Anpan Com Fermento Natural de Koji

Ontem falei sobre um fermento natural feito só com água e farinha. Nele, primeiro cria-se um ambiente ácido ideal para o desenvolvimento de organismos do fermento. No caso do fermento feito com koji é um pouco diferente. O koji (arroz onde desenvolveu-se o fungo Aspergillus Oryzae), converte amido em açúcar. Nesse ambiente, organismos que estão no ar encontram um meio onde podem se desenvolver. Eles irão converter o açúcar em álcool. O fermento de koji tem ação mais rápida que o de água e farinha. Em muito assemelha-se com o fermento biológico. Só que esse último é feito a partir da cerveja. O aroma lembra vagamente o sake. Não é um anpan tão fofo quanto os comprados prontos. Mas talvez esteja bem próximo dos primeiros feitos no Japão.

Esse fermento aprendi com a Mari Hirata, na aula sobre fermentados, no ano retrasado.

1/2 xícara de arroz (prefiro o arroz tipo oriental)

3 xícara de água

Leve o arroz e a água ao fogo, cozinhando até formar um mingau. Deixe esfriar. Adicione:

30 gramas de koji

150 ml de água

Coloque em um pote plástico. No caso usei um com tampa de pressão e não de rosca. É que conforme fermenta, gás é liberado e se aumentar muito a pressão, a tampa levanta sozinha.  Espere uns 2 dias antes de usar. A mistura ficará borbulhante, dá para ouvir o chiado do gás escapando dela e o aroma lembrará um pouco o sake.

Para os anpans:

150 ml do fermento de koji coado

60 gramas de açúcar

40 gramas de leite em pó

Cerca de 500 gramas de farinha de trigo.

Se preferir, adicione 1 colher (de chá) de lecitina de soja ou use melhorador para pão conforme a indicação do fabricante. É opcional, mas prefiro usar porque a massa fica mais elástica e com uma textura melhor.

1 colhe (de chá) de sal

Misture todos os ingredientes e sove. A massa deverá ser bem macia, quase pegajosa. Cubra e deixe crescer. Leva cerca de 2 horas.

Fiz pães com  60 gramas de massa (renderam 19).  Dividi a massa, fiz as bolas e deixei que descansassem por 10 minutos. Abri em disco, recheei com doce de castanha (poderia ser doce de feijão). Se não gostar,  pode rechear com um creme e fazer o “kurimu-pan“. Achatei e deixei que crescessem antes de pincelar com gema (melhor se tivesse usado mirin), fiz um furo no centro para que o vapor da pasta doce escapasse e salpiquei um pouco de gergelim.

Assei em forno bem quente até dourar.

Quanto ao fermento, reservei a massa que foi coada, adicionei mais água e estou alimentando todos os dias com uma colher de sopa de arroz cozido. Continua borbulhando e, creio, poderá ser usado em outros pães.

Share This Post
Publicado em curiosidades, Doces, massas, receita | Tags , , , , | 6 Comentários

Farinha e Água = Fermento Natural Para Pães

Eu sempre confiro as estatísticas do blog. Há muito percebi que muita gente procura receita e explicações sobre fermento natural para pães. Certamente muita gente tem tentado fazer em casa. Fui deixando, por preguiça, por falta de tempo e por falta de vontade. Reconheço que sou uma pessoa que enjoa logo de muita coisa. Abandonei os pães com fermento natural há anos. E nunca me preocupei em manter vivas as “iscas” ou “madres”. Porquê? Porque a gente sempre pode começar de novo.

Não é preciso ir buscar um ingrediente exótico para fazer um fermento. Água e farinha bastam. Também vai precisar de um pote de plástico. Não recomendo vidro porque o gás pode expandir e, apesar de ser difícil de estourar, não é necessário correr esse risco, certo? Um transparente é melhor para acompanhar o desenvolvimento dele. Uma espátula de plástico ou silicone também é útil. Uma balança é indispensável.

