigo short cake que já comi, ainda preciso melhorar e arrumar um forno bom. O melhor que já comi é do Rue Saule, em Hamamatsu, no bairro de Watase. É uma confeitaria de bairro, tocada por um chinês. O dele era leve como pluma e se desmanchava na boca.

Ah, e porquê um bolo de aniversário agora? É que fiz aniversário recentemente e nem comemorei.

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5 ovos médios em temperatura ambiente

150 gramas de açúcar

110 gramas de farinha de trigo

40 gramas de amido de trigo (ou, se não encontrar, 150 gramas de farinha de trigo; por aqui não temos farinha própria para bolos, com menos glúten)

30 gramas de manteiga derretida, ainda mais quente que morna

3 colheres de sopa de leite

Manteiga e farinha para untar e polvilhar uma forma redonda de 20 cm de diâmetro

Para o recheio:

!/2 xícara de água

1/4 de xícara de açúcar

Morangos

500 gramas de creme de leite

Açúcar de confeiteiro à gosto

Gotas de essência de baunilha

Bata os ovos com o açúcar em uma tigela sobre água quente, mas não fervente.

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Bata até a mistura crescer muito, ficar clara e, de tão leve, é possível fazer desenhos com o fio que escorre das pás. Retire do banho-maria.

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Peneire a farinha com o amido de trigo (ou só a farinha) e acrescente à mistura de ovos. Nesse ponto, é preciso ter paciência e misturar bem, para que não fique nenhum grumo, bolinha de farinha sem misturar. Acrescente a manteiga derretida e o leite e misture bem.

Asse em uma forma redonda com 20 cm de diâmetro, untada e polvilhada, em forno quente (cerca de 180°C) até dourar e soltar das bordas.

Desenforme sobre uma grelha e espere esfriar bem antes de partir ao meio com uma faca serrilhada e longa.

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Enquanto o bolo esfria, ferva a água com o açúcar. Deixe esfriar. Coloque uma fatia de bolo em um prato e, com a ajuda de um pincel, molhe o bolo.

Bata o creme de leite bem gelado com um pouco de açúcar de confeiteiro, até formar picos moles. Confira a doçura, o chantilly não deve ficar muito doce. Aromatize com baunilha e bata mais um pouco.

Espalhe uma camada fina de creme batido sobre o bolo, disponha fatias de morangos sobre ele e cubra com um pouco mais de creme.

Regue o outro disco de massa com a calda e coloque a parte cortada sobre o creme.

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Use o restante do chantilly para cobrir o topo e as laterais do bolo. Se tiver talento para decoração de bolos, divirta-se. Normalmente ele não recebe muita decoração, não, tirando uns morangos em cima, que podem ser inteiros ou fatiados.

PS: existem variações com outro aromas, como laranja, licor, etc. E, infelizmente, os morangos daqui são muito mais duros e azedos que os japoneses. Usei ovos caipiras e, por isso, o bolo ficou mais amarelo, não é um excesso de contraste do editor de imagens.

 

 

 

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Pomme Dauphine

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Porquê as coisas entram e saem de moda? Quando uma receita vira “cafona”? Creio que é por conta da natureza humana, tão volúvel. Queremos o novo, sempre a novidade. Mas depois de algum tempo bate a nostalgia, a vontade de reviver algum momento passado (quer tenha vivido ele ou não, conheço gente que sente nostalgia de coisa que nem viveu, a história é longa).

O nome é bonito, não sei a origem. Trata-se de batatas cozidas e espremidas, misturadas à massa de carolinas, enroladas e fritas. Para quem está evitando gorduras, podem ser assadas. Faz muito tempo (uns vinte anos) que não vejo ninguém fazendo isso. Na verdade, nem eu mesma faço essa receita há uns 25 anos ou mais. Mas não deixa de ser gostosa, tem lá seu charme e é uma opção de acompanhamento para um assado.

100 ml de água

50 gramas de manteiga

70 gramas de farinha de trigo

2 ovos em temperatura ambiente

Sal à gosto

Cerca de 350 a 400 gramas de batatas cozidas e espremidas

Óleo para fritura

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Leve ao fogo a agua com a manteiga e um pouco de sal. Deixe levantar fervura. Adicione a farinha e misture bem, em fogo baixo, até a massa praticamente descolar da panela e formar uma fina crosta no fundo. Retire do fogo, vire em uma tigela, misture um pouco para que escape vapor e amorne um pouco.

Adicione os ovos um a um, batendo bem. Adicione à essa massa as batatas cozidas e espremidas (melhor que estejam também ainda mornas e não geladas). Misture até que fique homogêneo.

Com as mãos ligeiramente úmidas, forme bolas. Ou, se não quiser, modele com uma colher. Frite em óleo quente até dourar bem. Retire o excesso de óleo colocando-os sobre papel absorvente. Sirva quente. Os bolinhos terão uma crosta por fora mas serão aerados e quase cremosos no interior. Como usei ovos caipiras, a cor ficou mais amarela.

 

 

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Siri Mole Frito

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A primeira vez que provei siri mole foi no Japão. Mas não era um produto japonês. Era um petisco chinês, comprado em uma loja de produtos “étnicos” (ou seja, qualquer coisa exótica que ainda não havia atingido o status de gourmet). Era siris bem pequenos, fritos até ficarem completamente secos. Pareciam biscoitos. Só não gostei muito porque eram doces. Sim, não era um petisco salgado.

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Mas o que é siri mole, afinal? É um siri que acabou de trocar a casca. Eles crescem e, ao longo do tempo, precisam se livrar da carapaça externa para poder continuar crescendo. É como se a roupa ficasse pequena demais. Ou a gente emagrece ou precisa arrumar outra. No caso do siri, ele sai de dentro da carapaça e desenvolve outra. Só que essa nova carapaça leva algum tempo para endurecer. Nas primeiras horas depois da troca, é apenas uma membrana elástica. Ou seja, o siri mole é resultado de um trabalho que envolve observação e coleta no momento certo. Pelo que entendi, eles são recolhidos e mantidos em tanques, para limpar o trato digestivo e também para poder serem abatidos no momento certo. Sim, eles são consumidos inteiros, com as vísceras. Isso pode ser chocante para alguns. Para muitos povos, inclusive os japoneses, as vísceras são consideradas iguarias.

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Apesar de não ter tido uma experiência muito feliz na primeira vez que provei siri mole, resolvi frita-los porque ficam crocantes. No processo de troca de carapaça e depuração, a carne do siri fica mais tenra e delicada, não tem o sabor tão marinho. Posso estar errada mas acho que se fosse cozida, iria ficar muito aguada.

Para fazer é bem simples. Cortei os siris ao meio para que entrasse um pouco de tempero dentro. Temperei com sal, suco de gengibre (rale o gengibre e esprema entre os dedos) e um pouco de shoyu. Deixe pegar gosto por uns 10 minutos. Enquanto isso, coloque 2 porções de amido de milho para 3 de fécula de batata em um saco plástico. Escorra os siris e coloque no saco com os amidos. Sacuda para que fiquem bem cobertos e frite em óleo quente, poucos de cada vez, até que fiquem bem dourados. As patinhas irão ficar bem crocantes, como biscoitos. Já o corpo, com a carne, fica mais macio. Pode ser comido como petisco ou parte de uma refeição.

Esses siris moles eu peguei no Shopping da Roça, uma loja em Cotia, na Estrada Fernando Nobre 810, do lado da padaria, a caminho do templo Zu lai. Além do siri mole, eles também têm carnes nobres, bebidas e muitas dicas para preparar comida na churrasqueira.

 

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Mottainai

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Minha tia trouxe-me um presente. Uma chaleira. Oras, uma chaleira? E velha? Bem, ela tem valor e muito valor. Pertenceu ao irmão da minha mãe. É uma chaleira boa, pesada. Só que em dado momento, a alça quebrou.

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Ele, muito habilidoso, fez um remendo e a alça até ficou melhor. Com esses fios, a alça não esquenta.

Atrás disso está o espírito do “Mottainai”.