Comece misturando farinha e água até formar uma massa bem firme. Não é preciso usar muita farinha, algo como 50 gramas já é suficiente. Faça uma bolinha com a massa e coloque dentro do pote e cubra com água. Assim a massa ficará isolada do ambiente e não sofrerá contaminação. Essa técnica eu ouvi do Vittorio Lorenti da Basilicatta, durante as palestras do Paladar, no ano passado. A Neide Rigo também estava lá e fez o fermento seguindo a dica dele. A diferença entre o fermento dela e o meu é que deixei a bolinha na água até ficar com uma aparência crescida, estufada. Levou um dia e meio.

Importante: Use sempre água mineral, não use água tratada com cloro.

Outra opção é colocar em um saco, retirar o ar e selar. Como nem todo mundo tem seladora, fica aqui só o comentário: só abra e retire a massa depois que o saco estufar, como o da esquerda, na foto. O outro ainda precisou de mais um dia de fermentação.

O passo seguinte é pegar 25 gramas de massa, misturar com um pouco de água e adicionar 50 gramas de farinha. Misturar e adicionar mais água até formar uma massa consistente. Coloquei no pote plástico, tampei mas não rosqueei até o fim e deixei por 12 horas.

E isso se repetiu por 3 dias. Não acontece muita coisa nesse período, não estranhe. A massa vai continuar clara mas com cheiro forte. Se provar, vai perceber que ela está extremamente ácida. Mas continue separando 25 gramas da massa e adicionando farinha e água e recolocando no pote. Não lavei o pote, apenas raspei as paredes com uma espátula.

Com paciência, no quarto ou quinto dia a massa apresentará atividade. Anime-se quando a massa dobrar ou triplicar de volume, ter bolhas bem visíveis e um aroma melhor, como na foto lá do começo do post. Se provar a massa, ela não estará tão ácida. Alimente mais uma vez ou duas para saber se a massa dobra em 8 horas. Você provavelmente irá precisar de mais fermento do que tem, então separe 50 ou mais gramas de massa, adicione água e use o dobro do peso da massa  em farinha.

Existem muitas receitas de pães com fermento natural. A que passo a seguir, creio, é a mais simples.

100 gramas de fermento natural

200 gramas de farinha de trigo

Água

1 colher de chá bem rasa de sal

1 colher de chá de lecitina de soja em pasta (comprada em lojas de artigos para confeitaria)

1 colher de sopa de azeite

Misture o fermento com um pouco de água para amaciar a massa. Adicione a farinha, trabalhe um pouco com a massa seca, formando uma farofa grosseira.  Vá adicionando água aos poucos, até formar uma massa mais maleável. Adicione o sal e a lecitina e trabalhe bem a massa. Esse pão precisa ser bem sovado – encare como um exercício ou use uma panificadora doméstica. O ideal é chegar no ponto de véu. A massa fica tão elástica que pode ser esticada até ficar transparente. Forme uma bola, regue com o azeite e deixe descansar por 3 a 4 horas.

Depois de crescido, abaixe a massa com os punhos fechados, abra em retângulo, dobre em 3, repita a operação umas 3 ou 4 vezes e depois enrole formando um cilindro. Coloque em uma assadeira com a emenda para baixo e deixe crescer novamente, até ficar bem estufado. Pressionando levemente com o dedo em um ponto a massa volta à posição depois de uns segundos. Isso pode levar mais 2 horas.

Faça cortes e leve ao forno pré-aquecido, bem quente, por cerca de 10 minutos. Em seguir, abaixe um pouco até que o pão esteja dourado e soe oco ao bater com os nós dos dedos com com uma colher.  É um pão mais pesado, depois de algum tempo a crosta não fica tão crocante. Esse ficou um pouquinho ácido. Talvez o próximo fique menos, quem sabe? Fermentos podem evoluir.

E se pretende fazer pão com fermento natural mais vezes, guarde uma amostra dele em um pote, na geladeira, e vá alimentando a cada 2 ou 3 dias. Para fazer o próximo pão é melhor retira-lo da geladeira, alimentá-lo e ver se cresce em menos de 12 horas.