“Mottainai” é uma expressão japonesa que significa mais ou menos “Que desperdício!”. É algo que a gente cresce ouvindo, segue a vida ouvindo e falando. Vale para qualquer coisa. Pode ser tempo perdido também. Pode ser coisa nova sendo jogada fora. Pode ser coisa sendo mal-aproveitada.

Como amanhã é o dia mundial da alimentação, gostaria que pensassem um pouco no que é “mottainai” na cozinha. Não se fixem apenas nas panelas que ainda servem para alguma coisa e que vão para o lixo porque ficaram feias.

Pensem na quantidade de alimento que compram. De vez em quando alguma coisa estraga antes de ser consumida? De vez em quando não encontram um pacote na dispensa com alguma coisa com o prazo de validade vencido? É um exercício diário, eu sei. Também sei que não é todo mundo que tem uma composteira em casa. Mas pode controlar o consumo, procurar meios de aproveitar o ingrediente integralmente, enfim, olhar a comida com um pouco mais de atenção e o lixo com mais severidade.

 

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Pensando Fora da Caixa

Outro dia disseram-me que eu faço as pessoas “pensarem fora da caixa”. Gostei do elogio. Mas muito do que apresento não é original. Por conta de diferenças culturais, uma coisa corriqueira para mim pode ser novidade para outro. Como sou curiosa por natureza, procuro, pesquiso, pergunto e apresento alguma coisa que muita gente não conhece.

Mas não estou aqui para escrever sobre eu mesma. Talvez, um dia, eu escreva as minhas memórias. Ou melhor, a minha álibi-ografia, onde justificarei ou tentarei justificar todas as bobagens que disse.

Uma pessoa que está pensando fora da caixa e que gostei muito de conhecer foi o Antônio Amaral, da Fish Life. Conheci-o durante o evento Paladar Cozinha do Brasil. Alguns minutos de conversa foram bastante esclarecedores.

Como muitos leitores sabem, morei muitos anos no Japão. A qualidade do pescado de lá é muito boa, bem diferente do que encontramos aqui. Inclusive o peixe congelado é bem melhor. Nunca estive na Europa mas dizem-me que peixes brasileiros (ou melhor, pescados na costa brasileira) são vendidos nos mercados de lá e são ótimos.

Então porquê aqui temos peixes tão tristes?

Segundo o Amaral, começa no tipo de pesca. Por aqui ainda utilizam a pesca de arrasto ou seja, usam uma rede muito grande que traz tudo o que pode e o que não pode. Deixando de lado o fato de que muitas espécies que não são interessantes e até proibidas são capturadas, os peixes são amassados, prensados, esmagados. Resumindo: peixe de baixa qualidade, desperdício e impacto ambiental enorme.

Para se ter peixe de melhor qualidade, ainda segundo ele, é preciso controlar a morte do peixe. O ideal é que ele morra pelo frio e não por asfixia. A pesca de linha permite uma seleção do pescado, evitando-se as espécies ameaçadas. Depois disso ainda há o cuidado no estoque e transporte.

Já no caso do peixe congelado e do camarão, existem práticas que são muito danosas. Há quem congele peixe já estragado. Eu já passei por isso. Se congelado ainda bem fresco e com a técnica correta, ainda será um peixe bom. O mesmo acontece com o camarão.

Aliás, falando em camarão, cuidado com camarão vendido sem cabeça ou descascado. Não pense que o peixeiro está sendo bonzinho  e fazendo o favor de vendê-lo assim. A cabeça do camarão cai ao primeiro sinal de deterioração. E também já comprei camarão descascado, supostamente “fresco” que estava estragado. Congelado então, é uma tristeza só: muita água, dizem que adicionam até água oxigenada. Geralmente tem gosto e cheiro ruins, depois de congelado ele esfarela, parece uma esponja.

E esse peixe maravilhoso, onde tem para comprar? Infelizmente ainda está sendo vendido quase que exclusivamente para restaurantes. Não é porque ele quer. É porque na comercialização do Ceagesp, ninguém quer pagar mais por qualidade. Há algum tempo ele tentou comercializar lá e tomou prejuízo.