E depois de domado o fermento, o resto é diversão. Experimente fazer pães misturando farinha de trigo com farinha de centeio ou farinha integral, aveia, etc. Adicione nozes ou passas, experimente fazer pães redondos, achatados. Eu ainda não testei com pães doces. No entanto, amanhã publico uma experiência com um fermento natural que funcionou bem em um pão doce.

 

Share This Post
Publicado em dicas, massas, receita | Tags , | 31 Comentários

Coroa Folhada

Na verdade não chega a nem ser bem uma receita, é mais uma ideia. Trata-se de uma massa de pão folhado recheada como um rocambole, cortada e acomodada em forminhas. Emendei as pontas para que formasse um anel. Depois de crescidos, pincelei com gema, cortei com uma tesoura e levei ao forno. O resultado foram pãezinhos com uma crosta dourara e levemente crocante, macios por dentro e recheados, além da apresentação bonita.

Para quem quiser uma receita de pão folhado:

300 gramas de farinha de trigo

1 ovo

1 1/2 colher de chá de fermento biológico seco instantâneo

1 colher de sopa de açúcar

1 colher de chá de sal

20 gramas de manteiga amolecida, sem sal

130 a 150 ml de água

Mais 100 gramas de manteiga sem sal

Misture o açúcar e o fermento biológico à farinha. Adicione um pouco de água, misture esfregando entre as mãos, até formar uma farofa grosseira. Adicione o ovo batido e vá adicionando água até formar uma massa macia. Adicione o sal e vá trabalhando a massa. Por fim, adicione a manteiga e trabalhe mais um pouco a massa. O resultado será uma massa bem elástica e um pouco grudenta, mas que solta com facilidade da mão.

Cubra com um filme plástico e deixe crescer.

Enquanto isso, abra 100 gramas de manteiga entre duas folhas de filme plástico  formando um quadrado.

Depois de crescida a massa, abaixe com o punho fechado, abra em um retângulo, um pouco maior que a manteiga. Coloque a manteiga sobre a massa, acomodada sobre 2/3 da massa, em um dos cantos. Dobre a parte da massa que está sem manteiga sobre ela e dobre a outra parte sobre essa, ou seja, dobre a massa em 3,  uma parte sobre a outra. Aperte as bordas e leve à geladeira por pelo menos 20 minutos. Abra novamente em retângulo, dobre em 3 e leve à geladeira novamente. Repita a operação.

Depois abra a massa fino (cerca de 1 cm de espessura, faça rolinhos recheados (usei presunto moído, mas poderia ser amêndoas, nozes moídas misturadas com açúcar, por exemplo) e faça anéis que caibam nas forminhas escolhidas. No caso renderam 12 pães. Depois de crescidos, pincele com gema batida, faça cortes fundos com uma tesoura e leve ao forno pré-aquecido, quente (cerca de 200°C) até dourarem.

 

 

Share This Post
Publicado em lanches, massas, receita | Tags | Comentários fechados em Coroa Folhada

Sopa de Porco para Lamen

Eu comentei sobre o tonkotsu lamen aqui:

Tonkotsu Lamen

Hoje fiz um caldo um pouco diferente, sem asas de frango, que também não ficou mau, não. Fiz um caldo concentrado porque pretendia guardar e congelar para outro dia. Como não coloquei alho, o caldo ficou muito mais suave. No Twitter me perguntaram sobre porções que rendem o caldo. Resolvi esclarecer um pouco essa questão.

1.200 gramas de ossos de porco (de pernil, serrado ao meio, para caber bem na panela e para liberar o tutano). É importante que sejam bem frescos.

1 pedaço de gengibre com cerca de 5 cm, cortado em rodelas

6 cebolinhas verdes, com o talo.