E eu fico me perguntando onde está todo aquele pessoal que fala sobre sustentabilidade, impacto ambiental, qualidade total, excelência gourmet…

Aqui está um video mostrando a pesca de linha

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Semana Mesa SP

A edição do próximo Mesa Tendências em São Paulo, promovido pela revista Prazeres da Mesa, traz como tema o produtor familiar e a cozinha.

No entanto, o que me chamou a atenção foi a presença de Yukio Hattori, médico e presidente da Ecole de Cuisine et Nutrition de Tokyo. Nunca li nada dele, só o conheço pelas aparições na tv, geralmente relacionado à gastronomia. Não sei sobre o que ele irá falar, não consta na programação. No entanto, creio que é a primeira vez que um chef japonês irá se apresentar no auditório. Pelo menos, não me lembro de nenhum nos últimos 2 ou 3 anos. O que é curioso. Somos um país de imigrantes, vi chefs italianos, norte-americanos, sei lá de quantas nacionalidades. E, apesar da presença de imigrantes e descendentes de japoneses, apesar da crescente popularização da cozinha japonesa no Brasil, pelo que me lembre, nenhum japonês havia sido convidado. Acho que vai ser interessante.

A programação e outras informações estão na página do evento:

http://www.semanamesasp.com.br/

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Quiche de Alho Porro, A Pedidos

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Já publiquei algumas receitas de quiche. Elas estão aqui:

Quiche de Espinafre

Quiche de Portobelo e Alho Negro

Quiche Sem Massa Limpa Geladeira

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Publiquei a foto no Facebook e pediram para que publicasse a receita deste. Os alhos porro de casa estão bonitos e resolvi aproveitar. Na feira estão entre 1,50 a 2 reais cada um. Fiz essas quiches com massa bem fina, renderam 3 (uma com 22 cm de diâmetro e outras duas com cerca de 16 cm de diâmetro). Fiz a mais para congelar e poder comer em um dia em que esteja com muita pressa.

 

Para a massa:

300 gramas de farinha de trigo

150 gramas de manteiga sem sal

2 ovos

Sal à gosto

 

1 gema, para pincelar

Para o recheio:

3 a 4 alhos porro, somente a parte clara e macia, cortados em rodelas

100 a 150 gramas de queijo (quando o orçamento dá, uso gruyere; prato ou reino também servem)

3 ovos (usei ovos caipiras porque é o que tenho por aqui)

3/4 xícara de creme de leite fresco

Sal e pimenta do reino

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Bata no processador a manteiga gelada com a farinha, até formar uma farofa. Adicione os ovos e o sal e processe até a massa embolar.

Divida a massa em porções e abra entre duas folhas de filme plástico. Prefiro a massa fina. Forre com essa massa 1 forma de 22 cm de diâmetro e 2 formas de 16 cm (ou faça meia receita e use em uma forma de 22 cm).

Pincele a parte interna da quiche com gema batida. Ela vai ajudar a impermeabilizar um pouco a massa e ela ficará mais crocante, mesmo depois de recheada.

Leve ao forno até começar a dourar.

Enquanto isso, refogue o alho porro com um pouco de óleo e sal até murchar.

Bata os ovos com o creme de leite, tempere com sal e pimenta do reino.

Espalhe um pouco do alho porro no fundo de cada crosta assada. Distribua o queijo ralado grosso e o creme de ovos e queijo. Prefiro não usar muito recheio, acho que fica desequilibrado. Mas isso é uma questão de gosto. Se quiser usar mais recheio, faça mais.

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Leve ao forno até o creme dourar. Sirva morno. Dependendo do forno, talvez seja necessário colocar uma placa embaixo, para que a massa não queime.

Congelo dentro da forma mesmo, bem embrulhado com um filme plástico. Costumo consumir em 2 semanas. Aqueço no forno antes de servir. Dependendo do dia, pode ser uma refeição, se acompanhada por uma salada, por exemplo.

 

 

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Marshmallow de Amora

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Há um tempo estava à procura de um açúcar chamado Trehalose. Havia lido alguma coisa, tem sido utilizado na indústria de alimentos por uma série de propriedades. Uma delas é que, apesar de ser açúcar, é menos doce. Outra é que permite os doces permanecerem úmidos ou seja, evitam que fiquem ressecados ao longo do tempo. A indústria de congelados japonesa tem empregado em massas como o udon, dizem que ele evita que a massa perca a textura, que a água migre para a parte externa do alimento e forme cristais de gelo. Enfim, são muitos empregos. Quem consome guloseimas compradas nas mercearias orientais provavelmente já ingeriu trehalose.

Pois bem, ganhei uma amostra. Um pouco, 500 gramas, que estou testando com muito cuidado e parcimônia. Afinal, é um produto que ainda não está no mercado varejista – embora a promessa de que um dia iremos encontrar em lojas de produtos para confeitaria exista – então, é isso e depois, adeus. Uma pena, porque gostaria de testar em outras tantas possibilidades, como em massas de bolos, sorvetes, caramelos e congelados.

Fiz marshmallows. Segui a receita que publiquei há um bom tempo. Só que substituí a água por suco de amora – triturei amoras, passei por uma peneira fina e fiquei só com o suco delas – e não usei pasta saborizante. E substituí 100 gramas de açúcar por 100 gramas de Trehalose. A receita está aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=5158

O resultado foi um marshmallow não tão doce, macio, que permaneceu com boa textura, sem ressecar e ficar “borrachudo” por um bom tempo (já se passou uma semana). Mas para quem não tem esse açúcar que é obtido de um amido (como a glucose e a maltose), siga a receita como está na página, fazendo a substituição que sugeri.

A Trehalose é um produto da Nagase, que tem escritório em São Paulo:

Nagase do Brasil Representação Comercial Ltda

Rua Cubatão, 86 – Conjuntos 304/306

Vila Mariana – São Paulo – SP Tel.: ( 11 ) 3251.3111

O contato que tenho lá é este:

e-mail : danilo.sawaki@nagasebrasil.com.br

Por enquanto só está sendo comercializado para indústrias, em quantidades absurdamente grandes. E vale lembrar que, apesar de ser menos doce, continua sendo um açúcar. Não é um adoçante, tem calorias e não é recomendado para diabéticos.


 

Agora pulo para outro assunto, que tem uma certa ligação com este post. Algumas pessoas entram nos comentários do blog para fazer propaganda de seus negócios. Não criei esse espaço para isso.  A princípio ele existe para tirar dúvidas dos leitores. E também há quem escreve dizendo que eu devo atender a todos os pedidos que aparecem, inclusive de divulgação, de criação de post beneficiando empresas, etc. Posso até atender alguns. Mas nem tudo. Nem sempre. E muito menos quando é algo que eu precisaria viajar, gastar muito tempo. Parece que muita gente pensa que não há um custo envolvido nisso. Que ingredientes, transporte, não contam. Sim, contam.

E também parece que muita gente pensa que ganho dinheiro com o blog. Não, não ganho. Não tenho patrocinador, os anúncios do Google estão rendendo alguns poucos reais por mês. Empresas entram em contato comigo querendo que eu escreva a troco de amostras, de almoços, se muito. E, na maioria das vezes, eu recuso. Há até quem não me ofereça nada, alegando que “seria interessante para os leitores” ou “que eu ganharia mais credibilidade”. E tem gente que assistiu ao filme Julie e Julia e pense que recebo doações de leitores. Também não é bem assim. É muito, muito raro alguém oferecer ajuda para manter o blog, que me custa, só de hospedagem, 322 reais por ano.

Sendo assim, escrevo sobre produtos que acho interessantes, como no caso deste post, divulgo o que acho bom (sejam eventos, sejam produtos e estabelecimentos) e me dou o direito de bloquear todas as mensagens de propaganda que aparecem nos comentários.

 

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Torta de Amoras e Amêndoas

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Por aqui já estamos nas últimas amoras da temporada. Já fiz geléia, muitos potes, que irão virar biscoitos, vão para amigos e sei lá mais o quê. Mas queria fazer algo um pouco diferente, aproveitar a fruta fresca. Fiz uma torta com creme de amêndoas, que leva manteiga (sim, não é uma torta leve, é bem substanciosa) e assei duas formas pequenas (com cerca de 18 cm de diâmetro). Cada uma rende 4 porções que satisfazem. E é tudo muito fácil de fazer. Só sujei a jarra do multiprocessador.