1/2 cenoura cortada em rodelas grossas

1/4 de xícara de sake

1 colher de sopa cheia de arroz cru

Aqueça bastante água em uma panela, até ferver. Adicione os ossos e deixe ferver por 2 a 3 minutos. Escorra e lave, eliminando toda espuma. Isso é para tirar o cheiro de sangue.

Coloque os ossos na panela, adicione o gengibre, a cenoura, a cebolinha, o sake  e 2 litros de água. Leve ao fogo alto até abrir fervura e abaixe. Com uma escumadeira, vá retirando a espuma que se forma na superfície.

Eu usei uma panela térmica chamada Shuttle Chef. Ela é muito prática para pratos que precisam de um cozimento longo e em baixa temperatura. A cada 6 horas aquecia e voltava ao recipiente térmico. No entanto, se não tivesse, cozinharia em fogo baixo com a panela parcialmente tampada por umas 4 a 6 horas, completando a água que iria evaporando. Ou seja, cozinharia até as cartilagens e ficarem bem macias, praticamente derretendo.

Feito isso, coei, adicionei o arroz dentro de um saquinho de pano e levei ao fogo baixo com a panela destampada até reduzir para apenas 800 ml. A panela fica destampada por dois motivos: queria que evaporasse o excesso de água e parte do aroma forte do caldo também se foi. O arroz vai contribuir com um pouco de amido, deixando o caldo mais espesso e mais esbranquiçado.

Para usar no lamen, usei 300 ml desse caldo para cada litro de água. Na verdade, substituí parte da água por kombu dashi, para acrescentar um pouco umami ao caldo. Usei 1 colher de sopa de shoyu e adicionei sal. Levei ao fogo para ferver.

Hoje não fiz massa de lamen, usei uma massa industrializada, coreana. Ela tem uma textura mais borrachuda, lembrando mais o harusame. Como “cobertura”, fiz um refogado de porco fatiado com vegetais da horta, cebolinha picada e gergelim branco tostado.

O caldo restante pode ser guardado na geladeira por 2 dias ou congelado.

PS: Para cada prato de lamen uso entre 500 a 600 ml de sopa já “reconstituída”.

Share This Post
Publicado em Culinária japonesa, receita, sopas | Tags , , | Comentários fechados em Sopa de Porco para Lamen

Pão ou Bolo de Banana e Castanha de Caju

Não sei o que chamam exatamente de “pão”. Pensei que muitos bolos eram chamados de “bread” porque eram assados em forma de bolo inglês. Mas o bolo inglês é bolo (pound cake). Talvez porque a textura seja um pouco pesada. Por outro lado, temos o pão-de-ló que é levíssimo. Enfim, chamem como quiserem.  Fiz essa receita porque precisava aproveitar bananas nanicas que estavam maduras. É muito fácil de fazer e só suja uma tigela.

400 gramas de bananas amassadas (dependendo do tamanho, 4 ou 5)

140 gramas de manteiga amolecida

200 gramas de açúcar

4 ovos

300 gramas de farinha de trigo

1 colher (de sopa) de fermento em pó

80 a 100 gramas de castanha de caju picada (xerém)

Bata a manteiga com o açúcar até formar um creme claro. Adicione os ovos um a um, batendo sempre. Adicione as bananas amassadas e bata para misturar. Se quiser aromatizar com um pouco de raspas de limão ou essência de baunilha, adicione à mistura. Eu não usei. Peneire a farinha com o fermento e acrescente à mistura de bananas. Adicione as castanhas picadas, reservando um pouco para decorar.

Despeje a massa em formas para bolo inglês, mas sem encher demais (mais ou menos 3/4 da altura). Como usei formas de alumínio descartáveis, dividi em 4 formas pequenas. Salpique castanha de caju e leve ao forno médio, pré-aquecido, até dourar. Pode ser comido morno ou frio.

PS: Esse bolo ficou muito amarelo por conta dos ovos de galinha caipira. Com ovos comuns, de granja, o bolo ficará mais claro.