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Para a massa:

200 gramas de farinha de trigo

80 gramas de manteiga gelada

1 a 2 colheres de açúcar

1 ovo

Bata no processador a farinha com a manteiga gelada até formar uma farofa grosseira. Junte o ovo e o açúcar e processe até a massa embolar, como na foto.

Para o recheio:

150 gramas de farinha de amêndoas

150 gramas de açúcar

150 gramas de manteiga

150 gramas de farinha de trigo

2 ovos

Baunilha à gosto

Processe a farinha de amêndoas com o açúcar e manteiga. Adicione a farinha, os ovos e a baunilha e processe até misturar tudo. Ou, se preferir, nem use o processador, bata a manteiga com o açúcar à mão, adicione os ovos um a um e depois os demais ingredientes.

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Divida a massa entre 2 formas com cerca de 18 cm de diâmetro. Ou faça em uma forma maior. Se quiser uma torta perfeita, bonita, abra a massa entre dois pedaços de filme plástico . Mas se você não está concorrendo a nenhum concurso culinário e tem pressa, como eu, pode abrir com as pontas dos dedos mesmo.

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Leve as tortas para o forno pré-aquecido até começarem a dourar. Retire do forno, recheie com o creme de amêndoas e encha com bastante amoras. Ou framboesas. Ou, se o orçamento permitir, cerejas. Afunde um pouco as amoras no creme. Leve ao forno novamente mas abaixe um pouco a temperatura, para que o creme cozinhe sem dourar demais. Asse até o centro ficar firme. O recheio vai ficar um pouco úmido.

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Se quiser, salpique açúcar de confeiteiro antes de servir. Fiz duas, pretendo congelar uma, acho que não vai ficar ruim depois de descongelada, não.

É uma torta muito rica em manteiga, gorduras. Eu me servi de uma fatia pequena e fiquei satisfeita. Comi à temperatura ambiente, não creio que seja tão boa quente nem muito gelada.

 

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Flan de Iogurte com Calda de Framboesas

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Usei iogurte coado, iogurte “tipo” grego ou seja, iogurte sem soro. Expliquei como faço aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=4569

Apesar da receita ainda levar leite, recomendo o uso desse iogurte denso por conta da textura, que fica cremosa, macia. Prefiro chamar de flan porque tenho horror à chamar isso de “Panna Cota” (nata cozida?) de iogurte. Não ficou muito doce, não. A calda de framboesa entrou pela cor intensa e porque está na época. Mas poderia ser uma calda de amoras (também está na época delas) ou outra calda de frutas. Rendeu 6 porções bem generosas. Não dá para desenformar mas dá para melhorar a apresentação montando em taças transparentes. E se quiser que fique firme, aumente a quantidade de gelatina para 1 envelope e meio, por exemplo.

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100 ml de água

1 envelope de gelatina em pó, sem sabor

300 ml de leite

1/2 xícara de açúcar

200 gramas de iogurte sem soro (bem escorrido, denso, como na foto acima)

200 gramas de creme de leite (que pode ser de caixinha ou fresco, tanto faz)

Um pouco de baunilha para perfumar

Dissolva a gelatina na água. Aqueça o leite com o açúcar até ferver. Desligue o fogo, adicione a gelatina e misture bem para dissolver. Deixe amornar um pouco.

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Misture o iogurte com o creme de leite até ficar bem liso. Usei um batedor de arame (fouet). Se preferir, use um mixer ou liquidificador. Aliás, só essa mistura, de iogurte e creme, daria uma ótima sobremesa, só faltava um pouco de açúcar,

Junte a mistura de leite e gelatina morna e misture bem. Divida em 6 porções e leve à geladeira até firmar (cerca de 3 horas).

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Sirva com calda de framboesas ou outra que preferir.

Para a calda de framboesa, triturei framboesas, passei por uma peneira fina e fervi o caldo com açúcar até obter uma calda grossa. Usei mais ou menos a mesma quantidade (em peso) de açúcar e de caldo de framboesas.

 

 

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