 

Share This Post
Publicado em Doces, Fácil, lanches, receita | Tags , | 3 Comentários

Frango Tandoori com Shio-koji

Ganhei um mix de temperos para o frango tandoori (Tandoori Masala). Não é tão picante (pelo menos o que ganhei). É uma mistura de cominho, coentro, gengibre, pimenta vermelha, macis, canela… Creio que exista algo assim para comprar. Na falta, creio que essa receita ficará boa também substituindo essa mistura com curry em pó, que é mais fácil de ser encontrado. Claro que aí o nome muda.

Não é uma receita, é só uma orientação. Deixe marinando coxas de frango em uma mistura de shio-koji e tandoori masala. Shio-koji é arroz cozido, contaminado com o Aspergillus Oryzae (chamam isso de arroz maltado, não sei se seria a melhor definição) misturado com sal e deixado para fermentar. Nas primeiras semanas será uma mistura doce, com um aroma delicado. Com o tempo o teor de álcool aumenta e o aroma passa a ser parecido com o sake. É um tempero antigo que eu não conhecia. Talvez porque a família da minha mãe produzia shoyu e miso. Talvez seja uma questão de região. O fato é que conheci pelas mãos da Mari Hirata. Ele é utilizado em marinadas e em conservas. Já comentei sobre ele aqui:

Conserva de hakusai com shio-koji

Costelinha marinada no shio-koji

Fermentados da Mari Hirata

E é só isso. Deixe pegar gosto e asse. Eu usei aquelas churrasqueiras que funcionam na boca do fogão, de alumínio. Para pequenas quantidades, funciona bem e gasta pouco gás. Não é difícil de encontrar em lojas de utilidades domésticas. É só manter o fogo de médio para baixo e virar para dourar de ambos os lados. O frango ficou suculento, com uma cor vermelha bonita e o shio-koji deu uma certa doçura e ajudou a tirar aquele cheirinho do frango de granja.

Fico devendo onde podem encontrar shio-koji. Creio que vi a versão chinesa na Liberdade. Ouvi falar que há quem produza e comercialize. Assim que encontrar publico por aqui.

PS: Pelo que dizem – não conheço a cozinha indiana tanto assim – o frango tandoori é marinado no iogurte.

 

Share This Post
Publicado em Fácil, Prato principal, receita | Tags , , | Comentários fechados em Frango Tandoori com Shio-koji

Quiosque Bombay No Rio

Agora os cariocas também têm onde comprar o alho negro comercializado pela Bombay Herbs & Spices. Foi inaugurado um quiosque no Barra Shopping (Nível Américas). O endereço é: Av. das Americas, 4666 – Barra da Tijuca – RJ

Share This Post
Publicado em Lugares | Tags | 1 Comentário

Produtos da Época

Goya, nigauri. Esse pepino amargo só dá no verão. Para quem gosta, agora é a época. As receitas que já fiz com esse ingrediente são essas:

Goya com Tofu e Ovos

Goya com Porco

Chá de Goya

Também é época de castanhas. Na região de São Roque, Ibiúna, pode ser encontrada a R$6,00.

Aproveitei para cozinhar e transformar em massa, que vai ficar congelada até a hora de fazer uns doces. Com castanhas também pode-se fazer:

Shibukawa-ni (Castanhas na calda)

Kuri Goham

Yokan de Castanhas 

Takenoko do bambu “Mooso”. É gigante. É muito apreciado e tem o broto bem claro. Vai em cozidos, refogados (cortado em tirinhas), pode ser cozido com o arroz.

Também é época de edamame (soja verde) e da berinjela redonda japonesa (roxele).

 

 

Share This Post
Publicado em cotidiano, dicas | Tags | 6 Comentários

Kakiage de Edamame e Chikuwa

Edamame é soja verde. Antes que perguntem se é qualquer soja colhida verde, já aviso que não. Por enquanto conheço 3 variedades mais indicadas: a verde, a branca e a preta. Quando maduras, as sementes são dessa cor. De todas que provei, a preta é a mais adocicada. Pena que não encontro nem a semente para plantar, nem as vagens para comer. As que usei são da verde, mais comum.

É mais comum comê-lo cozido, como aperitivo, acompanhando uma cerveja. Nesta época do ano costuma aparecer nas feiras e mercearias. Escrevi sobre como prepara-lo aqui:

http://marisaono.com/delicia/?p=3026

O problema é: O que fazer quando sobra? No Japão existem muitas receitas que levam soja verde e esta é só mais uma.  Usei chikuwa, massa de peixe, porque não vejo ninguém fritando chikuwa por aqui. Se não encontrar, creio que funcionaria com kani kama (que, na verdade, é quase a mesma coisa) ou camarões.

1 1/2 xícara de soja verde, já cozida e descascada

1 chikuwa cortado ao meio e depois em meia-luas

1 colher de sopa cheia de fécula de batata

4 colheres de sopa cheias de farinha de trigo

Água mineral com gás, gelada

Óleo para fritura

Primeiro aqueça o óleo em uma frigideira ou panela funda. Eu prefiro usar bastante óleo (cerca de 3 dedos) porque a temperatura não cai tanto quando se adiciona os bolinhos e eles ficam mais sequinhos.

Enquanto o óleo esquenta, misture a fécula com a farinha em uma tigela. Prepare um prato ou travessa para os bolinhos fritos: forre com papel absorvente.

Quando o óleo estiver quente, adicione água mineral gelada à mistura de farinha e fécula aos poucos e misture. Não dou quantidade, mas não deve ser muito espessa, mas viscosa o suficiente para cobrir o dedo, por exemplo. Adicione o edamame e o chikuwa e misture.

Frite às colheradas, sem encher demais a frigideira. Deixe algum espaço. Frite até dourar. Escorra o excesso de gordura no papel absorvente.

Para servir, salpique sal ou ofereça um pouco de shoyu.

 

Share This Post
Publicado em acompanhamento, Fácil, receita | Tags , , | 6 Comentários

Torta Suíça de Cerejas

As cerejas chilenas estavam muito maduras, faltando muito pouco para passar.  Por isso estava muito baratas: R$12,00/kg. Aproveitei para fazer essa torta que, se não me engano, só fiz uma vez, há muito tempo. Trata-se de uma crosta crocante recheada com cerejas suculentas, creme de amêndoas e um glacê de açúcar de confeiteiro. Agora, se não encontrar cerejas, talvez fique bem com pêssegos mais firmes, do tipo amarelo ou peras cozidas e escorridas.

Para a massa, usei a metade da receita da massa que usei na Tarte Aux Poires: http://marisaono.com/delicia/?p=5167

Para o recheio:

400 gramas de cerejas sem caroços

90 gramas de amêndoas em pó (farinha de amêndoas)

60 gramas de açúcar

2 ovos pequenos

100 gramas de creme de leite fresco

Açúcar de confeiteiro

Para retirar os caroços, cortei-as ao meio e fui tirando um a um, não tenho descaroçador. Como essas cerejas estava muito doces, deixei assim mesmo. Se preferir, deixe-as macerando em um pouco de açúcar e licor.

Abra a massa entre duas folhas de filme plástico e forre uma forma de quiche. Leve ao forno até dourar ligeiramente.

Acomode as cerejas no fundo da torta. Misture bem as amêndoas moídas, o açúcar e os ovos. Junte o creme aos poucos, misturando bem e despeje sobre as cerejas. Leve de volta ao forno moderado até dourar levemente e firmar um pouco.

Cubra com um glacê feito com açúcar de confeiteiro e água suficiente para formar uma mistura consistente. Espere esfriar antes de cortar e servir.

PS: Sim, o recheio não é muito doce mas o glacê compensa. Como é uma torta de frutas frescas, o melhor mesmo é consumir o mais rápido possível. Lamento que as fotos não ficaram tão boas, de noite é mais complicado.

 

Share This Post
Publicado em Doces, receita | Tags , , | Comentários fechados em Torta Suíça de Cerejas